Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 32
Surpresas.


Notas iniciais do capítulo

Oi povo lindoooo.
mais um capituloooo!



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- não, eu mandei colocar bem a frente – a voz de nicolae me despertou – mas quero todos lá.

Abri os olhos e lá estava ele, andando de um lado para o outro no meu quarto apenas de calças. Apoiei-me nos cotovelos para admira-lo melhor, nessa hora ele notou que eu o olhava e sorriu para mim, e tinha como não amar aquele sorriso?

Nicolae levantou um dedo para mim, pedindo para esperar, concordei indo até o banheiro, a mulher que penteava o cabelo a minha frente estava totalmente corada, de um jeito que só ele conseguia me deixar. Retirei a camisola planejando tomar um banho demorado.

Olhei para as ataduras em minha cintura e fiz um bico, aquilo com certeza tinha que sair dali o mais rápido possível, estava atrapalhando alguns planos meus.

- tem alguém a porta – nath informou.

Sabendo que gabriella provavelmente voltaria, abri a porta do banheiro e encontrei o olhar chocado de minha mãe se intercalando entre nicolae e eu.

- hum...oi mãe – fiquei vermelha.

Ela sacodiu a cabeça exatamente como eu fazia.

- tenho que me acostumar com sua nova vida amorosa – ela olhou atravessada para nicolae – e sexual.

Ouvi nicolae se engasgar, ao telefone.

- mãe – ralhei.

- o que? – Soraia me olhou com cara inocente – e como você está meu amor?

- eu estou bem – deixei que ela me abraçasse.

- se ele quiser fazer alguma coisa com você enquanto estiver ferida me diga que eu resolvo – ela sussurrou no meu cabelo.

- achei que gostasse dele – murmurei de volta.

- eu gosto – ela se afastou – se não gostasse ele teria sumido na guerra.

Essa é a minha mãe.

- ele salvou minha vida – peguei um roupão de ceda, cobrindo-me – deveria agradecer.

Vicentini sorriu de canto para mim.

- eu serei eternamente grata.

- hey mulheres – nicolae havia colocado a camiseta – parem de falar de mim como se eu não estivesse aqui.

Sorri para ele quando passou a mão pela minha cintura, era estranho ter meu namorado e minha mãe no mesmo recinto.

- bem – ela bateu as mãos nervosamente – eu tenho que ir, tenho que falar com uma pessoa.

- mais já vai?

Vicentini olhou para nós de soslaio.

- você está bem acompanhada e eu ficarei em breve.

Franzi a testa.

- segredinhos agora Vicentini?

Ela apenas piscou e saiu.

Eu me virei para o homem que eu amava, era quase como um sonho tê-lo ali, sentado à minha frente me olhando com carinho.

- sua mãe é maluca – ele comentou distraído.

- tal mãe, tal filha

Me sentei no colo dele passando a mão pelo seu cabelo.

- conte-me o que eu perdi – beijei seu queixo.

- depois que você...dormiu – ele parecia escolher bem as palavras – usamos Vladimir como refém para acabar com a guerra, julgo que mesmo que não tivéssemos pedido a paz eles nós teriam concedido com prazer, depois que o velhote sumiu parecia que eles não tinham direção, não havia hierarquia no que ele pregava, eram todos submissos e ele era o topo, simples assim.

- uau – murmurei – e o que você vai fazer com eles? Quer dizer os que seguiam Vladimir.

- sinceramente? – ele sorriu amargo – não faço a mínima ideia.

- mas eu faço - me posicionei em seu colo de forma que entrelaçasse nossos corpos e minhas pernas ficassem em volta de sua cintura – cuide deles, eles se revoltaram por causa do reinado de sua tia, ela não ligava para o povo, não ligava para as necessidades deles, estavam morrendo nicolae, aos poucos, eu não sei se faria diferente se estivesse no lugar deles e visse meus filhos morrendo.

Ele passou a mão delicadamente pelo meu rosto.

- e o que sugere majestade?

