Heavenly Hell escrita por Ju Benning


Capítulo 6
Linha de Investigação


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Primeiramente, muito obrigada pelos comentários no cap Denvers! Amei todos eles e fiquei muito grata a todos. Você me animam ainda mais a continuar com esse retorno que me dão.
Eu pretendia ter postado mais cedo esse cap, mas o Nyah saiu do ar e eu só que vi que tinha voltado agora... por isso, com eu disse nas respostas que dei a vocês...

tchan, tchan, tchan...

aqui está o novíssimo capítulo de Heavenly Hell!

Boa leitura. Nos vemos lá em baixo. beijinhos.

P.S 1.: Por falar no cap Denvers, eu respondi todos os comentários gente, mas provavelmente vcs não verão a resposta pq o capítulo foi postado em duplicada no site e quando a gênia aqui foi apagar o cap a mais, apaguei sem querer o que tinha os comentários! Por tanto, mil desculpas. Fiquei com vontade bater com a cabeça na parede, sério! Mas uma coisa é fato, eu amei cada palavra de vcs! Mais um vez: dsclp. :'(

P.S 2.: Cap um pouco maior pra vc hj :)



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—- Céus. -- Disse Bobby um tanto incrédulo ao final do que contaram os garotos -- Vocês tiraram fotos desses símbolos? --

—- Sim. -- Disse Sam mostrando as imagens no celular -- Você reconhece alguma coisa? --

Bobby ficou sério, sua expressão se desmanchou um pouco

—- Sim. -- Ele afirmou seco.

—- O que há de errado com eles? -- Perguntou Dean de cenho franzido.

—- Há alguns anos, eu estava num lugar longe daqui, na cidade grande, num buraco bem underground e cheio de criaturas esquisitas. Eu estava com Simon, creio que a última vez que saímos juntos. -- Bobby sorriu um pouco -- em um desses lugares, havia uma saleta, eu nem sei como eu fui parar lá, eu estava bêbado. Haviam livros, muitos livros velhos, encapados à couro... em um deles haviam estes símbolos. --

Algo parecia incomodar Bobby.

—- O que havia de especial? --

—- Eu não diria especial, eu diria errado! -- Bobby quase exclamou -- Ele não deveria existir... Era um Grimório, mas não de bruxas, de feiticeiras. E até onde eu sabia, feiticeiras não tem Grimórios. --

—- E elas não são a mesma coisa? -- Dean perguntou confuso.

—- Não Dean, há uma diferença histórica entre Bruxas e Feiticeiras... e elas se irritam em serem confundidas... -- Explicou Sam.

—- Sam está certo. Embora não seja disso que eu estou falando... -- Bobby recolocou o boné -- Escutem. Toda essa divisão que há hoje, essa que o Sammy falou, é apenas uma bobagem, são todas bruxas, só que as que se intitulam feiticeiras não fazem o mal, há uma certa competição... – Bobby respirou fundo – Mas pelo pouco que vi, estas do livro que continha os símbolos eram de fato muito diferentes! Não têm nada a ver com as recalcadas que temos por aqui. –

—- Diferentes como... -- Dean incentivou

—- Eu não faço a mínima ideia, esse livro era de uma coleção de raridades que ficava nesse lugar onde eu estava. -- Bobby suspirou -- Não tive a oportunidade de ler, apenas folheei um pouco. – Bebeu um pouco de sua cerveja – Aquele era provavelmente o único e acho que infelizmente não vamos mais tê-lo em mãos para entender do que se tratam essas criaturas... --

—- Mas, por que? -- Perguntou Sam.

—- Porque naquela noite o lugar pegou fogo... -- Bobby tinha uma expressão engraçada.

—- Bobby Singer... -- Disse Dean de maneira engraçada.

—- Não me olhem assim, estávamos todos bêbados! --

—- Ótimo. -- Criticou Dean.

—- Mas, não sobrou nada? Nada que se aproveite? -- Sam indagou.

