Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 13
Fúria que arde!


Notas iniciais do capítulo


Gente eu queria pedir perdão pelos erros de português ta?! Não são intencionais, é que eu escrevo muito rápido!



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Minhas pernas poderiam ser rápidas, Mas parecia que a cada passo que eu dava, a distância entre eu e o senado só aumentava, o que não ajudava nada para diminuir meu nervosismo, abri as portas com um baque, sem esperar que abrissem para mim,  a raiva era muito grande para se esperar.

- que merda de noticia é essa? – joguei o comunicado aos pés daqueles velhos ingratos – quem disse essa porcaria?

O conselheiro geral se aproximou de mim.

- seu pai senhor – ele falou brandamente – a lei é dele.

Isso me murchou por dentro, meu pai?

- pode até sido meu pai que fez isso – mantive a compostura – mas eu tenho que ir para a guerra, eu a convoquei. Tenho que liderá-la.

- desculpe-me senhor – um outro enrugado se aproximou de mim –mas a lei consta que se o rei não tiver um herdeiro legitimo ao trono, não poderá participar de atividades de risco, para que nunca se tire o sangue azul do trono.

- vocês me disseram que não posso parecer fraco diante do povo – passei a mão na cabeça – se eu ficar aqui, parecendo uma garotinha assustada, vou realmente parecer vulnerável.

O conselheiro real chegou perigosamente perto de mim.

- o senhor tem um filho legitimo?

- não.

- se tivesse se casado como era de costume fazer, sua esposa já poderia estar grávida – ele se virou – mas como não esta nem casado, não ira para a guerra, isso não é algo discutível, majestade.

- qual é a graça de governar o mundo se não posso fazer o que eu quero?

 Ele sorriu de forma quase doce.

- vai saber?

Retirei meu corpo daquele lugar antes que minha vontade dominasse minha força de resistir.

Senti Ramon junto com meus sombras bem atrás de mim, eu já estava de saco cheio.

- Ramon separe uma sala de treinamento para mim – ordenei – e cancele tudo o que eu tenho para hoje, eu não quero ver ninguém, para a segurança deles.

Só tive tempo de entrar no meu quarto e tirar a roupa, queria logo minhas antigas roupas de treino.

- mudou de idéia sobre dormir comigo – li estava sentada numa cadeira perto da lareira – por que primeiro poderíamos jantar ou beber alguma coisa.

Meu sangue estava fervendo, ela ficava implicando comigo por não ter dormido com ela, mas o que li não entendia era que eu não conseguiria fazer qualquer coisa com ela, sem ficá-la comparando com Amanda, pois ela ainda dominava meus pensamentos, e depois daquele beijo...

- estou saindo – foi a única coisa que eu disse.

Eu amava li, sempre amei, numa outra época, eu poderia dizer que era um amor de verdade, que eu poderia viver com ela, ter filhos e uma família, mais isso fora antes de Sidney entrar na minha vida e me mostrar a vida de uma perspectiva diferente, antes de Amanda entrar nessa minha vida e vira-la de cabeça para baixo, de transformar esse lado, no lado certo. Elisabeth ainda era minha amiga, mas nesses últimos tempos em que tenho estado convivendo com ela, ela tem me tirado do serio, eu sei que mudei, só não tinha notado o quanto até agora, antes eu achava li uma pessoa maravilhosa e encantadora, mais agora tudo que ela fazia e dizia me aborrecia.

Assim que entrei na sala de treinamentos, mandei que acionassem os robôs contra mim, eu sabia que não era permitido, mas se não fossem os robôs, eu bateria em alguém humano, e eu não pararia tão cedo.

Assim que eles entraram preparei meu corpo, eu bati pela frustração, pela raiva, que era muita, pelo ódio, por não conseguir tocar minha vida como antes, eu tinha razão, não conseguiria isso sozinho. Não sem Amanda, ela era minha base e eu havia pego uma marreta e destruído minha base.

“pare de procurar amor onde não tem”

“adolescentes dizem eu te amo para qualquer um”

Será que li estava certa nesse ponto? Ela parara de me amar, simples assim? Aumentei a velocidade dos meus golpes. Não era possível, se ela não me amasse não retribuiria meu beijo, ela teve a chance de me afastar, mas ela retribuiu. Eu não podia e não queria acreditar que ela me esquecera, ainda mais por aquele medico idiota.

Quando terminei me sentia cansado, estava arfando e a adrenalina estava se esvaindo pelo meu corpo, não deu para contar direito, mais acho que eram 27 no total de robôs no chão.

Senti algo descendo pelos meus dedos. Olhei para baixo, o sangue saia dos nós dos dedos e iam descendo pingando no chão.

- senhor – Ramon se aproximou correndo – senhor deixe-me levá-lo até a enfermaria.

- só se quiser enterrar um medico por La depois – fui em direção ao meu quarto – chame minha mãe, e certifique-se que li não esta La antes que eu chegue.

Ele arregalou os olhos e saiu correndo a minha frente.

