Laços de Guerra - 1ª Temporada escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 2
Capítulo 1 - Expulsa


Notas iniciais do capítulo

Notas nas notas finais.

Capítulo betado em 11/07/2017.



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25 de Agosto de 1994

Haviam se passado treze anos desde que Lily e James Potter tinham morrido, treze anos desde que Marlene forjou sua morte para proteger a sua filha (e afilhada), treze anos desde que Sirius foi preso por um crime que não cometeu (e um ano que havia fugido de Azkaban).

Eram dez da manhã de uma quinta-feira, próxima a Village D’Enchan-Loire, na França. Em uma casa pequena, uma mulher percebeu uma coruja batendo insistentemente na janela e abriu-a para que ela passasse.

A coruja deixou a carta, a qual carregava, na mesa da cozinha e foi embora.

Marlene franziu o cenho, estranhando.

“Uma carta no meio das férias escolares das meninas? O que Sarah aprontou dessa vez?” pensou.

Não havia dúvidas de que Sarah tinha puxado o lado maroto de ambos os pais, o problema era que Sarah parecia não compreender que o motivo de estarem na França era para a segurança da própria, não que Marlene acreditasse que Sirius fosse perigoso, afinal sabia que fora Pettigrew quem entregara James e Lily a Voldemort.

Assim que olhou para a carta, percebeu que ela tinha o selo de Beauxbatons e suspirou derrotada.

— Não acredito nisso! — se lamentou. Mesmo sabendo do que se tratava, ela abriu a carta e leu-a, depois jogou a carta sobre a mesa e subiu as escadas com pressa, bateu com força em uma porta — SARAH SUSAN BLACK, VENHA À COZINHA AGORA!

As duas meninas, que dormiam serenamente no quarto, acordaram assustadas com as batidas na porta e o grito. Elas escutaram, sentadas em suas camas, os passos de Marlene indo para o andar de baixo. A ruiva se virou para a morena:

— Você está encrencada! — disse, se levantando.

— É, eu sei... — respondeu Sarah com um sorriso maroto.

— O que você aprontou dessa vez? — perguntou Amber, calçando os chinelos. Sarah deu de ombros.

— Sei lá! Apronto tanto... — disse, se levantando à contragosto.

— Parece que dessa vez foi sério — disse Amber, saindo do quarto.

Sarah olhou para a porta em expectativa. Será que ela tinha conseguido? Seguiu Amber escada abaixo até a cozinha, onde Marlene encontrava-se de pé e com os braços cruzados.

— Tudo bem... Vamos conversar! — disse Marlene, cansada.

— O que aconteceu? — perguntou Amber.

— Sarah foi expulsa. — estendeu a carta com o selo de Beauxbatons — Explodiu a sala da Madame Maxime e passou de todos os limites!

— Você sabe que eu nunca quis ir para Beauxbatons — se defendeu Sarah.

— Isso não é desculpa! — retrucou Marlene.

— Eu simplesmente não aguentava aquela escola de patricinhas! — disse Sarah.

— Desde o primeiro dia? — Marlene levantou a sobrancelha — Porque é desde o primeiro dia que você apronta de propósito para ser expulsa!

— E como alguém apronta sem ser de propósito? — disse Sarah, mas se calou ao perceber o olhar de Marlene.

— Há uma razão para nós morarmos na França e há uma razão para você não ir à Hogwarts — disse Marlene.

— E posso saber que razão é essa? — perguntou Sarah.

— Sarah, você é nova demais para entender…

— Eu tenho treze anos!

— Exato, treze e não dezessete. Se eu, que sou uma adulta, não consigo entender direito, como você, uma garota de treze anos, vai entender?

Enquanto mãe e filha discutiam, Amber tomava o café normalmente. Eram comuns essas discussões entre as duas, tão comuns quanto as discussões entre ela e Sarah.

