Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 34
Alem da vida!


Notas iniciais do capítulo

TÃã,tÃã, tÃãnÃã...tÃã,tÃã tÃãnÃã kkkkkkkkkkkkk
eu não sei como se escreve a marcha nupcial kkkkk
Siiiim é o casamentooo...
E ele é todinho dedicado a maria, obrigada linda pela recomendaÃçÃão!!!
Boaa leitura, o capitulo ta enorme!!



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– eu não acredito que não vai me deixar ver o meu vestido – ralhei com a ruiva a minha frente.

–é necessário – ela estava com a porta aberta para mostrar apenas seu rosto – você pediu para eu cuidar do seu vestido e eu cuidei.

– e eu não posso nem ver o resultado final? – tentei empurrar a porta – vamos gabriella, meu casamento é amanhã, não pode me dar isso como presente?

– não – então ela fechou a porta na minha cara.

Suspirei, eu andava maluca nesses últimos dias, a única coisa que me aliviava era o fato de que gabriella se oferecera para confeccionar meu vestido, comigo bastara ficar com o local, a comida a arrumação e todo o resto, e ainda tinha meu trabalho, eu me casaria no dia seguinte e a partir de amanhã o relógio começaria a contar uma semana para o resto dos animais nascerem e estávamos atrasados com a colocação da camada de ozônio por causa de uma certa guerra inadiável que tivemos em nossos compromissos.

Se gabriella não queria me mostrar a roupa, fui fazer a única coisa que me era permitido, tirara aquelas ataduras na minha cintura, o que era maravilhoso, eu já estava de saco cheio de ficar na sozinha, nicolae me dissera que não tocaria em mim, mesmo eu alegando que estava bem, segundo ele, não queria me machucar.

Revirei os olhos a caminho do consultório médico, parecia que ele estava fazendo de proposito, ultimamente ele estava até vindo tarde para o quarto, quase todas as noites, só para me encontrar quase morta de sono quando chegasse, e sempre saiamos cedo, então, minha vida sexual estava em zero, o que era uma coisa muito difícil para uma garota de 18 anos que tem um noivo, total e completamente gostoso, transpirando sexo duro por todos os poros e uma aura de poder e masculinidade voando em volta dele.

– hey – john me abraçou – olha só que está chegando aqui, se não é minha noiva favorita?

– tire esse troço de mim – resmunguei – quero me ver livre o mais rápido possível.

– tire a blusa – ele pegou um aparelho que faria com que as ataduras se soltassem livremente.

Retirei minha blusa marfim ficando vermelha ao me lembrara que eu já havia tirado minha roupa para ele. E lhe agradecendo secretamente por ter me parado.

John aproximou o aparelho e ele fez um pequeno bip e as faixas antes duras, caíram como um tecido leve e mole.

Deu até para poder respirar mais livremente.

– obrigada – coloquei a mão na cintura, onde meses antes havia uma grossa cicatriz, mas agora não havia nada que marcasse meu corpo, o que me deixou aliviada – muito obrigada.

– de nada – john levantou a sobrancelha daquela forma charmosa que só ele conseguia fazer – fiquei surpreso que tenha me convidado para o casamento.

– o que? – vesti a blusa rapidamente – claro que eu chamaria você e miica, são meus amigos.

– é só que é estranho – ele deu de ombros – eu sou só um médico.

– continua sendo meu amigo – sorri.

– tudo bem – ele me deu um leve empurrão – então vai lá menina, amanhã eu quero você linda de morrer.

Agradeci e fui trabalhar, afinal depois de algumas semanas trabalhando no casamento o local já estava pronto, a organização, a cor do meu casamento seria verde, mas é claro que não seria qualquer verde, era o verde dos olhos dele.

Depois disso passei a tarde no laboratório, estava tudo uma correria enorme, parecia que todos os cientistas estavam tentando preparar um habitat natural pelo menos provisório para eles quando nascerem.

O dia veio e se foi num piscar dos olhos se foi, trazendo meus temores novamente, temores do que estava por vir, no dia seguinte.

Liguei para a organizadora confirmando que estava tudo completamente bem.

