Pov. Angie

Depois daquela declaração não tinha como eu deixar de chorar. Germán estava ali, na minha frente, de terno segurando um buquê de flores.

–Então, aceita?-Ele repetiu da forma mais doce possível.

–Aceito, aceito e aceito!- Disse eu quase pulando em cima dele. Como eu poderia dizer “não”? Por que eu diria “não”? Ele tinha planejado tudo aquilo e além do mais eu realmente o amava. Ele me entregou o buquê, que era incrivelmente lindo e perfumado, depois se ajoelhou e colocou o anel em me dedo.

–Eu te amo- Germán disse se levantando e me dando um beijo, um beijo doce, suave e perfeito.

–Eu também- Eu disse colocando os braços em torno do seu pescoço e depois encostando as nossas testas.

–Então, gostou do que eu fiz?

–Bem, você marcou meus livros, mas tudo bem- Eu disse dando uma breve risada.

–Adoro quando você ri assim- Ele disse e eu acho que corei um pouco.

Ficamos um tempo ali na sala, abraços, tendo nosso momento.

–Angie! Não tínhamos de pegar a Violetta?- Germán disse quase pulando do sofá muito preocupado.

–É verdade! Como conseguimos esquecer? Precisamos correr!- Eu disse também muito preocupada.

–Vou lá em cima pegar as chaves do carro- Germán disse ainda preocupado e subiu correndo. Em questão de minutos ele voltou ainda correndo- Vamos logo- Disse ele puxando meu braço.

Fomos correndo para o carro, como pudemos esquecer a Violetta? Germán dirigia e eu só ficava mais preocupada. E se a Violetta achasse que tivéssemos esquecido ela? Bem... Nós esquecemos, mas ela não precisa saber.

Chegamos ao aeroporto e vimos alguns dos meus alunos lá como a Cami, o Maxi, a Naty, o Broduey, o Marco, o Andrés, o Federico, que por incrível que pareça estava abraçado com a Ludmila.

–Angie! Achei que não iria vir- Pablo chegou me abraçando, percebi um olhar meio estranho do Germán.

–Apenas nos atrasamos um pouco- Germán me abraçando.

–Espera, o que é isso no seu dedo? É o que eu estou pensando?- Pablo disse um pouco surpreso.

–Sim. É isso mesmo- Eu disse levantando a minha mão e admirando o anel.

–Parece que vamos ter dois casamentos- Pablo disse.

–Por quê?- Disse Germán confuso.

–Angie não te contou? Eu e a Jade também estamos noivos- Pablo disse um pouco feliz.

–Parabéns!- Germán disse.

Continuamos conversando ali mesmo até vermos alguns alunos correndo.

–Parece que eles chegaram, vamos- Pablo disse e nos juntamos aos meninos.

Violetta, Leon, Diego e Francesca tinham chegado mesmo, então os garotos começaram a cantar “Hoy Somos Más” e cumprimentavam eles. Depois de todos se cumprimentarem cada um foi embora e Violetta foi nos cumprimentar.

–Angie! Papai! Estava com saudades!- Violetta disse abraçando nos dois.

–Também senti sua falta filha!- Germán disse.

–Eu também! Como não sentir falta da melhor sobrinha do mundo!- Eu disse.

–Vamos para casa? Estou louca para comer a comida da Olga!- Violetta disse e fomos andando.

–A comida é tão ruim assim?

–Não! Mas não era a comida da Olga, né?- Violetta disse rindo.

Fomos para o carro e Violetta falou um tanto de coisa sobre a viagem, inclusive alguns de seus momentos com o Leon, mas aparentemente Germán não gostou quando ela falou desses momentos.

Um tempo depois chegamos na mansão e Violetta começou a me puxar em direção ao seu quarto.

–Ei! O que foi!- Eu disse quando chegamos ao seu quarto e Violetta fechou a porta.

–Me conta o que aconteceu quando eu estava fora- Violetta disse e se sentou na cama.

–Não aconteceu nada de mais- Eu disse e também me sentei na cama.

–Sério Angie? O Federico com a Ludmila, você e o papai? Não aconteceu nada?- Violetta disse irônica.

–Quanto ao Federico, eu não sei de nada. Agora, seu pai e eu estamos bem- Eu disse.

