Interlúdio Para Amar escrita por FernandaFas


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!

Novamente peço desculpas pela demora, mas esses dias sofri com o excesso de trabalho e a falta de inspiração.
Mas aqui está um novo capítulo, espero que esteja bom o suficiente.
Boa leitura!



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“Porque o amor é feito bebida: tem que tomar a dose certa.”

(Cazuza)

- É realmente maravilhoso estar em casa! – Exclamou Kagome satisfeita abrindo as janelas para arejar o ambiente. Tinha passado apenas uma noite ali, mas já o considerava seu lar, Inuyasha havia construído para eles criarem sua família e havia toda uma atmosfera de sonhos e esperanças.

O hanyou amontoou toda a bagagem que haviam levado, também estava feliz por estar de volta. – Kagome, o que eu faço com toda essa tralha? Como você consegue carregar tanta coisa?

- Minhas coisas não são tralha e nunca se sabe quando se pode precisar... – ela fitou-o com um olhar travesso e continuou – Deixe aí que mais tarde eu arrumo.

Ele sabia! A falta de um objeto tão simples como uma faca arruinou sua noite de núpcias e depois de quase uma semana ainda não tinham consumado o casamento. Já era final de tarde e Inuyasha tentou vislumbrar a noite que viria, nada podia falhar agora. Ansiava por estar com a esposa, sua pele branquinha e macia, seus lábios vermelhos, seu aroma de flores, seu corpo quente...

- Inuyasha – o hanyou despertou de seus devaneios pelos chamados da moça.

- Sim?! – ele respondeu ainda saboreando a visão que a imaginação havia lhe proporcionado.

- Combinei com a Sango de irmos tomar banho no rio com as crianças, depois vou passar na casa da vovó Kaede para ver como ela está.

- Claro, também quero ver a velha. Vou juntar um pouco de lenha e providenciar algo para o jantar.

- Mais lenha seria bom, mas não se preocupe com o jantar. Eu não demoro – Kagome deu um selinho no marido e saiu. Inuyasha se viu novamente sozinho com seus pensamentos, iria aproveitar que as mulheres haviam saído e conversaria com Miroku, mesmo sendo um pervertido o monge tinha mais experiência com casamento e poderia ajudá-lo.

Inuyasha dirigiu-se a casa do monge e encontrou-o sozinho, conforme havia previsto – Miroku eu preciso de um conselho seu – disse meio sem jeito.

O monge parou o que estava fazendo e voltou sua atenção para o amigo, se Inuyasha estava lhe pedindo ajuda o assunto devia ser muito serio – Me diga qual é o problema que vou tentar ajudar no que puder.

Bem, é que desde o casamento, eu e Kagome ainda não conseguimos fazer nada e..., bem, isso já esta passando da hora. – Inuyasha estava constrangido, não sabia como terminar a frase e já estava se arrependendo de ter começado.

- Você está tentando me dizer que vocês não fizeram sexo até hoje? – respondeu Miroku.

Inuyasha corou – Sim é isso, sempre acontece algo para atrapalhar, e Kagome tem ficado muito nervosa – Não podia admitir que ele também ficava nervoso.

- Entendi qual é problema. Você precisa deixá-la mais segura e confiante, seja mais gentil com ela, elogie, e diga coisas bonitas, mulheres adoram essas coisas, ela vai acabar cedendo.

O que Miroku dizia parecia muito obvio para Inuyasha, ele não era uma pessoa muito gentil mas iria se esforçar mais para agradar Kagome.

No rio as crianças brincavam de jogar água uma nas outras. Kagome dava longos suspiros, tinha um problema para resolver e quanto mais pensava nele, mais ansiosa ficava. Sango percebeu a inquietação da amiga.

- Algum problema Kagome? Parece preocupada – perguntou Sango.