—- Eu não sei, filho... -- Disse Bobby balançando a cabeça -- Ouvi dizer que o lugar reabriu, mas não sei se salvaram algo ou se é uma coleção nova... --

—- Bem, é um começo... -- Dean ponderou -- Já enxergo algum sentido aqui. Os símbolos das paredes do esconderijo, pertencem às feiticeiras especiais do livro que Bobby viu. -- Dean recapitulava e de repente sua expressão se iluminou, como se ele houvesse percebido algo -- E a voz que ouvimos procurava por uma maldita feiticeira... -- Ele exclamou.

—- Talvez seja a voz de um demônio Dean! -- Exclamou Sammy.

—- Mas não havia ninguém lá... -- Disse o outro.

—- Exatamente! -- Sam falou recebendo olhares interrogadores dos outros -- Percebam. Bobby nos disse que um demônio manteve Andreia refém muitos anos atrás e ele se queixou de não poder atravessar uma barreira, por isso precisava de outro para agir! -- Sam fez uma pausa, ele ria um pouco -- Essa voz, pode ser desse mesmo demônio, que não pode atravessar essa barreira e então mandou seus cães do inferno para buscar o que ele quer, aparentemente essa tal feiticeira! --

—- Sammy, você é um gênio. -- Dean disse o olhando engraçado. -- Mas mesmo assim tudo ainda é vago. -- Dean abriu mais uma long neck -- E Andreia, que saberia explicar tudo, está bem morta. --

Um pouco de silêncio se fez na sala.

—- E Emanuel? -- Sam falou de repente -- Bobby, você algum dia ouviu falar nesse cara novamente? Ele pode ser a chave de tudo, já que ele derrotou esse tal demônio... -- Sam falava animado, quando foi interrompida por Melissa, que já vestida, descia as escadas com os cabelos encharcados, ela não tinha uma expressão das melhores.

—- Sinto lhes decepcionar -- Ela falou se aproximando -- Mas Emanuel sumiu faz exatamente uma semana. -- Melissa deu de ombros.

—- Como assim sumiu? Vocês conviveram com ele? -- Bobby perguntou.

—- Não a vida toda, mas desde que meu pai morreu, ele foi bem presente. Era muito maluco, mas minha mãe e irmã gostavam dele e pelo que vejo, já que essas coisas de demônios e sei lá o que, existem mesmo, ele devia ser alguém importante, ou muito bom nisso, ou melhor, contra isso. -- Melissa esfregou as têmporas e sentou na cadeira ao lado de Dean, que se obrigou a parar de olhá-la -- Depois que ele sumiu minha mãe surtou, nenhuma de nós saia do Rancho para nada. Era como se, sem ele, estivéssemos vulneráveis. -- Contou Melissa.

Os outros três se olharam, aquela informação fazia muito sentido, Emanuel era, de fato, uma proteção. Pelo menos ao que tudo indicava.

—- E vocês não tinham nenhuma pista a respeito do paradeiro dele? -- Perguntou Sam.

—- Não. Nenhuma. -- Melissa balançou a cabeça negativamente -- Ele sumiu como fumaça. --

—- Isso não podia ser assim fácil, Sammy... - Dean falou sem muito humor.

—- Vejo que os Sherlocks já tem uma linha de investigação! -- Ela se forçou a curvar os lábios -- Mas e "Catarina"? Já sabem o que isso significa? --

Depois do que acontecera no banho, Melissa estava cismada com esse nome, tinha alguma coisa ali.

—- Catarina? -- Perguntou Bobby;

—- Não contaram a ele sobre o nome no espelho? -- Melissa perguntou quase indignada.

Os Winchesters se olharam culpados.

—- Sem problema... eu conto -- Disse Melissa suspirando -- Esse nome estava escrito à sangue no espelho da sala de jantar da minha casa. --

—- Catarina, Catarina... -- Bobby repetia o nome pensativo -- Não me remete à nada. --

—- À nós também não. -- Disseram os irmãos.

