My Doctor escrita por Sofia Travassos
Notas iniciais do capítulo
Hehey! Aqui o segundo capítulo depois da minha Crise Existencial. São mais de meia noite e postei o capítulo anterior há cinco minutos atrás. YAY.
Now, allons-y!
Tudo bem. Meu irmão foi sequestrado por um alienígena em busca de alimento; o alienígena acaba de vaporizar junto com a casa. E ainda são onze da manhã.
–Venham – diz Doutor, começando a atravessar a rua ao lado.
–Para onde? - pergunto. Não vou seguir um estranho por aí, mesmo que tenha salvado minha vida duas vezes... - OK.
Brian me segue sem hesitar. Deve ter sido marcante, ele é só um adolescente.
O Doutor nos guia através de Brighton até chegarmos do outro lado da cidade, exaustos.
–Não podíamos ter pegado um ônibus?! - Brian reclama, sentando-se no meio-fio - Olhem, eu vou comprar uma coisa para beber e não me deixem aqui.
Levanto os olhos de meu irmão para o Doutor e quase desmaio. Estamos na frente da cabine. Da exata mesma cabine que vi sete anos atrás. Ela só parece um pouco mais limpa ou nova, mas é definitivamente a mesma. Vejo como o Doutor olha para ela, e o jeito em que ele coloca a mão na madeira azul. Então, isso significa que...?
–Não...
–O que foi? -Doutor parece assustado.
–Não pode ser...
–O que aconteceu? - ele parece preocupado.
–Mas não é possível!
–O que não é possível?! - exclama Doutor, impaciente.
–Você!
–Eu?
–Sim! Não pode ser a mesma pessoa!
Ele hesita em responder:
–Como assim?
–Eu falei com um homem triste há sete anos. O homem entrou numa cabine - gesticulo para a cabine policial - e sumiu. Mas eu me lembro desse homem, e ele não era você.
Doutor olha para seus pés e volta a me olhar, com um sorriso sincero. Parece familiar...
Sento-me na calçada, confusa.
–Como você pode possivelmente ser aquele homem?
Ele senta ao meu lado.
–Você não mudou nada... - ele diz baixinho - Me recordo vagamente da garotinha que me fez pensar por dias. A garotinha de palavras sinceras e verdadeiras - ele dá uma risadinha pelo nariz - Perder uma pessoa não é fácil de superar. Principalmente quando era amada. Mas, se você se concentrar em outras coisas e no lado bom de cada, você consegue superar e seguir em frente.
Ele olha para mim.
–Você era apenas uma garotinha, mas era compreensiva e tinha grande gentileza. Você falou com um homem que era um completo estranho, mas falou com honestidade. E é isso que importa.
–Por que você está me dizendo isso? - pergunto.
–Porque você pode precisar - ele levanta e estende a mão. Seguro, ele me levanta e me guia para dentro da cabine.
–Ah, preciso perguntar - falo, enquanto ele destranca a porta e a abre - Como você fez a cabine sum...
A frase morre, porque me deparo com algo que não esperava em um milhão de anos. Um espaço grande, em tons de azul e verde, com luzes amarelas e de muitas outras cores num console no meio da sala.
Doutor se adianta, me deixando à porta, com a boca ligeiramente aberta. Ele anda em volta do console com um sorriso orgulhoso no rosto.
–Mas é...
–Sim, ela é - ele diz, levantando as sobrancelhas.
–É-é... - gaguejo - Não é possível.
Saio da cabine, incrédula. Observo todos os detalhes na madeira. Ando em volta dela algumas vezes e entro de novo.
–É maior por dentro! - exclamo.
Doutor acena a cabeça.
–Essa - ele dá um tapinha no console - é a TARDIS.
–TARDIS? - passo o dedo sobre uma alavanca num canto do mesmo, que está cheio de botões e coisas brilhantes, em todos os sentidos da palavra.
–Tempo E Dimensões Relativas No Espaço - explica.
–Ah, sim... - digo sarcástica - Onde você conseguiu isso?
–"Isso"? - ele parece magoado - A TARDIS é a melhor espaçonave de todo o universo, tenha mais respeito... Ela não é só uma nave qualquer. Ela pode viajar para qualquer lugar no tempo e espaço, em poucos segundos.
–Espaçonave? De todo o universo? Qualquer lugar? - ele vira o rosto de braços cruzados. Reviro os olhos e respiro fundo - Como você a conseguiu?
–Ahn... - ele de repente foca bastante em um botão azul - Eu peguei emprestada.
–Emprestada? - por que isso não me convenceu? - Há quanto tempo?
–Ah, há... Dois mil, dois mil e oitocentos anos atrás...
–O quê?! Quantos anos você tem?!
–Por que isso interessa?
–Porque, se você tem mais de dois mil e oitocentos anos, você não é exatamente jovem, não?!
Ele não responde a pergunta.
Então escuto a voz de Brian lá fora, gritando alguma coisa sobre "refrigerante naquele lugar". Corro para fora e o encontro na minha frente meio encolhido, com uma mancha em sua calça, bem... Naquele lugar.
–Ah... - agora compreendo o que ele quis dizer - Entre aqui.
–O quê?!
–Só entre.
Abro passagem e só escuto um "Não pode ser...!" vindo de dentro da TARDIS. Entro, fechando a porta atrás de mim.
–E agora? - pergunto.
–Venham comigo - Doutor fala de repente.
–O quê?
–Viagem comigo - ele repete.
–Temos uma família! - diz Brian.
–Não importa! - levantamos uma sobrancelha para ele - É uma máquina do tempo! Vocês podem viajar por semanas e voltar a tempo do chá da tarde!
–Sério? - Brian pergunta com olhar sonhador - Podemos ir para o futuro? Sempre quis saber quem ganhará as próximas Olimpíadas.
–Brian, podemos fazer muito mais do que isso! - Doutor exclama, gesticulando - Podemos ver Teia colidindo com a Terra e a expansão do Sol! Podemos visitar planetas do outro lado do universo e assistir ao nascimento de outras galáxias! Podemos assistir um planeta a beira da morte e o surgimento de uma estrela-branca! Podemos ir a qualquer lugar que quisermos, no tempo que quisermos! Então... Onde começamos?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu gostei de escrever esse capítulo, não tenho a menor ideia por quê... Hm... NÃO SE ESQUEÇAM de visitar o blog! Vide capítulo anterior.