Luz Dos Olhos Teus escrita por alinica, Licka Labres


Capítulo 11
Vivendo o Sonho...


Notas iniciais do capítulo

Ola, meninas!!!
Então, fiquei bem feliz em ver que vcs continuam por aqui!!!!
Este capitulo é pequeno mas necessário.
Bj, boa leitura!!!


Faço das palavras da Aline, as minhas, estou adorando ser a beta nessa fic maravilhosa, fico torcendo pra que ela me mande logo os cap, kkkk, me sinto como vcs, ansiosa pra ver o desenrolar da história, claro que eu sei de algumas coisinhas que irão acontecer, por isso mesmo eu fico ansiosa. Bjos lindas e obrigada pelo imenso carinho que nos dedicam.



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POV Jake

Desci com minha mãe depois que ela se enfiou no banheiro, claro que morta de vergonha. Minha mãe só sorriu e me avisou que meu pai queria falar comigo, ele estava esperando na biblioteca. Quando entrei na biblioteca meu pai me deu um abraço emocionado.

– Ah, Jake, que bom vê-lo tão bem!!!

– Pai, eu estou muito bem e muito feliz!

– Imagino, sua felicidade tem nome e sobrenome, hum!!!

– Sim, me sinto ótimo, mas sei que tenho muito o que recuperar.

– Então Jake, você acha que voltará quando as pistas? Não que você precise voltar correndo, pois o Alec esta se dando muito bem, estamos mantendo boas colocações, ele é ótimo piloto. Inclusive estamos pensando em continuar com ele mesmo depois de sua volta, o que você acha???

– Pai, o Alec além de correr muito bem, faz parte da família, não podemos negar um lugar para ele na equipe, mesmo que ele não queira, este lugar é tipo dele por direito.

– Sim, Jake, você tem razão, ele se adaptou muito bem, já acabou a faculdade de engenharia e estava fazendo uma especialização em Londres, mas ele transferiu para cá, pois com a sede aqui, fica mais fácil para ele. Ah, e ainda tem a Leah, que ele está apaixonadíssimo, rsrsrs, coitado, ela esta dando uma canseira nele.

– A Leah, merece e muito ser feliz, pai! Principalmente depois de tudo o que ela passou.

– Você sabe que o Ben nasceu uns dois meses antes de você sofrer o acidente. A Leah ficou seis meses fora de licença, quando voltou, o Alec já estava na equipe, ela levava ele para a sede, trabalhando meio período, o Alec se apegou muito a ele, se o moleque começar a chama-lo de pai, não será nenhuma surpresa, afinal é a presença masculina mais forte e que não faz parte da família de Leah.

– Espero que o Alec não queira brincar, se bem que a Leah não da mole para ninguém.

– Fica tranqüilo, ela esta muito convicta, mas o Alec esta sabendo contornar a situação e ir derrubando o muro aos poucos. Alem disto ele chamou o Harry para conversar, disse que é muito serio. O Harry gosta muito dele e acha que pode fazer muito bem a Leah, principalmente ao Ben. Mas voltando ao assunto, você precisa retomar pelo menos seus treinamentos físicos...

– Sim, já estou programado para começar meu treinamento físico, meus projetos, mas voltar para as pistas, pai, acho que só na próxima temporada, vou encerrar este ano assim, retomando, voltar mesmo só depois que passar a tormenta de exames periódicos, e quando meu físico estiver 100% e o principal, quando que eu sentir segurança. Não estou muito seguro de poder dirigir agora, quanto mais pilotar.

–Eu te entendo e te apoio. Será um ano e pouco desde o acidente, você recém recuperou a visão, tem que fazer muitos exames para saber se esta condição permanecerá, se não haverão lapsos no seu organismo. Foi muito tempo parado, principalmente, muito tempo sem enxergar para sair pilotando assim, sem um amplo treinamento e preparo.

– E eu quero aproveitar mais com a Ness, curtir o que eu não pude, ela cuidou de mim, agora preciso dar uma atenção para ela. Você se importa?

– Claro que não, meu filho, acho que você esta certo. Encare como férias.

– Eu prefiro encarar como lua de mel, kkkkk!

– Tava demorando, kkkk! Mas não brinque com ela meu filho, ela vale ouro, cuidou muito bem de você.

–Com certeza, pai, não vou brincar, quero um relacionamento serio com ela. Quero poder agradecer cada dia que ela esteve aqui, me aturando, mesmo que eu estivesse de mau humor. Ela foi meu apoio, meu consolo, minha luz na escuridão.

– Sim, filho, ela foi a luz dos olhos teus, na escuridão que você se encontrava.

– É pai, eu preciso confiar mais em mim, em nosso relacionamento,

Ele adorava a Ness, achava que eu tinha tirado a sorte grande. Eu também achava isto, sorri e o abracei.

– Aahh, Jake, eu queria lhe pedir desculpas, meu filho, desculpe, por ter confiado em Mike Newton, em ter colocado ele na equipe, em ter deixado uma pessoa tão ruim assim perto de você.