Abri a porta do quarto e para minha surpresa nicolae estava no escritório, parecendo preocupado e ao mesmo tempo nervoso.

– oi pequena – ele sorriu escondendo os papeis.

– o que está fazendo? – fiquei curiosa.

– nada.

– nicolae – ralhei - deixe-me ver.

Eu geralmente não o confrontava desse jeito, claro que não, mas ele estava com cara de travesso, me dando essa liberdade.

– não posso.

– e por que não?

– são meus votos.

Dessa vez fui pega de surpresa, eu sabia exatamente o que eu iria falar, e quase havia me esquecido que ele também tinha que preparar seus votos.

– ah... – essa foi a coisa mais inteligente que saiu da minha boca - tudo bem então.

– ok – ele parecia estar se segurando para não rir.

Fiquei em pé na frente dele matutando algum assunto para falar, pois eu sabia que eu se tentasse dormir agora, só resultaria em uma noite de completa insônia e agonia.

– tenho uma novidade – Lembrei do meu feito mais recente – tirei minhas ataduras.

– é mesmo? – sua atenção parecia ter se voltado a mim – isso é bom, ainda sente dor?

Balancei a cabeça sorrindo.

– nem um pouco.

– isso é algum tipo de insinuação senhorita? – ele me provocou se levantando – está tentando me seduzir?

– com certeza – coloquei minhas mãos por dentro da sua camisa – e estou conseguindo?

– amor eu estou a dois meses sem sentir o seu corpo – ele me levantou como se eu fosse feita de papel – acredite em mim, não seria necessário uma sedução.

– É mesmo? – provoquei beijando-o – ainda bem, pois hoje você não vai me tocar.

– o que? – nicolae me pós no chão – por que?

– porque quero reservar esse momento para amanhã – dei de ombros – estamos a tanto tempo longe um do outro que será uma experiência boa deixarmos esse dia em branco também.

– se é o que você quer – ele beijou minha testa com ternura – mas saiba que depois de dissermos sim, terão que arrancar minhas mãos para impedi-las de ficar longe de você.

– ótimo – sorri.

– tenho que terminar meus votos.

– boa noite.

– boa noite – ele se virou para mim novamente – tem certeza que quer isso.

Revirei os olhos e ele levantou as mãos em um gesto mudo de paz.

Fui me deitar com a certeza que não iria dormir, mas eu juro que tentei, fiquei deitada, imóvel esperando o sono parecer, mas as únicas coisas que me vinham a mente eram o casamento dando errado, nicolae não aparecendo, alguém tentando me impedir, ou algo do tipo, vi de soslaio nicolae se deitar ao meu lado, e suspirar de cansaço, eu o deixaria dormir, ele precisava de mais sono do que eu.

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O sol apareceu preguiçoso, e como de costume me acordou, tive a impressão de ter fechado os olhos e de repente o sol chegar, acho que deve ter dormido umas três ou quatro horas, pelos menos foram horas a mais do que eu achei que dormiria.

Abri os olhos e nicolae me encarava com ternura. Sorri para ele.

– bom dia senhorita st’clarer – ele me beijou levemente.

– a quanto tempo está ai?

– alguns minutos – ele se sentou – queria te dizer uma coisa antes de sair.

– o que? – deslizei para seu colo – desistiu do casamento?

– pois é – ele concordou com a cabeça baixa – não posso me casar com você.

–e por que não?

– não temos um cachorro.

– bobo – bati levemente em seu peito.

– agora sério – ele se arrumou – lembra quando me disse que precisava falar com Vincent por que precisava dele e queria que eu confiasse em você?

– sim – respondi suavemente – claro.

– eu estou escondendo algo de você – ele acariciou meu cabelo – mas quero que confie em mim, por que não vou te contar, não é algo que precise saber.

Ponderei por um momento.

– você realmente precisa fazer isso?

– sim – ele respondeu suavemente – preciso.

– então faça – concordei – não vou ser contra, e também não quero saber o porquê, confio em você.

– obrigada – ele parecia aliviado.

– espero que não estejam pelados – gabriella entrou desembestada – em entrei com seu amigo da sarda e preciso dela.

