My Doctor escrita por Sofia Travassos


Capítulo 4
Enfim, respostas


Notas iniciais do capítulo

Hehey! Aqui o segundo capítulo depois da minha Crise Existencial. São mais de meia noite e postei o capítulo anterior há cinco minutos atrás. YAY.
Now, allons-y!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/411204/chapter/4

Tudo bem. Meu irmão foi sequestrado por um alienígena em busca de alimento; o alienígena acaba de vaporizar junto com a casa. E ainda são onze da manhã.

–Venham – diz Doutor, começando a atravessar a rua ao lado.

–Para onde? - pergunto. Não vou seguir um estranho por aí, mesmo que tenha salvado minha vida duas vezes... - OK.

Brian me segue sem hesitar. Deve ter sido marcante, ele é só um adolescente.
O Doutor nos guia através de Brighton até chegarmos do outro lado da cidade, exaustos.

–Não podíamos ter pegado um ônibus?! - Brian reclama, sentando-se no meio-fio - Olhem, eu vou comprar uma coisa para beber e não me deixem aqui.

Levanto os olhos de meu irmão para o Doutor e quase desmaio. Estamos na frente da cabine. Da exata mesma cabine que vi sete anos atrás. Ela só parece um pouco mais limpa ou nova, mas é definitivamente a mesma. Vejo como o Doutor olha para ela, e o jeito em que ele coloca a mão na madeira azul. Então, isso significa que...?

–Não...

–O que foi? -Doutor parece assustado.

–Não pode ser...

–O que aconteceu? - ele parece preocupado.

–Mas não é possível!

–O que não é possível?! - exclama Doutor, impaciente.

Você!

–Eu?

–Sim! Não pode ser a mesma pessoa!

Ele hesita em responder:

–Como assim?

–Eu falei com um homem triste há sete anos. O homem entrou numa cabine - gesticulo para a cabine policial - e sumiu. Mas eu me lembro desse homem, e ele não era você.

Doutor olha para seus pés e volta a me olhar, com um sorriso sincero. Parece familiar...

Sento-me na calçada, confusa.

–Como você pode possivelmente ser aquele homem?

Ele senta ao meu lado.

–Você não mudou nada... - ele diz baixinho - Me recordo vagamente da garotinha que me fez pensar por dias. A garotinha de palavras sinceras e verdadeiras - ele dá uma risadinha pelo nariz - Perder uma pessoa não é fácil de superar. Principalmente quando era amada. Mas, se você se concentrar em outras coisas e no lado bom de cada, você consegue superar e seguir em frente.

Ele olha para mim.

–Você era apenas uma garotinha, mas era compreensiva e tinha grande gentileza. Você falou com um homem que era um completo estranho, mas falou com honestidade. E é isso que importa.

–Por que você está me dizendo isso? - pergunto.

–Porque você pode precisar - ele levanta e estende a mão. Seguro, ele me levanta e me guia para dentro da cabine.

–Ah, preciso perguntar - falo, enquanto ele destranca a porta e a abre - Como você fez a cabine sum...

A frase morre, porque me deparo com algo que não esperava em um milhão de anos. Um espaço grande, em tons de azul e verde, com luzes amarelas e de muitas outras cores num console no meio da sala.

Doutor se adianta, me deixando à porta, com a boca ligeiramente aberta. Ele anda em volta do console com um sorriso orgulhoso no rosto.

–Mas é...

–Sim, ela é - ele diz, levantando as sobrancelhas.

–É-é... - gaguejo - Não é possível.

Saio da cabine, incrédula. Observo todos os detalhes na madeira. Ando em volta dela algumas vezes e entro de novo.

–É maior por dentro! - exclamo.

Doutor acena a cabeça.

–Essa - ele dá um tapinha no console - é a TARDIS.

–TARDIS? - passo o dedo sobre uma alavanca num canto do mesmo, que está cheio de botões e coisas brilhantes, em todos os sentidos da palavra.

–Tempo E Dimensões Relativas No Espaço - explica.

–Ah, sim... - digo sarcástica - Onde você conseguiu isso?

–"Isso"? - ele parece magoado - A TARDIS é a melhor espaçonave de todo o universo, tenha mais respeito... Ela não é só uma nave qualquer. Ela pode viajar para qualquer lugar no tempo e espaço, em poucos segundos.

–Espaçonave? De todo o universo? Qualquer lugar? - ele vira o rosto de braços cruzados. Reviro os olhos e respiro fundo - Como você a conseguiu?

–Ahn... - ele de repente foca bastante em um botão azul - Eu peguei emprestada.

–Emprestada? - por que isso não me convenceu? - Há quanto tempo?

–Ah, há... Dois mil, dois mil e oitocentos anos atrás...

–O quê?! Quantos anos você tem?!

–Por que isso interessa?

–Porque, se você tem mais de dois mil e oitocentos anos, você não é exatamente jovem, não?!

Ele não responde a pergunta.

Então escuto a voz de Brian lá fora, gritando alguma coisa sobre "refrigerante naquele lugar". Corro para fora e o encontro na minha frente meio encolhido, com uma mancha em sua calça, bem... Naquele lugar.

–Ah... - agora compreendo o que ele quis dizer - Entre aqui.

–O quê?!

–Só entre.

Abro passagem e só escuto um "Não pode ser...!" vindo de dentro da TARDIS. Entro, fechando a porta atrás de mim.

–E agora? - pergunto.

–Venham comigo - Doutor fala de repente.

–O quê?

–Viagem comigo - ele repete.

–Temos uma família! - diz Brian.

–Não importa! - levantamos uma sobrancelha para ele - É uma máquina do tempo! Vocês podem viajar por semanas e voltar a tempo do chá da tarde!

–Sério? - Brian pergunta com olhar sonhador - Podemos ir para o futuro? Sempre quis saber quem ganhará as próximas Olimpíadas.

–Brian, podemos fazer muito mais do que isso! - Doutor exclama, gesticulando - Podemos ver Teia colidindo com a Terra e a expansão do Sol! Podemos visitar planetas do outro lado do universo e assistir ao nascimento de outras galáxias! Podemos assistir um planeta a beira da morte e o surgimento de uma estrela-branca! Podemos ir a qualquer lugar que quisermos, no tempo que quisermos! Então... Onde começamos?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu gostei de escrever esse capítulo, não tenho a menor ideia por quê... Hm... NÃO SE ESQUEÇAM de visitar o blog! Vide capítulo anterior.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Doctor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.