- traga eles para cá – mordi seu lábio inferior – cuide para que eles possam receber uma casa, para que trabalhem dignamente, nós estamos refazendo a terra, trabalho é o que não vai faltar. Seja um rei justo meu amor, e eles serão justos com você.

Nicolae sorriu para mim de forma estranha.

- ainda quer casar comigo?

Fui pega de surpresa, não achei que ele mudaria de assunto assim tão rápido.

- não posso ser uma dama nicolae – murmurei – eu não consigo.

- eu não pedi para ser uma – ele entrelaçou nossas mãos – não quero que mude quem é.

- mas lady lyanna disse que você queria que eu mudasse, por isso pediu para ela me ajudar.

- nunca pedi nada a lyanna amanda – ele franziu a testa – ela me disse que você havia pedido para ela te ajudar, eu apenas concordei, pois achei que era o que você queria.

Aquela velha de uma figa ia me pagar.

- então você me quer mesmo o conselho me achando inadequada?

- quero – ele sorriu como se tivesse um segredo – quero você toda hora a cada momento independente do que os outros possam achar.

- é mesmo?

- é, como nesse exato momento – ele apontou para nossa posição – você não deveria me provocar desse jeito.

Sorri para ele, nem havia notado que aquilo o estava “incomodando”

- o que me diz?

- eu aceito – beijei seus lábios com fervor – vamos tentar de novo.

- então eu acho que isso é seu – ele pegou a aliança em forma de lagrima do bloco e colocou no meu dedo.

- senti falta dela aqui.

- eu também – ele falou no momento que seu telefone tocou – só um minuto.

Concordei me levantando e ele foi atender, quando voltou parecia quase eufórico.

- o que foi? – sorri ao notar o quanto ele parecia uma garotinho feliz.

- na sala do trono teremos uma reunião hoje para decidir o destino de todo aquele povo que participou da guerra – nicolae pegou minha mão beijando os nós dos meus dedos – gostaria que estivesse lá.

- eu estarei – concordei.

- vou pedir para Amber te mandar um vestido.

- não se incomode – coloquei minhas mão em seu peito – na verdade gostaria de lhe pedir um favor.

- o que?

- deixe-me escolher o próximo uniforme de sua secretaria?

- por que? – ele sorriu.

- uma pequena vingança.

- se você quer – ele deu de ombros – tudo bem.

- obrigada – agradeci.

- tenho que ir – ele se abaixou para me beijar – eu a vejo de noite.

Fiquei olhando-o partir, quem diria que um ano após minha vinda para cá eu estaria noiva do rei? Que aprenderia a amar minha mãe e poderia considerar a palavra felicidade na minha vida? Eu nunca imaginaria algo assim, o destino tem um forma bizarra de provar o quanto estamos errados.

Me vesti e fui ao quarto de gabriella, que realmente pareceu bem feliz em arrumar uma roupa para mim e outra para amber.

Enquanto ela confeccionava as roupas deu uma escapulida para ir visitar meus filhos.

O laboratório parecia silencioso, fui direto para as incubadoras e os encontrei dormindo, pelos seus tamanhos com certeza teríamos mais nascimento em poucas semanas.

- amanda? – alguém me chamou assim que sai do laboratório.

- enzo? – cumprimentei – nossa quanto tempo.

Ele estava arrumado e com uma mochila enorme nas costas.

- é verdade – ele me abraçou.

Quando nos afastamos notei que seu nariz estava com uma pequena cicatriz recente.

- quebrou o nariz? – perguntei gentilmente.

- ...é - enzo parecia desconfortável – sabe como é, um babaca acabou me acertando.

- que merda – tadinho – mas por que a mala?

- a guerra acabou – ele deu de ombros – sabe como é. Agora é voltar pra casa.

- serio? – eu o abracei com força – então tchau, e boa sorte.

- o mesmo pra você amanda – ele me deu um beijo na testa e partiu.

Quase tinha me esquecido dele, mas com tudo o que eu passei não sei se ele estaria na minha lista de prioridades.

..............................................

