Paradoxo escrita por Sky Salvatore


Capítulo 20
Capítulo 19 - Almost Paradise




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POV Jace

Um pressentimento ruim rondava toda essa história, parecia que qualquer momento Clary simplesmente desaparecia dos meus braços e viraria poeira. E talvez, aquilo pudesse ser verdade.

Algo nisso tudo não parecia...seguro. Eu não queria sair de perto dela, um mal maior estava por trás e todos anestesiados com as noticias se esqueceram de que Clary não foi apenas escondida por ser um caso extra conjugal e sim por estar correndo risco de morte.

Estávamos deitados em sua cama, Clary tinha pegado no sono fazia alguns minutos. Seus braços estavam envolvendo meu corpo e eu também a abraçava.

–Eu estou chegando Jace – murmurou Clary.

Ela dormia, e falava sozinha. Que fofinha.

–Eu sou...perigosa – continuou dizendo – A morte...ela vai trazer...a morte. Ela é o fim.

Clary estava começando a me assustar. A balancei algumas vezes para ver se ela acordava mas, a garota continuava repetindo coisas desconexas sem sentido algum.

–Clary – chamei.

Ela se quer se mexeu.

–Temos...Que...Correr...Me...Matar – murmurou.

Fora seu último murmúrio, depois disso ela ficou quieta e dormiu pela noite inteira. Eu pelo contrário não consegui fechar os olhos.

[...]

–Clary, melhor você não mexer mais nisso – disse Sebastian.

Todos estávamos na sala de lutas, Clary era muito atrapalhada. Apenas de tocar em uns bastões conseguiu quebrá-los. Eu sentia que devia ensinar alguns golpes a ela mas, Clary parecia ser atrapalhada para qualquer tipo de coisa e de lutas.

–Ele tem razão, não mexa nisso ruivinha – concordei.

–Ah, porque? – perguntou.

–Por que você é muito atrapalhada fofinha – disse sorrindo.

Clary bufou, mas concordou que ela era extremamente atrapalhada.

–Vou esperar lá fora, está bem?

–Por favor – disse.

Ela saiu ficando do lado de fora.

–Vamos voltar a treinar? – perguntou Sebastian.

–Vamos – concordei.

POV Clary

Eles tinham razão, eu não tinha que ficar lá dentro sendo atrapalhada como eu era. Comecei a andar para longe da sala, queria conversar com Isabelle. Eu não me sentia bem, mas não era fisicamente era de um jeito que eu não conseguia explicar, como se algo dentro de mim estivesse errado.

–Você ainda está aqui? – perguntou uma voz grave atrás de mim.

Virei-me lentamente e vi uma versão mais velha do Alec. Não muito velho e nem muito novo, era realmente bonito. Alec chegava a ser ainda mais bonito, e de longe tinha feições mais leves e amigáveis.

–Quem é você? – perguntei.

–Robert Lightwood – respondeu.

Ele era o marido da Maryse, pai dos meus meios irmãos. Ele era quem queria me matar.

–Você deveria ir embora – disse Robert – Não tem que ficar na minha casa, na vida dos meus filhos, da minha mulher.

–Ela não é mais sua mulher – constatei – Eu não estou fazendo nada. Aqui também é a minha casa.

–Não sua casa é naquele lugar de louco que você estava. Você tem que estar morta Clarissa, alguém como você não pode estar viva.

–O que você quer dizer com “alguém como eu”? – perguntei.

–Você vai matar todos nós – disse mudando de assunto.

Robert se aproximou de mim, me prensou na parede e apertou meu pescoço contra a mesma. Eu quase não conseguia respirar, ele me ergueu e por isso mês pés ficaram balançando no chão.

–Eu mesmo quero ter o prazer de matar você – sussurrou – Quando ele chegar.... Você não vai ter chances.

–Solte ela – pediu uma voz.

Com os olhos quase fechando, eu vi Alec.

–Você me ouviu Robert, solte ela – gritou ele.

Robert me soltou fazendo eu cair sentada no chão.

–Você não sabe o que está fazendo filho – disse ele.

–Eu não sou seu filho – falou Alec – Mal sei se você é capaz de sentir.

–Vocês vão matar todos nós – resmungou ele saindo de cena.

Alec me estendeu a mão e me puxou para que eu me levantasse.

