Luz Dos Olhos Teus escrita por alinica, Licka Labres


Capítulo 10
Meu eu em você, por você!!!


Notas iniciais do capítulo

Bem, meninas, estou de volta!
Peço imensas desculpas, mas eu realmente tive sérios problemas pessoais no fim do ano passado, foi muito triste para mim, muito sofrido, eu realmente me entreguei. Entrei em uma séria depressão, me desmotivei, me recolhi um pouco.
Depois de muitas conversas, nada de cobranças, mas conversas com amigas, mesmo virtuais, consegui! Eu consegui voltar a ler minha historia, ter ideias, incrementar, aperfeiçoar. Conversei com a Licka e ela me ajudou imensamente, Beta vc é Best!!! Te agradeço a força, as palavras amigas, a disponibilidade de tempo que vc dedicou a mim!
Agradeço a Paty Black e Duda Black pelas recomendações, li elas diversas vezes neste meio tempo e chorei muito, me sentindo incapacitada para continuar, mas ao mesmo tempo sentia as palavras de vcs me dando força, me incentivando e me apoiando...Muito obrigada mesmo, do fundo do meu coração.
Este capitulo é dedicado a vcs, Paty e Duda pelas recamendações e dedicado a vc Licka, minha Beta!
Espero não decepcioná-las!
Bjs e boa leitura!



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POV Jake

Um sol tímido bateu em meu rosto, abri meus olhos. Não acreditei, eu continuava enxergando tudo perfeitamente bem. E sim, tinha alguém comigo. Então era verdade, eu tinha visto ela mesmo, linda, maravilhosa, tinha sentido ela em mim. Sorri com isto, virei lentamente a cabeça e enxerguei aquele mar vermelho em contraste direto com os lençóis marfim. Ela era a ruiva do meu sonho! Eu lembrei do sonho perfeitamente, reconheceria aquela menina em qualquer lugar, mesmo não tendo visto seu rosto. Me levantei com cuidado, não queria acordá-la, ela passou por muita coisa ontem. Inclusive comigo, maravilha!!! Tomei banho, coloquei um jeans e uma camiseta, sai do quarto, desci, descalço mesmo.

Encontrei Emily cuidando de meu café. Quando ela me viu tão bem e aparentemente enxergando, se atirou de encontro a mim. Ela é minha prima, mesmo que distante, cuidou de mim e sei que se importa comigo. Ela ficou imensamente feliz por saber que eu estava mesmo enxergando, me arrastou para a cozinha.

– Dora, Dora, veja, Jake está enxergando!!!! Pode até ver como você está velhinha!!!

Abracei a Dora, ela chorou, me deu um beijo e me encarou de frente. E fez a pergunta, até hoje não sei como ela descobriu, ou se só atirou um verde mesmo. Bem, não importa o fato é que ela colheu o maduro!!!Me olhando dentro dos olhos, como ela fazia quando me pegava roubando bolinhos na cozinha (infelizmente isto era somente quando estávamos em La Push!).

– Meu menino! Que felicidade vê-lo tão bem! Você quer uma bandeja com café da manhã, caprichado, para levar para sua menina?

Quando eu ia começar a falar, ela já estava montando a bandeja, neste instante entrou o Phill, acho que eu não mencionei antes, ele era marido de Dora, com uma linda rosa branca na mão, ela era salpicada de vermelho, também tinha umas gotas de água, muito provavelmente da chuva. Ela só estendeu a bandeja para ele, ele repousou a rosa no prato e ela virou para mim.

– Vá, meu menino, acorde seu sonho!

Eu, como um bom menino, peguei a bandeja, mas tive que responder para ela.

–Se for um sonho, não quero acordar!!! Quero sonhar para sempre!

Os três se olharam cúmplices, sorriram e me mandaram literalmente porta afora. Sai rindo...

Ao chegar à sala estavam todos lá, minha mãe e meu pai, meus irmãos, meus primos, tios e me assustei, a tia Renata estava parada, junto com o tio Royce, ao lado do console da lareira. Ah, mas é claro, seu neto, o Alec, estava me substituindo como piloto na equipe. E olha que ele era bom, pelo que ouvi dizer. Estava conseguindo manter um bom posicionamento, sempre entre os dois primeiros, isto era muito bom, eu ainda não queria voltar, queria mais tempo com a Ness, ou melhor, eu precisava.

