Novos Horizontes escrita por lunaletras


Capítulo 6
Fotos, Implicâncias, Olhares e Sorrisos


Notas iniciais do capítulo

Gente, pra variar quase sem revisão. Tenho que viajar amanhã cedo e nem tem como revisar agora. Mil desculpas.
Achei esse capítulo, de todos, o mais sem inspiração, ele saiu meio arrastado. Acho que as cenas Fabines de quinta-feira me deixaram tão alucinada que eu não estava conseguindo voltar pra cena da foto. rs Desculpa mesmo alguma coisa.
( Vou tentar correr essa semana pra chegar perto da cena do beijo, mas não sei se vou conseguir) Obrigada de coração pelos comentários e leituras, e desculpe mesmo pela falta de inspiração.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/413398/chapter/6

Giane dormiu perturbada com seus pensamentos. Belo... o menino era tão belo, sua pele era levemente morena, seu nariz era quase grande, qualidade muito interessante em homens, seus olhos muito expressivos pareciam carregar mil e um enigmas perdidos, seu ar jovial era ao mesmo tempo impetuoso e quase infantil. Talvez pela fragilidade de sua situação, talvez por ser uma nuance natural da expressão dele, Fabinho por vezes parecia uma criança que necessitava de colo. E era belo... seu rosto tinha um formato muito bonito, tudo nele parecia uma combinação perfeita de beleza e um charme inexplicável. Sua voz também linda, seus pés, suas mãos, sua pele... e aqueles cabelos bagunçados que davam ao seu rosto um toque mais que especial.

Ah... Giane quase sentiu vontade de gritar consigo mesma por esses pensamentos, por mais que pensar coisa boas sobre o menino já estivesse se tornando normal para ela, esses pensamentos ainda a irritavam profundamente. Giane tentava buscar mil e uma explicações para driblar os motivos de tantas considerações novas sobre aquele garoto.

“Ah... tudo isso deve ser culpa da minha mania de tirar fotos, deve ser por causa do fato de eu estar inserida no mundo da moda. Deve ser isso, acho que estou reparando mais na beleza de todo mundo. É isso, com certeza é isso!” Enquanto mentia para si mesma, ela pegou a câmera fotográfica, sua grande companheira nesses últimos tempos, e deteve-se olhando para ela. Que mal havia em tirar umas fotos do menino? Quem sabe até mostrar pro Caio, quem sabe, vai que o menino fosse fotogênico...

Giane entrou em seu quarto, onde Fabinho dormia profundamente, não conseguiu deixar de reparar no quanto ele parecia um anjo assim tão indefeso, tão puro. Puro... ah... ela estava mesmo pirando. Focou a câmera prestando bastante atenção em cada detalhe daquele rosto adormecido... era lindo, ai, já não podia mais esconder esse pensamento de si mesma...

O menino acordou sentindo a presença de alguém, sentiu um cheiro agradável, o mesmo cheiro que sentiu na manhã em que acordou ao lado de Giane. Tinha certeza... era ela. Ele abriu os olhos vagarosamente e deparou-se com a incrível visão daquela maluca atrás de uma câmera e ela, sorriu para ele...

Fabinho esforçou-se para não esboçar nenhuma reação ao olhar daquela menina. Ela tirou a câmera do rosto e sorriu lindamente para ele. Ela não conseguiu conter esse sorriso, vê-lo abrir os olhos a deixou estranhamente feliz.

É aquele sorriso era pra ele___louca___ ele pensou. Mas pra que ela estava tirando essas fotos?

____ O que você está fazendo aqui?___ ele perguntou um pouco desconfiado

____ Fazendo o que eu mais gosto, fotografando, não se mexe.____ ela falou sorridente e tranquila.

Fabinho, achou aquilo muito absurdo, ele estava descabelado, meio doente ainda, e, ainda por cima, acordando. Então, obviamente reclamou que devia estar um lixo.

Giane foi muito simpática com ele, realmente, vê-lo acordar daquele jeito, com um semblante doce, quase angelical deixou a menina inexplicavelmente feliz. Ah... esse inexplicável que já fazia parte da rotina....

Ela pediu a ele que sorrisse, e ele, só pelo prazer de implicar com ela, deu um sorriso irônico e cheio de má vontade. Inacreditável como eles pareciam íntimos, como pereciam amigos afinados nesses raros momentos em que ela não estava irritada com ele. Se um desconhecido pudesse vê-los, naquele instante sutilmente íntimo, levemente doce, nunca iria julgar que os dois se detestavam há bem pouco tempo atrás.

