This Is It escrita por JuuFernandes


Capítulo 2
This Is My Life




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Já estavam todos de pé, quando o sol começou a surgir no coração de Mystic Falls, trazendo vida a cidade. A cidade estendia-se uma vastidão de mansões modernas, carros de luxo reluziam como espelhos nas entradas de carros, e uma infinidade de piscinas brilhavam nos quintais. As crianças iam para escola de skate ou bicicleta, enquanto os pais iam trabalhar com seus Range Rovers. À medida que o sol ia subindo, Mystic Falls deixava de ser uma cidade pacata, e se tornava uma cidade farta de dinheiro e beleza.

No coração disso tudo, ficava a casa de Elena Gilbert. Ela havia vivido lá, a maior parte de sua vida. Sempre vizinha da família dos Salvatores.

A vida em Mystic Falls era sempre a mesma. Nada mudava. Nunca. Ultimamente Elena estava entediada com aquilo, e começava a se perguntar, como seria a vida fora daquele mundo.

A melhor amiga de Elena, Caroline, não tinha tais preocupações.

– Elena! - Ela disse, desviando atenção de Elena para ela.

Aquele era mais um dia de aula. Elena e Caroline, caminhavam a caminho da sala de aula, para mais um dia de aula entediante. Por serem muito popular, onde elas passavam, chamavam a atenção dos rapazes, que assoviavam e acenavam. Caroline acenava de volta, alegremente, mas Elena era um pouco menos extrovertida. Seu namorado, Matt, estava com o grupo de amigos, mas ele quase nunca notava sua presença. Ele estava muito ocupado, conversando alguma coisa sobre surf... Matt Donovan fazia parte do grupo de Mystic Falls, que participava das atividades espotivas, e era da família de fundadores, mais antiga da cidade. Elena e Matt estavam juntos desde a quinta série. Ela nunca tivera outro namorado, e nem outra amiga. A cidade inteira os conhecia como Elena-e-Matt, sempre dito de uma vez só. Eles tinham se tornado um só aos olhos de Mystic Falls, e isso estava começando a incomoda-la.

– Lena, o Tyler é tão gatinho, não é? - Disse Summer ao ver Matt e seu amigo. Tyler era um dos melhores amigos de Matt, e Elena o conhecia muito bem. Ele sempre estava com Matt.

– Gatinho ele é. Mas boa sorte ao tentar algo com ele.

– Não importa. Ele é uma graça.

Elena riu. Tyler era bonito, mas era, provavelmente, um dos garotos mais bobos que ela já tinha conhecido. Mas essa era a Caroline, sempre comprando o livro pela capa, sem nunca passar do primeiro capítulo.

Enquanto observava Matt balançar a cabeça pera tirar os cabelos loiros dos olhos, Elena ficou pensando no quanto ela estava cansada daquela vida. Nada de novo acontecia em Mystic Falls, ninguém se mudava, e também ninguém ia embora. Ela ia pra escola com o mesmo grupo de crianças desde o jardim de infância, tinha a mesma melhor amiga desde a segunda série e o mesmo namorado desde a quinta. Elena queria algo novo. Ela queria diversão, algo que a tirasse da monotonia que era sua vida. E achava que tinha encontrado. Elena havia acordado de ressaca aquela manhã. Beber tinha se tornado sua válvula de escape.

Enquanto o professor falava alguma coisa sobre a Roma antiga, Elena tentava esquecer a dor de cabeça pulsando atras de seus olhos. E esse era o lado negativo da bebida. Ela se lembrava do primeiro gole que havia bebido na vida. Foi no final das aulas em Julho. Houve uma festa na casa de Rebeka, e toda turma de sempre, estava lá. O irmão mais velho de Rebeka havia comprado um barril de chope e Matt deu pra Elena seu primeiro copo. No começo ela achou horrivél. Mas quando percebeu que a cerveja a fazia perder o controle e começou a sentir uma sensação de libertação, aquilo a deixou eufórica. Ela tinha passado a maior parte de sua vida se preocupando com sua aparencia, com sua mãe a cobrando os bons modos, como se vestir, e o fato dela ainda não estar pronta para fazer sexo com Matt. Então ela apenas aproveitou o momento e se divertiu com seus amigos. Às vezes, Elena só queria ficar bêbada para sempre, e nunca acordar de ressaca.