Ficou todo mundo estático, olhando para a bandeja que eu carregava, os mais velhos deram um sorriso de canto e foram dispersando, tentando arrastar os meus primos mais jovens porta afora, eles foram, mas não sem antes começar a me zoar, é logico que eles iam pegar no meu pé.

– Aí, quem diria que eu iria viver para ver isto, Jake, o Lobo, domesticado, kkkkkk!!! _ Riam e falavam ao mesmo tempo.

– Levando café na cama para a domadora!!!

Fui obrigado a rir, ou melhor gargalhar. Balancei a cabeça e acabei por simplesmente me virar, abandonei quem ainda estava por lá, subi as escadas e me dirigi para meu sonho encantado... Eu precisava pegar ela no quarto, antes de ela sair e fugir.

Hoje ela iria se reencontrar, eu iria mostrar a ela como ela era linda, como ela era perfeita, como ela me fazia bem, como eu confiava nela e gostaria que ela confiasse em mim também. Eu iria fazê-la se sentir amada, querida e desejada, muito desejada. Só de pensar nela meu amigo já se anima! Já fico louco para sentir seu cheiro.

Eu tinha que fazer ela se amar como eu a amava, tinha que fazê-la acreditar em mim. Tinha que levá-la para dentro do meu sonho!

POV Renesmee

Acordei com um barulho, como se fosse uma gargalhada. Fiquei com meus olhos fechados, só lembrando da noite mais linda E perfeita E maravilhosa E incrível da minha vida. Obrigada, meu Deus, por me dar estes momentos de felicidade tão intensa!

Ouvi a porta abrir, me cobri rapidamente com o lençol (olha que ridículo, era o lençol de baixo, que estava todo revirado, por que o lençol de cima eu não achei!!!), me virei em direção a porta e levantei minha cabeça.

Entrei em choque! Era ele! Lindo, com uma bandeja que imaginei ser café da manhã. Ele se aproximou lentamente da cama e depositou a bandeja em minha frente. Tirou a camiseta e se sentou junto a mim. Oh, Lord!!! Ele estava enxergando novamente!!!!

Ele segurou meu rosto com as duas mãos, me olhou profundamente, bem dentro dos meus olhos, acho até que ele poderia ver minha alma ali. Se aproximou lentamente e deu um beijo, no que eu senti ser uma lágrima. Eu nem percebi que estava tão emocionada assim. Colou nossas testas e me deu bom dia. Depois calmamente me beijou os lábios, num beijo tão terno, tão doce. Eu nem sabia o que fazer neste momento. Simplesmente correspondi!

– Obrigado por tudo o que você fez por mim, por não ter desistido, por ter me amado. _ Ele disse, começou a preparar um pãozinho e colocou um pedaço em minha boca.

Começamos a tomar nosso café, ou melhor, darmos café um ao outro. Ele pegou uma linda rosa que estava na bandeja, beijou e colocou nos meus cabelos. Eu deveria estar pior do que um leão, com os meus cabelos em total desgraça, então delicadamente retirei a rosa, juntei meus cabelos e fiz um coque frouxo, dando um nó com o próprio cabelo, que era bem longo e permitia isto.

– Coloque a rosa de volta nos meus cabelos, por favor! _ Pedi me virando para ele, então ele a prendeu no coque.

Após o café ele se recostou na cabeceira da cama, me abraçou e ficou fazendo carinhos em mim, me colocou entre suas pernas e me recostou em seu peito, eu continuava enrolada no lençol. Aos poucos fui perdendo meu rebolado. A timidez havia me possuído por completo. Como eu faria para sair dali e ir tomar um banho? Escovar os dentes? Com aqueles olhos negros de puro fogo cravados em mim, era praticamente impossível me mexer. Ficamos um bom tempo ali.

Ele percebeu que eu queria algo por que sussurrou no meu ouvido o que eu estava precisando.

– Você quer tomar um banho? Escovar os dentes? Precisa ir ao banheiro?

– Sim, gostaria de tomar um banho e escovar os dentes. _ Disse com a cabeça baixa, minhas bochechas pegando fogo.

– Pode usar o meu banheiro mesmo, pois ainda pode ter alguém andando por ai! _ Ele me sugeriu.

Ele continuou a falar...

– Então, todos vieram ver como estávamos depois dos acontecimentos de ontem. Disse que estávamos bem! Quero lhe apresentar meus primos e tios que você ainda não conhece, vamos aproveitar que todos estão em recesso das faculdades para um almoço.

