Coincidências Ou Destino? escrita por Everlak


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Lindos e lindas, senhores e senhoras, cá está mais um capítulo fresquinho, acabado de sair do forno. Ficou um pouco mais longo que os outros mas acho que vocês nem darão por isso quando começarem a ler. Capítulo dedicado a AryCullenJackson que tem devorado minhas fics como se fossem bolo de chocolate kkkkk
espero que algumas dúvidas se dissipem neste capítulo, mas é claro que existem ainda vários misterios a desvendar muhahahaha
boa Leitura!



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POV Peeta

Meu pai assobia alto para colocar odem no local. Todos se calam e ele se prepara para falar.

– Plutarch – ele começa – você está certo em dizer que era seu filho. Porém, está errado ao mesmo tempo.

– Como assim? – perguntamos todos ao mesmo tempo confusos.

– Não é um filho, mas sim uma filha.

– Uma filha? – Glimmer pergunta – Melhor ainda, mais fácil de extorquir informações.

– Eles vão demorar a chegar? – Inquiro.

– Ainda vão demorar uns 10 minutos.

– Então eu vou ao andar de baixo tomar um café e já volto. Glim ,você quer vir?

Ela assente e vem atrás de mim enlaçando sua mão na minha. Eu puxo sua mão até que a acolho em um abraço e continuamos a andar dessa forma. Lá em baixo peço para a garota de serviço dois cafés bem fortes. Ficamos os dois em silencio a beber nosso café, mergulhados em nossos pensamentos. Quanto a Glimmer não sei mas eu só pensava em como poderia tirar informações da garota. Eu não tinha nada contra a garota mas faria qualquer coisa para atingir seu pai. Nesse momento ouço gritos vindos da escadaria. Eles chegaram. Eu e Glimmer saímos da cozinha a tempo de ver quatro guardas agarrando uma garota de cabeça tapada que se debatia freneticamente. Ela era uma lutadora. Provavelmente não era tão inocente quanto eu pensava, talvez estivesse também envolvida nos negócios negros do pai. Os guardas fizeram um esforço desgraçado para conseguirem levá-la para cima. Glimmer começou a subir as escadas mas eu me mantive no mesmo local onde me encontrava. A loira percebeu e voltou para trás.

– Peeta, estás bem? – Ela perguntou preocupada.

– Eu não sei… Esperámos tanto tempo por este momento e agora… Agora eu não sei se tenho a coragem suficiente para encarar os fantasmas do passado. – Confessei

– Eu entendo amor. Eu tenho a sensação. Fazemos assim, iremos passar por isso juntos, combinado? – ela tentou me animar. Sorri fracamente e beijei sua bochecha. Ela enlaçou seu braço no meu e subimos juntos. Parámos um segundo em frente à porta onde uma gritaria reinava e respirei fundo antes de entrar.

– É ela? – Questionei sem rodeios olhando para a garota agarrada à cadeira e ainda debatendo-se. Ela não se deixaria render sem luta pelos vistos. Ainda não tinham retirado o capuz.

– Não sabemos. – Plutarch sublinhou.

– Como assim? – Antes que alguém me pudesse responder a garota começou aos pontapés sem alvo especifico e acertou em cheio num dos guardas que caiu ao chão urrando de dor. Um outro guarda veio em auxilio e deu um murro tão forte na garota que vi sua cabeça tombar ligeiramente para o lado. Ela havia desmaiado ou algo pior. Fiquei furioso – Você é louco? Nós precisamos dela viva para nos dar as informações que precisamos.

Gritei e me lancei sobre ele agarrando o seu pescoço vendo ele ficar roxo. Ele era mais forte e alto que eu mas a raiva e adrenalina se apoderara de mim. Ouvi Glimmer gritar atrás de mim para largar ele. Eu acabei por largar e o cara se encostou à parede branca tentando recuperar sua respiração. Glim suspirou aliviada quando ouviu a garota na cadeira soltar um pequeno lamúrio, sua voz chorosa. A loira se aproximou e retirou o capuz da garota com cuidado para analisar o estrago feito na menina. Prendi minha respiração ao vê-la. Sua cara estava bastante inchada, imagina daqui a algumas horas. Seu olho esquerdo já nem abria. Meu pai se aproximou da garota.

– Garota, olha para mim – ele pediu com uma voz calma tentando transmitir tranquilidade para ela. Ele achava a bondade e generosidade a melhor arma. – Me diga seu nome ou eles não pararão até você o fazer.

– E-eu – ela tentou com a voz ainda chorosa. Eu permanecia estático – J-Johanna M-Mason.

