Diário De Uma Super (Ou Não) Caçadora De Vampiros escrita por BiahCJ


Capítulo 15
Ti Tim parte 2


Notas iniciais do capítulo

Bom, mais uma vez, foi mal pela demora gente, eu quase desisti da história, mas achei que ia ser muita sacanagem com quem comentou/favoritou/acompanha, sei lá. Então aqui vai o capitulo e não, Tio Tim não morreu :)



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Olhei surpresa em direção ao corredor que nos levava à sala de estar. Ouvi vozes, tive a impressão que conhecia uma delas. No momento seguinte, Édi entrou no cômodo, quase desesperado (Entenda: eu disse quase porque ele já havia passado de desesperado, não porque ele estava menos do que isso), seguido por alguém.

Levei um momento para entender o que acontecia. Alguém advinha? Se você disse que era o Brad Pitt, acertou.

Quem me dera. Na verdade, era só mais um vampiro mesmo.

Ele era estranho. Tinha o rosto de um adolescente (um adolescente muito mais bonito do que o normal), mas seu olhar voraz o fazia parecer um predador, fazendo-me sentir como se soubesse que naquele momento morreria.

Ele desviou por uma fração de segundo o olhar de Édi, tempo o suficiente para captar a mim e ao tio Tim, mas eu sabia que dependendo do seu tipo ele poderia ter captado mais do que eu poderia ter percebido.

Ele voltou a atacar Édi, que não tinha mais como recuar, a menos que ele soubesse como abrir um buraco na parede ou na geladeira. Nesse momento, a cozinha não me parecia mais tão grande quanto eu pensava.

Levantei rapidamente, batendo o cotovelo na mesa (cara, isso dói), derrubando minha xícara de chá quente em mim mesma e fazendo a cadeira cair (claro que eu fui junto).

Tentativa patética de fazer algo que não fosse totalmente inútil? Claro que não, até quando eu sou inútil eu sou útil (se é que isso tem algum sentido).

Meus movimentos distraíram o monstro por tempo o suficiente para Édi pegar uma arma, um tipo de pedaço de pau com um ferro na ponta... Uma mini ultra mega pequena pá? Que tipo de pessoa acerta vampiros com uma mini pá?

Bom, a porcaria da mini pá foi mais útil do que eu esperava (ela aprendeu comigo!). Quando ele acertou o monstro, houve uma explosão de água benta por todo o canto (claro que é benta, já não mencionei que ela deixa os vampiros mais lentos?), e a pequena pá se expandiu para uma coisa que eu nunca havia visto antes, a não ser em desenhos animados. Eu sei que deveria conhecer as armas e tal, mas existem centenas e eu não tenho tempo (na verdade, é preguiça) para decorar nomes, além de eu não ter nenhum “professor” perito em armas.

Olhei em volta, procurando algum tipo de apoio para levantar e tive a brilhante ideia de me apoiar na mesa. Não me julgue por isso, eu tinha chá quente por toda minha blusa.

Vou te dar os detalhes sobre a mesa: ela era de madeira, redonda, de armar. O resto você já deve ter adivinhado. Ou quase. Antes que eu pudesse virar a mesa com tudo o que havia nela, meu olhar repousou sobre Tim. Ele estava olhando para o lado oposto, fixo em algo além da porta. Segui seu olhar e só então me lembrei do garoto que tinha me atendido (não sei o nome dele). Ele estava caído em meio a uma poça de sangue (provavelmente dele mesmo), numa posição muito estranha (tenho certeza de que braços humanos não faziam aquele ângulo) e eu não sabia dizer se estava vivo ou não. Mas o pior foi quando captei a figura em cima dele. “Droga, sabia que ele não tinha vindo sozinho”, pensei. Só os vampiros suicidas ou que pensam ser muito poderosos andam sozinhos. Eu tive sorte de encontrar vários vampiros burros o suficiente para andarem desacompanhados por aí.

Tive cerca de três segundos para checar tudo isso.

Do lado de cá, o vampiro estava quase conseguindo desarmar Édi, que por algum motivo desconhecido estava usando a chaleira como arma.

Tim já havia levantado e apertado um tipo de botão atrás da porta, do lado oposto da cozinha. Será que todo caçador de seres sobrenaturais têm que ter uma passagem secreta, quadros com olhos falsos para espiar através de cômodos ou uma parede falsa que esconde armas altamente mortais, ativadas por botões secretos?

É claro que o vampiro viu, mas parecia que ele não tinha pressa de matar Édi antes de se ocupar comigo. Atravessei a sala mais rápido do que eu pensava ser possível para mim. Tim já estava no outro cômodo, e naquele momento eu tive certeza de que não precisaria me preocupar com aquele vampiro.