Enquanto anotava o que estava no quadro, Elena começou a pensar quais seriam os planos para aquela noite. “Provavelmente, os mesmos de sempre”, pensou.

– Hey, Elena – Caroline a cutucou – O que você vai usar no jantar?

– Não sei.

Faltavam duas noites para o jantar beneficente, um dos principais eventos de verão em Mystic Falls. Elena era a presidente. Elena e suas amigas estavam planejando o evento desde o final de junho, e a maioria estava pronta para ver o trabalho duro ser recompensado. Mas Elena começava a questionar sua importância e a refletir se uma criança doente ou uma esposa agredida realmente se importariam com o fato de elas estarem usando Prada e Chanel

– E na festa da Rebeka?

– Hummm

Mas Elena também não tinha pensado sobre isso ainda. Rebeka iria dar outra festa, dessa vez, depois do jantar beneficente. No fundo, Elena estava cansada de todas essas festas que Rebeka fazia. Eram sempre iguais. Eles ficavam sentados, bebendo e assistindo Matt e a turma fazendo brincadeiras bestas. Elena simplesmente não estava no clima. Ás vezes tinha vontade de ficar em casa, sem fazer nada, mas tinha medo de dizer não para suas amigas. Ela nunca dizia não. Então agora estava presa a uma espécie de armadilha – Sempre dizer sim, mesmo não querendo.

Caroline estava ficando inquieta e decidiu que o “humm” queria dizer que precisavam fazer compras.

– Vamos as compras. Até por que preciso de uma blusa nova.

Elena concordou e começou a juntar suas coisas, para se retirar da sala, que já havia acabado a aula.

– E aí, gata!

– Oi. - Elena respondeu, seca.

Elena estava desligada demais, pensando, quando – e se – as coisas iriam mudar, quando – e se – iria aparecer alguém para virar seu mundo de cabeça para baixo. Mas a visão de Matt, fez a lembrar, que isso não aconteceria tão cedo.

– Aonde vocês vão? Pensei que você iria embora comigo hoje.

– Vamos fazer compras. - Caroline respondeu animadamente enquanto tirava o cabelo do rosto.

– Desculpe. - Disse Elena.

– Sem problema – Matt respondeu e se inclinou para dar um beijo em Elena – Te ligo depois.

Elena e Caroline deixaram o carro com o manobrista e foram direto para Macy's, a loja preferida de Elena, por ser mais acessível. Enquanto andava pela loja, e olhava todas as vitrines, sentiu como se todos os seus problemas pudessem ser resolvidos com a compra certa. Que o par de sapatos correto poderia alongar suas pernas, e o vestido certo poderia deixa-la mais magra. Mas a verdade, era que não estava com cabeça para fazer comprar. Na noite passada, dois homens de terno, haviam ido em suas casa, procurar por seu pai. Quando ela contou a ele, ele não deu muita importância, mas ela sabia que ali havia problemas, só não imaginava quais eram.

– Meu Deus, Elena. Que vestido lindo.

Caroline estava em êxtase, olhando uma coleção de vestidos. Suas cores brilhantes e estampas em espiral não faziam o estilo de Elena, mas em Caroline ficavam ótimo. O sorriso no rosto de Caroline fez Elena esquecer do seu pai por um momento, e olhar os vestidos.

– Lindo – Elena concordou.

De vez em quando, Elena queria parecer tão despreocupada quanto a amiga. Poder sair com cores vivas e roupas modernas, embora ela soubesse que não ficariam bem nela. Ela era uma garota clássica, de bolsa chanel. As pessoas esperavam que ela fosse elegante, sempre com ótima aparência, mas por dentro Elena estava gritando. Ela não queria ser perfeita, queria ser ela mesma.

– Essa é a sua cara – Caroline estava segurando um vestido preto básico.

