POV’s Autora:

Annabeth saiu correndo pelo estacionamento, quase foi atropelada, mas não se importou, deixou o motorista xingar sozinho, a única coisa no momento que a importava era sair dali. Por mais que tentasse ignorar a parte que dizia que estava feliz por ter visto Percy, mesmo que a parte que sentia mágoa e ódio era maior não conseguia abafar a pequena e irritante parte. Ela sabia que tinha uma grande possibilidade de vê-lo, mas também não queria admitir que estava ansiosa para esse reencontro, mas não queria passar por toda a humilhação novamente.

Percy tentou alcançar Annabeth, mas ela era rápida e se camuflou em meio a multidão que passava. Quando a viu um sentimento se desenterrou de dentro de seu coração numa explosão, os sentimentos que pensou que havia esquecidos estavam mais vivos do que nunca, na verdade sempre estiveram lá, mas ele insistia em tentar ignorar eles. Ele sabia que na verdade nunca amou Rachel, ele sabia a verdadeira paixão de sua vida sempre foi e sempre será Annabeth. Isso deixou Nico e Thalia confusos, que já vinham com um monte de perguntas: “Vocês se conhecem?” “De onde se conhecem?” “Como se conhecem?”. Mas nem precisaram esperar as respostas para ligarem os fatos, e Thalia foi a primeira a falar:

–Então “essa” é “aquela” Annabeth?

–Sim- Responde Percy.

–Não me espanto que ela tenha reagido dessa maneira, depois de tudo...- Disse Nico

–Ei, não precisa me lembrar de tudo!- Disse Percy

–Ih! La vem a princesinha da escola!- Disse Thalia enquanto Rachel vinha na direção deles, quando ela chegou mais perto ela fez uma referencia sarcástica dirigida a Rachel.

Rachel da um beijo em Percy, fazendo Nico e Thalia botaram o dedo na boca indicando que iam vomitar, depois Rachel vira para eles e mostra a língua, dirigindo-se novamente a Percy ela fala:

–Parece que está distante, aconteceu alguma coisa?

–Não impressão sua- Disse Percy, no momento em que Thalia ia abrindo a boca.

Em quanto isso do outro lado da cidade, Annabeth não parava de pensar nas lembranças de Percy, mas também lembrava do que ele havia feito e ficava com raiva. Estava perdida (Quando vinha visitar sua mãe ela, só consegui gravar os arredores do bairro) e com medo, ela fora parar no subúrbio da cidade, os prédios, todos com aparência ruim e desgastada, uma chuva começava a cair e o único abrigo que conseguia encontrar era um bar do outro lado da rua, ela não queria chegar perto daquele lugar, mas parecia que era isso ou ficar na chuva, homens grandalhões e barbudos a encaravam na porta, mas ela fingiu não perceber os olhares. Ela passou pela porta e encontro um ambiente pior do que esperava, homens iguais ao que estavam na porta jogavam sinuca, pôquer e assistiam a jogos em uma televisão quebrada e antiga. O cheiro de cigarro pairava no ar. Estava prestes a voltar quando dois sujeitos enormes trancaram seu caminho.

–Ora, ora, que menina linda. Não vemos muitas assim por aqui, deve ser uma riquinha pelas roupas, né Dart?- Falou um deles.

–Sim é mesmo, calma, calma, não vamos fazer nada, apenas queremos umas coisinhas. Primeiro o dinheiro, o celular, os brincos e o casaco.- Disse Dart

–Sim assim, agora pode ir- Disse o outro, saindo da frente para Annabeth passar.

Ela saiu correndo pela rua, desesperada, como voltaria para casa? Teria que esperar a chuva passar e tentar voltar a um bairro mais “confiável” e pedir para telefonar de alguma lanchonete ou restaurante. Mas no momento ela queria sair da chuva, tinha um beco mais para frente, foi até lá e se sentou no chão, o único pensamento que lhe veio a cabeça foi: “O que eu fiz?"