I'll Carry you the world (1ª Temporada) escrita por Pedro Olímpio


Capítulo 4
Capítulo quatro


Notas iniciais do capítulo

Sometimes the wire, must tense for the note.



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Nos dias seguintes do acontecido, ele não falou mais comigo.

Estava sentindo um vazio depois de tudo aquilo. Eu comecei a sentar um pouco mais na frente, e quando virava pra trás, percebia que ele estava me observando, com um olhar frio. Falava comigo somente o básico, pra pedir alguma coisa emprestada, ou para abrir passagem. Eu sabia que estava acontecendo alguma coisa com ele, não era o mesmo Steven de uma semana atrás, que me recebeu alegre, feliz e com um entusiasmo invejável.

Depois da aula de trigonometria, ele sai apressado na frente, pra não se encontrar comigo, até a volta para sua casa. Preparo meu almoço e assisto um jornal local, que fala sobre os acontecimentos da região e do estado da Flórida. Percebi que tinha sentado em algo, me levanto para ver e me deparo com o desenho que o Steven fez, pensando em mim. Desligo a TV, escovo os dentes e resolvo me sentar no observatório, no meu quarto. Vejo que a rua está um pouco movimentada, ainda estava cedo, não passava das seis da noite e o pessoal ainda estava voltando dos seus trabalhos. A janela do observador abre, acidentalmente, e percebo um barulho que chamou minha atenção.

Alguém estava chorando.

Tento procurar de onde vem a direção do som, e percebo uma janela aberta, logo, tenho uma segunda surpresa:

Era o Steven.

Ele estava na sua mesa de desenhos, como toda noite fazia, debruçado em prantos. Aquela cena me cortou o coração, e mesmo que eu estivesse com raiva dele, eu não podia ver aquela cena, e não fazer nada.

Visto minha jaqueta por cima do pijama e vou até a casa dele.

As luzes estavam apagadas, se eu não tivesse o visto pela janela, não diria que teria alguém em casa. Bato a porta e espero. Tinha trazido uma torta, pra tentar usar como uma forma dele abrir a porta. Alguns minutos depois, eu escuto um “Já vai” com uma voz triste e cansada, provavelmente ele já estava chorando por um bom tempo. Quando a porta finalmente abre, vejo um Steven com cabelos assanhados, olhos inchados e rosto avermelhado, que me recebe com uma cara desoladora.

— Oi — Digo, tentando ser o mais formal possível — Eu reparei que você não estava dormindo, então gostaria de saber se você quer comer alguma coisa, então eu trouxe essa torta e....

— Me desculpa, Peter — Ele fala, começando a chorar — Mmm... me desculpa se eu te magoei, eu não queria ter feito aquilo — Ele me abraça e cai em prantos

— Ei, não fica assim, Steve, tudo bem — Falo, tentando arrumar seus cabelos. Está tudo bem, eu juro — Eu levanto seu rosto, e faço ele olhar diretamente pra mim — Eu prometo, está tudo bem — E tento dar um sorriso meio torto, que o faz sorrir também — Vem, eu te ajudo a se arrumar.

Depois de pentear seus cabelos, eu escolho uma roupa confortável pra ele dormir, e vamos assistir TV. Dessa vez, ele deita no meu colo, e eu brinco com seu cabelo, enquanto passa um filme ruim. Após o filme acabar, ele me leva pra o seu quarto e me mostra sua mesa de desenhos e seus novos projetos. Ele tinha criado um Elfo e batizara com meu nome. Me senti honrado pela homenagem. Seu quarto tinha um observador igual ao meu, mas virado para o lado contrário, ou seja, ele conseguia me ver pela sua casa, quando eu estava no observador. Passamos muitas horas conversando, rindo das pessoas que passavam e zombando de nós mesmos, quando eu ponho a mão em seu ombro e resolvo falar uma coisa:

— Bem Steve — Começo — eu preciso fazer uma confissão.

— Fala aí, Pete — Ele sorri, e acaricia meus cabelos.

