Reckless - Divergente escrita por Morgana Le Faye, Andiie


Capítulo 7
Divergente


Notas iniciais do capítulo

Heey ^^ Quero agradecer esse cap á IBruu pelas dicas >
Ele não esta muito longo por que infelizmente o terminei as presas e apenas dei uma pequena revisada. Lamento. Mas prometo compensar com o proximo ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/411801/chapter/7

Drezza esta ao lado de D. Eles gesticulam enquanto falam. Ela ri algumas vezes e ele apenas sorri. Ela diz que ele este errado e apresenta outra teoria. Ele discorda. Eles param assim que me veem.

Ela olha para mim. Tento não retribuir seu olhar e passo direto. Percebo que Cara ainda caminha ao meu lado. Tenho a leve impressão de que estou encrencada. Caminhamos juntas até fora da sede.

Continuo sem entender e deixo ela me guiar. Ela vai á frente enquanto vamos para os prédios de trás. Os apartamentos. É um edifício grande e largo. De uns vinte ou trinta andares – não tive muito tempo para conta–los já que Cara estava andando apressadamente á frente.

Não tive tempo de prestar atenção aos detalhes, pois formos direto á um elevador. Ela se manteve o tempo inteiro calada e não ousei perguntar. O elevador se abriu em um estreito corredor. Mas a luz da janela o fazia parecer maior.

O chão tinha carpete azul e as paredes eram brancas. Tinham em media cinco portas naquele andar. Ela pegou um cartão em seu bolso de trás da calça jeans. Passou na porta e a abriu. Esperando que eu entrasse.

– O que... – eu ia perguntar, mas ela acenou impaciente para dentro. Obedeci, com medo. Comecei involuntariamente a passar as regras da Audácia de quando se sentir ameaçado por minha cabeça. Mas Cara não representava uma ameaça. Não até agora.

O cômodo era vazio. Uma cama de casal e mais duas portas. Deduzi que eram o banheiro e o closet, já que todos na Erudição comem no refeitório, não há motivo em ter uma cozinha.

– Sente–se. – ela diz, passando as mãos nervosamente pelos cabelos.

Sento–me na cama macia e ela afunda sob meu peso. Cara para em minha frente. Ela me estuda. Tento me manter confortável, mas é meio complicado quando tem uma pessoa lhe encarando como se tivesse acabado de cometer um crime.

– Como conseguiu sair da simulação tão facilmente hoje? – ela pergunta. – quero que me diga a verdade. Não irei encrencar você.

Não sei se posso confiar nela. Aqui não é a Franqueza. Há mentirosos. Mentirosos inteligentes o suficientes para lhe fazer acreditar neles.

– Repetindo, eu não sei.

– Sim você sabe. Você esta se fazendo de desentendida. Não me faça de boba, Victoria. Sei reconhecer um Divergente. – Minha garganta se fechou. Estou em perigo. Preciso sair daqui. Ficar longe de Cara. Olho para a porta. Bolo uma maneira de desmaia–la e fugir, mas desisto. Não conseguiria fazer isso.

Cara sabe sobre a Divergência. Ela pode me ajudar. Desisto de tentar parecer que não sei sobre oque ela esta falando. Abaixo a cabeça. Sinal de submissão. Ela suspira e senta ao meu lado.

Lágrimas se acumulam em meus olhos. O motivo? Medo. É isso que eu estou sentindo. Medo. A mulher do teste me alertou em manter segredo sobre minha divergência e agora que Cara sabe oque irá acontecer?

Meus olhos ardem e olho para o teto para impedir que lágrimas caiem. Por isso sai da Audácia. Sou fraca. Sinto medo. Um audacioso de verdade não pode sentir isso.

– Estou encrencada? – digo olhando em seus olhos. Durante pesados segundos ela não faz nada. Não esboça nenhuma reação. Depois ela devia o olhar e diz

– Tente não se sobressair. Jeanine esta de olho em você. Meu deus, Victoria! Você é insana? – ela se levanta da cama e por um momento penso que ela irá me bater. – Resolvendo vir para a Erudição? Eu diria que essa foi a coisa mais imprudente que já fez na vida, mas acabei de me recordar que você era da Audácia. Deuses! Aqui é a Erudição! Entende? Eles irão abrir seu cérebro e te estudar se souberem que é Divergente.

– E por que você esta preocupada com isso? Será o meu cérebro, não o seu. – digo irritada.

– Por quê?! Por que... – ela para e suspira. – Conheço Divergentes. Bem... Conheci um Divergente. Ele acabou morrendo. Jeanine o matou. Ele foi caçado. Antes ele me fez prometer que o próximo Divergente que eu conhecer eu faria de tudo para protegê-lo. Parabéns, você é a primeira Divergente com quem eu tenho contato após a morte dele. – ela diz a ultima parte sarcasticamente.

Fico em silencio. Custo em acreditar que ela irá realmente me proteger. A encaro. Gostaria de ser como Drezza. Reconhecer a mentira, apenas olhando a pessoa. Mas não sou. Confiarei. Confiarei minha vida nas mãos de Cara.

– Qual foi o intuito do teste de hoje? – pergunto. Ela ri desesperadamente. Em uma tentativa vã de afastar a dor que senti em suas palavras sobre esse Divergente morto.

– O primeiro foi o raciocínio rápido e as habilidades. O segundo era saber como você reage ao passado. Em quanto tempo você descobriria que era passado e não presente ou algo assim. Não era nada demais. Mas você fez a simulação acabar.

Olho ao redor. Será que Cara mora aqui? Este tão vazio que não acredito que alguém possa morar aqui. Parece que ela sabe oque eu estou pensando.

– Moro com meus pais. Cada membro recebe um apartamento. O meu eu não uso, mas achei que aqui seria seguro conversarmos. Sem câmeras.

Concordo com a cabeça.

– Esse... – não sei se devo falar, mas a curiosidade é mais forte que eu. – Esse Divergente que você me falou... Ele fez o teste? Ele era da Erudição?

– Um iniciado... Vindo da Amizade... Depois do teste ele deixou a sede, virou um sem–facção. Mas Jeanine queria estuda–lo e ele não deixou. Também, não sobreviveu. – ela diz olhando para baixo.

– O que ele era seu? – sinto que estou fazendo perguntas demais, mas se não fizer não sei se conseguirei dormir a noite.

– Meu... Namorado. – ela deixa uma lagrima cair de seus olhos. Apenas uma. Ela enxuga rapidamente. – Acho melhor você ir.

Concordo com a cabeça enquanto deixo–a.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews, reviews, reviews *--*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reckless - Divergente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.