Mas Édi não estava na mesma situação. Peguei a arma que eu tinha mais afinidade naquela parede (dentre muitas que eu não fazia ideia sobre como manusear): três facas, ou adagas, se preferir. De qualquer maneira, prefiro faca, soa como se estivesse descrevendo apenas um objeto de cozinha invés de um objeto letal, o que de certa forma torna minha “caçada” mais natural.

O monstro já havia desarmado Édi, que lutava com todas as forças para alcançar um garfo que estava a certa distância dele, e eu tive certeza de que nunca conseguiria.

Uma onda de fúria e adrenalina me invadiu, e eu senti toda a raiva que tinha pelos vampiros naquele momento. Você pode pensar que é papo furado, mas a raiva ajuda bastante porque não deixa espaço para pensar direito, como quando você está numa discussão e está com muita raiva, então acaba dizendo algo que não devia. Quando não se pensa direito, era bem mais fácil matar um vampiro, já que você não faria isso em seu perfeito juízo.

Joguei contra ele minha primeira faca, correndo em sua direção. A faca acertou um ponto abaixo do braço, e devo ter acertado algo crítico, pois ele parou imediatamente e contraiu-se de dor, enquanto Édi se desvencilhava dele.

O vampiro, mesmo ferido, ainda era um vampiro. Isso significava que ele se curaria rápido e suas habilidades ainda poderiam me superar facilmente.

Esse pensamento me fez acelerar ainda mais o passo, e eu já não ligava para o chá que molhava minha blusa, isso era insignificante no momento.

Pelo canto do olho, pude perceber que Édi tinha parado a corrida, e imediatamente compreendi que ele estava esgotado. Se o vampiro se recuperasse, nós não conseguiríamos vencê-lo.

Cheguei atacando, já procurando decepar sua cabeça antes que ele se recuperasse, mas ele desviou o golpe. Porém não foi rápido o suficiente (não sei se por causa da água benta ou meu golpe super –talvez não – atordoante), ele só conseguiu desviar a faca para cima, fazendo com que eu acertasse seus olhos (uma visão um tanto desagradável – ignore o duplo sentido, não planejei essa piada, por isso ela saiu horrível, até mais do que o normal).

Ele levou as mãos aos olhos, instantaneamente urrando de dor, e nesse momento pude ver que a área de seu coração estava vulnerável.

Um golpe. Era tudo o que eu precisava para matá-lo. O problema era que o golpe precisava ser preciso, pois qualquer outro lugar não o mataria e o faria bloquear a única parte vulnerável pela qual eu poderia matá-lo (eu percebi tardiamente que não poderia decepar sua cabeça porque sou fraca, então precisaria de dois ou três golpes do qual eu não teria o luxo de dispor).

Calculei exatamente onde seria meu golpe. Prendi a respiração. Enterrei minha faca em seu peito, num golpe rápido e firme, como eu havia treinado.

Sua pele era dura como a de um elefante (Ou como eu imaginava ser a pele de um elefante, nunca matei um, até porque sair matando elefantes em pleno Brasil é muito normal), fria como a neve, exatamente como gelo. A diferença é que gelo se podia derreter com sal em vez de tentar partir ele com uma faca.

Fiquei receosa de que não conseguisse transpassar sua pele, mas consegui, no ponto exato em que havia planejado.

Seus olhos fixaram-se no vazio e ele tombou para trás. Édi apareceu a meu lado, ainda ofegante, queimando o vampiro com um isqueiro que reconhecia ser o meu, que deveria estar na minha mochila sobre a mesa, antes que houvesse qualquer possibilidade do vampiro se curar.

Tio Tim já estava lá; devia ter levado o garoto ao hospital mais próximo ou algo assim. Seu trabalho com o vampiro fora muito mais violento do que o meu, ele devia ter destroçado o vampiro já que havia partes dele por toda a sala. Ele deixou a pior parte para nós: Juntar os destroços, queimar tudo, apagar o fogo e organizar a sala (além da cozinha).

Saímos para o lado de fora encontrar os outros.

O resto eu conto depois, cansei de escrever sobre a minha descrição detalhada sobre a morte do ultimo vampiro (por enquanto).


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Notas finais do capítulo

Alguém tem alguma opinião??? Algum comentário?? Papo para jogar fora??? Eu aceito tudo :) Preciso saber se minha história tá muito ruim, porque se estiver eu paro de escrever, mas como eu vou saber se está ruim se eu só recebo dois comentários em cada capítulo???
Bom, espero que não tenham desistido...
Até já ;)