— Por que você fica guardando esses jornais, Marlene? — perguntou Amber ao ver algumas edições antigas do Daily Prophet em cima de uma cadeira.

Marlene deu de ombros, sem saber o que responder. Sarah sentou-se e começou a tomar o seu café da manhã.

— Então... Não vai nos mandar para Durmstrang? — perguntou Sarah, ansiosa.

— Não sou louca a esse ponto. — respondeu Marlene, pensativa — Eu vou contar a vocês o que aconteceu... — decidiu, sentando-se ao lado de Sarah — Mas existem coisas que eu não vou poder contar, eu só vou contar o básico para vocês ficarem preparadas.

— Tudo bem — disse Sarah.

— Como vocês sabem, Voldemort estava atrás dos Potter, talvez por eles serem ótimos aurores e terem o desafiado diversas vezes, saindo impunes — Marlene começou a contar — Então Dumbledore decidiu que eles fariam o feitiço Fidelius. Como vocês sabem, o feitiço Fidelius é “um feitiço extremamente complexo que implica esconder algum segredo em uma pessoa”. No caso, esse segredo era a localização dos Potter, e o fiel do segredo era o Sirius, ou seja, só ele poderia contar a localização dos Potter e só ele sabia, fora eles próprios. Só que, de última hora, Sirius achou que seria melhor mudar o fiel do segredo, achou que estaria muito na cara se fosse ele o fiel. Se os Death Eaters fossem atrás dele, não teriam informação nenhuma para retirar, e assim, os Potter estariam seguros. Só que Peter Pettigrew quem se tornou o fiel do segredo, era um Death Eater. Então ele contou a localização a Voldemort e aconteceu tudo o que aconteceu. Ao que eu saiba, depois Sirius foi atrás de Pettigrew e tentou esclarecer a história. Pettigrew cortou o dedo, matou alguns muggles e... Se transformou na forma animaga dele, fugindo. Então, o Ministério da Magia e todos acharam que Sirius quem havia entregado Lily e James, e matado todos aqueles muggles, por isso que ele estava em Azkaban, e eu desconfio saber o porquê de ele ter fugido: o Daily Prophet do ano passado tem a fotografia da Molly e da família dela, e no ombro de um dos filhos mais novos, tem um rato com um dedo faltando.

Amber e Sarah ficaram caladas por um momento, tentando absorver a notícia.

— Bem, a noite do “incêndio” na minha casa foi provocada por Bellatrix Lestrange. Nós simplesmente nos odiávamos desde o colégio, e ela criou uma grande obsessão em tentar me matar. Eu me cansei de ficar fugindo dela. Foi alguns meses antes de... — ela parou.

Foram meses antes da morte dos seus melhores amigos e horas antes de Bellatrix torturar os Longbottom até a loucura.

— Eu consegui escapar, mas dei a entender que estava morta. Então você nasceu, Sarah... Eu devia ter desistido assim que você estava em segurança, mas tive medo, medo do que pensariam de mim, de me esconder, me fingir de morta, sem contar a alguém... Tudo aconteceu e eu não pude suportar a dor — ela respirou fundo. — Entendi na hora o que tinha acontecido. Fui a casa deles e... a vi toda destruída. Foi um tempo antes de Hagrid e Sirius irem para lá. Ninguém sabia que você existia, Amber, porque Lily tomou o extremo cuidado com isso. Então eu te tirei de lá. Não pude evitar que Harry ficasse com os Dursley, infelizmente, porque a irmã de Lily é insuportável e deve ter o maltratado todos esses anos por ele ser bruxo. Então vim com vocês duas para cá. Eu não tinha mais motivos para ficar na Inglaterra.

— Mãe... — disse Sarah arrependida. — Eu não sabia.

— Tudo bem — Marlene sorriu, fracamente. — De qualquer forma, eu acho que já está na hora de voltarmos para lá. Não podemos fugir para sempre.

