Dia - X escrita por Chiye


Capítulo 19
Capítulo 19 - Desfecho.


Notas iniciais do capítulo

Oi e tchau, pessoas. Sim, chegamos ao fim da história. Estou triste por ela ter acabado; Adorei escreve-la.



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O objetivo de escrever toda essa história foi uma simples humana que evitara um enorme paradoxo. O caso é o seguinte: Os fótons e os glúons dessa dimensão estavam vazando. Coisa terrível, isso. Apenas os grávitons deveriam transitar entre as dimensões, não os glúons e os fótons. Tínhamos que fazer algo e eis o que fizemos: Consertamos o tecido da realidade fechando a fenda. Houve uma menina que nos puxou para fora da explosão no momento certo. Preciso que essa menina saiba sobre mim, por que ela só nos salvou por já ter ouvido falar na gente. Já ter lido sobre a gente, para ser mais exata.

Era uma menina alta e magra, meio oriental, com cabelos pretos longos e uma cicatriz no pescoço. Não sei se ela leu, mas o importante é que ela leia. Já fiz minha parte, o resto fica nas mãos do destino. Se ela não tivesse nos salvado, o sistema solar não estaria mais aqui, precisei tomar essa providencia e achei justo lhes contar por que estão lendo isso.

Ela me contou, aos gritos , quando estava dentro da TARDIS, que havia me conhecido em uma fan fic. Na terra, em dois mil e treze, em um site chamado Nyah. Eu simplesmente não pude discordar.

Logo depois de ela nos salvar e a deixarmos em segurança na sua casa, eu e O Doutor brigamos. Sempre brigávamos, mas eram coisas bobas como “pegue o casaco, menina”, mas aquela briga foi diferente. Estávamos estressados por causa da rachadura e acho que muita coisa ultimamente tinha acontecido por termos sido descuidados, então foi natural.

–-Você tem que prestar mais atenção no que faz. –Dissera ele.

–-Pelo menos não faço as coisas de propósito. –Retruquei. –Como no dia em que você matou aquele casal de Slitheen.

–-Pare com isso. –Respondeu ele. –Você tem que aprender que sou mais velho: Sei o que estou fazendo.

–-Você diz isso, mas precisa ser salvo por humanos! –Gritei.

–-Olhe, somos só nós dois, se fizermos besteira, o universo inteiro vai pagar por isso, então preste atenção e me obedeça!

–-Somos só nós dois por que você queimou Gallifrey! –Gritei.

Certo, peguei pesado, eu sei.

O Doutor me encarou por um momento, seu rosto vazio de expressão.

–-Desculpe. –Eu disse. –Olhe, eu falei sem pensar, desculpe...

Mas ele passou por mim, esbarrando em meu ombro e sumiu nos corredores das TARDIS. Perguntei a ela onde ele estava, mas ela não me respondeu nada, talvez irritada.

Os: Isso aconteceu a vinte e sete horas.

Sim, eu o magoei. Mas acho que já sei o que vou fazer: Depois daqui vou até o ano de mil novecentos e oitenta e três e vou providenciar algo especial. Como estou postando essa história em dois mil e treze, ouvi (e muito) histórias sobre o especial de cinquenta anos. Vou tentar bolar algo bacana e mostrar para ele a horda de pessoas assistindo como um pedido de desculpas. Só não sei o que ainda. Mas tem de ser algo grandioso, algo lindo e emocionante sobre Gallifrey, ou sobre ele mesmo... Sem spoilers, por favor. Quero que isso nasça inteiramente da minha criatividade.

Você deve estar se perguntando: “Nossa, mas demora tanto assim para fazer algo na série?” Sim, demora. É como eu disse: Tenho que moldar tudo apenas com pequenos detalhes, de modo que levo anos para conseguir uma simples ideia.

Uma coisa que notei que ficou meio vaga na história: A Instituição. Então, vamos nessa.

A maioria das pessoas que fazem parte da instituição entrou aos oito anos, depois de ver o vortex e voltar. Eu, Mirai e Contte estávamos lá desde bebês, graças ao plano de nos deixar iguais aos humanos, para que seus corpos agüentasse as mentes e a mudança física.

Lá aprendíamos, além da tradicional física, geografia e história, como manipular o tempo. Quase todos os grandes eventos de Gallifrey eram governados pela Instituição, gastávamos anos preparando-os. Mirai era excepcional nisso. Levávamos anos em um único evento: Sem as TARDIS seria impossível controlar tudo. E é por isso que cada um de nós possuía uma, mesmo ainda sendo crianças.

Acho que já mencionei aqui e vou apenas reconfirmar. Rassilon fazia parte da instituição também. Era uma das poucas pessoas que participava e tinha autoridade direta. Ele facilitava as coisas.

Mas nós não conseguimos mudar a guerra. Foi um evento grande demais para fazermos algo. Restou-nos lutar.

O Doutor fugiu logo depois da queda de Arcádia, e eu, Contte e Mirai fomos mortos poucos minutos depois daquilo. A Instituição sabia que O Doutor fugiria e queimaria o planeta, então usaram a manipulação para garantir que ele conseguisse. Entenda, não havia outro jeito. O plano era formar o maior grupo possível lá fora: Nós quatro. Só não contavam que dois de nós morreriam. Nem que o Master conseguiria escapar também. Mas entre uma coisa e outra o plano deu certo, eu acho. Conseguiram o que queriam: Nós continuamos vagando por ai. Indo e vindo, salvando mundos, voltando para a TARDIS...

Momento desabafo: Acho que eu o considero uma espécie de guardião. Algo muito próximo a um tio ou um pai. E acho que ele me considera como uma protegida, uma filha, neta ou sobrinha. Eu sei que alguns de vocês estavam pensando caquinha, seus humanos com encéfalo desenvolvido.

Não importa onde vamos ou que aparência tenhamos: Sempre parecemos pai e filha, tio e sobrinha, menina e tutor. Não sei como, mas sempre estamos assim. O universo faz coisas engraçadas as vezes.

Como eu sei que ele me considera uma filha já que ele é tão bom em esconder sentimentos como eu? Talvez seja pelo dia em que fizemos uma guerra de travesseiros depois que conversamos sobre regenerações. O fato é que eu estava (e ainda estou) com medo de se regenerar. Ele me disse que todos têm medo na primeira regeneração e eu o chamei de pai, sem querer. Nós nos encaramos por alguns momentos.

–-Desculpe. –Eu disse, vermelha. –Sério, foi sem querer. Desculpe mesmo, olhe, eu não quis...

–-Não, não tem problemas. –Dissera ele. –Realmente, não tem problema. Acho até que eu também te considero... –Mas seu sorriso sumiu de seu rosto e ele sumiu por algumas horas.

Acho que já lhes contei tudo o que deveria, não? Então tenho que me despedir. Pretendo continuar escrevendo, claro, e pode ser que um dia, sem querer, você esbarre em um livro e reconheça o estilo de escrita. Lá haverá um pseudônimo, claro, mas você saberá que sou eu. Pode ser que, um dia, ouçam e vejam uma caixa azul. Pode ser que definhem como humanos velhos e gastos ou que, quando estiverem sentados e distraídos, um homem apareça do seu lado e lhe mostre as estrelas.

Então, só me resta dizer isso: Viva bem e não se esqueça de mim nem d’O Doutor, leitor. Se virem a menina que nos salvou, cometem que leram uma história legal e recomendem.

Adeus, leitor, foi um prazer incomensurável conhecê-lo.


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