- Ah sim, um pouco. Eu e Inuyasha não conseguimos consumar o casamento ainda, parece na hora ficamos muito nervosos e as coisas não dão certo. Talvez eu não devesse ter esperado até o casamento para nós fazermos amor – Kagome se lembrou de como o desejo fluía melhor antes, ela que havia insistido para que esperassem, seria mais especial quando já estivessem casados, dizia ela, além de que teriam um lugar mais privativo. Agora estavam casados, tinham a casa só para eles, e não faziam nada.

- Vocês estão se pressionando demais. O sexo tem que acontecer naturalmente, por isso você acha que antes havia mais desejo que agora, vocês estão criando muitas expectativas e tornando tudo uma obrigação. – Concluiu Sango.

O que Sango estava dizendo fazia muito sentido para Kagome – Certo, mas como controlar a ansiedade agora, para que as coisas aconteçam naturalmente.

- Tente não pensar no assunto, quando chegar a hora vai acontecer, porque vocês se amam e esse é o desejo de vocês.

- Falar é fácil, será que não tem algo mais que possa ajudar – perguntou a miko.

- Se você fica assim tão preocupada tome um pouco de sakê enquanto prepara o jantar, vai ajuda-la a relaxar, e dê um pouco também para o Inuyasha.

Kagome retornou a sua casa e começou a preparar o jantar, Sango estava certa, não tinha que ficar se cobrando tanto, mas para se assegurar que tudo daria certo aquela noite abriu uma garrafa de sakê e começou a beber, só um pouquinho não iria fazer mal. Certificou-se de não colocar pimenta em nenhum dos pratos, ela adorava o tempero, mas Inuyasha detestava e queria agrada-lo.

O hanyou chegou bem na hora em que tudo estava pronto, parecia meio desconfiado.

- Você finalmente chegou, o jantar está pronto, venha, fiz seu prato preferido. – disse Kagome.

- O cheiro está muito bom mesmo, você fez aquela comida ninja?

Kagome sentiu uma leve irritação mas respirou fundo – Não, fiz ensopado, já te expliquei que não tem lamen nessa era.

- É mesmo, eu havia me esquecido. Trouxe para você – disse ele entregando um buquê com muitas flores, ele não gostava muito delas, tinha o olfato sensível e lhe causavam alergia, mas aparentemente Kagome gostava.

- Que lindo! Você lembrou que eu gosto dessas flores – disse Kagome pegando as flores e dando um beijo no marido. Inuyasha sorriu, finalmente tinha acertado em algumas coisa.

- Venha vamos comer, disse puxando Inuyasha. – Aqui está. Experimente, me diga o que achou.

Inuyasha levou a comida a boca rezando para que estivesse pelo menos razoável. Não era bom em mentir e não queria desagradar a esposa. Por sorte estava bom, não era maravilhoso, mas dava pra comer. – Está muito bom Kagome – disse ele.

- Ah, que bom que você gostou, não coloquei pimenta dessa vez, estou muito feliz. – disse ela enchendo o copo de sakê e entregando para ele e enchendo o seu.

O jantar transcorreu bem, conversaram assuntos leves e divertidos. Quando Kagome encheu o copo de Inuyasha pela décima vez ele percebeu que estavam bebendo demais, principalmente ela que se embriagava facilmente. – Acho que já bebi o suficiente,recusou ele afastando o copo.

- Que nada – respondeu ela – nós estamos nos divertindo, é só pra descontrair um pouco . Mas como você já está satisfeito...Podemos passar para a próxima etapa – disse ela sentando no colo dele e começando a tirar-lhe a camisa.

Não podia ser melhor, pensou Inuyasha, agora ia dar certo, mas algo o incomodava o cheiro de álcool nela era muito forte. Quantas garrafas de sakê ela teria bebido? – Kagome você está bêbada? – perguntou ele.

- Nada, só bebi um pouquinho para relaxar – disse a miko tirando a roupa e ficando completamente nua – Você não me quer?