Ela sorriu.

____ Você está me sacaneando, né?___ o menino falou já num tom bem ameno, quase de brincadeira.

Louca, ela estava mesmo se divertindo com ele, rindo dele, para ele, pouco importava, a quentão é que ele estava achando tudo aquilo, absurdo e muito, muito divertido.

Giane, sem pensar, levantou-se e sentou ao lado do menino na cama. Mostrava as fotos para ele e comentava que ele nem fotografava tão mal.

Fabinho lembrou-se das fotos que vira da menina em seus recentes trabalhos como modelo e pensou que esse era o momento ideal para elogiá-la. Por que não elogiar aquela maluquinha? Realmente aquela transformação tinha revelado a sua beleza natural. E ela era, de fato, muito fotogênica.

____ Quem não fotografa mal é você, aliás, muito melhor que a Amora.

____Ah, não precisa jogar confete só por que eu estou cuidando de você!____ ela falou incrédula do elogio, ela sabia que Fabinho sempre achara a estúpida da Amora linda.

Fabinho olhou para a menina de revés e respondeu:

____ E eu sou lá de jogar confete... ainda mais em moleque de rua____ ele falou confirmando o elogio, mas implicando ao mesmo tempo.

Ele não tinha elogiado da boca pra fora. Durante um tempo, ele julgara Amora realmente linda, mas todos os problemas que teve com ela, fizeram com que ele passasse a ser completamente imune a qualquer beleza que a mulher de Bento pudesse ter.

Giane era muito mais bonita, estava delicada, mas guardava ainda o jeito alegre e meio estabanado de antes. Ah... ele sempre detestou esse jeito, mas, agora, ela lhe parecia perfeita assim. Uma mistura perfeita entre a moleca e a mulher.

O cérebro de Giane recusou-se a processar a parte e do elogio, e focou apenas no termo “moleque de rua”, isso a irritou completamente. Giane estava desenvolvendo uma estranha arte de se encantar e se irritar com aquele menino em um espaço de apenas alguns segundos.

Ela então saltou quase sobre ele lhe dando pequenos tapas e reclamando dele tê-la chamado de moleque de rua. O tom de ambos estava o tempo todo entre o irritado e o divertido.

Fabinho, achou o cúmulo a reação da menina, ela parecia mesmo um molequinho, uma criança brincando de estar irritada. E então, resolveu implicar novamente com menina, era impossível controlar a vontade de irritá-la. Ele segurou firme o braço da garota, e disse para ela esperar, falou que ela era uma mulher agora, que não podia ter essa reação de menino.

A mão que o garoto colocou em seu braço, fez Giane se calar e recuar instantaneamente. Ela lembrou-se de quando ele a tocou quase da mesma maneira enquanto delirava de febre. Ela sentiu, novamente, aquele toque forte, macio, quente... Ela não conseguiria, nem se conhecesse bilhões de palavras, encontrar alguma para descrever o que ela sentia quando aquele moleque a tocava.

Giane prendeu a respiração. O que ela estava sentindo? Que loucura era aquela? E ainda tinha as palavras, tinham sido duras, rudes, pronunciadas com um tom de conselho, que ela simplesmente detestou. Maldito turbilhão assustador de pensamentos e sentimentos! Todas as vezes que ela relaxava um pouco ao lado daquele menino, de repente, poucas palavras, um toque quase casual, faziam com que essas sensações desconhecidas... insanas... voltassem a sua cabeça e a seu corpo.

Ela olhou para ele muito séria, quase assustada. E explodiu naquela reação colérica que era tão comum naqueles dias...

____Você é um babaca!___ ela disse, tacando o travesseiro dele, e saindo obviamente irritadíssima do quarto.

O rosto de Fabinho iluminou-se com um sorriso tão cheio de significados, que nem ele mesmo conhecia todos, tinha, realmente, achado a reação da menina engraçada, inconsequente, quase boba, mas também a tinha achado linda...

Linda a forma com que ela olhou séria pra ele, era lindo o jeito que ela olhava profundamente nos seus olhos. Ele nunca tinha sido olhado assim, ele nunca tinha olhado pra ninguém assim, dentro dos olhos, reparando detalhes, sem nenhum objetivo aparente, apenas olhar para ver.... olhar para conhecer... olhar... para ela. Loucura devia ser contagiosa, conviver com aquela louca estava o deixando completamente maluco! Tantas coisas sérias pra pensar, o mundo desabado em sua cabeça, e ele ali... sorrindo, simplesmente sorrindo, por causa do olhar daquela menina.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!