Como não sabia o que dizer, ele estava agindo tão naturalmente comigo, tentei parecer o mais relaxada possível.

Me levantei, claro que levando o lençol junto. Só que ele estava meio que sentado em uma parte dele, quando dei meu primeiro passo, senti um puxão e o lençol caiu. A realidade me atingiu como um raio. Ele agora enxergava e muito bem pelo que eu sabia. Fiquei muito vermelha e tentei me cobrir com as mãos, ele se levantou e me abraçou, eu tentei sair, mas ele não deixou. A esta altura as lágrimas já escorriam por todo meu rosto, era agora que a baleia seria assassinada! Eu mesma me mataria!! Cobri meu rosto com as mãos e ele começou a me fazer caminhar, eu não sabia para onde estava indo, mas imaginei que ele me colocaria para fora de seu quarto.

Paramos e ele firmemente retirou minhas mãos do rosto. Me olhou nos olhos e foi descendo o olhar por todo meu corpo, eu já não estava aguentando mais. O que ele queria, olhar bem para depois contar quantas dobrinhas tinha na minha barriga? Virei o rosto e percebi que estávamos no banheiro, eu nunca tinha entrado no banheiro do quarto dele. Era lindo, tinha uma banheira imensa, um box onde duas pessoas poderiam tomar banho juntas, tinha até um poço de luz, com duas poltronas de palha com almofadas, por incrível que pareça, diversas plantas espalhadas naquele pequeno espaço, dando aconchego, mesmo que fosse um banheiro. Deduzi que às minhas costas teria a pia, com balcão e meu carrasco, o espelho.

Então ele começou a falar e eu me assustei.

– Eu sei que você era gordinha (imensa, eu pensei, gordinha é elogio!), mas eu, mesmo antes sem enxergar te conheço mais do que você mesma. Você não se enxergava com clareza! (quanto desaforo! Eu sabia cada bola de gordura nas minhas pernas e bunda, cada pelanca da minha barriga).

Ele acabou por me virar de costas para ele, me colocando cara a cara com o espelho, eu num ato de puro reflexo, na mesma hora cobri meu rosto de novo. Ele continuava abraçado em mim.

– Você confia em mim? Assim como eu confio em você? _ Ele realmente me perguntou isso?

– Eu confiaria tudo a você, toda minha vida, tudo. _ Tive que me abrir, me revelar.

Ele pegou minhas mãos e retirou do meu rosto, eu não lutei. Fiquei com meus olhos fechados, até que ele deu um beijo no meu pescoço.

– Abra os olhos. _ Ele sussurrou no meu ouvido. Abra seus olhos para uma nova vida.

Eu abri.

Não era só um espelho comum, era a parede inteira um imenso espelho, não tinha como fugir. Então olhei para frente, me encarei. E não acreditei. Quem era aquela mulher, com músculos levemente definidos, melhor, tonificados? Quem era aquela que me encarava? De quem era aquele corpo? Eu não conseguia acreditar no que eu estava vendo, tinha uma linda mulher, ruiva, branca, de olhos muito castanhos, que agora se destacavam, pois o rosto afinara e eles eram grandes e de uma cor achocolatada que eu nunca havia notado. Abraçado a ela estava um Deus grego, moreno lindo, todo definido. Continuei a percorrer meu corpo nu, no espelho. Eu tinha uma cintura, as mãos dele repousavam ali tranquilamente. Minhas pernas eram longas e eu nunca tinha notado, estava com as coxas firmes. Eu me perguntei, como? O que havia acontecido?

Parece que ele leu meus pensamentos, pois começou a me contar:

– Todos os seus exercícios físicos noturnos, isto é, suas nadadinhas, suas mudanças no hábito alimentar, comendo mais alimentos integrais, muitos legumes, verduras e frutas, peixe fresco, numa dieta típica quileute e o principal, se ocupando com alguma coisa que te afastasse do tempo ocioso, fez com que você tivesse perdido peso e transformado seu corpo. Todos notaram e comentaram comigo como você estava ficando bonita. E o melhor, não ficou magricela, ainda bem, pois eu gosto de curvas e carne para me deliciar!

Eu nem sabia o que responder, estava em estado catatônico. Neste momento ele sussurrou no meu ouvido:

–Só bonita não, gostosa!!!