– Não é ela – Meu pai declarou. Eu ergui a sobrancelha à espera de uma explicação. – Os guardas voltaram com duas garotas. As encontraram juntas e como não tinham conhecimento da aparência dela, trouxeram as duas.

– E como sabe que não é ela? – Apontei para a Johanna – Ele pode ter falsificado o sobrenome dela só para não a conseguirmos localizar.

– Mason é um dos nossos colaboradores mais fiéis – Meu pai sussurrou para mim para a morena não conseguir ouvir – Aliás, ele vai ficar furioso quando souber o que fizéssemos com sua filha.

– Onde está a outra garota?

– Está na sala ao lado mas está inanimada. Alguém teve a brilhante ideia de lhe dar com um taco na cabeça. – Cashmere está com ela.

– Então eu vou até ela. Não vou deixar minha mãe sozinha com a garota. – Glim acenou e saiu para a outra sala.

– O que fazemos com Johanna? – A garota tinha desistido de lutar e tinha dificuldade em respirar.

– Boggs! – Meu pai chamou e logo o guarda se materializou a nosso lado – Leve ela para a enfermaria. Não a liberem sem minha ordem, entendido?

– Sim senhor Mellark – Boggs pegou na morena ao colo e a desapareceu com ela em direção à enfermaria.

– Haymitch, Peeta! – Cashmere apareceu ao nosso lado. – Ela acordou.

Sem demoras, fomos os três para a sala ao lado. Ao contrário da outra, esta não lutava, não gritava. Apenas soluçava confusa e assustada.

– Hum, tem a certeza que é ela? – Glim torceu o nariz.

– Porque pergunta isso? – Sua mãe, Cashmere exige.

– Bem, a outra era lutadora! Era corajosa. Olha para essa! Para suas roupas! Ela parece ser uma patricinha, uma garota sem noção. É só a minha opinião, não parece nada ser filha de quem é.

– Pai tire de uma vez o capuz da garota e ficaremos já a saber. – declaro. Me dou conta que não estamos todos presentes. – Onde está Plutarch?

– Ele está em chamada com o filho. O garoto parecia bem furioso com algo mas enfim, ele sempre tiveram suas desavenças. – Ele encolhe os ombros.- Filho, dou a você a honra.

Olho em volta e todos assentem em concordância para que seja eu a fazê-lo. Olho para Glimmer em busca de algum apoio e ela não me desilude. Ela murmura um “você é capaz”. Me forço para a frente com pequenos passos e vejo a filha do cara que odiei toda a minha vida se encolher ao sentir a aproximação. Seus soluços redobram e eu não sou capaz de tirar o capuz. Saio a passos largos da sala. Quando estou ainda a meio caminho ouço Cashmere bufar e andar em direcção à garota.

– Por favor, não me façam mal! Por favor! – Eu gelo ao ouvir aquela voz. Eu conheço aquela voz de algum lugar. Giro em meus calcanhares a tempo de ver a mãe de Glim retirar o capuz e quando ela o faz perco a respiração. Como assim? Não, é impossível ser ela. Não pode ser ela. Ela é a garota indefesa e frágil que eu ajudei em minha festa, a garota que me fez esquecer todos os problemas apenas numa tarde de conversa. Aquela a quem eu magoei com palavras idiotas. Aquela era Katniss.

– Como você se chama? – Glimmer perguntou, não percebendo minha reacção. Katniss não respondeu. Ela ainda não abrira os olhos e eu temia o momento em que ela o faria. A loira deu-lhe um estalo. Meu corpo todo reagiu à cena. A garota amarrada gemeu mas continuou quieta e em silêncio. – Qual- é- seu – Nome?

Glimmer exige à morena mas a garota teimosamente continua calada. Por favor fala ou minha namorada irá fazer você falar à força! Glim lhe dá outro estalo desta vez mais forte e eu não consigo evitar,

– Katniss! Ela se chama Katniss Everdeen – solto antes que ela seja torturada. Todos olham para mim atónitos. Glimmer olha para mim com descrença. Ao ouvir minha voz Katniss abre os olhos e sua cara se transforma numa máscara de choque. Lágrimas ameaçam cair pelas bochechas vermelhas. Eu olho para o chão a fim de evitar seu olhar. Como uma pessoa doce como ela poderia ser filha de uma serpente tão venenosa. Provavelmente era só uma mascara, para se misturar, para passar despercebida. Raiva subiu por meu rosto pela morena à minha frente.

– Gale tinha razão! – Ela fala pela primeira vez fazendo todos olhar para ela – Você não o que parece e você não presta – ela cospe, com as lágrimas já caindo livremente.

