Coincidências Ou Destino? escrita por Everlak


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Minha gente! Um novo capítulo! Eu estou realmente tentando recuperar o tempo perdido.
ATENÇÂO: Este capítulo tem vários elementos chave para os próximos capítulos, muitos pormenores que têm que ficar atentos. Boa leitura



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POV Peeta

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Meu pai e os outros dois “cérebros” daqui, os líderes, por assim dizer acharam por bem deixar Katniss hoje nas mãos dos guardas com “torturas leves”. Eu concordei pois tinha esperança que pela manhã ela já estivesse prontinha a nos dar todas as respostas que queríamos. Glimmer, no entanto, queria uma investida mais violenta de modo a apressar o processo. Gale não opinou, simplesmente saiu daqui o mais depressa que conseguiu. Ele estava devastado com a descoberta. Teto me colocar na pele dele e realmente consigo sentir a dor dele. A única pessoa em que ele conseguiu confiar realmente, lhe mentiu desde o primeiro momento. Decidi dormir por aqui mesmo, no meu antigo quarto. Estava exausto demais para voltar para a mansão. Glimmer passou a noite ao meu lado mesmo com a desaprovação de Cashmere. Mas e conseguir dormir? Era impossível para qualquer um. E não era pelo que vocês estão pensando. Não era pelo nervosismo, pela ansiedade ou entusiasmo. Não. Era por causa de Katniss. Literalmente ela. Ela não parava de gritar desesperada o que me fez pensar que a tortura aplicada não era assim tão leve. Eram cerca de cinco da manhã quando não aguentava a agonia da morena e me encaminhei aos aposentos do meu pai.

– Pai? – Ele estava sentado na beira da cama apoiando sua própria cabeça. Acho que até ele estava com problemas em dormir.

– Algum problema Peeta? – ele olha para mim.

– Não, problema algum. Mas eu estava a pensar. A garota parece bem frágil, tal intensidade ela grita então achei fazer uma tentativa agora. – Não podia simplesmente dizer que estava preocupado por ela – Eu mesmo posso ir. Acho que ela se abrirá mais comigo visto já me conhecer um pouco. Alguém estranho a interrogar ela poderia a intimidar e ela calar a boca.

– Sim, filho, pode ir – ele suspira – Qualquer coisa que me faça dormir sossegado.

Aceno e saio do quarto enquanto ele se deita para tentar novamente dormir. Antes de ir para a sala dela, desço até à cozinha e preparo um chocolate bem quente e subo de novo. Os guardas ficam alertas quando me vem a entrar. Eu faço sinal para que saiam e eles não contestam minha ordem. A morena está tão esgotada que nem percebe nada. Ouço sua respiração pesada e entrecortada. Seus cabelos estão colados pela sua cara e pescoço suados. Sinto só dela por um segundo. Me aproximo e toco-lhe no ombro. Ela assusta-se e tenta gritar de novo mas eu sou mais rápido que ela e coloco minha mão na sua boca.

– Calada! Eu só quero ajudar – ela me encara e vejo que sua cara está toda inchada, o brilho nos seus olhos foi perdido, suas mãos marcadas. Respiro fundo – Promete que não grita?

– Eu prometo. Mas por favor me tire daqui.- Ela suplica – Eu não o que vocês querem de mim.

– Não se faça de idiota! – reajo. – Porque idiota você não é. Me diz onde está seu pai e nós te liberamos.

– Meu pai? – ela fica surpreendida com minha pergunta – Porque vocês querem o meu pai? Querem um resgate, é isso? Eu mesma te passo um cheque.

– Garota, você esteve na minha mansão lembra? – Dou uma gargalhada – Eu não quero seu dinheiro nem do nojento do seu pai.

– NÂO FALA DELE ASSIM! – Ela grita – VOCÊ NÂO O CONHECE!

– Chega de papo! – digo impaciente – ou você me diz onde ele está ou eu chamo de volta os guardas e eles farão você falar a bem ou a mal.

Ela reage à ameaça e se encolhe com medo na cadeira em que está amarrada. Ela começa a soluçar e eu espero que ela fale.

– Eu não Peeta, eu juro! – ela murmura entre o choro – Eu não o vejo desde dois anos atrás. Ele apenas me liga de vez em quando de números privados e me manda dinheiro por carta, sem endereço algum dele.

– Ele nunca falou para você sobre onde ele está ou o que está fazendo, no que está trabalhando? – Pergunto mais calmo. Sei que não está a mentir porque a reação dela perante a ameaça mostrou que ela faria qualquer coisa para não ter que sofrer novamente. Pego na caneca de chocolate quente e a posiciono entre os seus lábios para que ela beba. Ela bebe tudo de uma vez devido à desidratação do corpo dela.

– Na última vez que os falamos ele falava de um projeto inovador e um negócio excelente e que quando tudo estivesse a caminhar para a frente ele me chamaria para eu entrar no negócio de família ou para pelo menos conhecer ele. – ela confessa. – É tudo o que sei do meu pai.

– Tudo bem – Afago seus cabelos sem entender bem porque – Eu tenho que ir falar com meu pai mas não se preocupe. Não deixarei aqueles guardas entrarem aqui de novo. Nem eles nem ninguém.

Ela suspira pesarosamente – Eu achei que você me deixaria ir – ela acusa.

– Eu irei. Logo que possa.

Ao sair olho para o relógio e vejo que são sete horas. Eles já devem estar todos na sala de comandos. Quando falei todos não achei que Gale estivesse mas ele estava também. Emburrado mas se encontrava ali.

– Ela falou com você? – Gale perguntou impacientemente.

