Exatamente às 14:10 horas Kate e Rick se encontram na porta de saída do hospital e, juntos, vão para seus respectivos carros. Marcaram de se encontrar na porta da garagem do prédio de Kate, onde ela vai deixar seu carro e seguiriam no carro de Rick para o Hotel. Ela nem iria subir para casa para dar um beijinho na filha, pois Annie iria querer ir junto e, óbvio, iria acabar com a programação adulta.

Quando chegaram ao hotel, Rick fez logo a reserva e pegou a chave/cartão. Ao abrirem a porta da suíte, ela ficou espantada com a beleza do local. Parecia que estava em um filme, de tão completo e amplo que era o ambiente. Rick percebeu que ela estava impressionada e comentou – Já estou arrependido de tê-la trazido antes da nossa noite de núpcias, pois parece que já quebrou o encanto, amor. – ele se chegou por trás dela, se aconchegou, a abraçou e beijou seu pescoço.

— Não, Richard. Fique despreocupado. Eu estou apenas maravilhada com a decoração do local como qualquer pessoa ficaria, amor. Eu não estou preocupada com o local onde eu vou passar a nossa noite de núpcias, Rick. – ela se virou e ficou de frente para ele. Olhou bem fundo nos olhos dele. – deu um selinho nele. – O meu único pensamento é com quem eu vou passar a minha noite de núpcias e o resto da minha vida. Mas isso eu já tenho certeza que é com você, Richard Edgar Alexander Rodgers Castle, o pai das minhas filhas e dos outros filhos que com certeza, teremos. – dito isso, Kate passou os braços pelo pescoço dele, trouxe seus lábios para junto dos seus e se devoraram com muita intimidade e sensualidade. Kate, inicialmente, com a ponta de sua língua, lambeu os lábios de Richard como se fosse uma gata, fazendo com que ele abrisse seus lábios, o excitando, dando inicio a um duelo de línguas onde não havia perdedor nem ganhador. Kate sentiu suas pernas amolecerem, então se agarrou mais ainda em Richard que a levantou e a depositou na enorme cama que ficava no centro do quarto. Ele ficou sobre ela, beijando-a muito suavemente, numa sensualidade sem tamanho, arrancando gemidos que o excitavam ainda mais. Depois de um instante, Richard começou a despi-la e em poucos minutos ambos já estavam completamente desnudos e se afagando e se beijando. Dos lábios de Kate ela deixava escapar sons de puro prazer que Richard lhe proporcionava. Rick arfava igualmente. Foi uma longa jornada do mais puro e maravilhoso sexo feito com muito amor e carinho. Após o glorioso orgasmo, caíram saciados na cama, nos braços um do outro e dormiram. O cheiro de amor inundou o ambiente.

Meia hora depois Kate acorda com uma lambida no pescoço, seguida de um beijo, muito conhecidos dela. Ela gira o rosto e dá de cara com o seu bonitão.

— Oi, amor. Eu te amo. Eu sobrevivi. – Kate falou se aninhando, sonolenta, ao peito dele como se fosse uma gatinha.

— Também te amo. Você é sensacional. – Ele sorriu.

— Estou mortinha ainda, amor. – ela fala toda dengosa se enroscando nele.

— Ei, acorde. Ainda é dia. Se você dormir agora não vai ter sono à noite, minha linda. Vamos nos divertir um pouco mais. Já testamos a cama, e ela é muito boa. Aguenta o nosso repuxo. – Ele sorriu cheio de malícia - Vamos testar o que agora, o chuveiro ou a banheira primeiro? – Ele brincou com ela.

— Amor, eu não tenho condições, se é que você me entende. Só se você me der um tempo. Eu não sou essa mulher toda. Você acabou com as minhas forças. – Ela sorriu para ele – Eu acredito no hotel. – E me rendo. – Você me deu uma canseira.

— Katherine Beckett! – Rick fingiu estar chateado.

— Oh, amorzinho. – ela lhe deu um selinho e se aninhou mais ainda nele. – Não fique bravo comigo não. Por favor. Eu te amo tanto. É que o meu dia foi muito puxado hoje. Depois eu te compenso. – Ela o beijou.

— Já está ficando melhor. – ele sorriu. – Eu sei amor. Estou brincando. Tudo bem. Então vamos descansar um pouco. – Dizendo isso, ele puxou o edredom para cobri-los e imediatamente ele sentiu que ela já dormia, profundamente.

