O Preço De Um Resgate escrita por Asty Greco


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que leram, os que comentaram e favoritaram. Ai está mais um capítulo pra vocês, espero que gostem :)

POR FAVOR LEIAM A NOTAS FINAIS!



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Uma música suave tocava no ambiente. Garçons passeavam entre a grande sala e a varanda, servindo bebidas e petiscos as pessoas presentes. Sons de conversas animadas eram ouvidos. Risos muitas vezes se sobressaiam à música. O clima no apartamento era agradável e descontraído. Todos alegres e desfrutando da companhia dos amigos em mais uma festa do casal Berry-Fabray. Entre as tantas pessoas, um garotinho de cabelos castanhos e olhos verdes tentava achar sua mãe, enquanto ao mesmo tempo fazia um esforço desesperado para afrouxar a gravata em seu pescoço.

Desviou de alguns garçons e de uns e outros indivíduos que queriam pará-lo apenas para apertar suas bochechas e falarem que ele tinha crescido. Como se ele fosse ficar pequeno o resto da vida, pensava sarcasticamente. Parou ao lado de uma bancada que continha vários tipos de bebidas, e mais uma vez travava uma pequena luta contra a gravata, conseguiu não apenas afrouxá-la, como a retirou por completo. – Até que enfim! Eu odeio gravatas! – Deu um sorriso sacana, jogando a gravata em seu ombro, e pondo-se outra vez a olhar o local.

Seus olhos, tão verdes quanto o de sua mãe, faziam uma varredura por todo o lugar, até que pararam em uma porta de carvalho escuro, que ele conhecia muito bem, era o escritório. Se sua mãe não estava na festa, ela só podia estar lá. Com este pensamento, foi rapidamente em direção a porta, e quando estava prestes a girar a maçaneta, uma voz o fez parar.

– Charlie Fabray, o que pensa que está fazendo?

Oh! Ele estava em maus lençóis, definitivamente ele estava. Lentamente foi se virando até dar de cara com sua outra mãe. A morena baixinha estava com as mãos na cintura, trajava um lindo vestido preto de alças e que iam ate no meio de suas coxas, e o encarava seriamente. Fazendo a melhor cara de inocente que conseguiu, o garoto falou manhosamente. – Eu só queria ver se a mamãe estava ai. Não estou encontrando ela, mãe.

– E o que eu já falei sobre não entrar no escritório? Muito menos sem bater antes? – Rachel disse de forma ainda séria, mesmo que por dentro estivesse rindo da cara que seu filho fazia. Ele fazia aquela cara sempre que aprontava algo e queria se safar. Com certeza ele aprendeu isso com Quinn, pensou.

Ainda com um olhar inocente, o pequeno retrucou. – Eu só queria dar meu presente pra ela. – Enfiou a mão no seu bolso e retirou uma pequena caixinha estendendo a sua mãe, que o pegou. – Fui eu que fiz hoje na escola, na aula de arte. – Deu um sorriso orgulhoso.

Dentro da caixa havia um cordão feito de pequenas pedrinhas coloridas, amarradas de modo estranho, mas que garantia que não soltassem. Rachel riu da forma como ele falou todo orgulhoso de si, e esquecendo sua postura séria, até porque ela não conseguia manter essa pose muito tempo quando se tratava do pequeno, abaixou-se para ficar na mesma altura. – É lindo, meu amor. Tenho certeza que sua mamãe vai adorar.

– A senhora acha?! – A alegria impregnada na sua voz era nítida.

– Eu não acho, tenho certeza. – Devolveu a caixinha, que foi novamente guardada no bolso. - Mas espere ela sair do escritório para entregar, já disse que não quero ver você no escritório. É um lugar em que sua mãe trata de negócios e faz reuniões, coisas de adulto, não é um local para uma criança. – Comentou mais suave.

– Desculpe mãe. – Fez um biquinho.

– Ok. Porém, que isso não se repita mais. – Ele balançou a cabeça confirmando. – Muito bem. Agora me dá um abraço bebê lindo da mãe.

– Mãe! Eu não sou mais um bebê! – Bufou, cruzando os braços.

Rachel apenas riu da atitude indignada de seu filho, ele se parecia tanto com ela nesses momentos. – Você sempre será meu bebezinho!

– Mãe...