Sim, ela estava bêbada concluiu, mas a visão dela nua sob a luz da lamparina era perfeita, não podia ignorar que ele a desejava e que havia esperado muito por esse momento. – Eu te quero muito – disse ele dando-lhe um beijo na boca, pegou-a no colo e levou-a até o futton deitando-a suavemente. Continuou a beija-la e tocar-lhe a pele macia, o cheiro dela era muito bom, mesmo misturado com álcool. Tinha chegado a hora, Inuyasha levantou-se para tirar a própria roupa, pois ainda estava vestido. Quando voltou a beija-la percebeu que ela não retribuía. – Kagome?- chamou, sem ter resposta. Ela havia bebido tanto que acabou domindo.

Deitou-se ao lado dela e suspirou profundamente, droga, porque ela tinha bebido tanto sakê?, se perguntou, o que iria fazer agora? Estava completamente excitado e sozinho. Virou-se para ela e fez um carinho em seu rosto. Ela também está se esforçando pensou, ela também estava tentando me agradar. Essa idéia o confortou, contemplou-a adormecida por um tempo, depois a cobriu com o um cobertor para que não pegasse a friagem da noite e foi dormir também.

Kagome acordou com uma forte dor de cabeça, Inuyasha já havia se levantado e preparava o café da manhã.

- Inuyasha não faça tanto barulho por favor, minha cabeça está querendo explodir.- disse ela cobrindo-se com o cobertor.

- Claro e você nem imagina por que sua cabeça dói? Tome, fiz um chá para você, vai ajuda-la a se sentir melhor – disse ele sentando-se ao lado dela.

Ela sentou-se, foi quando percebeu que estava nua. Ela puxou rapidamente a coberta. – O que aconteceu ontem? Não me lembro de nada depois do jantar – Ela puxou a coberta até a altura do nariz e perguntou timidamente – Nós fizemos alguma coisa?

- Não aconteceu nada entre nós, você bebeu demais e dormiu – respondeu ele.

Ainda bem, pensou Kagome, não se perdoaria se não conseguisse se lembrar de sua primeira vez. – Por que eu estou nua, então?

- Depois do jantar você tirou a roupa, mas acabou dormindo antes que fizéssemos algo,e eu não quis acorda-la por isso você ainda está assim.

Kagome sentia muita vergonha, como podia beber daquele jeito, e ainda não se lembrar de nada depois, talvez tivesse feito mais coisas do que Inuyasha estava contando, mas tinha medo de perguntar.

- Me desculpe, eu acabei estragando tudo – lamentou a moça.

- Tudo bem, de qualquer forma, eu gosto de estar com você, só não faça isso de novo está bem?

- Eu prometo – afirmou ela.

Inuyasha despediu-se de Kagome com um beijo e saiu, tinha um trabalho para fazer e Miroku provavelmente já estava o esperando. Entrou na casa do amigo. – Bom dia - disse a tayjia e as crianças.

- Bom dia! – respondeu Sango - Onde está Kagome?

- Está dormindo.

Sango estranhou, a amiga não era de dormir até tarde – Ela está doente?

- Não, só bebeu um pouco demais ontem e está com dor de cabeça.

Sango lembrou-se do conselho que havia dado a amiga e sentiu-se culpada, mas era para ela tomar só um pouquinho de sakê, e não para tomar um porre – Mais tarde eu vou vê-la, Miroku já saiu, se correr, conseguirá alcançá-lo.

- Então até mais tarde – despediu-se o hanyou.

Sango parou o que estava fazendo e pensou em Kagome, estava ficando preocupada com ela.


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Notas finais do capítulo

É este o problema com a bebida, pensei, enquanto me servia dum copo. Se acontece algo de mau, bebe-se para esquecer; se acontece algo de bom,bebe-se para celebrar, e se nada acontece, bebe-se para que aconteça qualquer coisa.
(Charles Bukowski)

Não resisti e tive que colocar mais uma frase!

Espero que tenham gostado e por favor comentem.

Beijos!!!



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