–Você está bem?

–Estou sim – respondi rouca – Obrigado.

–Clary, toma cuidado – pediu Alec.

–Deveria tatuar isso – sorri.

–É um bom aviso – concordou sorrindo.

Continuamos a andar pelo corredor.

–Então você é uma Lightwood?

–É o que parece – sorri.

–Não me de trabalho como Isabelle me dá – disse rindo – Adoro ser irmão mais velho, mas não abuse.

–Ah, sei que vou adorar provocar você – concordei.

POV Jace

Eu precisava falar com Tessa, algo em Clary estava estranha eu tinha que descobrir o que. Ela saberia me responder, por isso sai de fininho sem que ninguém me visse.

Já estava no prédio mundano em que ela morava, logo bati na porta.

–Oi, Jace – disse Jem ao abrir a porta.

–Oi Jem – disse apressado – Tessa está?

–Claro, vamos entre vou chamá-la – disse.

–Eu espero aqui – falei.

Jem entrou e foi chamar, logo Tessa apareceu chorando por alguma coisa.

–Oi Jace – disse ela.

–Posso falar com você?

–Vamos entre

–Em outro lugar.

Nós saímos e fomos para um café, onde nós sentamos em uma mesa no fundo.

–O que aconteceu? – perguntei.

–Hoje fazem 150 anos que eu me casei – disse ela forçando um sorriso.

–Com Jem? – perguntei.

–Com Will – falou ela.

–Você o amava não é mesmo?

–Ainda amo – sorriu – Mas, amo Jem também. Eu só fico triste em lembrar das desvantagens de ser imortal. Chega de falar de coisas tristes, em que posso ser útil?

–Algo está errado com a Clary, eu sinto isso Tessa.

Tessa me olhou.

–Eu sei Jace, temos que ser rápidos.

–O que está havendo?

–Quer mesmo ouvir?

–Porque não? – perguntei irônico.

Nós fomos para um café que ficava ali perto, nos sentamos em uma mesa e Tessa pediu uma xícara de café e eu preferi não comer nada. O que estava acontecendo com Clary parecia ser mais importante.

–O que está havendo com Clary? – perguntei incerto se queria mesmo uma reposta.

Tessa me olhou e levou a xícara á boca tomando um pouco.

–Quando Maryse me pediu para esconder Clary eu só ajudei por dois motivos. Ela era especial e porque eu tinha que esconder minha filha. Usei em todos vocês um feitiço de bloqueio da mente – explicou – Em nenhum de vocês era necessário refazer o encanto, mas em Clary era. O feitiço sempre enfraquecia com ela por algum motivo. Ás coisas começaram a dar errado Jace, Clary ficava cada vez mais descontrolada por mexer com a mente dela. Então eu e Maryse procuramos Magnus, ele explicou que algo estava errado com Clary.

–O que estava errado?

–Nós somos apenas um, mas nossa essência pode ter mais de uma face. Quando nós tentávamos esconder o mundo das sombras de Clary uma nova Clarisse surgiu, ou seja, a Clary que está com você no instituto entrou em guerra com a Clary humana pra que ela tenha o conhecimento de ambos os mundos – explicou – Nós conseguimos esconder a Clarissa com a essência maligna por anos, mas agora que a Clary sabe de tudo ela vai desaparecer e a Clary voltará a ser apenas uma pessoa.

Fiquei quieto absorvendo tudo.

–Deixa eu ver se eu entendi – comecei dizendo – O feitiço que você fez na Clary criou duas delas, uma que é caçadora de sombras e malvada e uma que humana e boazinha.

Tessa concordou com a cabeça.

–Exatamente. A Clarissa caçadora de sombras ficou perversa, porque tomou para si toda a raiva que Clary tinha de estar presa naquele lugar, o fato de ela não ter mãe, o pai ter morrido, a vida ter sido desse jeito. A Clary que é “humana” – disse fazendo aspas na palavra humana – É a sua Clary, sente normalmente, ama, tem dores, é como uma garota deveria ser. Só que agora que ela está descobrindo tudo sobre si a Clarissa quer matá-la e vai começar matando o que ela ama.

–Matando?

–Ela vai querer tomar o lugar da Clary, a Clarissa vai matar a Clary e assumir a identidade dela.


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Notas finais do capítulo

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