Gênesis escrita por Mielly Milena


Capítulo 12
Desejos e promessas!


Notas iniciais do capítulo

aqui esta o segundo espero que gostem.



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Meu coração palpitava forte no peito, me sentia uma garotinha de novo. Encarei o homem alto a minha frente, forte, másculo, com uma aura de feromonios que me chamavam para ele.

- não posso demorar – menti.

-  eu não vou demorar – nicolae estava distante,frio – só quero saber se foi mesmo por minha causa.

- que eu fui embora?– fiquei surpresa – mais é claro,eu fiz isso por você.

Por incrível que pareça, ele pareceu mais triste com essa noticia do que deveria.

- entendo.

Ele enrugou a testa, como se pensassem em um problema matemático muito difícil, era bom quando tinha a liberdade de colocar meu dedo indicador em sua testa e dizer que aquilo dava rugas.

- sinto sua falta – murmurei inconscientemente.

E logo após cobria boca com a mão.

Droga.

Eu só falo besteira. Me virei em  direção a porta. Merda.

Antes de alcançar a porta duas mãos grandes seguraram meus pulsos com força, prendendo-me contra a parede. Fechei os olhos para não ser hipnotizada por seus tons de verde.

- me solta – rosnei – não me faça lutar contra você, pois eu o farei.

- tente – ele murmurou se aproximando.

E eu tentei mesmo, primeiro o mais clássico, o chute em sua virilha, mas ele prendeu minhas pernas, com as cochas. Impedindo-me de usar as pernas, depois me espremeu contra a parede, me fazendo arfar sobre o seu peso.

- me deixei sair – grunhi – agora nicolae, pare de brincadeira.

- sentiu minha falta? – ele sussurrou perto da minha boca – não parece, você andou beijando  outra pessoa como se não se lembrasse de mim.

- não é da sua conta quem eu ando beijando – murmurei.

- é sim – ele sorriu torto - porque aposto que ele não te beija assim.

E então ele esmagou sua boca contra a minha, sem gentileza, sem ser suave, e nem delicado, e era assim que eu gostava, a sensação de que ele estava no controle, com seu beijo com gosto de perigo e com sabor de quero mais, que me deixava arrepiada e me fazia querer tirar toda a roupa que nos separava.

E num segundo eu me vi retribuindo a ele, nicolae soltou minhas mãos e ao invés de afastá-lo eu o puxei para perto, agarrando seus cabelos. Seu cheiro, seu sabor, eu sentira tanta falta dele que me doía bem fundo.

 Ele me levantou, enroscando minha perna em sua cintura.

E como um tapa na cara eu acordei. O que diriam se o vissem assim comigo?

Empurrei nicolae para longe, interrompendo o beijo.

- não – murmurei ofegante – é para seu próprio bem.

- o que quer dizer?

- nada – desconversei –Me deixe em paz, pare de tentar encontrar algum tipo de amor onde não tem.

Ele me olhou atônico, como se não acreditasse em minhas palavras.

- o que?

Não me dei ao trabalho de responder, sempre menti mal, se falasse mais alguma coisa ele descobriria, então eu sai, furiosa, com ele, comigo, por que ele sempre me tentava, por que eu sempre não resistia.

Voltei para meu quarto mais brava comigo mesma do que com ele, eu deveria ser forte, deveria conseguir parar, o problema é que eu não queria.

- boa noite cárites – cumprimentei o ser que veio pulando em minhas pernas.

Eu o peguei no colo e o levei ate minha cama, acariciei suas orelhas e ele levantou os cascos em minha direção.

Eu o abracei com força.

- as vezes é difícil amar alguém – murmurei para suas orbes que me encaravam, inocentes.

Dormi com o gosto dos lábios de nicolae na minha boca, pela primeira vez, consegui dormir a noite toda.

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Senti algo gosmento e molhando  sendo passado  pelo meu rosto, sorri, e levantei a mão para tatear a cabeça do meu cervo que tentava se equilibrar em cima do meu colchão.

Esfreguei os olhos freneticamente sorrindo.

- bom dia para você também.

Levei um susto quando o quarto emitiu um barulho alto.

- senhorita st’clarer,você esta sendo convocada ao setor 4 para uma avaliação física – nath começou a falar com a voz grave -  esteja presente as 7 em ponto, não se atrase, pois isso contara em sua ficha.

Olhei no mostrador digital, 6:45. Droga, eu sempre estou atrasada. Corri para o banheiro e tomei um banho rápido, vesti meu uniforme e prendi meu cabelo, pois não daria tempo de pentear, fiz uma trança dentro do aerotubo, me sentindo meia tonta.

Quando desci, uma sensação de nostalgia tomou conta de mim, esse setor já fora um dia separado só para meu treinamento, agora havia grandes cadeiras com juízes com aparências enfadonhas , sentados, avaliado cada um dos soldados presentes, eles estavam sentados. Me dirigi aos soldados que estavam sentados, era óbvio que eles sabiam que eu estava ali.

Não tive que esperar muito, era como antigamente, não tão antigo assim, mas esta valendo.

Quando finalmente fui chamada, tive que mostrar como andava meu cérebro, em um teste mental, que oi facilmente resolvido, uma pessoa que consegue montar, incubadoras artificiais consegue passar naquilo, em seguida ouve um teste de resistência, passando por um campo de concentração artificial, confundiram meus sentidos, me tiraram o olfato e a visão. Tive que me concentrar apenas na audição, não vou mentir, quase falhei, eu estava enferrujada e isso quase me levou a morte, eu tinha que compensar isso, era uma questão de honra.

Quando finalmente terminei, eu estava suja, arranhada e completamente cansada, minha respiração estava tensa,mas eu estava feliz com meu resultado, estava certa de que passaria, eu tinha que passar, gabriella precisaria de mim e eu não a desapontaria.

Primeiro, eu iria me aprimorar, trabalhar o meu corpo para não falhar com ela, primeiro teria que não falhar comigo.

A muitos anos atrás eu prometera a ela que eu sempre a protegeria, “aconteça o que acontecer” dissera, eu sempre cumpria minhas promessas, dessa vez não seria diferente.

- a guerra vai começar – murmurei.


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Notas finais do capítulo

comentem meus anjos!