Destiny - O Começo De Tudo escrita por Ane Castellan


Capítulo 2
Sou expulso da aula


Notas iniciais do capítulo

Gente, sou nova nesse negócio de fic, então please, aceito sugestões e críticas e deem uma chance para minha fic :)



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- Hey cara, relaxa. - Diz Joe rindo enquanto me cumprimenta com nosso aperto de mão idiota. 

- Eai - Digo cumprimentando mais quatro amigos que estão amontoados em uma parede de armários, cujos todos são mais novos que eu e Joe. Já mencionei que eu sou do tipo "garoto problema" como diz a  diretora? Então, não sou do tipo aluno certinho, inclusive repeti o ano anterior e não me orgulho disso. Sério, já  tentei aprender e ser um bom aluno, mas simplesmente não consigo. Odeio ler, estudar, ficar quieto, prestar atenção, aprender e coisas relacionadas como escola. Não está no meu DNA, e o que eu posso fazer contra isso? Nada que eu saiba. Então eu e o Joe somos as pestes da escola, os garotos problema ou como gosta de dizer a Senhora Field o desafio que Deus mandou para testar sua paciência. Enfim, o problema sou "eu", não eu sacou? As coisas simplesmente acontecem comigo.

- Oi Tho - Diz Kat caminhando em minha direção e em seguida me da um beijo.

- Oi - Digo sorrindo  e passo meu braço envolta de seus ombros. Ficamos ali alguns segundos encostados nos armários olhando a multidão que corre pelos corredores e já estou quase fechando os olhos tão cansado que poderia dormir ali em pé.

- Hey, quem eram aqueles caras lá fora? - Ela pergunta me encarando com uma certa curiosidade.

- Caras? quem? - Pergunto sem entender.

- Na grama lá fora,  atrás de você tinham uns caras gigaaantes que eu nunca vi antes. Estavam falando de você. - Disse ela enrugando a testa - Não parecia coisa boa. 

Antes que pudesse falar qualquer coisa o sinal tocou e a multidão se intensificou.

 Dei-lhe um beijo apressado no topo da cabeça e corremos para nossas respectivas

 aulas. Cuja é matemática para minha sorte. 

Parecia que haviam se passado horas, mas de acordo com o relógio só faziam vinte e cinco minutos que estávamos tendo aula. Notei alguns vultos pela janela, e aquela sensação estranha de estar sendo vigiado voltou de novo. Lá fora parecia tudo normal, a não ser um arbusto que mexia freneticamente. Pensei ter visto uma touca amarela no meio dele. E forçava os olhos para tentar enxergar melhor. 

A senhora Marin já me olhava com aqueles olhos esbugalhados próximos á explodir. Espera! Agora tenho certeza que vi algo nos arbustos, uma pessoa ruiva escondida...isso!

- Senhor Bennet! - Grunhiu a professora com aqueles olhos descontrolados e com ambas as mãos abertas apoiadas uma de cada lado da minha mesa. - Posso saber o que tem de tão interessante lá fora? 

- Erh. Nada Senhora Marin. - Disse me afastando o máximo que podia sem cair da cadeira. Aquela professora me arrepiava. O rosto estava tão vermelho que parecia que todos seus poros estavam em erupção.

- Então me diga o que eu acabei de explicar para a sala toda, que por acaso vale cinquenta por cento da nota na prova! - Disse ela enquanto cuspia algumas gotas de saliva na minha mesa.

- Bhaskara? - Disse eu fazendo a melhor cara possível de quem não estava prestes a vomitar. 

- Eu desisto! Desisto de você. - Disse ela respirando fundo enquanto contava até dez inúmeras vezes. - Quando não está cuspindo papel nos amigos, está lutando, ou batendo em alguém. E quando não está contando piadas está olhando para qualquer coisa dessa maldita sala menos para mim!

Toda sala ria e fazia caretas atrás da professora e gestos impróprios para mim. E claro que a culpa é minha.

- Olhe para mim! - Berrou ela já louca gritando por cima das gargalhadas de toda a sala. - Já para a sala da diretora, na minha aula você não fica mais!

- Mas... -  Comecei a falar, mas uma veia já pulsava em sua têmpora que parecia prestes a explodir e achei melhor pegar minhas coisas e sair.

- E de preferencia não volte! - Gritou ela ao bater a porta me expulsando para o corredor. 

E é por isso que eu adoro vir para a escola!

 Passei o resto do período no banheiro  para não me mandarem para a sala da diretora, e quase dormi sentado no chão frio.

O resto da manhã foi normal e depois da aula  fomos comer alguma coisa em uma lanchonete no fim da rua. 

Quando eu e a Julie chegamos Joe estava comendo sua pilha de hamburgueres diária enquanto três animadoras de torcida morriam de rir de alguma piada sua.

Ao passar pelo balcão senti um cheiro muito estranho e Julie segurou minha mão mais forte e apontou com a cabeça discretamente para o balcão. Onde três caras gigantes tomavam algo que parecia cerveja. Deveriam ser os caras que ela comentou de manhã, para meu azar claro, os caras pareciam jogadores de futebol americano gigantes. Passei sem chamar atenção e me juntei aos outros na mesa.

Enquanto saíamos Joe sem querer tropeçou no pé de um dos gigantes, que olharam todos furiosamente para ele. Pensei seriamente em sair correndo 

e gritando como uma garotinha nesse momento, mas eles se acalmaram depois de algumas desculpas e nos ignoraram  novamente.

-Cara, quem são aqueles?  Do novo time de Futebol americano ou algo assim? - Disse Joe olhando para trás.

- Pensei que eles iriam começar uma briga- Disse uma das meninas preocupada. Ao mesmo tempo que Julie me encarava.

- Bom, você vai para casa Tho? - Perguntou ela.

- Não, tenho treino agora. - Disse fazendo um beiço.

- Ok, então. - Disse ela e me deu um selinho. - Bom treino.

Fui pelo caminho contrário voltando para a escola mal sabendo eu que seria a última vez que os via. Pelo menos por um longo tempo.

O tempo esfriara, e me sentia inseguro ali na rua sozinho. O vento assobiava pelos cantos e as árvores balançavam freneticamente.

- Psiu - Ouvi meio ao vento uma voz abafada. Parei de andar com uma sensação ruim subindo pela espinha.

- Thomas! - Uma voz cochichada chamou de um pequeno beco alguns passos atrás.

Voltei meio desconfiado e entrei no beco vazio. Claro que eu pensei que aquilo só poderia dar merda e meus instintos gritavam, saia daí! Fuja! Mas uma parte de mim mais poderosa, se negava a ir á qualquer lugar se  não de encontro com quem me chamava. Ouvi algumas vozes abafadas virem das sombras, que só podiam ser de crianças. Me aproximei mais alguns passos.  

E calmamente três adolescentes com aparência selvagem saíram de trás de um contêiner de lixo. É acho que agora seria uma boa hora para correr. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? Vai melhorar, prometo ^^



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