Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 28
Segredos...


Notas iniciais do capítulo

Genteeem chegamos a 210 comentários e eu nem sabia...muito obrigada todo o carinho gente eu agradeço de coração!!!



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Haviam me acertado com força.

Estava tudo tão embaçado, minha visão estava meia turva, tentei esfregar as pálpebras, mas algo impedia minhas mãos, sacodi a cabeça tentando focar em algo, então entendi por que não conseguia ver nada, tudo em minha volta estava completamente escuro.

Ouvi alguém chorando baixinho, quase reconheci a voz, levantei a cabeça procurando pelo som.

- Ah...finalmente ele acordou – uma voz de homem quase comemorou –pensei que teríamos que acorda-lo.

Senti uma raiva incontrolável por aquela voz.

Uma luz foi acesa e depois de alguns segundos pude enxergar alguns homens e uma pessoa marrada assim como eu, o lugar era frio e fedia bastante.

Demorei alguns segundos para conseguir focar a pessoa amarrada. Meu coração parou de bater.

Amanda. Minha amanda, minha pequena estava destruída, estava totalmente machucada, saia sangue de sua cabeça empapando os cabelos, seu rosto, o rosto que eu tanto amava, seu rostinho angelical ele estava inchado e parecia quase deformado. Ela estava nua, pelo roxo quase negro em sua cintura tive certeza que algumas costelas estavam quebradas, saia sangue de seus dedos.

Senti um rosnado primitivo sair da minha garganta.

- calma, hey calma - um velho se aproximou de mim.

Ele era baixo, mesmo eu de joelhos e ele em pé, éramos quase da mesma altura.

- o que você fez com ela? – minha voz estava rouca pelo ódio que eu estava sentindo.

- estávamos apenas nos divertindo enquanto você não vinha – ele sussurrou – que bom que não demorou, porque se não amanda não aguentaria muito mais.

- eu vou matar você seu filho da...

- opa...- o velho deu um passo para traz enquanto levantava as mãos – meu nome é Vladimir vossa majestade.

- eu estou aqui, você me tem – rosnei – então eu acho melhor você me dizer o que quer, por que quando eu sair daqui, você não vai ter tempo para falar nada, isso se ainda tiver língua.

- uau...que violência para um homem amarrado – Vladimir debochou – sabe, acho que nunca pensei que sacrificaria milhões de vidas por causa de uma menina.

- não estou sacrificando ninguém – murmurei, mas ele pareceu não ouvir.

- senhor – um menino entrou correndo – estamos sendo contra atacados.

- o que?

Vladimir falou um palavrão.

- O que você pensa que está fazendo? – ele se virou na minha direção – acha que se fosse pego, o seus amiguinhos poderiam te resgatar.

Recebi um muro na boca do estomago, curvei meu corpo para frente com o impacto que recebi.

Eles saíram logo em seguida.

- amanda – murmurei com a voz recortada – amanda, meu amor você está bem minha pequena?

- estou – ela respondeu, sua voz estava tão fraquinha – como você está?

- vou ficar melhor em um minuto.

Respirei fundo, uma, duas, três vezes. Foquei minha concentração na minha mão, deslocando meu osso. Isso ia doer, mas precisava deslocar meu polegar para conseguir tirar minhas mãos das correntes.

Meu corpo arfou quando libertei minha mão direita, então era hora da esquerda, desloquei o osso mas ele não queria se soltar, meu braço ainda continuava emperrada, usei a mão direita para quebrar o osso.

Ah...

- nicolae o que está fazendo? – amanda perguntou baixinho.

Puxei a mão para baixo, estava doendo terrivelmente.

Coloquei o osso da minha mão direita no lugar, e peguei o sinalizador o meu bolço, dando a Vincent nossa localização, em seguida corri em direção a minha pequena.

- oi amor – fiquei com medo de toca-la. Ela estava sem capacete.

- você está solto – ela pareceu surpresa sobre o olhos inchados – como?

Assim que terminou a frase os barulhos lá fora começaram.

- nicolae pelo amo de deus se esconda, eles vão matar você.

A porta foi escancarada com um baque e eu nunca me senti tão feliz e ver Vincent em toda minha vida.

- me ajude a solta-la – pedi.

Minha mão machucada atrapalhou bastante na hora de quebrar os grilhões mas o que eu poderia fazer?

Colocamos um lençol para cobrir sua nudez, então eu a peguei no colo, embalando-a e pus um capacete para que ela respirasse melhor.

Amanda gritou de pura agonia quando a levantei em meus braços, era tão frustrante, eu me sentia tão impotente, sem pode ajuda-la.

- amor por favor aguente firme, eu vou cuidar de você, por favor.

Ela concordou de levinho.

Aquele homem iria sofrer, dava pra sentir o sabor antecipado de sua agonia.

- nicolae temos que sair daqui – Vincent me chamou.

Saímos de lá o mais rápido possível, eu tentava não me mover o máximo possível, pois isso representava dor a amanda.

- Era parte do plano? – ela perguntou em meus braços.

- sim amor – concordei – precisava localizar você e sabíamos que me levariam a onde você estivesse, eles iriam querer que eu a visse sofrer.

- mas eu já havia dado minha localização – amanda franziu a testa.

- do que está falando querida?

- da bala rosa, com a localização.

Tic-Tac.

Acho que meu coração não conseguiria aguentar mais surpresas.

- o que, você comeu aquilo? – parei de andar.

- sim.

- não, não. Vincent – gritei e ele veio em minha direção – ela comeu aquela bala.

Ele arregalou os olhos para mim.

- que horas?

- hoje de manhã – ela murmurou.

Ele me olhou sério.

- nicolae ainda temos um dia inteiro de viagem.

- não trouxeram o antidoto?

- não pensamos que ela tomaria – ele deu de ombros - acho que ela deve ter comido a bala minutos depois que saímos.

- vamos – recomecei a andar – temos que sair daqui.

- nicolae – ele veio atrás de mim – não vai dar tempo.

- Cala a boca – gritei – vai dar tempo, tem que dar tempo.

Continuamos a caminhada e agora para mim era uma questão de tempo, eu precisava chegar a tempo.

Nós passamos por aquele labirinto enorme que eles chamavam de esconderijo, eu me encontrava no centro e dezenas de soldados nos cercavam.

Fazia parte do plano, eu deixaria que me capturassem, e durante a sessão dele nós atacaríamos. Distração, então Vincent entraria com um grupo pequeno de soldados pegando a gente, eu não contava que amanda fosse tentar se matar.

Tic-Tac.

Estávamos no meio do caminho quando encontramos o grupo em que Vladimir usava para acompanha-lo. Eles começaram a atirar e foram recebidos na mesma cortesia.

- quero ele vivo – gritei.

- venha – Vincent me puxou pelo braço – vamos pegar um atalho.

Entramos por dutos de ventilação a procura da saída, dei graças aos céus por eles serem largos, se não, não haveria como levar amanda comigo.

Saímos no deserto, em uma parte em que ventava bastante, estávamos distantes se comparados de onde havíamos saído, porém ainda dava para ver a guerra de distração rolando na superfície.

- e os soldados?

- eles vão ficar bem – Vincent falou – temos que sair daqui, ou ela morre.

- tem razão.

- hey - ele me chamou – o que é isso em sua mão?

Eu o ignorei para a menina em meus braços, ela representava tudo, meu mundo parecia tão frágil.

- vamos – recomei a andar – temos muito para andar.

Tic-tac.


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Notas finais do capítulo

Uff...