Sem Pistas escrita por Return To Zero


Capítulo 5
Verso IV: O último dia de Xerxes


Notas iniciais do capítulo

E, último capitulo! Sigh, espero que tenha ficado bom...



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E Clara estudou impiedosamente sobre o Norte, até à última audiencia de Heim com o Rei. Era totalmente contra às pesquisas sobre Imortalidade, e preferiu ficar em casa. Sem poder contestar, Heim partiu, com seu baixinho em mãos.

Um enorme circulo fora desenhado ao redor de Xerxes. Clara estava nervosa. Sabia que deveria ter ido embora na última oportunidade.

"Você sabe o que eles vão fazer. Nós vamos morrer, e a culpa é toda sua!"

- Não, não vamos! Eu preciso encontrar um modo de... - ela correu até à janela, observando um enorme clarão esbranquiçado se formar ao longe - ... Tarde demais, Ini...

"Quanto tempo temos, mais ou menos?"

 - Nenhum. - respondeu, cerrando os olhos ao ouvir os gritos que ecoavam pela cidade

***

- O que aconteceu?! - Heim gritou para o frasco - O que está acontecendo?!

O baixinho girava em seu frasco, rindo, sem preocupação alguma.

- O Circulo foi desenhado para que você ficasse no centro. Você, e eu. - enfatizou 

- Não... Você não fez isso...

Desesperado, Heim correu para fora do castelo. Por todo lado, braços negros saltavam do chão e havia apenas caos e morte que pareciam querer engolir aquele local. 

Um olho gigante se abriu no chão, enorme e onipotente. Aos poucos os dois pareciam se desfazer, como o papel é destruido pela água. A dor era imensa, como se sua propria carne estivesse sendo dilacerada por algum tipo de força invisivel. Logo, não pode ver, ou sentir, mais nada.

***

Hohenheim havia finalmente despertado. Cada pedaço do seu corpo doia, e ele se levantou com dificuldade, analisando o cenario ao redor. Pelas ruas, pode descobrir corpos de pessoas até se perder de vista. Crianças, velhos, homens e mulheres, estavam mortos. 

- Acordou, Hohenheim? - uma voz se fez presente, atrás de si - Como está seu corpo novo? Sente-se bem?

- Meu Rei, o senhor... - Heim rapidamente se virou, e se curvou diante da voz, percebendo o engano quase que imediatamente - Mas... Você... Sou eu...

A figura à frente de Hohenheim sorriu de forma maliciosa, costumeira.

- Eu usei o seu sangue para fazer um novo "recipiente". - verbalizou, naturalmente - Você me deu vida, e eu te agradeci com um nome, sabedoria, e um corpo que nunca morrerá. Espero que isso pague o preço.

- E... Como assim... "Sente-se bem"? - repetiu o loiro, perplexo

- Concentre-se, Hohenheim. Olhe para os seus pensamentos mais profundos. Não consegue ouvir?

Ele fitou cada corpo jogado na rua; percebeu que suas almas fluiam dentro de seu corpo agora, e Heim podia sentir, podia ouvir o grito agonizado de cada uma delas.

- E consegue sentir? Dentro de si? O que uma simples alma Veronikana pode fazer?

- V-Veronikana? - repetiu, num murmurio - Ah! Clara!

Heim correu em disparada para sua casa. 

- Clara! Clara! - Heim chamou em todos os comodos da casa até encontrá-la em seu quarto, caída. Os olhos azul-alice giraram em sua direção e a boca tentava dizer algo. Se ajoelhou, amparando a garota - Clara, por favor, fale comigo! Vamos, fale algo! Qualquer coisa!

Muito debilmente, a morena estendeu o braço e tocou o rosto do rapaz, que já havia se tornado um homem então. Desferiu-lhe então um tapa tosco em seu rosto, utilizando de suas últimas forças.

- Obrigada..., Imbecil. - a força que sustentava o braço morreu, e ele caiu por sobre seu peito. A cabeça tombou para um lado, a boca se fechou e as orbes cristalinas sumiram para sempre.

E assim, no último dia de Xerxes, Clara finalmente conseguiu agradecer ao garoto de olhos dourados por ter cuidado dela.


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Notas finais do capítulo

E, nos vemos no proximo episodio dessa historinha marota sem pé nem cabeça e super cliche e gwaah *dies*

Anyway, espero que tenha gostado, sweetie! Realmente espero, porque eu fiz ela toda pensando em ti. Espero que tenha muitos outros anos de vida pela frente, e que possamos partilhar deles, juntos. Eu te amo, e feliz aniversario ♥



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