–Quer dizer que meu plano deu certo- Violetta disse baixinho, mas eu escutei.

–Não, seu plano não deu certo- Eu disse e ri.

–Plano? Que plano? Eu não sei de plano nenhum- Violetta disse.

–O que você planejou com o Federico. Não deu nem um pouco certo- Eu disse e continuei rindo.

–Mas vocês estão juntos. O que deu errado?

–Germán se desculpou e bem... Eu tive de desculpar- Eu disse e Violetta deu um sorriso.

–Eu sei que você e o papai não conseguem viver longe um do outro- Disse ela e deu uma risada.

–Angie! Violetta! Vem jantar!- Eu escutei um grito, parecia ser Germán.

–Vamos jantar! Eu estou com muita fome- Disse Violetta saindo do quarto correndo.

Descemos e fomos para a cozinha, lá já estava Federico, que estava com um sorriso bobo e Germán, que estava perfeito como sempre. Nos juntamos a eles e começamos a jantar. Qunado terminamos Violetta começou a me observar até que parou na minha mão.

–Angie, que anel é esse?- Violetta perguntou curiosa.

–É que... Bem... – Eu estava tentando dizer e olhei para Germán, então ele apenas se levantou e pegou a minha mão fazendo com que eu me levantasse também.

–Nós temos uma notícia para dar a todos. Vilu, poderia chamar o Ramalho e a Olga?- Germán disse e olhou para mim com um sorriso. Violetta foi chama-los e logo voltou na companhia deles.

–O que querem falar? Já estou curiosa- Disse Violetta.

–Bem... Eu e a Angie... Nós... Vamos... –Germán disse com certo suspense e entrelaçou nossas mãos- Nós vamos nos casar!- Germán terminou de dizer e começou uma comemoração, não sabia como apenas quatro pessoas podiam fazer tanta algazarra. Eu apenas fiquei um pouco envergonhada, até que eles pararam de comemorar.

–Não está faltando nada não?- Federico disse.

–É mesmo! Cadê o beijo?- Violetta disse.

–Beijo! Beijo! Beijo!-Os quatro começaram a gritar juntos. Germán me segurou pela cintura e me deu um beijo foi bem simples, mas muito perfeito.

–Estou tão feliz por vocês dois- Olga disse chorando, sim ela estava chorando e muito.

–Obrigada Olguinha!- Eu disse e a abracei.

–Parecia ontem que você era aquela garotinha correndo pela casa derrubando a arvore de natal- Olga disse soluçando um pouco.

–Parabéns Angeles e senhor Germán- Ramalho disse nos abraçando.

–Então, quando vão contar para a vovó?- Violetta disse. Tinha me esquecido completamente da mamãe, e agora?

–Não sei- Eu disse um tanto preocupada.

–Podemos chama-la para almoçar aqui amanhã, o que acha?- Germán sugeriu.

–Pode ser- Eu disse ainda preocupada, mas era melhor falar tudo de uma vez- Amanhã eu ligo para ela.

–Tudo bem então- Germán disse.

–Vou me deitar, estou morrendo de sono- Violetta disse esfregando os olhos.

–Eu também vou- Federico disse e subiu junto com a Violetta.

–Eu também vou dormir- Olga disse e foi para seu quarto.

–Eu também vou, com licença- Ramalho disse e foi embora.

–Bem, acho que nós também vamos, não é?-Germán disse e eu assenti.

Nós subimos para o nosso quarto. Nós nos trocamos e eu em sentei na cama, estava um pouco preocupada com o que ia acontecer no dia seguinte.

–Está nervosa?- Germán disse, se sentou do meu lado e me abraçou.

–Estou um pouco preocupada com o que a mamãe pode dizer amanhã, mas tudo bem.

–Ela vai aceitar, está bem?- Ele disse e deu um beijo na minha testa.

–Como eu vou contar? Como você contaria para a sua família que vai se casar com seu cunhado?-Eu disse e lembrei que não conhecia a família do Germán- Agora eu percebi uma coisa, você conhece a minha mãe, conheceu meu pai, mas eu nunca vi a sua família- Eu disse e Germán ficou meio cabisbaixo- O que houve? Eu não deveria ter dito isso? Me desculpe! Eu...

–Não Angie, acho que agora que vamos nos casar devo te contar sobre a minha família.