– Ok... Ok... Será que o senhor adulto poderia me dar um abraço? – Seu tom era divertido.

Charlie olhou pra ela e arqueou a sobrancelha, dando um meio sorriso, descruzou os braços e se jogou contra a morena, que o apertou forte. – Te amo muito, meu pequeno adulto.

– Também te amo, mãe.

Rachel se afastou, dando um beijo na bochecha pálida dele e levantando. – Agora vá brincar, a Melanny estava a sua procura.

– A Melanny tá aqui? Eba!

Antes que Rachel pudesse falar algo, foi cortada por uma latina.

– Que animação é essa pra cima da minha filha? Berry esse seu filho esta muito engraçadinho pro meu gosto. – Apesar da entonação séria, sua face divertida lhe entregava.

Charlie assumiu um tom escarlate e baixou a cabeça, o que provocou risadas gostosas nas duas mulheres.

– Meu filho é um cavalheiro Santana, não precisa se preocupar.

– Sendo filho da Fabray, tenho que discordar. – Rachel revirou os olhos. - Charlie. – Ele a encarou a morena mais alta. - Venha aqui e dê um abraço na sua madrinha, moleque.

Ele fez o que foi pedido, abraçando a cintura da mulher, que retribui o gesto. – Tá grande em pirralho.

– Não sou pirralho! Tenho 9 anos, sou quase um adulto. - Disse petulante.

– Sei... – A latina o olhava divertidamente. - Agora vá encontrar a Mel, ela está com a Britt na varanda.

– Ok... – Quando ia se afastando sua mãe o chamou. – Sim mãe.

– Coloque a gravata novamente.

– Mas mãe...

– Nada de ”mas mãe”.

– Tá. – Contrariado pegou a gravata e colocou em seu pescoço, ajeitando-a como sua mãe o havia ensinado. – Eu detesto gravatas. – Resmungou. – Pronto.

– Pode ir agora.

E alguns segundos depois, ele já se misturava as pessoas a procura de sua amiguinha.

– Eu o vi semana passada, mas parece que ele cresceu tanto de lá pra cá.

– Verdade. Eles crescem tão rápido. Daqui a pouco ele vai estar se preparando para ir para a faculdade e vai me deixar.

– Sem dramas, Berry. Isso ainda vai demorar a acontecer.

– Quero ver quando for a Melanny.

– Ela só tem 7 anos, como eu disse, isso vai demorar a acontecer. Não temos porque sofrer antecipadamente. – Santana olhou para sua amiga que ainda parecia com uma cara de sofrimento, ela podia ser tão dramática às vezes. – Afinal, onde está aniversariante?

Rachel pareceu sair de seus devaneios com a pergunta, e com um suspiro frustrado respondeu. – Ai no escritório com o Russel.

– Com o Russel?! Mas eu pensei que ele estaria em um cruzeiro com Judy agora.

– Realmente era para ele estar, mas com as últimas noticias que saíram, ele achou melhor adiar em um dia seu passeio para conversar com a Quinn. Como se ela fosse a culpada pelo rumo que as coisas tomaram, e não ele. – A irritação da morena era clara.

– Nós estamos dando um jeito em toda a bagunça que ele causou, Rachel. Desde que a Q assumiu, houve um crescimento enorme nos negócios, quase 100%, não é a toa que ela foi considerada o nome do ano no setor empresarial. No entanto, ainda é complicado, pois há seqüelas da má administração dele.

– E com seqüelas você quer dizer que ela tem que lidar com os inúmeros subornos e as sonegações de impostos. A imprensa não larga de nós, Santana! Semana passada, quando saiu a noticia da sonegação, eu quase não consegui levar o Charlie na escola, porque esses jornalistas abutres estavam todos lá fora, e não nos deixavam sair. Ele ficou assustado. Não quero meu filho nessa confusão toda. E ainda tem a policia. – Passou a mão em seu rosto em demonstração de frustração e descontentamento.

Santana se aproximou da morena e passou um de seus braços pelo ombro da mais baixa. – Calma, Rach... Vai tudo se resolver. Lembre-se que a Quinn tem a melhor advogadas de todas. Eu! E Santana Lopez resolve tudo! – Terminou com um sorriso convencido, mas que ao mesmo tempo tentava passar tranqüilidade a amiga.