Elena sabia que ficaria bem nela, mas estava desanimada. Ela não queria aquilo, queria que alguém conhecesse seu lado louco, e divertido, E não seu lado controlado e elegante. Mas ela já havia perdido as esperanças isso nunca iria acontecer, pois nem suas melhores amigas, conseguiam a imaginar de outro jeito.

Elena pegou um dos vestidos mais simples, e segunrou em sua frente.

– O que acha?

– É lindo, mas...

– Mas o que? - Elena soltou.

Ela já sabia o que Caroline diria. Que o vestido não era seu estilo. Mas ela não queria ouvir isso. Fazer compras geralmente a deixava feliz, mas hoje estava sendo um desastre.

– Nada, esquece... É lindo, deveria levar. - Caroline sabia que alguma coisa estava acontecendo mas não queria se meter.

– É, devia – Elena ficou feliz por Caroline não ter dito mais nada.

Era disso que ela gostava em Caroline, ela sabia exatamente, quando ele devia ou não falar certas coisas, e por isso eram melhores amigas. Elas se conheciam muito bem.

Elena levou o vestido para o provador, e ficou muito bem. Ficou perfeito. Ela gostou em como o decote mostrava seu colo, e adorou como a estampa disfarçava a pequena barriguinha que ela jurava ter. Não que ela fosse uma garota gorda – na verdade era bem magra – mas as críticas de sua mãe haviam deixado Elena insegura de seu corpo. E embora o vestido não fosse bem seu estilo, hoje ele era a resposta de todas os seu problemas.

As garotas estavam prontas para irem embora, mas quando a vendedora foi passar a compra de Elena, o cartão foi recusado. Ela não entedia porquê. Seu pai era diretor financeiro, e sempre pagou as contas em dia. Então ela se lembrou dos dois homens de terno que tiveram em sua casa no dia anterior.

– Isso acontece de vez em quando com os cartões. Não se preocupe. Você tem outro cartão?

Mas ela não tinha, levou apenas um aquele dia, os outros haviam ficado com seu pai.

– Não, não tenho...

– Aqui está. - Disse Caroline, entregando seu cartão a atendente – Não se preocupe, meu pai nem vai perceber, peça pro seu pai fazer um cheque pra ele amanhã ou algo do tipo.

Elena não se sentiu bem com isso, algo dizia para ela, que ela não devia aceitar isso.

– Não Caroline, tudo bem. Não precisa. Eu volto depois. Você pode deixar reservado pra mim, por favor?

A vendedora pegou o vestido e colocou num balcão atras dela. Elena se afastou envergonhada.

– Tem certeza?

– Sim, te encontro lá fora.

Elena foi saindo, enquanto Caroline pagava sua conta.

Em casa, Elena parou no escritório de seu pai, bateu na porta, e John acenou para que ela entrasse.

– Oi querida, como estava a aula?

– Boa, Caroline e eu fomos fazer compras depois.

Elena esperava ele perguntar “O que você comprou?”, mas ele não perguntou. Esse era o ritual que tinham estabelecido desde que ela era pequena. Ela fazia compras e quando ela voltava, ele perguntava o que ela havia comprado, e depois desfilava com todas as roupas que havia comprado. Ele dizia que ela estava linda, e ela adorava atenção que seu pai lhe dava. Aquele are um momento deles. Mas agora foi diferente.

Ele nem perguntou o que ela havia comprado. Ela começou a se questionar por que eles estava tão distante, por que a relação deles havia mudado. Ela havia feito algo errado?

– Você não vai me perguntar o que comprei?

John já havia esquecido do antigo ritual.

– Desculpa querida, o que você comprou?

– Não comprei nada. - Eu disse, me perguntando o que deve ter acontecido.

– Mas você sempre compra alguma coisa.

– Sim, mas quando o cartão funciona. Eu vi um vestido, e deixei reservado. Pode me dar o dinheiro para ir buscar? - Ela estendeu a mão direita para o pai. Ja sabia como isso funcionava.

– Não! Eu não sou um caixa automático, Elena!

