The Daughter Of Darkness escrita por Daughter of Zeus


Capítulo 8
Plataforma 9 3/4


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco pra escrever esse capítulo, e de certa forma eu gostei dele e o próximo capítulo ela finalmente vai estar em HOGWARTSSSSSSSSSSSSSSSSS, sei que é meio massante esse começo mas a escritora aqui é meio devagar pra escrever uma história decente hehehehe espero que gostem!



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O que você diria a uma pessoa que teve os pais mortos por culpa de um membro da sua família? Estava me perguntando isso naquele momento. Harry Potter estava com sua família na minha frente, conversando alegremente com Teddy, talvez ele não tenha notado a minha presença, esperava que ele continuasse sem notar.

– Você é a filha de Joseph?! – Harry Potter olhou para a minha direção.

– Sim. – Disse um pouco tímida. – Conhece meu pai?

Aparentemente todo mundo conhece meu avô, e acho que conhecem meu pai também.

– Claro que sim – Ele sorriu. – Ele é um amigo, estávamos juntos no treinamento para aurores.

Aurores” que diabos é isso?espera... amigos? Ele é amigo do meu pai, isso é bom, muito bom.

– Seu pai costuma falar de você nas cartas, ele trabalha muito, sempre viajando, quase não o vejo, mas da última vez que o vi, estava desolado com a morte de sua mãe. – O Sr. Potter pôs uma mão em meu ombro direito. – Sinto muito por Helena, conheci ela a alguns anos atrás, era uma boa pessoa.

Ele conhece a minha mãe?

Sorri um pouco desconfortável por descobrir que talvez Harry Potter seria a minha fonte de verdades, a ideia não me agradava, talvez por me sentir culpada perto dele, eu deveria ser menos altruísta.

– Está indo para Hogwarts querida? – A moça ruiva, que devia ser a esposa do Sr. Potter, perguntou carinhosamente.

– Sim, vim comprar meus materiais.

– Você vai adorar Hogwarts é o melhor lugar do mundo – A garota se pronunciou. - Se esse lugar não for realmente o melhor lugar do mundo, vou bater em todo mundo que disse isso. – Sou de Gryffindor a melhor das casas. – Seus olhos brilhavam de orgulho.

Eu havia lido sobre isso na carta, Hogwarts possuía 4 casas, Gryffindor, Slytherin, Ravenclaw e Hufflepuff. Depois daquela declaração, eu não precisava ser muito inteligente para notar que as casas competiam entre si.

– Lily, por que você não vai com ela até a livraria, acho que seus irmãos estão lá. – O Sr. Potter sugeriu.

Provavelmente vão conversar sobre deixar alguém como eu entrar no “melhor lugar do mundo”.

Eu e a tal Lily saímos calmamente dali, segui ela, obviamente já que eu não sabia o caminho.

– Até parece que James e Albus estariam numa livraria. – A ruiva resmungou – Devem estar na loja do tio George refazendo o arsenal deles. – Ela encarou minha expressão confusa. – Meu tio é dono das gemialidades Weasley, uma loja de logros, qualquer coisa que você precisar para tornar a vida de seus professores e colegas de classe um inferno você encontra lá.

Gostei dessa loja, preciso me lembrar de não esquecer de visitar esse lugar.

[n/a: lembrar de não esquecer?] [n/l: não enche]

Parece um lugar legal. – Antes de começar a estudar magia em casa, eu frequentava escolas normais, ou de trouxas (não me acostumei ainda em chamar eles assim), os professores costumavam não gostar de muito de mim, sempre achei o que eles falavam banal demais.

– Chegamos. Floreios & borrões, a livraria do beco diagonal.

Comprei meus livros e continuei a minha tour com Lily pelo beco, ela até que era bem divertida, um pouco louca, mas divertida. Compramos tudo o que precisávamos e ficamos na sorveteria (acho que a garçonete ficou um pouco chateada ao notar que Teddy não estava me acompanhando)

– LILY! – A Sra. Potter gritou de longe.

– Eu tenho que ir Lira – Ela me beijou afetuosamente na bochecha e pegou suas compras. – A gente se vê em Hogwarts, e você me diz aonde comprou essa calça tão legal. – Ela saiu correndo meio saltitante até sua mãe.