— Não estaria dizendo isso se eu não tivesse sido expulsa — apontou Sarah.

— Eu tenho pensado nisso faz algum tempo... Só me tem faltado coragem…

— Nunca mais diga isso! Você é a Gryffindor mais corajosa que eu já conheci! — disse Amber seriamente.

Marlene deu um sorriso de canto e o assunto morreu.

Depois do café da manhã, Marlene se pôs a escrever uma carta para Dumbledore e Madame Maxime. Amber e Sarah, sem nada para fazer, decidiram ficar no quarto.

— Está tudo bem com você? — Sarah perguntou a Amber.

— Está! É só que... é muita coisa para digerir! — respondeu Amber, olhando para um ponto qualquer.

— Sei como se sente... — balançou a cabeça, se animando. — Mas pense pelo lado bom: vamos estudar em Hogwarts!

— Você não entende a preocupação da Marlene? O ministério da magia, só de saber o seu sobrenome, vai cair em cima de vocês duas! Com certeza vão dizer que vocês ajudaram na fuga de Sirius Black, mesmo estando na França todos esses anos.

— Usamos os sobrenomes maternos! Grandes coisas! Ninguém presta atenção no sobrenome da pessoa.

— Os McKinnons estão supostamente mortos.

— Parente distante — feu de ombros.

— Evans é um sobrenome muggle... Poderia ser comum. — refletiu.

— Viu? Minha ideia é brilhante! E você poderá ficar perto do seu irmão, mesmo ele não sabendo que é seu irmão. Vai contar a ele?

— Talvez... No momento certo…

— Ou seja, nunca — levantou uma sobrancelha.

— Ei! Isso não é verdade!

— Está com medo!

— Eu não estou com medo!

— Amber... Você está com medo.

— Não, eu não estou com medo. Vou estudar na mesma escola que o meu irmão e ele não sabe que eu existo, pois eu duvido que a vaca da minha tia tenha dito a ele, até porque, duvido que ela saiba! E não faço questão que ela saiba, de qualquer forma…

— Ei! Se acalma! — Amber respirou fundo.

— Vou ler o meu livro para... me distrair! — se pronunciou depois de alguns minutos em silêncio.

— Ok... — respondeu Sarah, olhando pela janela.

 

Algumas horas depois…

Marlene decidiu que seria melhor que já se mudassem para a Inglaterra, então, ao fim da tarde, várias malas e caixas estavam espalhadas pelo assoalho do primeiro andar.

— E onde vamos ficar? — perguntou Sarah.

— Fui conferir e a casa dos McKinnons está intacta. — disse Marlene e, ao ver a expressão confusa de Sarah, esclareceu: — A segunda, digo. Era uma casa de emergência. Já enviei a carta para Dumbledore e ele já me respondeu com a carta de aceitação em Hogwarts e a lista de materiais. Amanhã sairemos para comprar os materiais. Sei que está meio em cima da hora, mas Madame Maxime só escreveu a carta de expulsão hoje, então não há muito que eu possa fazer.

Assim, Marlene murmurou “Nox” e aparatou com as meninas rumo a Londres.


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Notas finais do capítulo

Desculpem se esse capítulo não ficou muito bom é que é minha primeira fanfic de Harry Potter e em terceira pessoa. Eu temo que o tempo cronológico não vá ficar perfeito, mas farei o possível para que fique o mais perfeito possível! Qualquer erro que você encontre pode me corrigir pelos comentários, seria de grande ajuda. Tentarei sincronizar ao livro, mas não vou colocar cada movimento idêntico até, porque, a história gira em torno de Sarah e Amber, então, elas não farão exatamente tudo o que está no livro porque no livro elas não existem... E ficar copiando tudo do livro seria um pouco... Chato. Bem, é isso! Está aqui o primeiro capítulo, espero que tenham gostado :) Comentem o que acharam, isso me motiva muito a escrever! Até o próximo capítulo!