- sua roupa está pronta – gabriella anunciou com orgulho assim que entrei em seu quarto – demorou um pouco, mas eu terminei.

- o que eu seria sem você?

- uma garota mal vestida – ela torceu o nariz – com certeza.

Caminhei até a cama, o vestido marrom em cima da cama, ele era o vestido que com certeza qualquer menina ficaria babando, ele era de renda e tinha um decote justo na frente, mas atrás as costas eram completamente nuas, seguradas por duas faixas azuis finas, para fechar o pacote uma abertura na frente o deixava sensual.

- eu amei – coloquei o vestido contra o corpo – é lindo.

- eu sei, eu que fiz.

- Gabriella 1x humildade 0 – brinquei – e o outro modelo?

- aqui – ela me entregou o pacote –você é má.

Comecei a me arrumar imediatamente, era uma ocasião importante ser convidado a ir a sala do trono, gabriella me ajudou a prender meu cabelo em o coque alto e elegante, deixei que o colar que eu havia ganhado no meu pescoço, ele tinha um novo significado para mim.

- como estou? – perguntei enquanto gabriella finalizava a maquiagem.

- divina – ela aplicou batom nos meus lábios – levante-se.

Me olhei no espelho, acho que se eu ficasse parada, sem me mexer me nem uma grama, poderia até ficar elegante, o que era uma coisa bem difícil para alguém como eu.

Agradeci fervorosamente a minha amiga e fui para a tal reunião, quase fiquei cega com os fleches que pipocavam por toda a parte, já podia até ver a notícia de amanhã, “ex noiva do rei volta dos mortos para assombra-lo”

Me sentei discretamente, pois já haviam começado a reunião, nicolae estava tão lindo, lá sentado no trono, a coroa que ele usava hoje não era discreta como as outras, era altas, de ouro puro cravejado em safiras, que combinavam perfeitamente com a gravata azul, ele estava lindo, mesmo pessoalmente eu preferindo ele de verde.

Todos os nobres estavam presentes, cada um sentado em sua determina cadeiras.

- então você está viva – Denise se sentou ao meu lado, ela também estava bonita, pelo visto ainda usava roupas feitas por gabriella.

- É parece que eu não vou morrer tão fácil.

Ficamos em silencio, não sei bem o porquê dela está sentada ao meu lado, mas também não a expulsaria dali.

- obrigada – ela murmurou depois de alguns minutos.

- pelo que?

- por não ter me contado quem era meu pai – ela me olhou diretamente – obrigada por deixar ele me explicar, por não contar a ninguém.

- estamos quites agora – aceitei a taça de champanhe que me ofereceram – você não contou a nicolae que eu enforquei você.

- o que? – me assustei com o grito de um homem do conselho – você acabou de dizer que vai simplesmente deixá-los livres?

- sim – percebi que nicolae estava me procurando na multidão – eu vou ser o rei que eles querem que eu seja, eles começaram a guerra por que não tinham um rei digno, quero ser esse tipo de rei, e a decisão é minha senhor, ou já se esqueceu de sua atual posição.

- então por que você me trouxe aqui?

- para apresentar a pessoa que me deu essa ideia – ele encontrou meu olhar e ofereceu a mão – minha noive e futura esposa.

Fiquei estática, ele estava falando de mim?

- venha aqui pequena.

Me levantei cambaleante, e caminhei até onde nicolae estava, fiquei assustada com a quantidade de olhares em cima de mim.

- o que está fazendo? – murmurei.

- mostrando a eles que não me importo com o que dizem de você - ele me abraçou e os fleches começaram – corte real, eu apresento a vocês sua rainha.

Depois disso ouve um alvoroço todos fazendo barulho gritando, aplaudindo.

Quando nicolae me levou para fora da corte vários fotógrafos e repórteres vieram para cima de nós.

- majestade você está apresentando a senhorita st’clarer como rainha – um deles conseguiu burla a segurança – então vamos ter um casamento real.

Nicolae me olhou sorrindo.

- com certeza.


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