Rachel não pode deixar de rir, e também se sentir um pouquinho mais aliviada. Sabia que sua esposa estava dando o melhor de si para resolver as merdas que Russel deixou, e ainda tinha Santana para ajudar, que tinha que admitir, era uma das melhores advogadas de Nova York.

– Tudo bem. Você está certa. Bom, enquanto Quinn termina a conversa, vamos encontrar a Britt. Faz duas semanas que não a vejo. Saudades dela.

– Lembre-se que sua loira é outra, Berry.

– Deixa de ser idiota, Lopez!

A risada da latina não foi contida, gostava de provocar a baixinha. – Ok... Ela está na varanda, encontramos com Kurt e Blaine. Vamos.

As duas mulheres rumaram para varanda. Cada uma com pensamento sobre a atual situação, mas que por agora, preferiam esquecer. Hoje não era dia para preocupações.

Com a cabeça baixa, ela respirava fundo, tentando manter a calma e não mandar o homem a sua frente para longe, afinal, ela o devia respeito. – Papai, pela milésima vez, eu não sei como as informações da investigação sobre os impostos vazaram. Mas eu estou tomando conta disso, ok. Não precisava largar sua viagem com a mamãe por causa disto.

Virando o último resquício de Johnnie Walker que estava no copo e o colocando sobre a mesa, o homem de trejeitos imponente e cabelos loiros bem claros, já assumindo uma coloração grisalha, falou. – Na verdade Quinn, acredito que foi necessário sim. Não foi interessante abrir o jornal e ler na noticia de capa “Companhia de Aviação Fabray investigada por possível fraude a receita tributária”. O sobrenome Fabray não pode ser exposto dessa maneira. Na minha época nos não tínhamos esse tipo de mídia negativa.

Aquilo foi a gota d’água para a loira, seu pai, o responsável por tudo aquilo, a estava culpando, quando tudo que ela fez e continuava fazendo era reerguer a empresa e tentar tirá-la das complicações legais que ele a colocou. Com uma risada de escárnio, comentou. – Ora papai, em primeiro lugar, se você tivesse feito uma boa administração e tivesse pago os impostos direito, e não desviado o dinheiro para sua conta particular, com certeza não estaríamos passando por isso. E em segundo lugar, nosso sobrenome só não esteve antes na mídia porque o senhor subornava tudo e todos para acobertar suas falcatruas. Mas eu não sou como você e não vou me submeter a estes meios sujos. Então não me venha com lição de moral, quando tudo que tenho feito por essa merda de empresa é mante-la no topo e livrá-la das idiotices que o SENHOR fez! . – Quase gritou a última parte. Levantou-se da cadeira e foi em direção a porta, passou a mão nervosamente pelo cabelo, puxou o ar uma três vezes para se acalmar e de costa para ele disse. – Hoje é meu aniversario, tenho meus amigos e minha família me esperando na festa, se era só este assunto que o senhor tinha pra falar comigo, então finalizamos a conversa. Se quiser ficar, sinta-se a vontade, se não... – Deu de ombros. – Pode ir.

Ainda sentado e com um olhar indecifrável, proferiu – Quero ver meu neto, trouxe algo para ele. Depois que eu entregar, vou embora.

– Ele está com a Rachel, vou chamá-lo pra vir falar com o senhor. Até mais e tenha uma boa viagem. – E com essas palavras ela abriu a porta e saiu. Já do lado de fora, ela viu todas as pessoas que estavam lá, seus amigos, e mais a frente, perto da porta que dava pra varanda, viu sua mulher e seu filho, a duas pessoas mais importantes da sua vida. Não deixaria que a conversa que teve com seu pai estragasse sua noite, tinha as pessoas que mais amava com ela, e isso bastava para relaxá-la e a fazê-la sentir totalmente feliz.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado. No próximo capítulo o drama começa. Vocês puderam perceber que eu não coloquei nome no capítulo, não sou boa nisso, então tive pensando em colocar nome de músicas que tenham a ver com alguma parte da história, então quem tiver alguma sugestão de músicas eu peço que me envie, adianto que a história terá muito drama, com direito a brigas, muito choro e perdas. Bom, é isso, podem me enviar através dos comentários, MP's ou pelo twitter (@AstyGreco). Bjs galera, e por favor comentem ;)



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