Turn escrita por Fernanda Redfield


Capítulo 1
Turn


Notas iniciais do capítulo

Boa madrugada, galerinha!

Sei que estou devendo milhares de atualizações. Mas o tempo não deixa, muito menos a inspiração deixa. Mas estou trabalhando nisso, EU PROMETO!

Essa one-shot surgiu com uma boa música (Turn, Travis) após uma boa leitura e uma excelente ideia... Espero que gostem!

Boa leitura!



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1. “I want to see what people saw. I want to feel like I felt before. I like to see the kingdom come. I want to feel forever Young. I want to sing, to sing my song. I want to live in a world where I belong. I want to live. I will survive...”

O pequeno rolete de papel pardo em suas mãos, devida e elegantemente selado em cera vermelha, com o brasão de Yale marcado para sempre, não só naquele diploma, como em seu futuro.

Finalmente conseguira. Com os olhos fechados, silenciando todos os gritos animados, as risadas e os choros emocionados... Podia sentir, lentamente, algo dentro de si crescer e um peso ser tirado de seus ombros. Pode, depois de tanto tempo (tempo que sequer se lembrava), tirar o peso de suas costas e, enfim, respirar fundo.

E quando abriu os olhos, foi um mundo totalmente diferente que foi apresentado para si. Surpreendentemente, as cores tornaram-se muito mais brilhantes do que ela se lembrara. Assim como os sons estavam muito mais perceptíveis e as sensações de tato, olfato e paladar pareciam muito mais agradáveis.

Aquele pequeno e improvável pedaço de papel, firmemente apertado em suas mãos, mudara tudo. Finalmente. Ela pegou-se sorrindo de verdade e não se surpreendeu quando as lágrimas chegaram aos seus olhos e ela observou a si chorar e rir, tudo ao mesmo tempo. Tanta intensidade e tanta dubiedade de emoções nunca fizeram parte de si. Mas, sentindo-as agora, parecia que elas estavam presas dentro de si. Presas por tempo demais.

Ainda em estado de torpor e alegria, rompeu o lacre de cera e desenrolou o rolo de papel pardo. As mãos não tremiam, mas elas fraquejaram quando seus olhos leram as primeiras linhas do seu atual diploma em Artes Cênicas pela Universidade de Yale.

Ela conseguira, finalmente. Era real, estava ali para todos verem.

Mas, pela primeira vez, sentiu como se não quisesse ser vista. Aquele diploma, assim como a sua nova visão de mundo, eram conquistas suas e de mais ninguém. Não existia ninguém a quem mostrar sua atual conquista, mas, talvez, fosse exatamente esse o ponto que a tornava tão doce e inesquecível.

Resumindo todas as sensações em uma única expressão: sentia-se viva, como nunca.

2. “And I believe that it won't be very long. If we turn, turn, turn, turn, turn... Then we might learn.”

Caminhou por entre as pessoas que se abraçavam, por entre os risos e as expressões de gratificações. E não invejou ninguém dessa vez. Não era como se não sentisse falta de alguém naquele momento, mas era como senão precisasse. Aquele momento era somente dela e ela já estivera dependente e viciada em muitas pessoas durante sua vida.

Ela não se lembrava de se sentir assim, tão independente, desde... Sempre.

Sempre dependente dos outros, da aprovação dos outros, especificamente. E descobrira, não tarde demais, esperava, que fazer a vontade do que vem de dentro realmente valia a pena. O que tinha dentro de si, essa sensação de completude, de eterno e de real era somente dela. E por isso ela continuava a rir, porque não tinha mais nada que ela devesse aos outros. Ela só devia a si mesma agora e daqui para frente. E a dívida era alta, ela sabia.

Negara por tanto tempo quem fora, negara por tanto tempo o que sentira e se calara na maioria das vezes em que poderia ter feito a diferença, assim como falara quando deveria ter deixado suas palavras morrerem em sua garganta... Mas, finalmente, mudara. Ela podia sentir os segmentos da mudança por todo seu corpo.

Não sabia quanto tempo durara, nem se demorara... Mas o resultado? Ah, esse era ótimo. Agora, ela deixara de ter fome e inveja e finalmente sentia-se saciada e satisfeita.