Mãe... Sinto falta da minha, ela era meio louca, mas era uma boa mãe.

...

Um dia, era tudo o que faltava para ir a Hogwarts, e eu estava surtando de ansiedade, a única solução seria falar com meu melhor amigo trouxa, Andrew Garfield. [N/A: Se faltou criatividade? Faltou] Peguei meu celular e disquei correndo o número dele, preferia que ele viesse aqui, mas o viadinho viajou pra outro país e só voltaria no ano seguinte.

– Alô?

– Oi babaca.

– Oi estranha. Está melhor? Eu queria ter ido ao velório, mas meus avós disseram que era melhor eu ficar aqui e meus pais acabaram concordando, infelizmente.

– Eu tô melhor, ainda sinto falta dela, mas acho que consigo sobreviver. – Soltei um risinho.

– Vai voltar a estudar com todo mundo ou vai continuar o esquema de estudar em casa?

– Eu vou para um internato, no interior de Londres.

– Tente não pôr fogo na escola, nem nos professores, nem nos outros alunos, ok?

– Por que eu faria isso?

– Porque você sempre odeia todo mundo na escola.

– Dessa vez acho que vai ser diferente.

– Sei... Eu vou ter que desligar agora, me liga sempre que precisar, beijos no coração, esquisita.

– Beijos idiota.

Desliguei o celular e me joguei na cama encarando o teto e fiquei pensando no dia do beco diagonal, havia passado uma semana desde aquele dia, pensei na forma em que o Sr. Potter me tratou, ele fora muito educado comigo, mesmo que tenhamos trocado apenas uma frase naquele dia, ele podia muito bem ter me esnobado ou ter sido falso, sou muito boa em descobrir falsidade nos outros, mas não, Harry Potter agiu como se eu fosse só mais uma pessoa que ele conhecia, e algo me dizia que ele já me conhecia. O mais chocante daquela curta conversa tinha sido ele dizer que era amigo do meu pai. Não se imagina que o cara que sofreu durante grande parte da vida por culpa de Voldemort sendo amigo do filho dele.

Depois de tantos pensamentos, cheguei a conclusão que o meu sobrenome não importava, nem a minha família, talvez meu pai fosse um cara legal, bem diferente de Tom Riddle. Amanhã eu só precisava ser eu mesma, ser a Lira Juliet Stone Riddle.

Amanhã é o dia.

Fechei os olhos e adormeci ali mesmo.

...

– Srta. Lira, acorde. – Meu subconsciente dizia que eu precisava acordar, mas meu corpo dizia DURMA MAIS, realmente gostava da segunda opção, entretanto, eu sentia que tinha algo de importante, e que eu precisava acordar logo. – Vai se atrasar Srta. Lira, Mel já arrumou todas as suas coisas na escada e daqui a pouco o garoto Lupin chega.

Atrasar para quê?

Quando eu dormia ficava monga, essa era uma realidade triste, demorava um século até eu voltar a ser a Lira (a)normal de sempre. Costumava ser acordada com baldes água pelo menos duas vezes por semana, era isso ou ser jogada de roupa no chuveiro ligado na água fria.

Eu não queria acordar, minha relação de amor com minha cama e meu travesseiro não podia ser simplesmente interrompida desse jeito, eu os amava e o sentimento era recíproco.

Atrasar... atrasar... acordar... levantar... hogwarts... HOGWARTS!

Levantei tão quanto eu dormi e me arrumei em tempo recorde, não sei se camisetas de bandas eram adequadas para uma viagem a uma escola bruxa, mas foda-se, Green Day mesmo sendo uma banda trouxa é uma das melhores do mundo. Junto a camiseta eu usava um par de chuck taylors vermelhos e uma calça jeans preta.

– Mel! – A elfa se virou como se tivesse levado um susto – É hoje Mel! Eu quase esqueci! – Levantei-a e a girei no ar. – E se eles não gostarem de mim? Ah meus deuses, e se eu não conseguir me adequar? Mel eu acho que não vou. Mas eu quero ir! Ahhhh – Me joguei de volta na cama enfiando meu rosto no travesseiro.