—- A mim lembra. Minha consciência se agita com esse nome -- Era verdade, e a garota não se referia apenas às imagens desconexas que não lhe pertenciam, mas sim a algo de verdade. Ela já ouvira falar naquele nome antes -- Mas eu não faço a mínima ideia do porquê. Eu sei que já ouvi, mas não faço ideia de onde... -- Ela parecia um pouco irritada -- É confuso. --

—- Calma, Melissa -- Disse Sam -- Já temos um começo. --

—- Nós vamos desvendar tudo, eu lhe prometi e vou cumprir. -- Dean disse colocando a mão sobre o ombro da garota, que sorriu um pouco, encarando os olhos verdes dele.

A conversa continuou bem e Melissa já começava a entender e acreditar no sobrenatural, ou pelo menos estava de mente aberta.

Mas os Winchester deveriam estar preparados para a reação dela quando soubesse...

—- Vocês o que? -- Ela exclamou estupefata.

—- Era isso, ou todos nós iríamos morrer! --

—- Vocês explodiram a minha casa, sem a minha permissão, comigo dentro? -- Ela estava transtornada -- E o pior, porque o meu cavalo "mandou" -- Ela desenhou aspas no ar -- Pelos céus, ele é um cavalo e não o Maguiver! Eu poderia ter morrido junto! Sem falar que era a minha casa! Vocês são loucos. -- Ele esfregou os próprios cabelos.

—- Mel... tente ficar calma. -- Bobby pediu.

—- Calma? -- Ela perguntou incrédula -- Como assim "calma" ? Eu já perdi a minha família hoje e como se isso não fosse o suficiente... a minha casa foi pelos ares. -- Ela ficou de pé. -- Agora o que vai explodir é a minha cabeça... -- Ela apertou a nuca.

—- Eu sinto muito. -- Disse Sam -- Não tivemos escolha --

Melissa respirou fundo por algum tempo, com o olhar fixado no nada.

—- É, eu sei, me desculpem por ter sido rude. Esqueçam o que eu disse... tive um dia péssimo, se é que é assim que se define o dia em que se perdeu tudo... acho que eu preciso de ar. -- Ela disse, se virando para a saída da pequena casa.

Pegou uma garrafa de vodka no mini bar, sorriu erguendo a garrafa e saiu, indo se sentar no topo de uma das pilhas de carros dali.

Ficou em silêncio, olhando Noite pastar um pouco.

xx

Algum tempo se passou e a garota ainda estava do lado de fora.

Dean disse a Sam e Bobby que fossem dormir, ele ficaria olhando ela por enquanto.

Ele respirou fundo e como se algo o empurrasse até ela, ele foi ao encontro da garota.

—- Olhando a Lua? -- Dean perguntou parado embaixo da pilha de carro na qual ela estava sentada.

—- Um pouco... -- Ela falou com a voz arrastada, dando mais um gole na garrafa -- Na verdade, eu prefiro observar o Noite. -- Ela indicou o animal, que se exibia um pouco mais à frente.

—- Um alazão bonito. -- Dean falou, olhando o animal.

—- Não é um alazão. É um Mustangue! -- Ela falou, com uma voz engraçada. Não chegava a estar bêbada, mas não estava normal também.

—- Ah não? -- Dean se interessou, ou fingiu, para dar continuidade a conversa.

—- Sobe aqui que eu explico. -- Ela disse batendo na lateria do capô do carro sobre o qual sentava.

Dean, obviamente, não recusou a proposta e com certa rapidez, logo estava lá com ela.

—- Muito bem. Aqui eu estou. -- Ele sorriu, observando-a, ainda mais linda à luz da Lua. E embora ele não soubesse, Melissa pensava o mesmo.

