Prutanóide escrita por Sweet Carstairs


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

E ai gente? Eu sei mais de seis meses sem postar ( pelo que me consta ) mas enfim o capítulo saiu minha gente.

Enjoy

xx Nay



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Todas as escolas de Prutanóide eram projetadas do mesmo jeito, feitas de vidro e aço, as salas era mais ou menos do tamanho da minha casa, só que um pouco menores. O prédio era construído com três níveis, no primeiro nível ficávamos alunos do primeiro ano, como eu, no segundo nível ficavam as pessoas do segundo ano e no ultimo nível ficavam os alunos quase formandos. Após a aula de história Prutoniana, fui para o refeitório, a comida de lá era parecida com que a minha mãe preparava pro meu pai, ou seja, nada de comida para humanos.
Minha mãe sempre mandava meu almoço, porque se ela não mandasse eu passaria o resto do dia com fome, se fosse depender das pessoas da escola eu passaria fome e morreria desidratada, já que a água aqui em Prutanóide era totalmente diferente da água que eu bebia, a água de Prutanóide tinha um coloração esverdeada e era um pouco homogênea, não gosto nem de imaginar o que aconteceria se por algum acidente um humano tomasse essa água.
Prutanóide era o pior lugar pra um humano viver, pois quase não tinha recurso para ajudar os poucos humanos que viviam nelas.
Savannah, minha melhor amiga, sentou-se na mesma mesa vazia que eu, com seu sempre e espontâneo sorriso. Ela era uma das garotas mais populares da escola, e mesmo com seu posto de pessoa popular ela não deixava de falar comigo.
– Oi, Lucy.
– Oi, Savannah - respondi desanimadamente. Hoje não estava muito de conversar ou ser simpática com as pessoas, não me importava mais o que elas falavam ou achavam de mim, queria simplesmente sumir daquele lugar.
– Nossa que "oi" mais desanimado. Acordou com o pé esquerdo hoje foi? - Ela mergulhou as baratas fritas que estava comendo num molho gosmento amarelo que havia na sua bandeja, todos achavam que era mostarda, mas acreditem, não era.
– Desculpa, Savannah não estou muito no clima hoje. A gente se vê. -Levantei-me antes que Savannah pudesse me dizer alguma coisa, hoje eu não estava afim de ouvir Savannah tagarelar, como sempre fazia todos os dias, eu sei que ela é minha amiga e essas coisas porém hoje eu não estava com humor para nada.

A biblioteca é, e sempre foi, meu lugar de descanso, meu pequeno pedaço de paraíso, como eu costumava chamar. Eu vinha aqui todos os dias sem exceção para dar um tempo do mundo que eu conhecia, a biblioteca era o único lugar que me tirava de toda a tirania de Prutanóide, meu único porto seguro em toda cidade. Porque na biblioteca eu não tinha que conviver com meus "colegas" (diga-se de passagem, aberrações em forma de aberrações), ou com qualquer coisa que se relacionasse a esse planeta. Pelo menos não na sessão reservada.
A sessão reservada era nada mais nada menos ondem os Prutonianos escondiam os livros que humanos, muito antes de serem exterminados e tratados como experiência, escreviam sobre o mundo antes de Áraridios Pluto, e o mundo que existia em si. Sempre admirei como eles falavam da terra, pelo menos a grande maioria, pois muitos livros que tinham na biblioteca se referiam as guerras que aconteceram por volta de mil novecentos e alguma coisa, nunca fui boa com datas.
Acho que esqueci de comentar tenho acesso livre a sessão reservada, um dos privilégios de se trabalhar na biblioteca, que foi meu primeiro emprego. Minha mãe achava que eu passava muito tempo dentro de casa, o que era uma completa verdade pois eu não tinha animo nem pra me levantar da cama direito quanto mais sair de casa, detestava todos aqueles seres me encarando como uma aberração...