Ele foi passando as mãos pelo meu corpo, pegou meus braços e enlaçou o próprio pescoço, me pegou no colo e foi em direção ao box. Me largou lá, ligou o chuveiro e quando eu achei que sairia ele simplesmente fechou a porta e começou a tirar o jeans. Hoje eu olhei e Virgem Maria, que corpo é aquele? De boxer e ainda por cima branca? Jesus!!! Quando ele retirou a cueca, eu virei de costas para ele, ele entrou no box, me abraçou e grudou aquela boca no meu pescoço. Eu arfei, levantei meus braços e segurei sua nuca. Então ele começou a brincar em mim com seus dedinhos nazistas, torturadores. Meus cabelos já estavam encharcados, a rosa estava no chão do box, não que eu tivesse visto, é que eu acabei pisando no caule dela, ainda bem que não tinha espinhos. Senti o seu tesão aumentando, então me virei e grudei ele num beijo. Ao mesmo tempo ele me grudou na parede e a sensação da parede fria em contato com meu corpo vulcânico, me arrepiou, intumesceu mais ainda meus seios, que já estavam sendo devorados por ele. Ele pegou em minha bunda com força, eu ia adorar ver algum roxo por ali! Me puxou para ele e fez eu me enlaçar em sua cintura. Sincronizadamente ele entrou em mim. Eu me agarrei mais nele, nossas bocas não se desgrudavam, nem com decreto, eu puxava seus cabelos e me agarrava mais ainda nele. Comecei a sentir os espasmos por todo meu corpo, instintivamente contraí meu canal, neste momento ele estremeceu e soltou um quase uivo, me arrepiando inteira.

Fomos nos soltando devagar, mas ele precisou me segurar, minhas pernas ainda tremiam. Tomamos um banho calmo depois disto. Além dos produtos que ele costuma usar, com aquele cheiro almiscarado (o cheiro amadeirado é dele mesmo, delicia!), tinham produtos mais femininos. Peguei um sabonete cor de rosa e cheirei, senti um cheiro delicioso.

– Pitanga, uma frutinha típica do Brasil, muito gostosa, eu experimentei por lá em uma corrida em que fui, sempre que vou lá trago alguns destes produtos artesanais, típicos, é um pais muito rico em cultura. É uma fruta muito antiga, seu nome deriva do tupi guarani, uma língua indígena, de uma tribo brasileira e que significa vermelha. Nos Estados Unidos ela é conhecida como Brazillian Cherry.

Eu sabia de qual frutinha ele falava. O shampoo que ele me deu para usar assim como o creme para desembaraçar meus cabelos, também eram de pitanga, nem preciso dizer que adorei. Se eu puder só vou usar estes produtos a partir de agora.

Saímos em direção ao quarto, que já estava arrumado e tinha um roupão limpo para mim em cima da cama. Ele estava com a toalha em volta da cintura.

– Vou ao meu quarto. Avisei enquanto me vestia com o roupão.

– Para que?

– Preciso de minhas roupas, escovar meus dentes, me pentear!

– Com certeza Emy já deve ter arrumado tudo o que é seu por aqui. Disse ele muito serio, se dirigindo ao closet.

E não é que era verdade? Já tinham roupas minhas ali, uma nécessaire com meus pertences de higiene. É claro que ainda tinham coisas no meu antigo quarto, mas já podia me virar muito bem sem precisar ir até lá, naquele momento.

Não deu um minuto e ouvimos uma batida na porta do quarto, só que não era Emily e sim Sarah, a mãe dele! Oh, meu Deus, que vergonha!!! Nem cumprimentei ela direito e me enfiei de novo dentro do banheiro, agora com minha nécessaire. Quando saí, eles já não estavam mais por ali.

Parei de frente ao espelho, fiquei ali so me olhando, eu não podia acreditar na minha sorte, quem me viu terrivelmente gorda, se visse agora não me reconheceria, mas a minha maior sorte foi ter tido minha primeira vez com um homem maravilhoso como Jake. Muita coisa havia mudado em mim em apenas uma noite e não era só o medo de me olhar no espelho que eu havia perdido, mas principalmente, mudado internamente. Agora seria lutar todo dia contra minha própria mente, me fortalecer, me amar, ser feliz!


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Notas finais do capítulo

Então, meninas, gostaram???
Eu particularmente gostei, me senti viva de novo!
Espero ansiosa pelos coments!!!
Bjs, muito obrigada pelo carinho de vcs!!!