– Pai, o que é isto??? Você não tem culpa de nada, não tem culpa se existem pessoas ruins junto das pessoas boas, Josh, o pai de Mike é uma boa pessoa, mas o próprio Mike não presta e isto não é uma questão de educação e confiança é uma questão de caráter. Você é meu exemplo de vida, jamais o culparia por um ser humano podre que infelizmente cruzou nosso caminho. Sinto uma imensa pena é do Senhor Newton, tendo que conviver com a vergonha de ter um filho deste.

– Obrigado, meu filho, você acaba de tirar um peso enorme de meu coração!

– Vamos esquecer isto, agora esta tudo bem.

Depois que meu pai saiu foi a vez de minha mãe adentrar a biblioteca, nos sentamos nas poltronas na porta da varanda e ali abri meu coração. Contei tudo a ela, não escondi nada. Desde o primeiro momento em que eu senti seu cheiro ate o nosso banho. Contei dos sonhos com ela, que eu sabia que era ela, mesmo sem aparecer o rosto. A isto, minha mãe simplesmente murmurou, o chamado do lobo. É claro que eu entendi o que ela disse. Bem, o fato é que pulei alguns detalhes por que o que eu queria mesmo é que minha mãe me dissesse se eu agi certo com ela, com relação ao que falei e se fui firme demais em dizer aquelas coisas com relação a aparência dela. Se eu tivesse sido bruto ou pegado pesado demais minha mãe me falaria, eu só não queria ter que me culpar por algum tipo de ato insano vindo de nossas partes.

– Bem, Jake, no meu ponto de vista você fez o mais certo, pois alem de falar você mostrou para ela que estava falando a verdade. É mais fácil de acreditar neste tipo de situação se você comprova o fato como real. Então, eu não acho que você pegou pesado, você foi firme, determinado e destemido, transmitindo assim confiança, força, determinação e coragem para ela, justamente o que ela precisava no momento. Você, por estar convivendo mais próximo a ela do que eu, por exemplo, já deve ter notado que ela muitas vezes se esconde.

– Sim, mesmo quando eu não enxergava, eu sentia que ela tinha restrições ao tocar nela, que ela geralmente ignorava passeios fora de casa, que se haviam visitas ela evitava estar presente alegando privacidade a minha pessoa.

– Sim, ela é extremamente esquiva com sua aparência, você não a viu quando ela chegou aqui, mesmo se percebendo que eram roupas boas, de marca, ela se vestia muito simplesmente, muitas vezes inclusive, tentando esconder ou acabava depreciando muito mais seu físico. Ela era bem gordinha. E se via, de longe que isto a incomodava. Ela, mesmo mudando, continuará com baixa autoestima, é inevitável, ela conviveu por muito tempo deste jeito, não sabemos nada dela ou da família, de como eles agiam perante este fato, ou se pelo menos se davam conta deste tormento que ela passava. Na maioria das vezes a pessoa que sofre este tipo de problema, não é muito comunicativa, nem muito de se abrir para com pessoas que mesmo ela conhecendo, tem vergonha. E se minhas suspeitas estão corretas, pelo que observei, ela não comunicou a ninguém onde ela esta, muito menos comunicou que estava saindo.

– Você acha que ela fugiu de alguém, de uma situação??

– Sim, eu acho que ela fugiu, não digo de alguém, pois se eu fosse colocar alguém como algoz, colocaria ela mesma por não saber lidar com a situação, nem ter procurado ajuda, mas talvez da situação, se ela não se abre com ninguém, como aqui, ela não deveria estar sabendo bem como lidar com qualquer que seja a situação pelo qual ela estava passando. Você sabe que como psicóloga sou muito observadora e eu percebi que ela não fala da família, mas nunca disse que não tem uma, muito pelo contrario, poucas vezes que a ouvi, sem querer ao telefone, com alguém que eu julgo ser da família, pelo tom, pela emoção em sua voz, não me pareceu que existia raiva, dor, somente a tristeza da saudade, a dor de não estar perto. Ela é muito meiga, muito carinhosa, extremamente inteligente e focada no trabalho, estudo e tudo que envolva o cérebro, característica típica de quem sofre pela aparência física.

Ela me explicou muitas coisas e que eu teria uma luta constante contra a baixa estima que ela tem. Mas o que me preocupou mesmo foi que minha mãe andava desconfiada que ela estava se escondendo. Ela não achava que era algo de grave, algum caso de policia, mas me disse que era muito possível que tivesse uma relação direta com este problema da baixa estima.

– Será que ela me esconde algo? E se ela me esconde, por quê? Ela não confia em mim então...

– Você precisará conquistar a confiança dela, entende, ela é muito insegura, deve ter sido muito difícil para ela.

Resolvi que tentaria investigar melhor, pois realmente ela nunca falava na família, nem em parente nenhum, não nos disse de onde ela era mesmo, estes detalhes que todo ser humano tem.

O primeiro passo seria conversar com tio Daniel, depois iria ate a escola da Reserva e falaria com a Selena, diretora e minha tia, pois sabia do lance das provas para a faculdade.