Foi a primeira vez, que John gritava com Elena por causa de dinheiro. Ele nunca a havia negado isso.

E foi então que Elena soube que todos os rituais que haviam tido durante todos esses anos estava se deteriorando com o tempo. Ela não estava brava, mas triste. Ela sentia falta de como as coisas eram, e queria saber por que seu pai não lhe dizia o que estava acontecendo.

O telefone tocou em algum lugar da casa, e o irmão mais novo de Elena – Jeremy – gritou para chama-la.

Elena foi até seu quarto atender a ligação. Era Matt, perguntando se ela queria sair a noite.

Ela não estava com muita vontade de conversar, então concordou logo com os planos dele e desligou o telefone. Mais um dia entediante na entediante Mystic Falls pensou ela.

Ela se deitou na cama, e jogou a sandália colorida no chão. Os pensamentos sobre seu pai, não saiam da sua cabeça. Por que ele estaria agindo daquela forma? Eles costumavam conversar sobre tudo, e agora ela sentia que ele estivesse escondendo alguma coisa. A conversa de mão-dupla, que eles sempre tiveram estava se tornando uma conversa de mão única, que não levava a lugar algum. Seus olhos se encheram de lágrimas, mas ela controlou quando ouviu sua mãe, Isobel, subindo as escadas.

– Elena, querida. Vamos provar os vestidos para o jantar agora?

Elena suspirou e secou ás lágrimas quando sua mãe entrou no quarto.

Isobel foi direto para o closet, sem ao menos perceber a situação da filha. Começou a puxar os vestidos e colocar na frente de seu próprio corpo. Isobel fazia isso o tempo todo, e Elena nunca havia compreendido essa mania da mãe, mas com o tempo percebeu que Isobel, estava vivendo a adolescência que nunca teve, através da filha. E isso algumas vezes incomodava Elena. Mas as vezes achava que sua mãe apenas queria o melhor para ela.

– Aqui, experimente esse. - Isobel disse, segurando na frente do seu corpo, enquanto olhava o espelho.

Elena olhou para o vestido. Parecia mais com aquele que Caroline havia escolhido pra ela, na Macy's. Não era isso que Elena queria. Mas não iria brigar com a mãe, então provou o vestido. O tecido preto cobria com perfeição seu pequeno corpo.

– OK, Elena, este é ótimo. Esconde todos os seus defeitos.

Elena se olhou no espelho, e viu uma garota comum e perfeita nele. Exatamente o que todos esperavam. Ela estava linda, mas se sentia feia e comum. Então passou a imaginar se um dia voltaria para buscar o vestido que havia deixado para trás.

– Ok, prove esse agora – Isobel segurava outro vestido atras de Elena. Era um clássico, rosa pastel.

– Eu gosto desse.

– Mas você precisa ter opções Elena. Agora tire esse, e prove esse aqui pra mim.

Elena colocou o vestido rosa, relutante. Estava bom, nada de especial.

– Não não não, Veja como seus quadris marcam as laterais. É muito justo. Pode tirar!

Elena olhou no espelho novamente. De que quadris suas mãe estava falando? Ficou olhando um pouco mais antes de tirar o vestido. Seus quadris eram tão grandes assim? Talvez ela devesse se exercitar mais. Mas quadris menores seriam a solução?

Elena colocou outro vestido, ficou bonito. Mas Isobel criticou. Agora seus seios estavam muito pequenos, e os decote nas costas ia até muito baixo. Elas ouviram algumas batidas na porta. Era John.

– Elena, você está linda!

– Obrigado. - Ela sorrio, mas Julie adiantou cortando ele.

– John, ela deve estar perfeita. E esse vestido não está. Não a incentive ficar assim. Ainda temos muitos vestidos para provar.

Elena não queria provar mais nenhum vestido, já estava cansada disso. O primeiro vestido preto, já estava ótimo. Isobel não queria ouvir, mas Elena se recusou a continuar com aquilo.

– Todo o trabalho que eu tive para lhe dar a vida que nunca tive... - Sua voz foi sumindo, enquanto sumia dali.