Quando acordaram, aproximadamente duas horas depois, ficaram na cama coladinhos um ao outro. – Que tal então fazermos um programa familiar agora? – Rick falou dando um selinho nela - Vamos tomar banho, telefonar para as meninas e passar para leva-las para assistir ao filme “Monstros S.A.”. E depois vamos todos passar o final de semana no loft. Podemos também perguntar a Lanie se ela nos deixa levar a Millena ao cinema, pois ela é tão amiga das nossas filhas. O que é que você acha? Pergunte a ela também se a Millena poderia dormir no loft com as meninas. As três iriam amar a farra.

— Amei a ideia. – disse isso dando um beijo rápido nele, em seguida, levantou-se da cama, pegou os celulares. Passou o de Richard para ele e fizeram as ligações para as filhas, Kate fala inclusive com a Sra. Lewis para ajuda-la a se aprontar. Kate telefonou também para Lanie que adorou a idéia e disse que iria logo arrumar sua filhota e sua sacola com roupas, os sapatos dela e a boneca inseparável.

Em seguida, Kate prendeu os longos cabelos para que não se molhassem no banho. Ela foi para o banheiro, onde ficou espantada devido a grandiosidade e o luxo do cômodo.

Após uns instantes ela chama Richard. – Amor, você não está a fim de me ajudar a lavar as minhas costas? Eu estou me sentido tão sozinha, Rick.

— Ops! Não está mais, amor. Chegou a sua companhia preferida. – disse Richard entrando embaixo do chuveiro onde a água estava com uma temperatura quente bem gostosa.

— Ah, pensei que eu teria que implorar a sua presença... – Kate falou sorrindo, brincando com ele e jogando seus braços ao redor do pescoço de Richard.

— Nunca! Jamais! – Rick percebeu que Kate estava tão excitada quanto ele. O box do chuveiro era muito espaçoso. Ele desligou o chuveiro e se sentou em um banco acolchoado naquele local e trouxe Kate para seu colo, que percebeu a sua intenção. Eles se entregaram a um beijo longo, molhado e apaixonado. Rick fazia carinhos nos seios de Kate que a levavam a loucura. Em seguida, Rick passou a sugar os seios dela com tanta fome que parecia que ia arrancar os mamilos e isso a deixava alucinada. Rick desceu sua mão até o sexo de Kate para uma carícia mais profunda e erótica com os dedos, e depois de algumas arremetidas, levou-a ao orgasmo. Kate tremia. Rick não esperou que ela se recuperasse, ele a ergeu do seu colo e a sentou novamente, penetrando-a de uma só estocada, fazendo-a gemer. – Oooohhh! Rick, que delícia. Mais, Rick, mais. Eu quero mais. – E Rick obedecia. Após alguns minutos eles foram premiados com um orgasmo arrebatador. – Rick, eu te amo – Kate conseguiu sussurrar.

— Eu também te amo, querida. – ele respondeu, exausto e no mesmo tom.

Eles não se desgrudaram. Continuaram abraçados sentindo o bater acelerado do coração um do outro. Pele na pele. Kate tinha certeza que se tentasse andar, cairia, pois estava tremendo, até porque cavalgara nele e isso a deixara muito cansada.

Ficaram assim por uns minutos até que se levantaram e finalmente tomaram banho.

Quando saíram do banho, vestiram-se e foram apreciar o restante da suíte.

— E ai, satisfeita com a suíte onde vamos passar a nossa noite de núpcias? – Ele a abraçou com carinho e depositou um beijo muito nos seus lábios.

— Muito satisfeita, Bonitão. Eu quero te dizer que eu aprovei aquele banco acolchoado do box do chuveiro, viu? Claro, também, com aquela sua performance, ...

— Ops! Eu não fiz amor sozinho, Kate. Eu só consigo chegar àquela performance, como você mesma disse, porque estou contigo. É você quem provoca a explosão toda. O seu cheiro. A sua essência. O seu ser. A sua fala. A sua figura. – Ele sorriu para ela, ainda a abraçando.

— Ah, Rick, assim você me deixa sem graça.

— Nada de ficar sem graça. Nunca perca a sua espontaneidade. É ela que me excita. Vamos logo antes que as meninas comecem a ligar perguntando por que estamos demorando tanto. E eu vou adiantando logo. Se elas ligarem eu vou dizer que nós estávamos fazendo ginástica. – ele falou isso só para brincar com ela e recebeu um olhar de lanças chamas.

— Richard Castle, eu não acredito que você teria coragem de repetir essa desculpa que me fez passar tanta vergonha. – disse Kate realmente chateada, sem perceber que Richard estava brincando.