E eu tiro do bolso o primeiro desenho, que ele tinha feito e tinha deixado cair no primeiro dia de aula, ele paralisa. Eu respiro fundo e falo:

— Desde esse dia, Steve, que eu tive a certeza, que eu estava apaixonado por você. — E entrego o desenho pra ele. Ele segura meio assustado, se levanta, e coloca na sua mesa de desenhos. Eu estava deitado em uma das almofadas do seu observatório, então quando ele volta, ele me levanta e coloca sua mão no meu rosto, até envolver minha nuca. Ele se aproxima de mim, até que meus lábios, novamente, se encostem nos meus.

Desta vez, ele não ofereceu resistência, ou tentou sair. Ele queria mais. Envolvi meus braços na sua cintura, e então o deitei, gentilmente no colchão do observatório. Eu podia sentir a voracidade dele a cada movimento que sua boca fazia. A forma que ele segurava minha cabeça estava me ardendo em fogo puro. Meus braços logo tiraram sua camisa e ele fez o mesmo, seguindo meus gestos. Sinto ele fazendo força, pra ele ficar por cima, então cedo, e ele enfia a mão dentro da minha cueca, me arrepiando. Ele levanta minhas pernas e arranca minha calça do pijama com a mesma vontade que ele tinha feito com a camisa. Eu o levanto, e faço o mesmo. Ele finalmente tira sua cueca, e a minha, com seus dentes e sussurra no meu ouvido:

 — Hoje eu quero que você seja meu.

Ele não precisava dizer mais nada.

Senti meu corpo queimando, mas não era dor, era algo totalmente diferente.

Eu me envolvi nele e ele entendeu meu movimento como um “sim”. Seus olhos me observavam com um olhar selvagem e seus lábios envolveram os meus de uma maneira totalmente diferente de alguns minutos atrás. Nosso beijo demorou tempo suficiente para sentir dormências na boca. Bruscamente, ele levanta minhas pernas, e não demorou muito tempo, para Steven estar “dentro de mim”. Eu nunca fui capaz de imaginar quanto seria bom aquela sensação. Os movimentos rápidos que Steven fazia, e seu rosto sério, me provocaram uma sensação maravilhosa. Ver seu rosto daquele ângulo, era algo incrível. A velocidade do movimento das suas estocadas aumentava cada vez mais, quando ele simplesmente sai, e deita por cima de mim. Ficamos ali por alguns segundos. Sentir o seu peito roçando em mim, era algo incrivelmente boa. Desejei que aquele momento nunca terminasse. Subitamente, ele me beija, e morde meu ouvido. Eu, em um ato selvagem falo:

— Quero te retribuir o favor.

Ele se ajoelha, e logo coloca suas mãos no chão. Ele dá um sorriso malicioso para mim, da mesma forma que ele fez comigo, eu o penetro.

Diferente de mim, Steven gemia. O que institivamente, me fazia o estocar com mais força. Seus olhos se reviravam, cada vez que eu encostava minha virilha em suas nádegas. Pouco antes de eu alcançar o ápice, Ele me ajoelha, e sua boca encosta ferozmente eu meu membro. Desta vez, era eu que estava gemendo. Depois do feito, me puxa para seu peito, e me beija freneticamente, até que finalmente, juntos, sentimos um líquido quente, escorrer pelas nossas barrigas. Nossa respiração começa a ficar menos ofegante, e eu uso seu corpo, como travesseiro, e me deito perto de sua cabeça, me aninhando do seu lado. Ele começa a acariciar meu cabelo e fala, em um tom calmo e sereno:

Foi um dos melhores momentos da minha vida — sussurra

— O melhor — O corrijo

— O melhor — Ele repete.

E ambos adormecemos ali mesmo, no colchão do observador do seu quarto, durante uma fina chuva de inverno.


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Notas finais do capítulo

Hey ya guys! Finalmente o capítulo saiu. Espero que tenham gostado, por favor, deixem Reviews, eu adoro reviews! Fiquem de olhos para o próximo capítulo!



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