Amigos escrita por gabrielpmj, Mr M


Capítulo 5
Reencontro Epic Motherfucker


Notas iniciais do capítulo

Lembrar de fazer as notas de capítulo mais tarde...enquanto isso...vá tomar seu Dolly Citrus!



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Gabriel

Meu dia foi até que...bom, os clientes estavam pacientes, meu chefe passou o dia todo fora fazendo negócio com os fornecedores de batata e repolho roxo, tinha um garotinho também que ficava fazendo piadas e fez as pessoas ao redor darem algumas risadas, mas fora isso, um dia muito tranquilo, tranquilo até demais, eu não deixei queimar nenhum pedido, as pessoas até elogiaram alguns deles, e nenhum freguês atrapalhado derrubou o copo de refrigerante. A lanchonete em que trabalho tem um ambiente agradável se comparar com a maioria das lanchonetes aqui por perto, as mesas sempre estão limpas, o piso branco e as paredes amarelas dão um clima confortante, o cheiro de ambúrgueres, bacon e ovos sendo feitos na chapa sempre dão água na boca, pelo menos eu acho que dá, e meus colegas de trabalho são muito legais, primeiro tem o Fabrício, o “cara do caixa”, porque ele é bem melhor com cálculos do que as outras pessoas, tem o Bill, que cuida da limpeza, a Gabi, garçonete, que aliás é bem atraente e o Fabrício se amarra nela, ele tem sorte pois acho que ela também gosta dele, e...acho que só. Bem já está na hora de fechar então, tiro meu avental de chapeiro e pego minha mochila. Eu estava saindo quando ouço Fabrício me chamar logo atrás de mim, com seus olhos verdes, cabelo encaracolado preto e sua típica camiseta xadrez verde e com um cubo-mágico na mão, ele fazia movimentos rápidos e quase não prestava atenção por onde andava, quase bateu em um poste se eu não o tivesse puxado para o lado, ele terminou de montar o cubo, o guardou em sua mochila e começou a falar:

– Eae, cansado?

– Não muito – respondi -,hoje foi um dia tranquilo, sem muitos pedidos, pude até relaxar um pouco durante o expediente. E você, como tá?

– Estou bem – ele disse - , sem novidades como sempre, mas cara, convidei a Gabi para sair..e bem..ela aceitou!

– Caramba que legal! Parabéns cara! - eu o cumprimentei. Ele riu e continuou a falar

– Nossa, nunca pensei que ela fosse aceitar, estou meio confuso ainda

– Ela sempre foi meio afim de você, é que você tinha percebido antes – disse a ele

– Sério – ele perguntou levantando as sobrancelhas

– Sim, vocês vão se dar bem, você é um cara de sorte, ela é uma garota muito bonita e legal, não a perca! - eu disse dando um soquinho em seu ombro

– Pode deixar, não vou. Ei, ainda tá marcado aquela partida de Call of Dutty na sua casa sábado? - ele perguntou

– É claro, é só aparecer la no meu apartamento, esteja lá as 14:30h pode ser?

– Pode sim, bem é aqui que me despeço, até amanhã então – ele disse e saiu correndo para o ponto de ônibus, entes que o perdesse

– Até – eu disse baixo, olhando-o entrar dentro do ônibus lotado.

Ao chegar no apartamento, fui recebido por Clara, a recepcionista, e cara como ele é bonita, pele clara, olhos pretos combinando com a cor de seus cabelos e aquele batom vermelho, ela disse alguma coisa mas não consegui prestar muito atenção, até que ela deu uns estalos com o dedo em frente a meu rosto e consegui voltar a realidade. Ela deu uma risadinha. Me senti constrangido mas ela começou a falar:

– Você tem vizinhos novos.

– Que ótimo – falei – como se já não bastasse o Seu Jeremaia, e seus 40 gatos miando a noite toda

Ela deu uma risada, o que a fez ficar mais bonita ainda, mas logo em seguida se conteve e continuou a falar:

– Bem eles não me parecem muito interessantes, um deles chegou junto a mãe e ele tinha um forte cheiro de maconha, o outro estava junto com os pais e uma garota, devia ser sua irmã, mas era ele quem usava o biquini e tem um outro, um pouco mais velho que os outros dois, chegou sozinho, não disse uma palavra, apenas pegou as chaves e subiu para o apartamento.

Realmente eles não pareciam ser os vizinhos mais agradáveis, e um deles devia ser um desses nóias que usam drogas, mas depois de conviver um tempo com um cara gordo, velho que usa pantufas de coelho cor-de-rosa e cuida de 40 gatos, essas pessoas não pareciam tão assustadoras assim. Fiquei imaginando como seria conviver com novas pessoas, será que são legais? Bem, não queria descobrir agora, o que eu queria fazer mesmo era subir e tirar um longo cochilo em minha cama. Olhei para Clara e disse:

– Bem, obrigado por avisar, é...você poderia dizer em que quartos estão?

