O Conto De Zero Zephyrum escrita por Marjyh


Capítulo 15
Esperança


Notas iniciais do capítulo

Eai gente, depois de tanto tempo, cá estou eu de volta x3333
E ai, como foi seu halloween? O que andaram fazendo de bom nesses dias?
Hohoho~
Amanha vou publicar o capítulo do contos da Grand Chase e, como podem notar, estamos realmente caminhando para os passos finais. c:
Desejo uma ótima leitura para todos!~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/411561/chapter/15

A chuva havia diminuído, os trovões haviam cessado naquele momento enquanto o imortal, a escolhida e o demônio se encaravam. Sieghart sentia, pela primeira vez, medo e excitação pela batalha. Lin apertava seu punho enquanto Grandark permanecia com aquele sorriso zombeteiro nos seus lábios.

As árvores balançavam com o vento estranhamente parado, como se até mesmo a natureza estivesse com medo de se aproximar daquele embate. A escuridão estaria dominando completamente o cenário se não fosse pela luz caótica que Lin emanava e a luz verde profana que o corpo de Zero exibia em alguns pontos da sua armadura. Sieghart sentia seu corpo começando a tremer, com a ansiedade crescendo no seu corpo. Particularmente não gostava de se esforçar tanto, mas... Definitivamente aquilo era uma ocasião especial. Sabia que se não fizesse nada, Lin iria matar Grandark, estivesse no corpo do Zero ou não.

Sem aguardar mais um momento, a escolhida das trevas partiu em direção do seu oponente, deixando um rastro avermelhado com seus movimentos, assim como o arco avermelhado que criou quando ergueu sua garra na direção do Grandark.

Este pareceu ficar surpreso com a velocidade da sua oponente, erguendo a montante para bloquear o ataque que recebeu. Lin sentiu sua mão atingir com força o pedaço de metal, e aquela onda avermelhada voltou-se contra você. Com o choque e a dor do próprio golpe a atingindo, recuou um passo. Aproveitando-se da abertura, Grandark sorriu, segurando firmemente seu escudo-espada com ambas as mãos, uma no cabo e outra na lâmina, e empurrou-a contra Lin. Do outro lado da arma, surgiram espinhos negros que afundaram na pele da caótica enquanto a empurrava, cortando sua pele. Lin gritou de dor, sentindo seu sangue saindo dos ferimentos, mas quando achou que Grandark havia parado, sentiu seus pés saindo do chão enquanto era erguida pela arma. Uma energia verde saiu da arma, sentindo o golpe na sua pele ainda mais exposta do que antes, e com o impulso acabou caindo alguns centímetros de distância do homem. Grandark riu enquanto Lin ainda se contorcia no chão, desacostumada tanto com o poder que tinha quanto com a dor, mas, os ferimentos imediatamente estavam se fechando.

– Vamos, você pode fazer mais do que isso.

– Saia de perto dela!

Grandark arregalou os olhos, havia se esquecido completamente do imortal! Com um rápido passo para trás, ele vislumbrou a lâmina da Soluna cortando um fio do seu cabelo, que imediatamente tornou a sua cor original ao separar-se do seu “corpo”.

O homem olhou furioso para Sieghart, tendo que dar um pulo para trás ao perceber a lâmina menor da espada vindo em direção ao seu pescoço. O imortal parou por um momento, se colocando entre os dois “monstros” com ambas as lâminas em mãos.

– Por que está se desviando?!

– Você é quem deveria se preocupar em se desviar! – Respondeu Grandark para logo em seguida partir para cima do imortal.

Segurando a montante com ambas as mãos, assim que se aproximou do Sieghart, ergueu-a em um corte horizontal, vindo da direta do seu oponente. Sieghart arregalou os olhos, rolando para o lado até ficar na esquerda do Grandark. Naquele momento, pôde notar que ele parecia estar arfando, até mesmo seus movimentos ficaram mais lentos. Talvez estivesse ficando cansado? Assim que Grandark notou que Sieghart havia escapado do seu golpe, já estava tendo que se preocupada em inclinar o corpo para escapar do corte ascendente da espada maior que constituía Soluna.

Por que aquele maldito corpo estava parecendo mais pesado? Ele colocou a mão no peito, sentindo o coração acelerado, sua respiração também parecia estar desregulada. Mas o que raios estava acontecendo?