Mas estávamos entrando no fim de semana, então não poderia fazer nada de muito concreto por estes dias, ficaríamos meio que sozinhos, pois todos iriam para a corrida que se realizaria em São Francisco, Califórnia, no Autodromo Infineon Raceway.

Prepararia um fim de semana perfeito para nos. Regado a muito amor, muito companheirismo e confiança. Quem sabe assim ela não se sentiria bem e poderia falar aquilo que esta tão escondido que ninguém percebeu, somente minha mãe e por que trabalha com isto? Será real???

Assim que meus pais saíram, eu fui ver onde estava minha linda. Ela estava dormindo tranquilamente em minha cama. Já era meio da tarde e me preocupei se ela havia comido algo e fui atrás de Dora para saber. Entrei na cozinha e Dora colocou um prato com salada, um filé de peixe grelhado e purê de batatas na minha frente, comi e repeti. Tomei um copo de suco natural e perguntei se Ness havia comido.

– Sim, meu menino, levei pessoalmente uma bandeja para ela, pois ela não quis descer para não atrapalhar vocês. Acabei de recolher a bandeja. Eu avisei a ela que você estava em reunião com seu pai, eu a aconselhei a descansar, dormir, pois ela ainda aparentava estar um pouco abatida.

– Obrigada, Dora. Lhe dei um beijo e me retirei.

Voltei ao meu quarto, me deitei ao seu lado, ela instintivamente se aproximou e eu a abracei. Dormimos novamente.

POV Renesmee

Ele estava andando para la e para ca, ficava andando e falando ao telefone. Juro que já estava ficando tonta. Eu não entendia uma palavra do que ele estava falando e descobri que ele estava falando o dialeto quileute. A língua mãe de sua tribo. Imediatamente me interessei, queria aprender. Era muito linda, a entonação, a pronuncia... tudo muito sedutor, selvagem. Adorei. Eu iria descobrir alguém para me dar aulas de quileute. Bem que podia ser ele a me ensinar, não é? Falaria com ele.

Ficaríamos só com Dora e Phill, por aqui. Afinal todos iriam para a corrida, ate mesmo tio Daniel. Foi assim que eu descobri meio sem querer que meu primo Alec, filho da tia Rose e do tio Emm é quem estava de piloto na equipe dos Blacks, substituindo o Jake. Bem, ele era um Black, sua avó era irmã do pai do Jake pelo que minha tia Rose já havia falado para nos, la na Escócia. Descobri também que ele estava se saindo muito bem e que minha tia Rose e meu tio Emm e também tia Renata e tio Royce, sempre que podiam o acompanhavam. Teria que cuidar isso. Já estava falando com todos, mas por telefone. Ninguém sabia onde eu estava, ainda.

O fim de semana perfeito começou com um passeio de iate, foi maravilhoso. Também tivemos um picnic no topo de um dos penhascos da First Beach, Jake me contou que foi dali que o seu pai se atirou quando a sua primeira esposa morreu no parto. É, o Jake tem um irmão mais velho, o Embry, que já conheci, por parte de pai. Mas a Sarah, sendo a pessoa maravilhosa que é criou o menino como se fosse seu. E o Embry tinha a Sarah como sua mãe mesmo e o Jake e as meninas (aquelas gêmeas que eu falei que estudavam com meus primos na faculdade de Londres) eram mais do que irmãos para ele, as vezes ele ate parecia pai deles, de tão preocupado e sério com todos.

É lógico que nos amamos em todos estes lugares, no iate, no mar, no penhasco...andamos pela floresta que cerca a Reserva Quileute, descobrimos uma clareira belíssima. Prometemos voltar ali mais vezes. Mas o lugar que mais amei foi o penhasco, Jake me disse que é também seu lugar favorito. Passeamos muito de moto, ele a principio ia bem devagar, ate por que ficava com medo de dar alguma falha na visão. Jake tem uma Kawasaki preta, que é um sonho, fomos ate Port Angeles no cinema, jantar fora (acabamos por escolher um bistrô de massas, mas com uma maravilhosa comida, La Bella Itália, me lembrei da minha mãe, sei la por que) e dançar. Chegamos exaustos em casa, só tomamos um banho e fomos dormir, bem agarradinhos.

Encerramos o fim de semana com uma jantinha intima com um bom vinho em frente a lareira. E para não perder o costume, nos amamos naquele tapete felpudo em frente ao fogo. Perfeito!

A semana começou muito agitada, eu tinha duas provas esta semana, eu me formaria a distância mesmo, o Jake tinha uns compromissos com a equipe. Mas já tínhamos combinado que faríamos um churrasco no outro fim de semana, no domingo mais especificamente, para ele me apresentar aos primos e tios e tias quileutes que eu não conhecia, ele fazia questão de me apresentar a família dele (eu também fazia questão de apresentar a minha família para ele e esperava sinceramente que este dia ainda chegasse).


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Notas finais do capítulo

É isso!!!
Bjs!!