Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 33
Como um quebra-cabeças.


Notas iniciais do capítulo

Não, esse capitulo não é o casamento. mas eu tinha que escreve-lo. gente eu espero que gostem, esse capitulo mostra que o nicolae não mudou inteiramente, a amanda transformou ele num novo homem, mas ainda tem algumas coisas para se mudar.
enfim.
se acharem que merece um recomendaçãozinha to aceitando rsrsrs

mil beijoos!!!



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Era um alvoroço tão grande que chegava a dar um zunido.

Eram tantas notícias e boatos que era até engraçado de ver, “O rei aceitou a noiva traidora de novo” essas pessoas falam tanto e no final não sabem de nada, apenas querem um motivo para continuar falando.

Até por que agora eles tinham, o fato de eu ter aceitado o povo traidor novamente, a repercussão disso havia sido maravilhosa, eu não pareci fraco como imaginara no começo, eu pareci bom, e justo, já que todos sabiam o motivo deles terem se rebelado, só uma pessoa pagaria realmente por aquilo, só que ele estava pagando por algo pessoal.

Acordei cedo, amanda ainda dormia do meu lado como um anjo, me fazendo esquecer dos meus problemas, era incrível como uma pessoinha tão pequena poderia significar tanto na minha vida.

- senhor – Ramon murmurou entrando.

Ele havia decidido continuar como meu assistente mesmo sendo meu conselheiro, segundo ele, era quase a mesma coisa, só com um salário maior.

- o que foi? – me levantei devagar.

- tenho umas coisas para tratar com o senhor – ele começou a separar minha roupa enquanto falava – é sobre o senhor e a senhorita amanda.

- Ramon se for sobre o casamento acerte com ela - comecei a me vestir – amanda insistiu em cuidar dos detalhes.

- não senhor – ele me deu o terno – é importante.

- tudo bem – caminhei até minha pequena deixando um beijo na testa dela – vamos.

Achei que assim que saíssemos do quarto ele começaria a tagarelar sobre o que queria, mas Ramon parecia estranhamente envergonhado, perguntei a ele várias vezes o que era, sem nem uma reposta concreta.

- o que foi Ramon? – perguntei pela decima vez ao entrar no meu escritório.

Ele pode ter dito ou não, e eu sinceramente não ouvi. Devo admitir, não sou um homem cego, sou totalmente apaixonado por amanda, mas sei que Amber também é uma mulher bonita, mesmo não fazendo meu tipo. E quando amanda me disse que pretendia uma pequena vingança não achei que ela estava falando sério daquele jeito.

Amber sempre gostara de usar roupas justas, provocantes e sedutoras, porem o modelo que usava hoje, que com certeza tinha um dedo de amanda, só poderia ser considerado, bem...grande.

Não em largura, mais em comprimento, Amber usavam uma saia longa que eu acho que foi roubada de uma freira, com um blusão, por cima laranja fluorescente e uma faixa verde no meio da cintura, que desproporcionava totalmente a roupa, não que fosse algo bonito de se ver, e eu juro que alguma velhinha do asilo está procurando os chinelos dela nesse momento.

É claro que ela não poderia usar essa roupa para sempre, mas eu ia deixar minha noiva se divertir um pouco, ela merece. E fez com Amber totalmente ao contrário, Amber quis vestir amanda como uma puta e amanda vestiu Amber como...uma mendinga. Vai entender as mulheres.

Continuei andando, tentando ignorar a placa de neon que estava sentada na cadeira em frente ao meu escritório em forma de secretaria.

A única coisa que me fez parar, foram as duas mulheres sentadas elegantemente nas cadeiras.

- lyanna – cumprimentei – li.

- majestade – ela se curvou – é uma honra ser chamada a sua presença.

- não me lembro de marcar algum compromisso com as senhoritas – franzi o cenho.

- Ah...senhor e....eu temo que tenha sido eu – Ele sempre gaguejava quando ficava nervoso.

- temos algo a tratar com a lady e Elisabeth Ramon? – me virei em sua direção.

- Sim...sim senhor.

-Tudo bem – concordei – vamos?

Entrei em minha sala com as costumeiras pilhas de papeis e trabalhos que eu precisaria fazer, tudo burocracia. Mas isso podia esperar.

- então - cruzeis os braços – o que temos a tratar?

Lady lyanna se sentou em uma cadeira a minha frente com li em pé ao lado dela e Ramon logo na outra, ele parecia mais nervoso do que de costume, com certeza havia aprontado algo.

- sabe nicolae – ele corou fortemente ao me chamar pelo nome – senhor, eu achei extremamente suspeito que quando você e a senhorita amanda estavam juntos, bem, sempre parecia que os repórteres sabiam onde ela estaria, com que ela andava, coisas que ela faria minutos depois de comunicar ao senhor, e mesmo assim, lá estavam eles, tirando fotos e difamando sua noiva injustamente.

Lyanna se mexeu desconfortável na cadeira.

- continue – pedi.

- bem, eu tinha uma suspeita de quem fosse – ele ficou vermelho – então pedi que investigassem a pessoa, me trouxeram uma testemunha que confirmou minha suspeita, lady lyanna sabia através de lady Elisabeth onde amanda estaria, pois ela era amiga do senhor e sempre estava por perto, então elas repassaram essas notícias para os jornalistas, na condição que fossem ruins as notícias que fossem espalhadas.

- que absurdo é esse? – ela se virou irritada – como pode dizer isso de mim?

- eu po...posso dizer isso com as provas – ele colocou em cima da minha mesa, mas nem era preciso, ele tinha razão, li sempre estava no recinto quando amanda falava que faria ou iria a algum lugar.

- não foi coincidência a senhorita Elisabeth ter vindo para cá quando o senhor se tornou rei, e lady lyanna sabia que amanda não era uma boa dama e que talvez o senhor considerasse outra pessoa.