O imortal imediatamente avançou mais uma vez, movendo sua arma de cima para baixo. Ele havia notado perfeitamente que seu oponente estava mais lento, mas por que? Mas, diferente das outras vezes, Grandark ergueu a montante, bloqueando o ataque da Soluna. Daquela distância, Sieghart pôde notar que ele estava claramente se esforçando para conseguir manter tanto a espada quando o golpe. É, não era mesmo impressão sua...

Repentinamente, um borrão vermelho-escuro apareceu na visão de ambos e Grandark foi jogado no chão. Quando o imortal pôde olhar melhor o que aconteceu, viu Lin sentada sobre o corpo do Zero, erguendo o punho fechado enquanto acertava o rosto do homem repetidas vezes enquanto a sua mão esquerda segurava o pescoço firmemente, impulsionando-o contra o chão. Sieghart ficou abismado e então notou que ele não estava segurando a espada, na realidade, a arma ficou jogada no chão à quase um metro deste.

Gradualmente suas mãos e pés começaram a se tomar mais uma vez o tom natural do Zero. E ficou claro que Grandark parecia estar sentindo ainda mais os socos seguidos que Lin estava aplicando, uma vez que até mesmo ele chegou a cuspir sangue no rosto da caótica.

A garota, apesar do sangue no rosto, continuou descendo socos no rosto do homem preso abaixo de si, até que, repentinamente, sentiu seu pulso ser segurado por alguém. Ela olhou para trás e viu Sieghart a segurando. Imediatamente sentiu uma fúria tomando conta de si.

– Me solte!

– Lin, pare com isso! - Sieghart gritou, olhando para a caótica. – O Zero ainda está ali em algum lugar!

A caótica arregalou os olhos ao ouvir aquelas palavras e até mesmo a aura avermelhada diminuiu. Mas, enquanto os dois estavam distraídos, Grandark empurrou Lin, derrubando-a no chão e então correu na direção da sua arma, se jogando por cima dela e agarrando seu cabo enquanto ajeitava a posição e encarava a dupla estarrecida. Os pedaços do seu corpo que estavam ficando no tom normal, voltaram a ser cobertos por aquela camada de escamas negras.

O homem ficou de pé, cuspindo sangue para o lado para logo em seguida limpar seus lábios com as costas das mãos. O brilho esverdeado da sua máscara estava intenso.

– Como ousa... Sua vadia imbecil...

Imediatamente a aura avermelhada surgiu com uma grande intensidade e antes mesmo que Sieghart pudesse fazer algo para deter Lin mais uma vez, a caótica saiu correndo na direção do Grandark. Assim que se aproximou, o seu oponente já ergueu a espada, se preparando para defletir o seu ataque mais uma vez, mas diferente do que imaginou, a caótica pulou, dando um pequeno giro no ar e bateu o pé no chão.

– Último Brilho!

Nesse breve movimento, quando o pé encontrou o chão, uma onda de energia foi disparada ao seu redor, acertando inclusive Grandark e desequilibrando-o. Lin não perdeu tempo, abrindo os braços.

As árvores começaram a balançar com um vento forte repentino, como se fossem sugadas para o centro daquele violento embate. Duas orbes avermelhadas surgiram, uma em cada mãos da caótica. Sieghart observava abismado enquanto uma coluna de energia avermelhada surgiu logo abaixo da garota, parecendo. Grandark, que mal conseguiu se levantar, sentia que aquela energia avermelhada o puxava para perto do seu centro, onde se encontrava Lin. Mas, nesse meio tempo, sentia que suas escamas pareciam não aguentar mais toda aquela ação, ao ponto que até mesmo o vento estava arrancando-as, deixando a pele vulnerável do Zero exposta para que a energia avermelhada cortasse-o. Seu sangue começou a se misturar com o vento avermelhado, enquanto aquelas orbes que surgiram previamente cresceram repentinamente, se tornando quase tão maiores quanto Lin, e seu centro parecia ter uma escuridão perturbadora.

– Tempestade Raivosa!

Os orbes explodiram, liberando uma violenta e incontrolável rajada de vento com aquela energia. Grandark voou para trás com aquela explosão, seu corpo já estava praticamente exposto, inclusive seu rosto estava mais amostra.