– Como é que é? – Glimmer grita perplexa olhando de mim para Katniss – Gale?

– Ele mesmo – suspiro. Essa história está cada vez mais complexa.

– Aquele idiota! – Ela grita. – Idiota! Idiota!

– Glimmer, já chega. Falarei com Plutarch agora e o colocarei a par das novidades. – Meu pai repreende minha namorada e sua mãe torce o nariz contrariada. – agora todos para fora. Mais tarde viremos aqui de novo.

Glimmer saiu logo vociferando. Ela se sentia enganada mas não foi isso que aconteceu. Katniss é que nos enganou a todos. Uma atriz digna de óscar. Sua mãe saiu logo também e eu a seguir sem olhar para trás. Eu ia descer as escadas mas meu pai me para colocando sua mão no meu ombro.

– Agora me explica de onde você conhece essa garota. – sua voz era severa.

– Gale a trouxe para minha festa na mansão uns dias atrás – confessei

– Gale? Gale é amigo dela? – Meu pai perguntou sem qualquer expressão ou emoção.

– Seu melhor amigo – confirmei. - Mas acho que ele nunca imaginaria quem ela é de verdade.

– Eu acredito que não – meu pai fala pensativo – temos de o chamar aqui agora. Talvez ele possa nos ajudar.

– Não precisa de chamar ninguém não! Eu estou aqui. – Gale apareceu com sua cara corada de raiva. - Mas não direi porra nenhuma para nenhum de vocês! Cadê meu pai?

– Plutarch está na sala de comandos – Meu pai decide ignorar os comentários dele, pelo menos por agora.

– Falarei com ele depois! Agora eu quero saber o que vocês fizeram com Katniss e Johanna? Acham que é raptando minha melhor amiga que me convencerão a eu voltar para cá? Estão muito enganados! Só provaram para mim o que eu já pensava. Que vocês são uns monstros, tal como Snow! – Gale estava nervoso, isso estava bem visível para qualquer um.

– Chega Gale! – Plutarch gritou saindo dos comandos e se aproximando do filho apontando o dedo em seu peito – Nada te dá o direito de falares assim! Eu não te eduquei assim!

– Pois não! – Gale se exasperou – Me educaste para ser uma máquina de morte implacável, sedento de vingança. Acontece que eu não sou assim! Eu quero Katniss AGORA!

– Gale ela não está aqui por sua causa – tentei acalmar ele mas ele pareceu ficar ainda mais bravo.

– Você também está metido nisso Mellark? – ele falou devagar tentando conter a fúria que atravessava seu corpo – Como foi capaz? Você conheceu ela! Você sabe o quão frágil ela é e coloca numa situação dessas?

– Ela não é quem você pensa! – explico elevando o tom, mas não a ponto de gritar. – Ela é uma mentirosa, uma pessoa sem escrúpulos!

– O que você está dizendo? – O moreno se lança sobre mim mas Plutarch e Haymitch o seguram – ME SOLTA! ME SOLTA!!

Eles o levam para um dos quartos do andar e o obrigam a sentar-se e acalmar. Ele apoia os cotovelos nos joelhos e enterra a cabeça entre seus braços.

– Filho, eu sei que isso pode ser difícil para você mas Katniss não é realmente a garota que você conheceu ou que achava conhecer. – Seu pai se senta ao seu lado enquanto eu me encosto na beirada da porta. – Ela é filha do Snow.

– Isso não é possível, ela não tem maldade alguma em sua essência! Ela é amorosa, doce demais para ser filha desse canalha. – ele soluça. Eu não imagino como deve estar sendo difícil para Gale. Katniss sempre foi o apoio de Gale, a pessoa que o ligava à realidade, ao mundo em si e o desconectava do terror e vingança que emanava nas nossas três famílias. Foi por ela que ele decidiu sair daqui o quanto antes e viver com sua mãe longe disso tudo. Ao contrário de mim e Glimmer, ele não sentia fazer parte disso. Mas agora é como que se o seu chão tivesse desabado. Ela provavelmente foi só uma manobra de diversão para afastar Gale. Provavelmente ela viria atrás de mim a seguir e por fim Glimmer. Ela era uma isca e Gale havia caído que nem um patinho. E eu provavelmente também teria caído.

E pensar que ainda esta manhã me sentia culpado por a ter ofendido. Ela não era a vítima aqui. Ela era a lembrança do que seu pai era capaz.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Ou acharam muito seca? me digam o que acharam! beijos fofos!!!



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