Sorri de canto, era divertido torturá-lo, acho que eu deveria promovê-lo, era a pessoa mais eficiente que trabalhava para mim, quando finalmente cheguei a porta do quarto, Ramon estava ofegante. Com a mão sobre o peito, é, acho que tirar li dali não foi fácil.

- onde esta minha mãe?

- ela já esta chagando – ele me respondeu rouco.

- tudo bem – abri a porta – tire o resto do dia de folga, não vou sair hoje.

Não demorou muito até minha mãe chegar,só deu tempo de tomar um banho, quando fui me trocar ela já estava La, sentada na cama, com um kit de primeiros socorros completo.

- seu desastrado estúpido por que não usou uma proteção nas mãos – ela nem levantou o olhar – sente-se aqui para eu cuidar das suas mãos.

- posso colocar uma roupa primeiro? – perguntei sorrindo – sabe, não quero que se apaixone por mim.

- pelo amor de deus Nicola – ela ralhou – sente-se agora.

Como eu não me mexi, ela sunshine levantou a cabeça para me encarar do jeito que me apavorava quando garoto.

- não me faça ir buscá-lo pelas orelhas.

Sentei-me a sua frente, ajeitando a toalha em meu quadril.

- me deixe ver suas mãos.

Mostrei para ela, e sunshine me xingou novamente, como nos velhos tempos, ela nunca me tratou diferente por eu ser um príncipe,e  isso só me fez amá-la em dobro até hoje, ela é minha família.

- posso te fazer uma pergunta filho ? – ela começou a massagear minhas mãos com uma pomada verde.

- estou ouvindo – fiquei sentindo a sensação maravilhosa de que minhas mãos estavam sendo trabalhadas, a dor estava indo.

- o que era aquilo que eu li nos jornais sobre Amanda? – ela falou baixinho – sei que é mentira, não se preocupe, mas por que estavam dizendo aquilo sobre ela?

- sabe que é mentira?

- nicolae  - ela ralhou apertando minhas mãos inconscientemente – Amanda é uma boa garota, você a ama desde a primeira vez em que viu a foto dela, ela também se apaixonou assim que te viu, aliais, onde ela esta?

- nos... – retirei meus dedos da mão dela – terminamos.

- o que? – sunshine me olhou brava – o que você fez?

- eu?

- sim aquela garota era louca por você, ela não te deixaria se não tivesse um bom motivo.

Me levantei.

- eu não sei mãe, ela terminou comigo – murmurei – mas não quero falar sobre isso, esse assunto já deu.

- deixe-me terminar suas mãos – ela estendeu o braço – venha querido.

Suspirei, tudo bem, falei comigo mesmo.

Ela terminou o ungüento e passou um protetor, para que parasse de sangrar, esses machucados acabaram com minha intenção de treinar novamente no dia seguinte.

- obrigada mãe  - beijei sua testa com carinho.

Me levantei para ir me trocar, quando meu quarto anunciou alguém a porta, sunshine estava arrumando as coisas dentro da mala, e provavelmente era Ramon me trazendo algum recado.

Abri a porta para uma Amber de olhos esbugalhados e boca aberta, estranho ela aqui.

- o que foi Amber?

- ah... eu... – ela estava me esquadrinhando.

Foi ai que me lembrei que estava só de toalha. Droga.

- entre, vou me trocar.

Vesti calças largas e uma blusa azul, depois fui me encontrar com a loira que perdeu a língua.

- e então?

Ela me entregou um papel em silencio, seu rosto geralmente branco, estava rosado.

 Coloquei meu polegar para confirmar que havia recebido a entrega.

Admito, não gostei do seu conteúdo, recebi uma fúria tão grande percorrendo meu corpo que quando notei, havia aberto um buraco na parede com minha mão esquerda, a direita ainda segurava a folha, tremendo.

- nicolae – minha mãe gritou – sua mão  esta machucada.

Não liguei para isso, joguei a folha dentro da lareira e peguei meu telefone, discando freneticamente.

Chamou duas vezes.

- majestade – meu comandante cumprimentou do outro lado.

- Amanda victorie st’clarer, quero que tire o nome dela entre os selecionados – falei sem rodeios.

- mais  senhor ela é uma ótima soldada  - ele fez uma pausa – existe algum motivo em especial para não colocá-la em nossa linha de frente?

- sim comandante existe sim -fiquei furioso com aquele imbecil -    eu sou seu rei e estou dando uma ordem direta para que ela não entre nessa guerra, esse é seu motivo especial, quero ela fora da lista em dois minutos me ouviu?

- sim senhor – ele respondeu – agora mesmo.

fechei  o telefone e encarei a mulata de braços cruzados a minha frente.

- ela não vai gostar disso – ela ressaltou.

- não me importa, estou protegendo ela.

minha mãe abraçou minhas costas.

- mais que disse que ela precisa de proteção?

- você não entende – murmurei – ela é minha garotinha, não posso deixá-la sozinha naquela guerra, então ela não vai.


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Notas finais do capítulo

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