—- Alazão é uma pelagem. Marron. Existem vários tons do Alazão. Mas não é uma raça -- Ela sorriu estendendo a garrafa a Dean, que aceitou e deu um longo gole -- O Noite é um Mustangue, acho que ele era selvagem. Meu pai não o comprou, ele simplesmente apareceu lá no Rancho e eu ou morria ou ficava com ele. -- Ela deu de ombros rindo.

—- Você gosta de cavalos, não é? -- Dean perguntou.

—- Ah sim! -- Ela confirmou -- Eu queria ser veterinária, na verdade. Mas pelo visto, caçadora é o que me resta. --

—- Family business. -- Disse Dean rindo e devolvendo a garrafa a ela -- Você é forte pra álcool. -- Constatou ele observando o tanto que ela já havia bebido -- Nessa velocidade de bebida, já deveria ter caído. --

—- Eu nunca fiquei completamente bêbada na minha vida! Isso nunca aconteceu -- Ela estava engraçada, daquele jeito levemente alterada -- O máximo que eu fico é assim, e olhe que eu já me esforcei bastante! Mas não rola. -- Ela deu de ombros -- Acho que tenho fígado de aço. --

—- Sorte a sua. -- Dean sorriu e voltou a observar o cavalo fazer mais uma de suas graças -- Você escolheu o nome dele? -- Perguntou Dean apontando o animal.

—- Sim. -- Ela riu -- Eu tive um sonho estranho na noite que ele apareceu, nesse sonho o nome dele era Noite! -- Ela ria de si mesma, sabia que havia soado estúpida.

—- Não me diga que no seu sonho ele tinha asas... -- Dean debochou um pouco.

—- Tudo bem, se você não quer ouvir, eu não digo! -- Ela deu de ombros, rindo.

Conversaram por mais algum tempo, o tempo da garrafa, quando a vodka acabou, os dois entraram. Dean a ajudou a descer da pilha de carros e um daqueles momentos constrangedores de muita proximidade e olhos nos olhos aconteceu. Se afastaram sem jeito e rindo um pouco, entraram em casa. Trocaram um breve "Boa noite". Dean ficou olhando-a até que ela sumiu pela porta e a fechou, Melissa sorriu ao girar o trinco, "Dean Winchester... maravilhoso!" pensou a vodka...

A garota riu do pensamento e deitou-se na cama confortável, não tardou a dormir.

Também não tardou a rever o sonho de anos atrás quando Noite entrou em sua vida.

Havia uma campina dourada e vasta, um severo vento balançava o capim de um lado para o outro com violência. A chuva caia com força sem nunca tocar o chão, muitos raios clareavam o céu.

Um grito de desespero ecoou pela campina. Era uma mulher, ela corria.

—- Noite! --

Sem demora o Mustangue que voava tão rápido que quase não era possível vê-lo, pousou próximo a mulher, que usava um vestido branco de costas nuas e fendas ousadas na saia, em ambas as laterais, ela não parecia se importar com a pele alva à mostra. Melissa não via seu rosto, mas arriscava dizer que era a criatura mais bela que já vislumbrara em sua vida.

A mulher segurou na crina do cavalo e o abraçou pelo pescoço. Melissa podia sentir seu desespero.

A garota acordou num supetão. Quando tivera aquele sonho dez anos atrás, não tinha percebido as emoções contidas nele. Eram fortes... ela não sabia explicar, mas se sentiu ligada a ele, de alguma forma...


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Notas finais do capítulo

E aí, gente? Esse cap clareou o céu de vocês? Alguém tem palpite? COmentário? Pergunta? Fiquem à vontade adoro saber o que se passa na cabecinha de vocês!

SIm, aviso rápido, to mais folgada esses dias, não vou precisar de mais mil dias pra postar! Por isso, marquem em suas agendas! O capítulo 7 sai dia 26 deste mês, quentinho para todos vocês :)

Avisos dados, espero que tenham gostado do que leram. Me deixe saber o que pensam, como vocês sabem, ajuda muito na motivação! Obrigada por lerem, gente!

2bjs e a todos e até a próxima



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