– Eu sei... - Ela parou. Sabia que se continuasse cairia em lágrimas, e não queria que o pai lhe visse desse jeito. Ele já tinha seus próprios problemas. Mesmo não lhe contando nada.

– Aqui. Eu trouxe uma coisinha pra você. Desculpa por antes. Você sabe que eu te amo, e não queria gritar - Ele lhe estendeu um maço de notas de cem dólares. - Vá comprar aquele vestido.

Elena abraçou seu pai bem forte. Embora soubesse que ainda havia alguma coisa errada.

– Obrigado, pai. Eu também te amo.

John a soltou, e deixou Elena sozinha.

Ela olhou no relógio. Já era seis horas. Matt passaria na sua casa, em cerca de duas horas. Ela não queria ir, então ligou para ele cancelou o programa, coisa que nunca tinha feito antes. E se sentiu bem por isso. Disse que precisava ficar em casa com Jeremy, e lhe ensinar alguma coisa do colégio. Era mentira, mas ele acreditou. Queria ir busca-la mais tarde, mas ainda sim, Elena recusou. Ela queria simplesmente ir lá, comprar seu vestido e não ver seus amigos. Não estava com vontade de comer frutos do mar, e depois ir para casa de Rebeka. Em vez disso, disse ao Luke, que ligaria mais tarde, assim que terminasse com Jeremy.

Tendo se livrado daquela ligação, ela foi correndo para a Macy's, subindo a escada rolante de dois em dois degraus. O maço de nota estava queimando na mão de Elena. A mesma vendedora que havia atendido ela a horas atrás estava lá. Ela reconheceu Elena, e lhe trouxe o vestido.

– Você tem certeza? Não parece muito com você.

Elena olhou o vestido, provavelmente, nunca iria usa-lo, mas ela não se importava. Ela queria compra-lo.

– Não, ele é perfeito.

Segurou o vestido em seus braços, sentia-se contente, O vestido finalmente era dela.

Quando voltou para casa, seu pai estava lhe esperando.

– Então, o que você comprou?

Fazia tempo que Elena não se sentia tão feliz. Era a primeira vez em semanas que seu pai estava agindo normalmente.

John esperou pacientemente Elena, enquanto ela subia as escadas para se trocar. Ela mal podia esperar para mostrar o vestido para o pai.

Quando Elena desceu as escadas John ficou parado observando. Ele nunca havia visto a filha se vestir daquela maneira. Tão audacioso.

– Elena, você está linda!

E mesmo sabendo que o pai estava pensando “esse vestido não faz o seu estilo” Elena estava feliz por ter seu ritual de volta.

– Obrigada. - Elena desceu os degraus e deu um enorme abraço em seu pai.

Sozinha em seu quarto, ela pensava no que fazer. Fazia tempo que não ficava sozinha. Geralmente estava com Matt ou quando não estava com ele, estava com Caroline, ou com as outras meninas. Quando não estava com ninguém, estava em seu quarto fazendo planos para mais tarde. Fazia tempo que não ficava em silencio. Pensou em ler um livro depois, mas percebeu que as únicas coisas que tinha para ler em seu quarto, eram alguma revistas que já havia cansado de ler. Sem segundas opções, ligou o som, e aumentou o volume ouvindo Avril Lavigne. Sua música favorita começou a tocar e ela começou a dançar pelo quarto cantando a letra. E enquanto dançava, ela viu sua imagem de relance no espelho. Seu vestido era lindo, e mesmo sabendo que no fundo nunca sairia com ele, ela se sentia perfeitamente imperfeita. Viva. E bonita.

Por um momento pensou que as coisas poderiam mudar. Que quem sabe, a vida em Mystic Falls fosse diferente. Que seu destino a espreitava atras de alguma esquina. E quando a música terminou e seus pés pararam de se mover, ela caiu na cama. Ela estava se sentindo como ela mesma, ao menos uma vez.

Seu celular tocou. Era Matt, mas ela não atendeu. Não podia, não naquela noite. Essa noite ela estava sozinha. Essa noite era apenas dela.


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