– Falou – todos aguardam em expectativa – Ela tem noção da existência do pai, mas mal o conhece. Não sabe dos crimes do pai. Acha que ele é apenas um homem de negócios ocupado. Porém, ela falou algo interessante.

– Fala logo Peeta! – Glimmer bufou.

– Numa das chamadas que fez a ela, Snow falou de um projecto, de um negócio e que iria mostrar a ele como funciona o negócio da família. – termino

– Então quer dizer que ele quer que sua filha um dia comande o império dele. – Meu pai deduz – E quer dizer também que ela não usou Gale porque ela está às escuras sobre isso tudo.

– Sim, pai. Ela não sabe de nada. Isso tenho certeza. – Asseguro. Vejo o corpo de Gale se descontrair um pouco. – Eles se conhecerem foi uma simples coincidência. Provavelmente nem Snow sabe que Gale é filho de um de nós.

– Gale, você chegou a conhecer o pai dela? – Seu pai interroga.

– Não, ela nem mesmo falava sobre ele. Apenas que seus pais se separam quando ela era ainda pequena e que mal via o pai desde então.

– Bem, as histórias batem certo. – proclamo.

– Chefe! Alguém está a tentar aceder à nossa base de dados no computador! – Um homem em frente a um dos inúmeros computadores fala enquanto mexe freneticamente no computador tal como os seus companheiros. A sala de monitores vira um caos e vejo os computadores desligarem um por um contra os esforços dos homens. A tela ao centro da sala começa a baixar e uma imagem aparece. É uma filmagem em directo.Tento localizar de onde é mas parece uma garagem comum com uma cadeira. Nesse momento vemos Snow a aparecer e sentar-se muito descontraído.

– Haymitch, Cashmere, Plutarch! Tão bom revê-los! – Ele sorri falsamente.

Gostaríamos de poder dizer o mesmo Snow! – Haymitch diz secamente – Em que posso ajudá-lo.

– Direto ao assunto? Muito bem. Recebi uma chamada muito interessante da minha ex-mulher que diz que minha filha foi raptada. Me pergunto se vocês têm algo a ver com isso - Ele comunica e seu tom é ameaçador – É que um passarinho me contou que sim. Então vou ser direto também. Libertem já minha filha! Ou precisam de relembrar o que sou capaz de fazer? Seus filhos podem ser minhas próximas vitimas, o que acham?

– Seu desgraçado!!! Eu te mato! – Meu pai se enfurece e não é para menos. Eu próprio tenho meus punhos cerrados. Snow gargalha alto. Então faz-se luz na minha cabeça e saio a correr da sala feito louco. Este teatro todo de Snow era apenas uma manobra de diversão. Se ele sabia que Katniss estava aqui ele não estaria naquela cadeira gargalhando. A não ser que ele estivesse planeando algo. Vejo Gale no meu encalço e percebo que ele desvendou o mesmo. Chegámos à cela mesmo quando uma explosão abate sobre ela. Ouvimos Katniss gritar e quando abrimos a porta vemos a explosão tombar a sua cadeira com ela junto para o lado fazendo ela bater a cabeça no chão. As chamas tentam alcançar a morena e eu começo a desamarrar ela enquanto Gale vigia o lado de fora. Katniss tosse descontroladamente devido ao fumo. Ouço uma outra bomba deflagrar. Pego em Katniss no colo e a levo para fora.

– Eles nos bloquearam o caminho para a sala de controlo. – Gale informa. Seguimos então pelo outro lado. Nos movemos o mais depressa possível mas uma outra bomba deflagra bem nas nossas costas nos levando os três ao chão. Arquejo e olho em volta- Três explosões e as três na mesma área? Isso não fazia qualquer sentido. Eu e Gale nos forçamos a levantar e Katniss tenta também se levantar. Eu faço ela apoiar-se em mim e Gale. Quando ela se dá conta da presença dela sua boca se retorce em dor e confusão. Gale olha para ela em jeito de culpa e nos forçamos em frente. Dois guardas aparecem em nossa frente e não eram dos nossos. Snow mandou reforços para resgatar a sua filha.

– Peeta, leva-a daqui. Eu trato deles. – Gale assegura enquanto saca de uma arma da cintura por baixo da camisa branca. Eu não espero por nada e continuo a mover-me com Katniss. O caminho que tomámos nos leva apenas para o exterior, mas é a única saída que temos. Quando estámos prestes a alcançar a porta, outro guarda aparece.

– Me entregue ela garoto! – Eu não tinha como escapar dessa. Eu não estava com minha arma. Não tinha como ripostar. A contragosto larguei Katniss e ela correu em direção a ele posicionando-se atrás. Ela deve achar-me um monstro. Claro, como eu não poderia ser um depois de tudo o que passei?

– Bem, Snow deu ordens para aniquilar todos que encontrássemos no caminho então tem uma boa viagem para o além loirinho.

Ele aponta a arma para mim e eu permaneço imóvel, à espera do meu destino. Katniss dá um soco no cara e ele larga a arma. Com reflexos rápidos ela pega na arma e dá dois tiros no cara o deixando morto no chão. Ela tenta controlar a respiração e depois aponta a arma para mim. Eu continuo a olhar nos seus olhos cinza tempestuosos enquanto ela vai dando pequenos passos para trás até alcançar a saída.

– Me desculpe – ela murmura e sai correndo ainda de arma em punho.


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Notas finais do capítulo

O que acharam meus lindos? Apanharam algum pormenor deste capítulo? Não? Dou-vos uma pista. Atentos neste excerto do texto: "Três explosões e as três na mesma área? Isso não fazia qualquer sentido.". Não vos diz nada kkkkk Não digo mais nada.
espero que tenham gostado. Beijos fofos



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