Então ela viu esse emprego no jornal e me ofereceu para trabalhar aqui, o que foi a melhor coisa que fez, pois pelo menos agora tenho onde passar todas as tardes.
Passei pela entrada e cumprimentei Amy (que era uma mistura de Lula com tubarão, ela era considerada uma das criaturas mais lindas aqui em Prutanóide, segundo eles quanto mais feia a criatura mais bonita ela é ), minha colega de trabalho, e a vi pegar suas coisas e me dar as instruções de sempre, que eram arrumar os livros, nunca por os pés na sessão reservada, o que com certeza eu nunca fazia e fechar a biblioteca na hora certa.
Quando Amy saiu joguei minha mochila atrás do balcão e entrei no quartinho que havia para poder por meu uniforme, o quartinho não era muita coisa e continha o espaço necessário para que uma pessoa pudesse trocar de roupa. Eu estava terminando de amarrar meu cabelo quando ouvi o sininho da porta da frente tocar, estranho quase ninguém vem aqui no meu turno, pensei comigo mesma enquanto sai do quartinho dando de cara com Ashley ( ue tinha cabelos iguais as penas de uma cacatua, pele verde e braços de polvo ), a "pessoa" que todos menos gostavam, pois ela adorava se gabar de que era filha de Áraridios.
– Vim devolver isso - falou enquanto depositava um livro de história Prutoniana no balcão. Que estranho pensei que ela nem usava seu cérebro, soltei uma pequena risada enquanto registrava o livro no computador. - Está rindo de que, Estranha? Não há motivos pra uma pessoa como você está sorrindo, agora volte ao trabalho antes que eu reporte ao meu pai o que você anda fazendo.
Revirei os olhos e não disse nada, depois que fiz isso Ashley saiu da biblioteca e enfim eu poderia respirar aliviada, ela só esqueceu de levar uma coisa, o cheiro de lixo podre que ela usava como perfume.
Depois que terminei de desinfetar o ambiente e guardar todos os livros nos lugares certos fui pra sessão reservada, certificando-me para ver se era a hora certa, todos os dias a essa hora ninguém entrava na biblioteca, porque todos os dias a essa mesma hora Áraridios sempre anunciava, inaugurava ou mostrava algum de seus avanços tecnológicos ao vivo, todos é claro paravam para ouvir, essa é a hora que o mundo para, o que dura exatamente duas horas e meia, me deixando com tempo suficiente para ler metade de um livro.
Mas nunca dava tempo de terminar, por isso eu sempre levava os livros que eu estava lendo pra casa, bem escondidos na minha mochila pra que meus pais não pudessem ver. Eu sempre os lia na garagem que meu pai havia me "dado", por assim dizer, eu havia reformado ela inteira e havia feito ela como meu segundo quarto, eu e Muck passávamos a maior parte do nosso tempo lá. Muck dormindo e eu lendo, uma das minhas única diversões no fim de semana, já que se eu saísse para algum lugar que os adolescentes frequentava, eu sai ou machucada ou suja de alguma coisa que eles jogam em mim.
Entrei na sessão reservada e percebi que uma das prateleiras estava com uma goteira, que estava molhando todos os livros que haviam lá, decidi tirar os que estavam molhados de lá para poder secá-los e por em outra prateleira, mas quando ia fazer isso vi um livro chamou minha atenção.
Ele parecia muito velho e desgastado, sua capa era dura e não havia um título, acho que foi apagado ao longo dos anos, tinha que tomar cuidado com ele pois se não era capaz de ele se esfarelar nas minha mãos, coloquei em cima da mesa e abri, mas quando abri vi que ele não era um livro comum, só servia de proteção para outro livro que havia dentro dele. Esse outro livro parecia um pouco mais reservado e também não tinha título, tirei ele abrindo-o vendo que estava numa língua diferente, que eu entendia muito bem, uma língua que meus pais disseram ser inútil que eu não usaria para nada, mas pelo visto eles estavam enganados.
Olhei para as primeiras páginas e li a primeira frase que vi "se você tem isso em mãos é provável que vá sofrer uma terrível reviravolta na sua vida".

O que isso queria dizer?


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?