- bem... – Li se ajeitou ao lado da mãe – não foi nessa intenção majestade, era só uma brincadeira.

- brincadeira? – senti meu corpo perdendo o controle – vocês fizeram o povo odiar a amanda, sabe o quanto ela sofreu por causa daquelas palhaçadas?

- e....eu sinto muito – parecia tão inofensiva quando com medo - mas uma mãe faz de tudo por sua filha e Elisabeth te ama.

- quando eu a amei você me mandou sair de perto dela, agora que minha posição mudou consideravelmente você mudou sua opinião - me levantei ficando de frente a ela – sabe qual é uma das maiores qualidades de amanda? Ela não me ama pelo que eu tenho, mas pelo que eu sou, mesmo com tantos defeitos ela me quer como ser humano, não como rei.

Ela me olhou assustada como se temesse meu próximo passo.

- quero que saia dessa cidade – falei – você e sua filha estão banidas desse lugar pelo resto de suas vidas, vão viver na cidadela mais distante desse daqui, e a partir desse momento eu tiro todos seus títulos e posses, se quiserem sobreviver daqui para frente, terão que trabalhar dignamente por isso.

- o que? – lyanna se levantou me encarando – não pode fazer isso.

- eu acabei de fazer – sorri – Ramon, cuide para que as damas sejam escoltadas até o maldito do lugar mais deserto desse planeta.

- com prazer senhor.

- vitorio – li se aproximou pegando meu braço – não pode fazer isso comigo, somo amigos lembra?

- desculpe – me soltei – não me lembro de estragar a felicidade do outro estar na lista de amigos.

- então é assim – ela falou enquanto era levada – amanda venceu assim?

- é – concordei – foi bem assim.

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Fiquei o resto da tarde trabalhando em meu dever como rei, ainda tinha um trabalho pela frente, era algo que eu estava fazendo por mim e por amanda. Olhei para o flops que eu tinha dela na minha mesa, para falar a verdade não parava de contar os segundos para poder dizer que amanda seria só minha, o que era uma basbaquice já que sou homem, mais era impossível se evitar.

- senhor – um dos meus guardas costas entrou – ele está pronto.

- um segundo – você não faz ideia do quanto desejei esse momento.

Peguei minhas coisas e me dirigi ao elevador, assim que as portas se fecharam notei que já estava anoitecendo, mandei uma mensagem a minha pequena avisando que eu chegaria tarde, pois isso com certeza iria demorar.

Segui com ele até o canto mais escuro da cela real, tivemos que passar por várias salas de identificação, irritante, porem necessário, meu prisioneiro não poderia ser encontrado.

Na frente da porta dupla de titânio puro, com mais de quarenta centímetros de espessura estava o único homem desse planeta que me ajudaria com eu precisava.

- connor – cumprimentei.

- nicolae – ele ajeitou o uniforme.

- tem certeza que quer fazer isso?

- com cada partícula do meu ser – connor concordou – eu tenho certeza.

Acenei com a cabeça. Entramos na sala, já com tudo preparado, Vladimir estava pendurado no ar, exatamente como ele deixara amanda, e também estava nu, recriando o cenário que ele submetera a minha pequena.

Assim que nossos passos começaram a ecoar na sala ele levantou a cabeça, já havia melhorado bastante da surra que eu havia dado nele, ótimo.

- o que fazem aqui? – ele quase gritou – me deixem apodrecer em paz.

- sabe – comecei – eu até deixaria, fiz uma promessa a minha noiva que deixaria você morrer em uma cela, apodrecendo com o passar do tempo, que eu não iria simplesmente te matar.

- porem respondendo a sua pergunta – connor continuou – ele também prometeu a Vicentini que você morreria da pior forma possível.

- então arrumei um jeito de intercalar as duas promessas.

- o que quer dizer? – ele me olhou, e eu vi em seus olhos o puro medo.

Sei que amanda me mudou, quando eu a conheci eu era um homem completamente sombrio, amargo, mas graças a ela eu mudara por completo, ou quase, sempre me considerei um quebra cabeças amanda era a maior parte de minhas peças, e eu faria de tudo por ela, porém, havia aquela pequena peça, insignificante mas sem ela eu não estaria completo que tinha sede de vingança, eu adquirira essa peça quando era criança e eu vira meu pai morrer, e por isso eu precisava vinga-la, precisava saciar minha sede de sangue. Era meu lado obscuro que infelizmente já fazia parte de quem eu era e sou.

- o que quer dizer? – ele repetiu.

Sorri para ele.

- na promessa eu disse que você morreria em um cela – apontei para o recinto –que demoraria para você morrer, acredite, vai mesmo e que eu não iria simplesmente mata-lo, e eu não vou.

- pelo amor de deus, já não basta o que eu estou passando?

- não, não basta nem para começar – abri o pano que cobria vários brinquedos que eu iria adorar usa-los - eu te disse que estava cumprindo duas promessas, então aqui vai a minha.

Me aproximei dele ficando a centímetros de distância.

- eu te prometo que vai doer, que vai demorar, eu te prometo que você vai implorar para morrer, eu te prometo que quando eu passar dos limites e te machucar demais, vou mandar cura-lo, para que fique bom, só para eu poder começar do zero – rosnei – e por fim, eu prometo que você pode gritar e berrar, e acredite, você vai, mas ninguém vai vir atrás de você.

- que tipo de homem você é? – ele gritou se sacodindo nas correntes.

Pequei o espeto de ferro e um maçarico, ligando-o e esquentando o ferro, vendo o fogo lamber e esquentar o ferro até vê-lo ficar vermelho.

- O tipo de homem com quem você não deveria ter se metido.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??