Ela me puxou pelo braço, Ramon se colocou ao lado da cama desejando bom dia.

– até de noite – soprei um beijo – serei a mulher de branco, eu espero.

Gabriella riu jocosamente do meu comentário, ela nem imaginaria que eu estava falando sério.

Se você acha que sabe o que é ser torturado, esqueça tudo, você não faz a mínima ideia do que é ficar um dia inteiro na posse de exatas 12 pessoas te arrumando, puxando, enrolando, afinando, alisando. É uma experiência te total alegria e desespero. Algo que realmente muda uma pessoa.

Estava quase na hora e eu ainda não vira meu vestido, gabriella, que por sinal era minha dama cismara que eu não veria o vestido até a hora programada.

Eu já estava pronta, meu cabelo estava preso num coque alto e desfiado, de modo que a coroa pudesse ser colocada livremente em minha cabeça, minha maquiagem estava mais pesada do que o normal, tudo bem, não estávamos falando de um dia normal então deixei passar, meus olhos estavam ressaltados entre o marrom e o verde, dando um efeito incrível em meus olhos amarelos.

– trouxe o vestido – gabriella chegou já arrumada, num incrível vestido verde – pronta para ver?

– claro – sorri nervosa.

– minha melhor criação.

Ela retirou o pano que cobria o vestido e minha boca foi ao chão, ela não estava brincando, era a coisa mais linda que eu já virá em toda a minha vida, o decote em forma de coração era bordado com diamantes, assim como todo o corpete duro, dando um efeito elegante, a manga não existia realmente, ela estava lá para dar o charme, eram três pequenas camadas de diamantes caindo de sensual. A armação era no melhor estilo princesa que eu já tinha visto camadas e mais camadas de cetim me esperavam, e a calda me deixou totalmente apaixonada, ela era bordada de forma que parecia que havia pétalas de flores acopladas dela, e conforme ia descendo, parecia que as pétalas iam se soltando.

Senti meus olhos marejarem.

– é perfeito – falei com a voz embargada.

– não chore filha - minha mãe me passou um lenço – vai borrar o rosto.

– me abraça – pedi limpando o rosto – obrigada amiga.

Acho que fiquei emotiva demais naquele dia, mas eu podia, era o meu dia, meu momento, eu seria de nicolae de alma e espirito.

Vesti a roupa cuidadosamente, por causa da lingerie totalmente constrangedor que haviam me arrumado. Peguei meu buque de tulipas roxas, sei que o casamento é verde, mas aquelas eram nossas flores, o cheiro que ele amava.

Minha mãe deu um beijo na minha testa, ajeitando o véu sobre meu rosto.

Fomos levadas até o salão onde se realizaria o casamento e a cada passo meu coração batia mais e mais forte, me fazendo duvidar se conseguiria chegar até lá.

Minha mãe me deu o braço.

– você está pronta? – ela sussurrou.

Respirei fundo, era nicolae que eu encontraria lá na frente, meu anjo, meu príncipe, meu rei e meu amor.

–vamos –acenei.

As portas a minha frente foram abertas e eu fiquei momentaneamente cega com as luzes que vinham em minha direção, nunca ouve tantos fotógrafos a minha volta, só que quando pude focar em algo, minha visão foi puxada para o homem a duzentos metros de distância de mim, ele estava tão perto, e tão longe, o salão estava lotado de parentes, amigos e pessoas da corte.

Gabriella entrou junto com miica, minhas duas damas de honra, connor já estava lá na frente ao lado de nicolae, nesses últimos tempos eles haviam se tornado grandes amigos.

Começamos a andar lentamente, enquanto as pessoas se espremiam para me ver, como se eu fosse algo muito interessante como um mico de circo, eu poderia ter ficado incomodada, se não fosse minha única luz, que parecia puxar toda a minha atenção, devo admitir que a distância que nos separou foram momentos de tortura, até eu me ver a sua frente.

Minha mãe retirou o véu do meu rosto e depositou um beijo em minha testa.

– seja feliz meu amor – ela sussurrou para mim.

Então me entregou nos braços do homem da minha vida.

