Filha Da Tempestade escrita por LightB


Capítulo 39
Destruindo algumas mesas


Notas iniciais do capítulo

Oiie galera... E ai como estão?
Curindo a fic??
Deixem seus comentarios....



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A vantagem de ser filhos do deus dos mares e que podemos manipular a água a nosso redor para nos movermos mais rapidamente, isso cansa, mas vale a pena, já que em pouco tempo ja havíamos chegado ao acampamento.

O engraçado e que assim que me viu, o vigia que estava em uma arvore caiu de lá, e quando nos aproximamos para ajudar ele estava branco, deve ter pensado que eu era um fantasma, por que quando tentou falar gaguejou mais do que qualquer outra coisa.

E não foi o único que ficou assustado, a maior parte dos campistas, ou melhor, todos os campistas que me viam ou ficavam pálidos ou começavam a falar olhando para mim, ótimo, sou o centro das atenções de novo.

Como se eu quisesse estar em praticamente todas as conversas, mas mesmo sabendo que dessa vez eles iam levar os boatos a um nível destruição do acampamento, estava feliz de estar ali, era o segundo lugar que eu mais gostava, o primeiro era a casa dos meus avos maternos, no interior do estado de São Paulo.

Seguimos diretamente para a casa grande, onde Quiron nos esperava, na sua cadeira de rodas mágica, ele ficava batendo os dedos nervosamente nas rodas da cadeira e eu fiquei um tanto quanto assustada com isso.

-Que bom que chegaram...

-Onde esta a Annabeth? - Percy nem mesmo deu o tempo para o centauro nos dar as boas vindas- desculpe Quiron, mas eu quero ver ela.

-Na enfermaria- na verdade não há uma enfermaria, eles usam os quartos da casa para os doentes, meu irmão mal havia ouvido a resposta e ja entrou na casa, sem nem ao menos agradecê-lo - jovens apaixonados.

-Eles são um completo exagero- deixei escapar e o centauro riu- como ela esta?

-Inconsciente, mas bem.

-Como esta a situação aqui?

-Até agora nenhum monstro foi convocado, ainda, mas temos patrulhas por todo o perímetro das barreiras mágicas e vigias por todo o acampamento.

-Posso ajudar com alguma coisa?

-Seria de grande ajuda se ficasse no lugar da Annabeth, mas acho que o chalé de Atena não precisa de ajuda, enquanto o de Afrodite...

-Nem pensar- falei antes que ele terminasse.

-Certo então fique atenta, qualquer emergência você pode ir ajudar- Quiron olhou para o sol que estava se pondo, havia um certo temor em seus olhos, como se soubesse que ao cair da noite algo ruim fosse acontecer.

E ele esta completamente certo, pouco depois que Percy e eu deixamos a casa grande tudo virou um completa zona, nunca vi nada como aquilo antes. E foi muito repentino, em questão de minutos, estávamos com a Annabeth e de repente gritos nos levaram para onde estava a pior cena que eu ja havia visto naquele lugar.

Um ciclope, maior do que qualquer um que eu ja tenha visto, estava invadindo o acampamento, onde o chalé de Afrodite devia estar montando guarda, mas por algum motivo não havia ninguém naquela área e o monstro estava destruindo tudo o que via pela frente, isso incluía a quadra de vôlei e basquete.

Vários campistas tentavam lutar contra o bicho, mas era como se fossem moscas perto dele, e pela minha experiência com ciclopes, quanto maior, mais difícil de matar, e apenas alguns cortes de espada não seria suficiente, uma flecha no coração ia ser bom, mas aquilo usava uma armadura.

-Como? - me perguntei imaginando quem faria uma armadura para um ciclope.

-Foco- Percy gritou para mim, ele já tinha a espada e o escudo em mãos, vendo isso eu peguei o arco- tente distraí-lo com algumas flechas.

Eu tentei, e não foram algumas flechas, os filhos de Apolo e alguns de Ares também mandavam flechas atrás de flechas mas elas simplesmente batiam na armadura e se quebravam, poucas acertavam o monstro e mesmo essas era como nada.

-Percy não esta dando certo- assim que eu falei o ciclope olhou para mim e disparou em minha direção- droga.

Desviei dele, mas tive que correr, já que o ciclope não desistia, enquanto todos tentavam fazer alguma coisa meu irmão estava parado, paralisado para ser mais exata, olhava para o monstro e depois para mim, não entendia o que estava se passando, mas estava rezando, para qualquer deus que fosse, fazer ele se mexer e me ajudar.

O problema era que não adiantou, e estava cansada de correr por todo o acampamento, pulando por cima de coisas, desviando de tapas, basicamente tentando sobreviver.

-Por Poseidon, o que você quer? - gritei parando em cima de uma mesa, o ciclope estava um pouco longe e parou quando ouviu a pergunta.

-Seu sangue- ele gritou jogando a mesa de Zeus em cima de mim, minha sorte foram meus reflexos, eu me joguei para o lado bem na hora que a mesa se despedaçou em cima da que eu estava- fique parada filha da tempestade.

-Pra que? Pra me matar? Não abrigada- falei mandando mais algumas flechas nele, e por sorte, ou ajuda de um deus, acertei em seu olho, deixou o bicho mais irritado, mas pelo menos ele parou.

-Maldita seja a filha da tempestade- ele urrava de dor, enquanto retirava a flecha e piscava tentando enxergar alguma coisa- onde você esta?

Eu podia ter dito alguma coisa, mas aproveitei o fato dele não me ver para me aproximar sorrateiramente, por trás, onde havia uma abertura em sua armadura, um lugar de onde eu podia acertar seu coração.

E foi o que eu fiz, lancei uma flecha certeira e com mais um urro de ira o monstro se desfez em uma pilha de pó, a armadura ficou por cima da pilha, e ela era maior do que eu imaginava, os campistas olhavam assustados para mim, apenas os de Ares que olhavam admirados.

Era perfeito, só que não, eu era o centro das atenções de novo, se eu quisesse isso provavelmente ninguém ia ligar para minha existência. Guardei o arco e fui atrás do Percy, queria saber por que motivo ele ficou parado enquanto um monstro daquele tamanho me atacava.

E por incrível que pareça ele estava parado no mesmo lugar, provavelmente nem havia se mexido, estava preparada para brigar com ele, discutir, gritar qualquer coisa pra fazê-lo explicar o fato de ter ficado parado enquanto eu tentava não morrer.

Mas assim que vi o olhar dele, foi como se toda minha raiva virasse fumaça e se perdesse no vento, que agora não passava de uma leve brisa, não sei o porquê mas, aquele olhar estava me assustando.


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