O Mistério no País das Maravilhas escrita por GhostWolf


Capítulo 3
Pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo talvez saia um pouco dp foco e eu sei que vou ficar bem insatisfeita, então talvez eu poste o 4º capítulo ainda hoje.
Caso vocês se interessam por Fantasma da Ópera, por favor, leiam o prólogo da fanfic que acabei de postar!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/412721/chapter/3

Faz tempo desde que moro com Sherlock Holmes e não sei ainda de tais hábitos como pesadelos. Me pergunto se é bom acordar com um grito feminino ao seu lado e a abraçar forte, beijar apaixonadamente sua bochecha e consolá-la até ela dormir novamente. Para ela, não é bom acordar assim, nem para mim, mas acho que o que mais faz de nós, seres humanos, racionais, é a capacidade do carinho; todos gostam de carinho, seja de mãe, pai, ou aquela pessoa especial. Como Romeu e Julieta. Como Ronald e Mary Elizabeth.

Sherlock Holmes não é de ferro; como todos, ele é feito de carne e osso, contém sangue (sei que sou médico, mas não irei colocar nada muito científico, meus caros leitores, não se preocupem) e continua sendo um ser humano qualquer. Perceptivo, inteligente e dedutivo. Ele tem falhas também: não sabe o sistema solar, por exemplo. Não sabe nada de filosofia. Tem pesadelos. Todos nós temos. Me pergunto como são os dele.

Pesadelo é algo que todos evitam e, um dia, todos terão. Quanto mais você parece evitar, mais está propício a ter.

Meus leitores, eu estive estressado. Confesso: estou preocupado com Alice. Holmes não aceitou o caso, mas faz quase uma semana e continuo vendo seu rosto na lista de desaparecidos da Scotland Yard. Claro, dá uma certa pena pelo fato de talvez a atenção para encontrar Alice seja um pouco maior do que a atenção para encontrar outras crianças cuja família tem uma classe econômica menor. Este estresse me fez ter um pesadelo.

Alice corria em uma floresta negra, fugindo de uma risada, cuja frequência continuava sempre a mesma. Havia sorrisos que desapareciam e apareciam; confesso que nunca li o livro de Lewis Carrol, mas todos sabem de sua história - o sorriso provavelmente pertencia ao gato de Cheshire (eu espero). Havia cabeças no chão, muito sangue, e Alice escorregou neste sangue e caiu. Ela olhou a sombra e seus olhos arregalaram enquanto sua expressão foi tomado pelo imenso pânico, antes de toda a "minha visão" ser tomada pela mais profunda escuridão.

Silêncio.

E então, um grito.

Este grito que ouvi foi feminino e agudo, de uma menina de 7 anos.

O grito que desconcentrou Sherlock Holmes do caso do psicopata foi de um médico que trabalhou com militares.

– Você não vai dormir? - Perguntei, depois de relaxar um pouco.

– Estava indo agora. Sabe, Watson, este psicopata que escapou do hospício, pelo que parece, se casou com uma enfermeira de militares na época em que você foi doutor. Conhece alguém chamada A. L. Edith?- Ele respondeu, e chateou-se com um "não" meu.

Sherlock Holmes era dividido em dois "sonos": se ele não dormia, dormia tarde e acordava tarde. Era raro eu tomar café da manhã com ele, mas, pelo que parece, iria acompanhar ele na opção número um. Não precisa ser um detetive como ele para saber que, quando há inúmeras batidas em sua porta, algo ruim aconteceu. O assunto urgente foi uma mensagem brevemente falada pelo inspetor Lestrade do outro lado, acompanhado por batidas, uma respiração ofegante, entre quatro e cinco da manhã.

– Holmes! Watson! Acordem! Abram a porta! É urgente! Scotland Yard tem um caso! Alice Ainsworth! "Alices Ainsworths"!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpa a demora: eu realmente estou um tanto quanto ocupada ultimamente, e talvez um novo capítulo saia hoje a noite, ou então irá sair em breve.