— Ei, estou brincando. - ele a agarrou e a beijou longamente.

De mãos dadas, eles saíram da suíte. Pegaram o elevador e se dirigiram ao carro.

Pegaram Alexis, Annie e Millena e foram ao cinema. Assistiram ao filme e depois foram jantar e ficaram discutindo sobre o enredo e os seus personagens. As três garotas, embora muito pequenas, faziam comentários interessantes e engraçados. Cada uma completava o raciocínio da outra e assim o jantar transcorreu de forma muito agradável. Foi muito divertido.

Passaram um final de semana glorioso no flat de Richard. As meninas se divertiram as mil maravilhas. Martha fora ficar na casa de Jim – tinha dito isso sob o olhar espantado e feliz de Kate e Rick. – A desculpa de Martha é que não queria atrapalhar os pombinhos nem as meninas.

As meninas brincavam de bonecas e outros jogos a maior parte do tempo na brinquedoteca do loft, mas também assistiam a filmes. Kate ficava assistindo filmes deitada no sofá com a cabeça no colo de Rick. Eles também aproveitaram para conversar.

— Rick eu estou tão contente que depois que o meu pai e a sua mãe se conheceram, se é que você está me entendendo – ela piscou para ele – aliás, eu não sei o que é que está acontecendo com aqueles dois......

— Não olhe assim para mim porque eu também não sei de nada, amor. Eu estou tão por fora quanto você. E se você souber de alguma coisa, conte para mim, viu?

— Que nada. Eu não sei nada. Eles estão um segredo.... Vamos deixar eles prá lá. Pois é, como eu estava falando, depois que eles se conheceram, o papai não saiu mais para suas noitadas de jogatina. Isto não é maravilhoso? A Martha deve representar muito para ele. Ele não quer desapontá-la. Eu acho que daqui a pouco eu vou poder falar para ele estudar, se atualizar para voltar a clinicar. Eu não sei qual o momento que eu vou falar para ele fazer o destrato do aluguel com os locatários da clínica a fim de voltar a ocupar todo o espaço com seus próprios clientes. Eu tive receio de falar e ele se chatear e piorar a situação. Você está me entendendo?

— Oh, Kate, é claro que eu estou entendendo. Eu sei que você é uma excelente filha. Vai achar o momento ideal para tocar no assunto com ele. Tenha paciência, minha linda.

— É que eu estou com receio de perder o prazo que você me deu, Rick. – Ela falou meio constrangida.

— Kate... Eu não estou acreditando no que eu estou ouvindo... A chantagem perdeu o sentido, minha querida, quando percebemos que sentíamos amor um pelo outro. Não existem mais prazos. Só o que existe é o nosso amor. Eu acho que faltou uma nova conversa. Então vamos tê-la agora. Katherine Beckett, toda aquela briga que tivermos, aquela chantagem que eu te fiz, foi a única forma que eu vi para fazer com que você se casasse comigo. Só que depois eu vi que você também me amava e então... Para que a chantagem? Não precisa mais chantagem nem prazos amor. Nós vamos nos casar porque nos amamos, Kate.

— Sim. Eu te amo. Eu vou me casar com você porque te amo, como nunca pensei que amaria alguém.

— Então. Porque essa preocupação com prazos?

— Porque eu penso igual a você. Lembra-se que você falou que meu pai é orgulhoso? Que meu pai precisa pagar, ele próprio, a hipoteca junto ao banco? Que meu pai não pode saber que você pagou pela dívida dele no banco, etc, etc, etc.? Pois é. Vai chegar um dia em que ele não vai mais cair na história que você inventou de que o banco prorrogou o prazo por um ano para ele pagar a primeira prestação da hipoteca. Então, como ele está parado há um ano, eu preciso que ele comece logo a estudar e a se atualizar na sua área médica, a cardiologia, para que possa voltar a clinicar e a fazer cirurgias para poder salvar vidas e ganhar dinheiro e pagar a referida dívida, entendeu, meu amor?

— Entendi. Então vamos achar um modo de você falar com ele sem que ele fique chateado ou se sinta pressionado. Nós sabemos que quando o sujeito se sente pressionado, é a mesma coisa de jogá-lo no problema.

O domingo terminou com Rick e Kate levando Millena para casa. Depois foram para a casa de Jim. Kate e Annie ficaram lá, morrendo se saudades. Desta vez as meninas se comportaram e não choraram.