A ressaca não era das piores, mas parecia tão ruim quanto. Caio Moore não era um homem do tipo que sai para noitadas, pelo menos não mais. Já passara dessa fase, agora era um homem responsável e cheio de compromissos – e era nisso em que ele queria acreditar.

A causa daquela dor de cabeça era que Caio não ingeria nada além de café e água há meses. Seu organismo já havia se acostumado.

O telefone tocou, mas ele estava decidido em permanecer deitado, resmungando.

Depois de insistir bastante, o telefone parou.

Tornou a tocar. Ele odiava aquele som.

- Alô?

- Oi primo! Como vai?

- ...Tô com dor de cabeça. O que você quer?

- Quero saber se já se decidiu.

- Não combinamos que era eu quem iria te ligar?

- Bom, sim... Mas é que eu estou de saída, consegui uma carona.

- Tá indo pra onde?

- Ursa Menor. Você vem?