Não Sei Quem É A Mãe Da Minha Filha! escrita por black rose


Capítulo 4
Filhos crescem rápido demais


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquinho, fresquinho!!! Espero que gostem!!!



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Seis meses – primeiros dentinhos

Sissa estava inquieta, bem mais que o normal, parecia estar incomodada com alguma coisa. Draco tentou dar mamadeira, banho, trocou a fralda e fez até massagem para cólica, mas nada disso adiantou. Se lembrou da chupeta, mas não a encontrou em lugar nenhum, revirou a casa inteira e nem sinal dela. Como não achou a chupeta, deixou a filha brincar com seu dedo, até que...

– Aiii!!

O dedo dele estava vermelho e com duas marquinhas de dentes. Olhou a boca da filha e percebeu a gengiva um pouco inchada, e notou também, os dois pequenos dentinhos que começavam a nascer na parte de baixo.

À partir desse dia, os brinquedos de Sissa passaram a exibir marcas semelhantes às do dedo de Draco.

Sete meses – começando a engatinhar

Draco foi até o quarto no segundo andar, buscar uma toalhinha para limpar Sissa que havia se lambuzado com suco de laranja. Deixou a menina brincando na sala e quando voltou ela não estava mais lá. Procurou por todos os cômodos do primeiro andar e não a encontrou, começou a ficar desesperado e então notou que a porta dos fundos estava meio aberta... Quase teve um ataque cardíaco! Correu porta à fora e parou na pequena varanda que tinha ali, a cena que viu o fez suspirar de alívio. Sissa engatinhava um pouco desajeitada pela extensão da varanda, perseguindo uma joaninha.

Nove meses – primeiros passos

Os dois estavam sentados no quintal, aproveitando os últimos dias de verão. O vento estava fraco, mas era suficiente para derrubar algumas folhas que já estavam amareladas. No impulso de pegar uma delas, Sissa levantou e deu dois passos antes de perder o equilíbrio e cair sentada no chão, levantou-se novamente e conseguiu dar mais três passos antes de cair.

Draco estava com uma expressão abobalhada de orgulho e sorria abertamente toda vez que a pequena levantava e dava passinhos vacilantes em direção as folhas que caíam.

Onze meses e vinte e dois dias – primeira palavra

Era quase meia noite, Draco mal conseguia manter os olhos abertos, mas Sissa parecia mais acordada do que nunca! Não parava de correr de um lado para o outro da casa e como última tentativa de fazê-la dormir, Draco pegou um livro infantil qualquer e começou a lê-lo em voz alta. No início ela não deu muita atenção, mas depois, ficou quietinha no sofá ao lado do pai, escutando atentamente.

– Shol!

– “... ela pegou a enorme caixa de chocola-” o que você disse, filha? – ele interrompeu a leitura, ao se dar conta de que a filha havia dito algo. Era a primeira palavra dela.

– Shol! – ela repetiu apontando para o livro.

– Shol? – ele olhou para onde ela estava apontando e entendeu o que ela havia dito – Ah, é o sol! – havia um grande sol amarelo na capa do livro – E eu que pensei que a primeira palavra que você dissesse fosse ser “papai” ! – falou sorrindo.

Dois anos – primeira vassoura

No seu aniversário de dois anos, Sissa ganhou do pai uma pequena vassoura. Demorou alguns dias para conseguir se equilibrar direito, mas depois de uma semana, parecia que tinha nascido voando.

A vassoura só voava à sessenta centímetros do chão, o que era mais do que suficiente para derrubar tudo o que fosse quebrável e estivesse ao alcance. Depois de consideráveis perdas materiais, Sissa foi proibida de voar dentro de casa.

Três anos – gosto muito esquisito

Sissa estava deitada no tapete da sala olhando as figuras do livro “Criaturas mágicas e onde habitam”, passava folha por folha, até que parou na página 384 e ficou analisando a figura por um tempo.

– Papai, posso ter um bichinho? – perguntou sem desviar os olhos do livro.

– Um bichinho?

–É. Posso?

– Acho que sim... O que você quer? Um gato, uma coruja... que tal um mini-pufe?

– Eu quero um cavalinho.

– Cavalinho? Que cavalinho?

– Esse aqui! Olha! – e apontou para a figura do livro.

Draco tomou um susto quando viu a figura do tal “cavalinho”.

– É “isso” aqui o que você quer?!

– É. Cavalinho!

– Minha princesa, isso não é um cavalo. O nome “disso” é testrálio.

– Mas eu quero! – ela fez bico.

– Mas não pode! Esses bichos não são domesticáveis e mesmo que fossem... eles são esquisitos!

– Não acho eles esquisitos.

– Ok, então você tem um gosto muito esquisito!

– Posso ter um? – perguntou esperançosa.

– Não!

Quatro anos – fase das perguntas

– Papai?

– Sim.

– De onde vêm os bebês?

– O QUÊ? – ele quase engasgou com suco que estava tomando.

– De onde vêm os bebês?

– Ahn... eles... vêm da barriga das mamães.

– E como eles vão parar lá dentro?

– Bom... eu... não faço idéia! Talvez você descubra quando tiver uns trinta anos!

– Eu também vim da barriga de uma mamãe?

– Claro.

– E cadê a minha mamãe?

– Ela... ela ficou doente e... bom, ela está se tratando.

– Ela vai ficar boa?

– Não sei, princesa. Mas vamos torcer que sim, não é?

– Aham! – ela sorriu e voltou sua atenção para as bonecas, espalhadas pelo chão.

Cinco anos – “Hogwarts, uma história”

Draco lia histórias para Sissa quase todas as noites, elas variavam bastante entre contos infantis e trechos dos livros que Draco usou quando estudava em Hogwarts. O favorito dela era “Hogwarts, uma história”, ficava sentada no colo do pai observando cada palavra escrita no livro e prestando bastante atenção no que o pai dizia.

Num final de tarde, Draco havia acabado de sair do banho e notou que estava tudo quieto demais, o que não era um bom sinal. Quando Sissa ficava quieta demais assim, era por que estava aprontando alguma coisa.

Olhou no quarto dela e nem sinal, procurou na cozinha, na sala, no pequeno escritório... e nada! Então ouviu a voz dela do lado de fora, bem embaixo da janela. Deu a volta pela varanda e se aproximou devagar para ver o que a filha estava fazendo.

– Hog-w-ar-ts f-foi fun-da-da p-por qu-a-tro gr-gran-des bru-xos: S-Sa-la-zar S-ly-the-rin, G-Go-dr-dr...

– Gódric. – Draco disse, muito surpreso.

– Papai!

– Quem te ensinou a ler?

– Ninguém. Aprendi sozinha! – disse orgulhosa de si mesma.

– Como assim, sozinha?

– Acho que foi de tanto observar o senhor lendo pra mim. Comecei a reconhecer algumas letras. – deu de ombros, como se não fosse nada de mais.

– Você é incrível, sabia?

O loiro sentou-se ao lado da filha e ajudou-a a ler, palavra por palavra.


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Notas finais do capítulo

O capítulo ficou meio estranho mas é por que a parte mais importante da história começa agora e eu não queria ficar enrolando até a Sissa crescer um pouco, então, fiz esse pequeno resumo sobre os primeiros anos dela. Espero que não tenham achado muito ruim!!!