3. “So where's the stars? Up in the Sky. And what's the moon? A big balloon... We'll never know unless we grow. There's so much world outside the door!”

As suas coisas estavam empacotadas. Sua cama estava desfeita, somente o colchão repousava sobre as armações de madeira. O quarto de aspecto antigo que fora seu lar durante aqueles anos parecia, estranhamente, desconhecido agora.

Olhou pela janela por tempo o bastante para saber que o mundo parecia muito mais conhecido agora. Parecia que todas as suas esperanças finalmente deixaram de ser inseguranças e perguntas sem respostas... Elas finalmente tornaram-se sonhos, buscas e metas.

“Para onde vai agora, Quinn?” Sua companheira de quarto, uma ruiva de aparência punk chamada Lexie, perguntou um pouco desconfortável. Quinn não se virou para ela e nem precisou, sabia muito bem que a punk estava segurando-se para manter-se séria e compenetrada, sem demonstrar que a saudade já estava apertando. Quinn sorriu, sentia exatamente o mesmo.

Uma amizade que nasceu quando, talvez, ela começara a mudar. É talvez fosse essa a razão de ela ser tão especial a ponto de, nesse momento de partida, tornar-se amarga e preciosa.

Quinn coçou a nuca, os cabelos loiros ainda estavam curtos e sabia que esse corte poderia ter sido o primeiro sinal de sua mudança, respirou fundo e colocou as mãos nos bolsos traseiros da calça jeans. Piscou algumas vezes para os jardins de Yale que se estendiam ao longo de sua janela e respondeu:

“Ainda não sei, Lexie. O mundo parece tão grande agora, mas, ao mesmo tempo, eu tenho tanto o que fazer... Honestamente? Não sei nem por onde começar.”

Lexie deu uma risada rouca, típico de quando ela desdenhava das divagações excessivamente profundas e existenciais de Quinn. A loira, imediatamente, virou-se para ela, a encarar os piercings no nariz e sobrancelhas e o cabelo ruivo moicano, espetado. Lexie calou-se imediatamente e as duas trocaram um olhar cúmplice, a punk suspirou e, sincera, disse:

“Acho que deveria deixar seus sonhos te guiarem ao menos por agora. Tem coisas que deveriam ficar no passado. Você sabe disso.”

“E quando foi que você ficou tão esperta?” Quinn perguntou brincalhona, mas as palavras ainda estavam ecoando em sua cabeça, porque ela sabia que Lexie estava certa. Essa aparente mudança em suas sensações exigia que ela fizesse um favor a si e deixasse os erros no passado, ao menos por agora.

Era hora de ser feliz, não era?

“Passei os últimos anos convivendo com a melhor quando se trata de experiências e conselhos.” Lexie murmurou com a voz embargada e as lágrimas chegando aos olhos, Quinn sorriu tristemente e se aproximou dela, envolvendo-a em um abraço apertado. “Eu vou sentir sua falta, Quinn.”

Era a primeira vez que escutava aquilo. Nem mesmo quando saíra de Lima e enfiara-se em um caminho sem volta para o mundo, alguém sentira sua falta.

As mudanças começaram bem antes e não pararam. Tudo conduziu àquele momento. Após todo esse tempo, Quinn finalmente sentiu que marcara a vida de alguém da melhor forma possível.

4. “I want to sing, to sing my song I want to live in a world where I'll be strong. I want to live... I will survive!”

Paris nunca lhe pareceu tão mágica, mesmo pelos livros ou pelos filmes franceses aos quais assistira e que, na época do colégio, nunca pode admitir. Ninguém sabia que ela amava aquela cidade e aquela cultura. E, depois de algum tempo, Quinn tinha que admitir que deveria ter dividido com alguém.

Mas ela nunca fora de dividir, nunca fora de ter alguém ao seu lado... Sempre orbitava entre as Cheerios e o Glee, sem nunca realmente pertencer a algum desses grupos tão opostos. No fim das contas, depois de tanto tempo, Quinn chega à conclusão que a sua reputação era uma mera fachada. A verdadeira loser e deslocada naquela história toda era ela mesma.