– Aaaargh! – O homem gritou de dor enquanto impactava no chão, seu corpo coberto por cortes e sangue, nem mesmo as escamas pareciam conseguir cobrir seu corpo novamente. – Arf... Arf...

Lin voltou ao chão, ainda na sua forma caótica, caminhou na direção daquela criatura que parecia tanto com a pessoa que amou. É, apenas parecia... Nem de longe era ele. A garota via que as escamas estavam recuando, deixando seu corpo sangrar cada vez mais e até mesmo a máscara havia sido quebrada pela metade, mas não conseguia ver o olho daquele que ia prestes a matar, pois o cabelo cheio de sangue cobria-o.

– Morra... “Zero”... – Lin ergueu seu punho, se inclinando para trespassar suas garras pelo coração do homem.

– Pare, Lin!

A caótica parou antes mesmo de completar o movimento e olhou para trás, vendo que quem havia gritado aquilo fora realmente Elesis. Ao seu lado estavam Arme, Ronan, Ryan... Ao olhar ao seu redor, começou a notar o seu ambiente. A chuva se limitou a uma simples garoa. Lass estava parado logo ao lado do Jin, parecendo conversar com ele enquanto Lire parecia cuidar dos ferimentos da batalha. Lin abaixou sua mão, com os olhos arregalados e seu peito subindo e descendo pela respiração acelerada. Elesis a olhou verdadeiramente séria, dando alguns passos na sua direção.

– Chega, Lin. Ele perdeu.

A caótica olhou para trás, vendo que as escamas haviam desaparecido completamente e até mesmo a Grandark havia retornado ao seu tamanho original, mas o olho da espada estava fechado.

– Eu... – A sacerdotisa balbuciou enquanto a raiva desaparecia da sua mente. – Eu...

“Está tudo bem, Lin. Acabou.”

A voz ecoou apenas na cabeça da sacerdotisa, que imediatamente a reconheceu. A caótica sentiu lágrimas se acumularem nos seus olhos quando enfim sua consciência começou a pesar.

– Agnécia... Eu... Sinto muito.

“Não há o que pedir perdão minha querida, todos temos luz e trevas dentro de nós.”

Ronan tocou o ombro da garota que ainda se encontrava em choque, já com lágrimas passando pela sua bochecha. Lin virou-se para ele, suas mãos tremiam quando se lembrou o que a levou a se tornar aquilo... Seguida de uma imagem perturbador. Olhou para a direção que o corpo do Azin estava deitado com a barriga aberta. Sentiu suas pernas facilarem.

– Azin... Ele...

O arcano suspirou e olhou na direção do corpo do rapaz.

– Lin... – Em seguida o rapaz olhou para baixo.

“Não perca as esperanças, querida.” A voz de Agnécia ecoou em sua mente novamente. “A luz sempre brilha mais forte na densa escuridão.”

A garota então sentiu uma paz dominar seu corpo... Sua dor parecia desaparecer enquanto a serenidade a invadia. Perante os olhos de todos, as suas asas e roupas negras se tornaram brancas, assim como sua pele se tornou clara. O olhar sereno substituiu aquele cheio de dor enquanto uma aura apaziguadora era emanada do seu corpo.

A sacerdotisa andou até o corpo de Azin, se abaixando e analisou o ferimento. Uma expressão de dor surgiu em seu rosto ao vê-lo, mas, após expirar lentamente, a garota colocou a mão sobre ele. Uma luz branca começou a brilhar daquele ferimento, ao mesmo tempo em que a cor voltou ao rosto do rapaz. Seu coração começou a bater lentamente, mas suas forças voltavam.

Quando a luz apagou, Azin estava respirando e abriu os olhos, para fitar, primeiramente, o rosto cansado da sua amiga Lin, que parecia diferente, mas sabia que era ela. O rapaz deu um pequeno sorriso e então olhou para baixo ao se lembrar do ferimento. Suas roupas estavam ainda rasgadas, mas sua carne... Estava inteira. Boquiaberto, olhou para a sacerdotisa mais uma vez, que agora sorria.

– Mas... O que aconteceu..?

Enquanto o grupo se reunia mais uma vez, atendendo os feridos, Grandark afundou dentro da sua própria mente, e mesmo tentando voltar, parecia que uma força maior do que ele o puxava de volta...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!