I could stay awake just to hear you breathing
Watch you smile while you are sleeping

As coisas pareciam bem claras para Damon. Isobel não queria ele perto de Elena.

Damon estava em seu quarto, ouvindo o CD que Elena havia dado a ele alguns dias atrás. Aqueles dias pareciam tão distantes agora. Ele precisava ver Elena, não aguentava ficar ali parado, enquanto sabia ás fofocas que corriam pela cidade, sobre a garota que antes era um exemplo a ser seguido agora é apenas a garota que tentou suicídio em Tijuana. Por que ninguém realmente a conhecia. Ele não queria estar ali, queria estar perto de sua garota.

While you´re far away and dreaming
I could spend my life in this sweet surrender

A música tocava e ele não conseguia tirar Elena da cabeça. Ele queria fazer alguma coisa. Ele queria estar com ela. Ela não podia ir embora, não agora que eles estavam tão perto. Eles deviam essa chance um ao outro. Eles precisavam um do outro. Ele era a solução de todos os problemas. Damon sempre estava lá com ela.

Damon foi tomado por todas as decisões que o levaram até ali. A briga com sua mãe, a festa da casa da Rebeka, o beijo em Gabrielly, a viagem para Tijuana. E ele não conseguia se arrepender de nada daquilo. Pois agora Elena sabia a verdade. Ela não estava mais sendo enganada, por ninguém.

'Você chegou tarde demais', talvez, ainda houvesse tempo para eles.

Damon levantou da sua cama, e foi em direção a porta. Pronto para tomar uma atitude, ele não podia deixar as coisas daquele jeito. Mas Stefan o bloquiou.

I don't wanna close my eyes
I don't wanna fall asleep
'Cause I´d miss you, babe

Elena estava desconfortavelmente respondendo perguntas da sua psiquiatra. Sabendo que Isobel já planeja interná-la, era aquela mulher que daria sinal positivo para sua mãe

– Sua mãe me disse que você lutou contra uma anorexia no sétimo ano. - Dra. Fell, a psiquiatra que estava cuidando do destino de Elena baixou sua prancheta, e olhou para ela esperando por uma resposta.

– Eu estava estressada – Elena respondeu, tentando não parecer mal humorada ou deprimida. Se ela pudesse fazer essa mulher gostar dela, talvez ela podia levar ela a ficar contra Isobel, e ela não teria que ser enviada para instituição nenhuma. - Minha mãe não comeu um carboidrato por três anos. Acho que não sou a única com problemas.

Dra. Fell olhou para ela por um minuto, depois escreveu algo em sua prancheta. Elena olhou para ela convencida que ela estava do seu lado. - Foi quando você começou a beber?

– Acho que sim. - Ela respondeu suavemente. - Você diria que bebe muito?

– Naquela época? Não...

- E agora?

Elena ficou em silencio. Nada que ela dissesse poderia ser usado ao seu favor. Se ele soubessem o quanto ela bebia, a quantidade de goles que ela roubava do armário de bebidas apenas durante o dia, já iriam envia-la na certa, para uma clínica de reabilitação. Mas ela tinha uma expressão engraçada. Mesma mentindo, Dra. Fell foi capaz de ver a verdade.

Após um minuto, a Dra. olhou para sua prancheta novamente, anotou alguma coisa, e passou para o próxima questão da lista.

– Vamos falar um pouco sobre a sua família. Como estão as coisas agora?

Elena deu de ombros.

– Seus pais se separando. Seu irmão sendo mandado para um colégio interno. Seu pai indo embora... Isso é muito para segurar, estou certa?

Elena balançou a cabeça, com medo de olhar nos olhos da psiquiatra.

– Voltar para casa, é provavelmente o ultima lugar que você quer estar agora. - Dra. Fell disse, em tom casual.

Elena podia sentir as lágrimas encherem seus olhos, ameaçando transbordar a qualquer momento. E ela tinha um terrível sensação de que uma vez que ela começasse a chorar, ela não iria se capaz de para. Mesmo sentindo que iria explodir em um milhão de pedaços, ela segurou as lágrima, e voltou a olhar para a mulher a sua frente.

– Sim

– Sim? - Meredith repetiu, ainda com uma voz casual.

– Minha casa é o ultimo lugar onde eu quero estar.

A psiquiatra já ouvirá tudo o que tinha que saber. Não parecia que Elena tinha um caso grave, um vicio em bebida muito grande, ou tenha tido alguma atitude suicida, mas sem duvidas, ela precisava de ajuda.

Elena já estava certa do que aconteceria dali pra frente. Ela não podia deixar as coisas daquele jeito. Ela esticou seus braços até a primeira gaveta do seu criado mudo, e pegou seu celular. Ela tinha que fazer alguma coisa.

And I don't wanna miss a thing
'Cause even when I dream of you
The sweetest dream will never do

– Tudo bem, cara. Você e eu. - Stefan disse, acompanhando Damon descendo as escadas. - Cara, sozinho você não pode fazer nada. Mas juntos... somos como Goku e Vegeta, Batman e Robin...

– Mary-Kate e Ashley. - Caroline disse, aparecendo atras dos meninos.

– O que está fazendo aqui? - Stefan perguntou, não parando de falar por um momento.

Caroline pegou os livros didáticos que tinham em sua mão, e em seguida, sentou-se no sofá, colocando-os em seu colo.

– Obrigado. - Ele continuou, estremecendo, analisando a situação – Hmm, você precisa... ãhn... de alguma ajuda?

Damon reprovou sua ironia, e foi logo ao assunto. - O que está acontecendo?

Caroline virou-se para encara-lo. Seus olhos arregalados. - Eu preciso da sua ajuda.

– Claro. - Stefan se meteu, movendo fazendo sim. - Do que você precisa? Eu faço.

Caroline olhou para ele, então inclinou o corpo para longe, dirigindo-se unicamente, para Damon.

– Lena, me ligou. Ela esta pirando. A mãe dela quer leva-la para um asilo de loucos.

– Sim, eu soube. - Damon disse, atordoado.

– De jeito nenhum. - Stefan respirou. - Isso é loucura. Quero dizer, ela não pode fazer isso.

– Bem, mas ela vai. Ela vai assinar os papéis hoje, as cinco horas.

– Não sem antes eu dizer alguma sobre isso. - Caroline se levantou, devolvendo os livros a Stefan. Os dois se entre olharam, esperando alguma atitude de Damon. - Vamos lá.
Sem perder o ritmo, Caroline e Stefan foram atrás dele, compartilhando um olhar. - Vamos tira-la de lá.

I'd still miss you, babe
And I don´t wanna miss a thing