No momento isso não importava tanto assim. Não fora por maldade que desaparecera no mundo com seus livros, sua máquina fotográfica e seu caderno de poesia. Fora por puro acaso, ela precisava abrir mão de certas coisas e se redescobrir.

E compreendera que a melhor viagem, a melhor travessia, era aquela que fazia por dentro de si mesma.

Estava verdadeiramente feliz e não era momentaneamente. Era real, era palpável. Estava impresso no brilho de seus olhos e no seu sorriso aberto e escancarado. O tempo estava fazendo bem a ela, estava curando e, ao mesmo tempo, regenerando tudo que estava quebrado e remendado dentro dela.

Quinn sentia como se tivesse fazendo sentido, pela primeira vez.

“Não sente saudades de casa, americana?” Phillipe perguntou sorrindo, com aquele sotaque francês charmoso permeando o seu inglês. Quinn virou-se para ele, abaixando os óculos de sol que usava e sorriu, não sabia a resposta daquela pergunta. Deixou curtir mais um pouco os raios solares e apertou a grama do parque entre os dedos, depois, suspirou e respondeu:

“Passei tanto tempo perdida dentro de mim que realmente não sei onde é minha casa. Afinal, este não deveria ser um lugar onde eu, supostamente, poderia descansar minha cabeça e meus ossos?1 Não me sinto assim em lugar algum. Talvez eu sinta quando viajo... Aliás, talvez o mundo seja a minha verdadeira casa.”

Phillipe remexeu-se incomodado ao lado de Quinn, ele não a compreendia completamente. Conheceram-se ao acaso, quando Phillipe a flagrara tirando uma foto de si em um café parisiense enquanto lia. A conexão foi instantânea, mas ele sabia que logo Quinn ia desaparecer. Ela era assim, ele sabia que ela era assim. Ele podia ver nos olhos dela o quanto ela queria conhecer do mundo. O francês esticou as pernas na grama e rebateu:

“Está confundindo as coisas, americana. Você está falando de um lar. Isso é muito mais profundo do que uma casa. Não sente falta dos Estados Unidos?”

Quinn pensou, mas não foi pela saudade de casa e sim, pelo conceito de lar. Nunca tivera um, nem um lar e nem uma casa. O mundo parecia muito mais acolhedor agora do que era antes, quando vivia em Lima. Observou algumas crianças correrem pelo parque e, em seguida, virou-se para Phillipe que a observava atento e curioso. A loira jogou a franja para trás e respondeu rindo:

“Eu não posso sentir falta daquilo que não tive, quando se trata de um lar. E dos Estados Unidos não sinto falta, não agora. Quem sabe daqui uns 10 ou 20 anos. Eu só sinto falta do passado, mas não uma saudade e sim, um arrependimento. Deveria ter mudado certas coisas quando tive oportunidade.”

Phillipe escutou o amargo que havia na voz dela. Nunca presenciou Quinn daquela forma. Ela sempre irradiava otimismo e inteligência em todas as suas conversas. Mas agora, ela parecia distante e fria, como se existisse algo que ela não gostava dentro de si e que, ás vezes, vinha à superfície trazendo o pior.

Phillipe aproximou-se dela e, sem jeito, colocou o braço bronzeado sobre os ombros dela e a trouxe para perto. Quinn gargalhou embaraçada, mas agarrou o braço dele com carinho enquanto ele lhe beijava o topo da cabeça. Phillipe suspirou e disse tranqüilo:

“Não sei o que aconteceu contigo, americana. Mas eu realmente te admiro. Tu vas me manquer.2”

“Como sabe que eu vou embora?” Quinn perguntou tristonha enquanto abraçava aquele francês desajeitado e engraçado que tornara-se seu amigo do nada, mais uma conquista que viera depois daquela estranha mudança em sua vida. Phillipe gargalhou e Quinn sentiu o peito dele movimentar-se, o rapaz beijou-lhe de novo a têmpora e disse sincero:

“Ao contrário do que você pensa, você tem um lar, mon petit.3”

5. “And I believe that it won't be very long. If we turn, turn, turn, turn... And if we turn, turn, turn, turn... Then we might learn... Turn, turn, turn, turn.”

Nova York estava tão barulhenta e tão desconhecida. Caminhar por aquelas ruas movimentadíssimas parecia ser uma péssima ideia e carregar uma surrada mochila de viagem, sabem saber muito para onde ir, tornava a ideia pior ainda.

