Yoyo London escrita por giovannacat


Capítulo 3
Capítulo Tres




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Pov Felipe

 

 

“Porque eu tinha essas lembranças? Porque não conseguia esquecer e seguir em frente? Já faz tanto tempo...” Essas perguntas martelavam na minha cabeça quando o toque do meu celular me tirou dos devaneios. Olhei o visor e era a Gikka.

_Fala Gikka

_Oi para você também Mota! Só to ligando pra saber se você ainda ta afim de ir naquela balada que a gente vai hoje.

_Tá, daqui uma hora eu to pronto.

_Então tá, eu passo na frente da sua casa já que a Jess já foi para acompanhar a Paula... – tinha que ser minha irmã

_Tudo bem – desliguei, nem tinha reparado que já escurecia, levantei-me suspirando, olhei em volta colocando as mãos nos bolsos e andando em direção a minha casa tentando não pensar em nada.

Eu estava pronto depois de 40 minutos, estava com uma camisa social preta de mangas dobradas até um pouco acima do cotovelo e um jeans básico. Fiquei vendo MTV até que ouvi a busina do carro do Digo lá fora. Era realmente inconfundível, era uma daquelas personalizadas, sabe.

Despedi-me da minha mãe que lia ‘’A lição final’’, se não me engano é sobre filosofia (¬¬’Ô mãe estranha que eu tenho) eu realmente não sei como ela gosta dessas coisas. Tranquei a porta e fui para o carro, a Lua estava linda no céu, nenhuma nuvem para cobrir seu brilho, isso era um bom sinal.

Entrei no carro e dirigindo estava (logicamente) o Digo, no banco do carona tava a Gikka e comigo no banco de trás a Gabizinha e o Valter (sorte que os namorados desses dois não estavam aqui) porque o clima lá na frente tava meloso, meloso de mais. Mas tenho que admitir que sinto falta de ter esse carinho todo por alguém, mas até agora não encontrei a pessoa certa.

Como a balada já tinha começado, nem consegui encontrar minha irmã no meio da multidão. Quando dei por mim já estava sozinho, olhei em volta e vi a Gabizinha com o Bruno, o Valter com Bruninha e o Digo com a Gikka, os 3 no maior amasso. Deixei pra lá e fui dar uma volta.

Me deparei com uma menina de cabelos lisos até o ombro olhando para o nada, achei estranha, ela parecia deslocada, ou...brisando, não sei mas alguma coisa me dizia para ir falar com ela.

 

 

Pov Susana

 

 

Estava olhando para o movimento, deu 21:00 e o lugar lotou. Passou uma garota do meu lado que ficou me encarando por um bom tempo, fiquei me perguntando se tinha alguma coisa de errado com a minha cara. Ela então se aproximou de mim

_Oi, desculpa mais você é da região? – a garota realmente era bonita, tinha cabelos pretos e lisos até a cintura, ela estava com uma blusa azul claro e uma saia.

_ Ah, na verdade sou sim, mas estava longe por um tempo – dei um sorriso tímido para ela e a mesma estava com cara de incrédula (??)

_ Não acredito! – a louca gritou e me abraçou (O.O) – Sue, que saudades menina! Porque você não avisou que iria voltar?

_Jéssica? – ela afirmou com a cabeça e agora quem estava com cara de incrédula era eu, ela tinha mudado de mais! – JESS! – gritei e nós nos abraçamos de novo.

_Como você ta diferente!

_Digo o mesmo de você! Como você ta?

_Ah, to bem, mas tenho tanta coisa pra te falar...

_Rsrsrs, também, bastante coisa mudou quando você estava fora.

Nessa hora apareceu uma menina japonesa do lado da Jess, como ela surgiu eu não sei, ela simplesmente brotou do chão, só pode ser!

_Ah, oi Pah, essa é Susana, Sue, essa é a Paula – a garota falou alguma coisa no ouvido da Jéssica e ela assentiu com a cabeça.