– Srta. Lira, claro que eles vão gostar de você, a Srta. é muito boa com todo mundo, inclusive para Mel, aposto que vai fazer amigos aos montes.

– Você acha?! – Olhei-a esperançosa e Mel assentiu com a cabeça. –Tem razão Mel, e se eles não gostarem de mim foda-se! – Levante da cama.

– Olha a boca! – Uma voz irritantemente conhecida adentrou meus ouvidos.

– De onde você brotou?!

– Tenho cara de planta pra brotar?

Revirei os olhos.

– Vamos logo embora, não quero me atrasar.

– Claro, madame.

– A Srta. Lira precisa se alimentar. Mel fez o seu bolo favorito, chocolate com nozes. – Ela me estendeu um pacote embrulhado com um laço rosa.

– Obrigado Mel, fico grata. – Peguei o pacote de suas mãos. – Vou sentir saudades, eu prometo que volto no Natal. – Abracei-a.

– Até Srta. Lira. – Ela sorriu.

Encarei o garoto de cabelos amarelos na minha porta, Teddy hoje vestia uma capa púrpura, coturnos, uma calça preta e uma camiseta de mangas compridas brancas. Se não fosse a capa eu diria que ele facilmente se passaria por um trouxa.

– Agora podemos ir? – Ele disse impaciente.

Peguei meu celular na cômoda, olhei minha estante de livros e me lembrei que já tinha pedido a Mel que colocasse alguns exemplares no meu malão recém-comprado. Dei um silencioso adeus ao meu quarto colorido e saí dali, com o medo e a esperança divergindo na minha mente.

...

Chegamos em pouco tempo a estação central de Londres, aquele lugar sempre era movimentado, e hoje não era diferente, pessoas andavam apresadas entre as plataformas e corriam para entrar nos trens. Encarei minha passagem que dizia “Plataforma 9 ¾” e me lembrei que nunca existiu uma plataforma 9 ¾ naquela estação.

– Teddy. – Ele me encarou. – Tem alguma coisa de errado com a minha passagem.

– O quê? – Ele se aproximou. – Impossível, eu conferi a sua passagem antes de virmos.

– Aqui diz plataforma 9 ¾ , isso não existe. - Ele gargalhou – Ta rindo de que babaca?

– De você, é claro que existe, vou te mostrar.

Andamos até uma coluna entre as plataformas 9 e 10, Teddy saiu correndo em direção a ela, fechei os olhos antes de ver o idiota se estatelar com os tijolos. Abri os olhos e ele não estava lá.

MASOQUÊ?!

Resolvi arriscar, segurei firme o meu carrinho e corri de olhos fechados em direção a parede.

Aposto que qualquer trouxa que veja essa cena vai pensar “que merda que essa menina está fazendo?”

Senti um frio na barriga e quando abri os olhos estava numa plataforma movimentada cheia de adolescentes, crianças e famílias se despedindo e entrando num grande trem à vapor chamado “hogwarts express”

– Você demorou. –Teddy surgiu atrás de mim me assustando. – Ficou com medo foi?

– 1º - Encarei ele severamente. – Nunca mais me assuste desse jeito, e 2º esse negócio de atravessar paredes é assustador e bizarro.

Ele riu e deu de ombros.

– Você se acostuma, agora vai antes que perca o trem – Ele tinha os braços cruzados atrás do corpo. – Antes disso, tenho um presente pra você Lira.

– Presente?

– É, todos os alunos podem ter um bichinho de estimação – Isso era verdade, mas na loja de animais não vi nenhum que fosse com a minha cara. – Então te comprei isso. – Ele me mostrou uma gaiola com uma bela coruja negra de olhos amarelos. – Gostou?

– Obrigado Teddy! – O abracei com força, de certa forma ele era um amigo agora, um amigo muito chato, porém, um amigo. Peguei a gaiola de suas mãos e fiquei olhando para aquela coruja tão diferente, ela era perfeita. – Vou indo agora, se cuida Teddy e fique longe da garçonete da sorveteria! – Saí correndo para dentro do trem que apitava como sinal de que logo partiria. Minha jornada estava a um passo de começar.

Hogwarts! Me agurde!


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Notas finais do capítulo

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