Quinn olhou para a placa acima de sua cabeça: Sétima Avenida.

Ótimo, pensou ironicamente. Ela sequer sabia onde ficava a Primeira Avenida.

Não queria pensar muito em como viera parar ali. Simplesmente acontecera. Andava muito impulsiva nos últimos anos e, assim que aterrissou nos Estados Unidos depois de um longo período, a primeira cidade que lhe veio à cabeça foi essa.

Ignorou a chuva, os resmungos em suas costas e a sua completa perdidão na metrópole. Fez o que sempre fazia quando estava sem saber para onde ir: simplesmente caminhou. Atravessou ruas, quase foi atropelada pelos tradicionais táxis amarelos e esbarrou em pessoas que ignoraram seus pedidos de desculpa. Mas continuou a caminhar, naquela sua busca incessante por algo que ela não sabia o que era.

Apertou a alça da mochila e diminuiu a passada, seus coturnos estavam machucando seus tornozelos e seu jeans estava pesado por estar molhado pela chuva. Sem mencionar no fino casaco que não estava fazendo um bom trabalho, grudado friamente a sua pele. Quase parou e sentou-se na calçada. Abaixou-se para amarrar o cadarço de seu coturno quando alguém esbarrou, derrubando-a de cara em uma poça de água.

Quinn levantou-se rapidamente, sem resmungar e sem reclamar. Estava diferentemente polida e educada em cada gesto. Estendeu a mão para ajudar a mulher que estava desequilibrando-se na calçada molhada.

“Desculpe, eu estava distraída.”

“Não há problema, não é como se eu fosse me molhar mais...” A mulher respondeu mal-humorada, a ironia em sua voz quase não deixou que Quinn a reconhecesse. Mas os olhos castanhos expressivos bastaram, estes se arregalaram quando encontraram a fronte da loira. Imóveis e ainda se segurando. “Quinn? É você?”

“Ah... Olá Rachel.” Quinn respondeu desconfortável, olhando para os próprios pés e observando as gotas de chuva molharem o vão de cimento entre seus pés. Os cadarços desamarrados estavam em conflito com os altos scarpins de Rachel. Alguma coisa parecia fora de lugar ali.

Era estranho reencontrar alguém após tanto tempo tendo amigos em cada porto e aeroporto que chegava. Qual era a chance de reencontrar uma pessoa de seu colégio em uma metrópole como Nova York? Nenhuma chance em caso de pessoas comuns, infinitas oportunidades quando se tratava de algo tão mutável quanto Quinn Fabray e Rachel Berry.

“Como você está?! Você desapareceu!” O tom acusatório na voz de Rachel fez com que Quinn recuasse um passo, estranhamente envergonhada e atingida. Desde quando Rachel a atingia daquela forma? Pela primeira vez, Quinn não gostou muito das mudanças que a atingiram. Rachel não obteve resposta e bateu pé, ansiosa. “Quer dizer, já faz quase 10 anos... Por onde esteve?”

“Yale, França, Inglaterra, Irlanda... É difícil dizer.” Quinn respondeu evasiva, querendo sair correndo dali a todo e qualquer custo. Estava sentido-se ameaçada por Rachel. Olhando-a mais atentamente, mas sem chegar aos olhos, pode perceber que as roupas mudaram.

Rachel parecia ter alcançado a Broadway. Seu sobretudo caro dava a entender isso, assim como os anéis de brilhante nos seus dedos. Quinn sorriu timidamente, sentindo-se feliz pelas conquistas da antiga colega. Observou os dedos de Rachel tornarem-se brancos ao apertar o cabo do guarda-chuva. Ela estava irritada e, pior, curiosa.

“Realmente é difícil procurar. Eu e Finn, assim como os outros, procuramos você por toda parte.” Rachel bronqueou um pouco indignada, Quinn finalmente a olhou e sentiu-se ainda mais intimidada. Estava exposta a Rachel, finalmente e sentia-se fraca, como nunca. “Sabe? Sentimos sua falta.”

