Com Amor, John. escrita por Lea
Na manhã seguinte me levantei e fui preparar o café, fiz algumas panquecas e torradas, dessa vez eu não iria tomar café naquele bar, então depois que preparei tudo, coloquei algumas panquecas, torradas e duas xícaras de café em uma badeja e levei ate o quarto, John estava dormindo ainda, coloquei a bandeja ao lado dele, então o acordei.
— John, acorda.
— Que? Já é de manhã? Nem parece que dormi, que horas são?
— São 9:30.
— 9:30? Estou acostumado a acordar 11:00.
— Para de reclamar, fiz café para nós.
Ele se sentou na cama e se espreguiçou, sentei ao lado dele colocando a bandeja sobre nós.
— Awn parecemos um casal.
Ele disse rindo e eu ri também, mas acabei me afogando com o café.
— Você é muito palhaço.
— Também amo você. O que vamos fazer hoje? Você só trabalha mais tarde, não é?
— É verdade, deixa eu ver... Que tal arrumarmos sua loja? Ela parece meio suja.
— Suja? Você disse que minha loja é suja? Ele colocou a bandeja no chão e ficou de joelhos em cima da cama. — Eu não acredito que você disse isso da minha loja, agora você irá pagar pelos seus pecados.
Ele começou a fazer cócegas em mim, eu ri ate faltar o ar e nós dois caímos no chão, depois nos vestimos e fomos para loja dele, peguei dois baldes e panos para limpar, compramos tintas, limpamos tudo que estava ali, tirei pó de alguns livros e ele dos quadros, passei pano no chão e ele limpou as janelas, assim que terminamos de limpar tudo, colocamos jornais e revistas no chão para pintarmos as paredes.
— Por onde começamos? Perguntou ele.
— Que tal por aqui? Joguei tinta na camiseta dele.
— Ah é? Ele molhou o pincel na tinta e passou no meu cabelo, eu empurrei ele e passei tinta em seu rosto, brincamos com isso por um tempo, então depois terminamos de pintar a loja, peguei na sacola uma lâmpada que tinha comprado, então John a trocou, quando terminamos tudo fomos almoçar, as pessoas nos olhavam, pois estávamos cheios de tinta, não nos importamos e assim andamos por quase toda parte, voltamos para minha casa e tiramos a tinta do corpo. Já era 15:20, eu teria de ir para o trabalho, então John foi para a loja dele e eu fui trabalhar, como o movimento não foi grande eu voltei um pouco mais cedo para casa, eu pensei em chamar John, mas tive uma surpresa ao entrar em casa:
— Aí está ela, como está querida?
Minha mãe e meu pai estavam sentados no sofá da sala, minha mãe se levantou e me abraçou, meu pai fez o mesmo.
— O que estão fazendo aqui? Como entraram?
— Viemos lhe ver e você deixou a porta aberta, querida. Não parece estar feliz em nos ver.
— Não é isso, apenas estou surpresa, não vejo vocês tem dois anos.
— Eu sei minha filha e esses dois anos foram um tanto doloroso para mim.
— Vocês vieram visitar, posar?
Minha mãe ficou seria.
— Bom querida, na verdade viemos te buscar.
— Me buscar? Como assim? Por que?
— Calma, meu amor, eu e seu pai conversamos e decidimos que você não esta pronta para morar sozinha, olha o estado dessa casa, você merece mais que isso meu amor.
— Não tem nada de errado com a casa, estava tudo indo bem, nada deu errado, tenho um emprego...
— Você trabalha de garçonete em um restaurantezinho barato e quanto ao seu curso de fotografia?
— Olha mãe, eu gosto de como está e se pra fazer o curso eu vou ter que voltar a morar com vocês, prefiro que continue assim como está.
Ela e meu pai se olharam, então minha mãe olhou para a mesinha onde estava o buquê de rosas, ela pegou o cartão de cima das rosas e leu.
— Quem é John?
— É um amigo.
— Não minta pra mim Sophia.
— Não estou mentindo.
Meu pai voltou do meu quarto com uma foto na mão, ele alcançou para minha mãe.
— Este é ele?
— Sim.
— Minha filha, olha com que tipo de gente você anda...
— Tipo de gente? Você só fala assim dele porque ele não é rico como o Joseph!
— Claro que não, meu amor, mas Joseph e esse garoto tem muitas diferenças, Joseph é educado, culto e esse garoto deve ser um...
— Chega, não quero mais ouvir você falando assim dele, você não o conhece, não pode julga-lo dessa maneira, por favor, vão embora.
— Sinto muito Sophia, mas você irá conosco mesmo não querendo.
— Vocês não podem me levar!
— Podemos sim e já fizemos suas malas, elas já estão dentro do carro, agora vamos.
Meu pai me puxou pelo braço e me levando ate o carro, ele me empurrou para dentro e acelerou, depois de alguns minutos já não via mais a cidade. Ao chegar minha mãe pegou meu celular e o quebrou, ela não queria que eu contasse a John onde eu estava, eu sabia que ele me odiaria por ter deixado ele sem dar nenhuma explicação.
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