Ele estava tão lindo naquele terno preto de linho egípcio feito sob medida, com a blusa branca de seda pura e a gravata de seus verdes misteriosos que combinavam com exatidão com o lenço que ele usava no terno.

– tão linda – ele beijou minha mão.

O Reverendo deu início a cerimonia, e eu gostaria de ter dito que prestei atenção em algo, só que não seria verdade, a única coisa que tinha minha total atenção era o homem ao meu lado, eu não conseguia parar de sorrir para ele, e olhar em seus olhos.

E então chegou o momento dos votos e eu senti minha mão começar a tremer violentamente, não queria estragar tudo em rede mundial. Então ele pegou minha mão esquerda, olhou profundamente em meus olhos, e os medos desapareceram.

Peguei a aliança dele ainda sentindo um tremor leve nas mãos, eu iria começar. Respire, só respire.

Você é muitas coisas…- senti que iria chorar - você é esse diplomata brilhante que todos podem ter medo, só que para mim você é esse romântico louco que tira meu fôlego e me tira do sério. E quando você se cansa, ou se estressa ou fica mal humorado, só eu sei como acalma-lo, Quando posso sentir sua cabeça em meu ombro a noite e sei que você está dormindo, e você parece tão calmo e vulnerável. Eu amo tanto, todas essas partes, que eu quero ter você como parceiro para o resto da minha vida. Doente, saudável, rico, pobre. Contanto que eu esteja com você, estarei completa. E durante essa jornada que nós chamamos de vida, quero que continuemos juntos eternamente.

Tive o prazer de ver as lagrimas transbordando seu rosto pela primeira vez, me dando a certeza que ele tinha amando, então coloquei a aliança delicadamente em seu dedo.

era a vez dele

Hoje é o dia que minha vida começa… - ele começou - Toda a minha vida fui somente para mim, uma criança respondona e mal criada,Hoje me torno um homem…Hoje me torno um marido…Hoje me torno responsável por alguém além de mim…Hoje me torno responsável por você, pelo nosso futuro, por todas as possibilidades que nosso casamento oferecer.Juntos não importa o que aconteça, eu estarei pronto…Para qualquer coisa…Para tudo. Para enfrentar a vida, enfrentar o amor, enfrentar as possibilidades e responsabilidades.Hoje amanda st’clarer, nossa história juntos começa. Para sempre, além da vida!

Ele pós o anel de casamento na minha mão esquerda e essa vez foi minha vez de chorar.

– E diante de todas essas testemunhas – o reverendo concluiu – eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva.

Foi a melhor proposta que me fizeram na noite,

Nicolae se abaixou para que pudesse ficar no meu nível, e passei os braços em volta do seu pescoço, nem me importando com as risadinhas que tivemos quando nicolae se ajeitou me levantando com ele. Nós separamos quando o folego se fez necessário, nos virando para a igreja.

O reverendo colocou um diadema delicado sobre meus cabelos e pegando nossas mãos caminhando até o centro da igreja.

– senhoras e senhores, povo mundial, eu vos apresento suas majestades rei Nicolae Vitorio August petrov e rainha Amanda Marie st’clarer petrov, saúdem seus reis.

Toda a igreja se curvou numa reverencia silenciosa fazendo meu coração parar de bater, e então começamos a andar, e o barulho retornou, os fleches, as vozes, as pessoas tentando nos parabenizar, era uma loucura.

Assim que as portas se fecharam e me vi diante dele, senti meu corpo se esquentar, não entrar em pura combustão com seu olhar.

– você é minha – ele me puxou pela cintura.

– para sempre senhor petrov – murmurei contra sua boca.

– por enquanto vou me contentar com isso senhora petrov - então ele me beijou, pela segunda vez como meu marido.


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Notas finais do capítulo

Sim esse é um capitulo cheio de melação, eu acho que já chega de sofrimento na vida da pobre da amanda!!
Gente linda peúltimo capitulo, então se alguem quiser comentar algo especial, ou recomendar eu estou a postoos!!!
mil beijos. e espero que tenha feito um casamento decente kkkkkkkkkkk