– Estão nos quartos 2,3 e 4 – ela disse olhando para o computador em sua mesa

– Ok, obrigado Clara.

– Não há de que – ela respondeu com um belo sorriso no rosto. Eu estava subindo os degreis da escada quando voltei a ela e disse:

– É...Clara, você não estaria livre esse domingo estaria?

– Estou sim, porque?

– Bem é que, se você não gostaria de...

Não consegui terminar a frase, e ouvi um barulho muito alto, devia ser de guitarra, o amplificador de som devia estar no último, pois o barulho era ensurdecedor, fiz um gesto para Clara de que depois conversaria com ele, ele deu um sorriso de volta e então subi as escadas. O barulho vinha do apartamento de número 2, o som era realmente muito alto, pois bati na porta várias vezes e pelo jeito, ninguém me ouviu. Tentei gritar para as pessoas que estavam la dentro, mas, mas uma vez, ninguém me ouviu. Então pra mim já era a gota d'água, abri a pota de meu quarto que era em frente e andei até o final do corredor, peguei uma marreta para tentar abrir a porta, mas quando chaguei perto, ouve uma grande explosão, boooom. A porta a minha frente saiu voando e me atingiu, me fazendo cair para trás, uma nuvem de fumaça preta saía do apartamento, os outros vizinhos apavorados saíram de suas casas para ver oque estava acontecendo, havia um rapaz com óculos e um um fone de ouvido tipo red-7, ao seu lado uma garota de aproximadamente 15 ou 16 anos estava com um livro do Percy Jackson em mãos e atrás dela, um homem, que deduzi ser pai deles,estava segurando uma espingarda, no apartamento de número 4 estava um homem usando capuz preto e o rosto pintado de branco, e segurava uma crus branca de cabeça para baixo, me levantei e entrei no quarto a minha frente, a fumaça já havia cessado, e lá dentro pude ver um rapaz baixinho, com uma pequena barbixa no queixo, um cabelo todo arrepiado e rosto cheio de fuligem devido a explosão. Entrei em seu quarto e o ajudei a levantar

– Você está louco – eu disse a ele

– Ah cara, malditos amplificadores paraguaios!

Ele limpava sua camiseta e seu rosto de fuligem, quando olhou para cima, ele ficou tenso,como se tivesse visto um fantasma

– Você está bem cara...tem alguma coisa na minha cara? - eu disse a ele esfregando minha testa

– Não...cara, não está me reconhecendo?

– Ah..eu te conheço?

Ele saiu correndo pelo seu quarto a procura de alguma coisa, enquanto isso, o homem de capuz preto e o rapaz do red-7 entraram para ver se estava tudo bem

– Cara, vocês estão bem, eu estava no meio de uma partida de World of Warcraft quando ouvi uma explosão,meu pai achou que fosse um terrorista – disse cara do red-7

– Vocês atrapalharam meu satanismo sabia! - disse o do capuz – Mas que droga! Vou ter que conjurar o feitiço tudo de novo!

– Está tudo bem pessoal, eu só vim ver se... - Eu os olhei e logo, reconheci o cara do red-7, aquele bigodinho por fazer, o nariz de batata, os óculos com remendas

– Daniel! - eu disse – é você

– Sim sou eu! - ele disse – e você?

– Gabriel! Sou eu Gabriel!

– Não pode ser, o Gabriel que conhecia não tinha essa barba! Cara vc mudou muito!

Demos um abraço e ele retirou de seu bolso um bóton escrito “amigos” em azul, logo o do capuz, também retirou um bóton exatamente igual, olhamos para ele e dissemos ao mesmo tempo

– Apu!!!

– Gabriel, Daniel! - ele disse, soltando a crus e nos cumprimentando com um high-five, depois disso o cara do amplificador trouxe outro bóton, igual ao de Daniel e Apu, olhamos para ele e dissemos

– Marcus! - e começamos encher ele de porrada, de brincadeira é claro, talvez com alguns socos de verdade só para descontrair

– Caras – comecei a dizer -, vocês estão aqui! Haha que incrível, não pode ser simples coincidência!

– Pensei que minha vida ia ser uma droga aqui – disse Marcus – mas parece que não vai ser tão deprimente assim

– Sim sim, eu sei que tudo isso é bonito, mas cara, satanás não pode esperar muito tempo sabe – disse Apu

– Tudo bem cara, pode voltar a seus satanismos – disse Daniel

Depois daquilo, ficamos praticamente o final do dia inteiro conversando e falando como foram os últimos cinco anos. Depois disso cada um foi para seu apartamento e eu entrei em meu quarto, sentei em minha cama, ainda com um grande sorriso no rosto, olhei para o bóton em minha mochila e deitei em minha cama, não demorou muito e então caí no sono.


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Notas finais do capítulo

Parabéns, você chegou ao final de mais um capítulo, para as pessoas que leram tudo, por favor comentem a palavra "brócoles". Obrigado por ler mais um capítulo dessa merda e...parabéns...de novo



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