Quinn não pode lidar muito bem com aquela informação, porque não sabia se ela era realmente real. A loira sorriu de lado e desviou o olhar, apanhou a surrada mochila de viagem e jogou-a em seu ombro direito. Depois, respirou fundo e trêmula, disse:

“Pois eu estou bem, Rachel. Fiquei feliz em revê-la, mas eu preciso ir.”

“Para onde você vai?” Rachel sequer deixou-a virar-se e já questionou. Quinn pode ver o desespero e a ânsia nos olhos dela, aquilo apertou-lhe lá dentro, tão fundo que chegou a machucar. Não deveria estar daquela forma, já estava acostumada a deixar as pessoas para trás, não as usava, tampouco as tinha. Era uma espécie de mantra daquela nova Quinn. A loira suspirou e alguém esbarrou nela antes que ela dissesse:

“Não sei, para outro lugar. Outra cidade. Outro país. O mesmo de sempre.”

“Já cogitou voltar? Eu não falo mais com os outros, mas eu realmente sinto a sua falta. Achei que tivéssemos prometido ficar em contato.” Rachel respondeu incisiva e insistente, lembrando em muito a Rachel Berry do ensino médio. Quinn arqueou a sobrancelha e aquele gesto familiar, há muito esquecido, que denotava toda a sua arrogância, veio à tona.

Quinn a olhou intensamente e percebeu quando Rachel encolheu. Gostaria de ler nas entrelinhas e saber, de fato, o que Rachel queria dela. Talvez, aquele subtexto todo entre elas permanecera e as coisas e pessoas não haviam mudado tanto assim. Quinn observou a chuva continuar a cair e, desconfortável, disse:

“Eu não tenho para onde voltar. E essa foi mais uma das minhas promessas não-cumpridas.”

“Mais uma não, a primeira.” Rachel respondeu com um sorriso de lado, nada lembrando aquele sorriso brilhante que ofuscava tudo. Quinn fez uma careta confusa, observando-a se aproximar. “Você nunca quebrou promessas comigo, exceto essa. E sim, você tem para onde voltar ou, pelo menos, vir nessa noite. Passe a noite em casa, será um prazer.”

Quinn tentou negar o convite. Mas foi em vão. Rachel rompeu a distância entre elas e a envolveu em um abraço tão caloroso que ela não pode negar.

Imediatamente, seu corpo relaxou após tanto tempo. Deixou-se levar e abraçou de volta, satisfeita e preenchida. Mas não de uma forma que sempre quer mais, como tinha vivido nós últimos 10 anos viajando pelo mundo. Mas de uma forma que não quer mais nada, verdadeiramente satisfeita. Querendo ficar, gostando de não mais mudar.

6. “And if we turn, turn, turn, turn.. Then we might learn, learn to turn.”

E depois de tanto tempo procurando as razões, elas já não mais existiam.

Naquele curto tempo de um abraço, Quinn lembrou-se de Phillippe. Sim, ela tinha um lar. Fora nele que mudara a ponto de enxergar a pessoa por trás da aparência agressiva de Lexie e fazê-la dela sua amiga. Fora nesse mesmo lar que ela permitiu-se mudar e permitiu-se enfrentar o mundo, viver seus sonhos, conquistar suas batalhas...

E aquele lar estava ali, em seus braços. Não precisava mais mudar, muito menos procurar no mundo o que tinha em um abraço.

Estava em casa, finalmente. Mudara, mas retornara.

Finalmente.

THE END

Notas:

1. Trecho baseado em “Home” de Gabrielle Aplin.

2. “Vou sentir sua falta.”

3. “Minha pequena.”


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Notas finais do capítulo

Bem... Essa one é uma declaração de amor, antes de tudo. Eu realmente amo a Quinn, talvez seja uma das minhas personagens preferidas all the time e a forma como a sub-utilizaram na série foi muito decepcionante para mim. Não sei se é o carisma da Dianna, ou o subtexto da personagem... Mas ela é simplesmente incrível e eu quis, por meio dessa fanfic, resumir toda a complexidade que eu imaginei existir nela.

Espero que eu tenha conseguido, espero que vocês tenham compreendido minhas palavras aqui. De verdade.


No mais...
Esqueçam minhas promessas quebradas e comentem, por favor?

Saudades de vocês.
FerRedfield