_Sue, tenho que ir, depois agente se fala, vou te passar meu número do celular, ok? Me liga amanha as 11 horas, pode ser?

_Claro Jess – e ela e a tal Paula desapareceram no meio da multidão.

 

Voltei a ficar olhando o movimento, na verdade não estava enxergando o que estava diante dos meus olhos, estava voltando no tempo, vendo quanta coisa mudou, a Jéssica faz parte do meu passado, e eu tinha enterrado ele bem fundo no meu coração para não sofrer, foi a maneira mais fácil que eu encontrei.

Quando voltei ao Planeta Terra tinha um deus grego na minha frente, ele parecia estar esperando alguma coisa, será uma resposta?

 

_Oi, desculpa, mas o que foi que você disse? – dei um sorriso simpático para o cara na minha frente, já que eu não estava prestando atenção nele antes. Ele sorriu de volta.

_Você esta bem desligada, né! Até parece que não queria estar aqui – ele falou se sentando em uma cadeira ao lado da minha.

_Ah, rsrsrs, na verdade vim com dois amigos, mas eles desapareceram assim que chegamos, e como não conheço ninguém por aqui... – ele me estendeu a mão

_Prazer, Felipe – apertei a sua mão rindo do seu gesto.

_Ah, então você é um cavalheiro – não sei o porquê mas prestei atenção na musica que tocava, era ‘’You never gonna be alone’’ do Nickelback, era minha música preferida – Nossa! Adoro essa música!

_Eu também, quer dançar comigo? – ele não esperou minha resposta, já estava me conduzindo para a pista de dança, lógico que eu não me opus.

Ele colocou um dos meus braços em torno do seu pescoço e eu coloquei a outra me aproximando mais dele, seu cheiro era muito bom, ele envolveu minha cintura nos aproximando um pouco mais. A música era lenta, perfeita para o clima que estava rolando entre a gente, olhei em seus olhos, eles eram profundos, me atraiam até ele.

Percebi então que a distancia entre nossos lábios não passavam de 5 centímetros. Ele terminou com esse espaço selando meus lábios, primeiramente só sentimos o gosto um do outro. Aprofundei mais o beijo puxando-o para mim, esse beijo era diferente. Simplesmente diferente. Nunca provei nada igual.

Eu não era de beijar qualquer um que passava na minha frente, mas realmente não vou reclamar, tava muito bom! Terminamos o beijo com um selinho e ficamos dançando juntos por mais um tempo. Nenhum de nós se incomodou de falar, não precisavamos de parlavras, parecia que nossos olhos transmitiam tudo o que nós estavamos sentindo naquele momento.

Senti alguém cutucar meu ombro, virei-me e vi a Gabi, com um olhar acusativo para mim, e logo atras dela estava o Gigi.

_Ham, então, se eu não estiver atrapalhando em nada, nós já estamos indo...Você vai com a gente? - o Gigi me perguntou, olhei para o garoto, mas ele não tirou as suas mãos da minha cintura.

_Se você quiser depois eu te levo para casa - ele susurrou no meu ouvido

Isso era realmente tentador, mas eu ainda não sabia como chegar em casa, não desse ponto da cidade.

_Obrigada, mas acho melhor eu ir com eles - respondisorrindo e me libertando dos seus braços. Segui os pombinhos até o carro, assim que entramos começou o interrogatório

_MEU DEUS SUE! aonde você encontrou aquela criatura? Você não perde tempo, hiem amiga! - o Gigi a olhou com reprovação e como resposta ela selou seus lábios sorrindo

_Ei, ei, nada de pegação aqui, não quero ficar de vela! - os dois começaram a rir

Ligamos o rádio e fomos jogando conversa fora o caminho inteiro. Mas o garoto não me saida da cabeça, Felipe, rsrsrs, que conhecidencia, era o mesmo nome do meu melhor amigo, mas sem dúvida ele era BEM diferente. Aqueles olhos iriam me perturbar a noite inteira, vou ter ótimos sonhos essa noite!


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