Positivo escrita por Black Butterfly


Capítulo 34
Capítulo 34 - Nem Tudo é o Que Parece


Notas iniciais do capítulo

Explicações no final do capítulo!

*.* Capítulo dedicado a bella haruno, por estar sempre me ligando e me perguntando se eu estava escrevendo. Obrigada pela força amiga! Até doente juntas nós ficamos(isso foi praga amiga!)

Boa leitura!



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Capítulo 34 – Nem Tudo é o Que Parece

Acordei meia desorientada, olhando para todos os lados, tentando certificar de que aquilo tudo não passava de um grande pesadelo. Não queria acreditar naquilo. Não podia ser Jessica naquele carro. Não depois de tudo o que ela passou. Não depois de tudo o que ela disse. Ela não podia estar naquele carro com Mike.

Sai correndo para a sala e encontrei Edward e minha mãe com um celular na mão. Eles pareciam estar tão preocupados quanto eu. Então tudo aquilo era verdade?!

-Droga, ela não atende o celular! - Renée exclamou fechando o telefone, sendo seguida por Edward.

-A mãe de Jessica disse que ela havia saído mais cedo. Parece que ia ao cinema com um rapaz, mas ela não disse o nome dele – Edward disse se sentando.

-Ela só pode estar mentindo! A Sra. Stanley sempre foi a maior fofoqueira da cidade. Será que ela não sabe mesmo quem saiu com a sua única filha? - minha mãe perguntou indignada.

-Depois dos últimos acontecimentos acho que ela não se importava muito com o que estava bem debaixo do seu nariz – Minha mãe parou um pouco depois das palavras de Edward. Talvez ela tenha se lembrado de nossa conversa e chegado a conclusão de que as vezes não queremos abrir os olhos para as coisas que estão acontecendo diante de você.

-Jessica não faria isso. Não pode ser ela dentro do carro. Mas... Que outra pessoa poderia estar no baile com Mike alem de Jessica?!

Já haviam se passado alguns minutos e nada de derem alguma informação. Já estávamos mais que nervosos quando os gêmeos começaram a chorar. Edward e eu fomos para cima pegar os bebês enquanto minha mãe tentava ligar para meu pai, para saber de algo. Os bebês estavam agitados. Como se soubessem que algo de ruim estivesse acontecendo. Se eles soubessem...

-Calma, Bella! Vai ficar tudo bem. Não tem sentido Jessica estar no carro com Mike. Os garotos devem ter se confundido – Eu esperava sinceramente que ele estivesse certo. Não que eu queira que outra pessoa sofra, mas é aquilo. Sempre esperamos que nada aconteça com as pessoas que conhecemos. O que era meio impossível numa cidade tão pequena como aquela.

Uma hora se passou e nada de noticias. O celular de Jessica parecia estar desligado e meu pai ainda não tinha ligado para confirmar nossas suspeitas, nos deixando ainda mais nervosos. Queria acreditar que não era Jessica naquele carro, mas diante das circunstancias ela era a única opção.

Estava perdida em meus pensamentos, quando de repente o telefone toca. Minha mãe rapidamente correu para atender na esperança de fosse noticias. E foi ai que minha ficha caiu como um balde d'água. Eu não queria saber. Não queria receber noticias. Queria pensar não aconteceu nada com ela. Torcia para que aquele telefone fosse de algum familiar apenas querendo saber como estavam as crianças. Mas meu pequeno conto de fadas acabou no momento que minha mãe falou o nome do meu pai segundos depois de ter atendido o telefone.

-Charlie?! Então, o que aconteceu? Era mesmo Jessica que estava no carro? Ahn.. - Renée olhou para mim. Seu rosto que demostrava aflição, de repente teve um leve alivio, para logo em seguida ficar pasma – tem certeza?

-Mãe... O que aconteceu?

-Renée... É mesmo Jessica que estava com Mike?

-Ok, ok – minha mãe respondeu a Charlie no telefone e depois de algumas palavras desligou o telefone se virando em nossa direção.

-Então...?

-Não era Jessica que estava no carro...

-Oh, meu Deus! - abracei Edward fortemente e me desmanchei em lágrimas.

-Espera, espera. Se o garoto disse que viu a garota com ele no baile... Então... quem era a passageira? - Depois da pergunta de Edward petrifiquei. O baile era fechado para os estudantes. Fora os alunos, só era permitido a entrada dos pares de fora da escola, os professores e os acompanhantes. Mas o par de Mike era Jessica. E se o garoto viu ele com outra, era provável que fosse da escola.

-Quem era, mãe? - perguntei ainda com meu rosto no peito de Edward.

-...-Minha mãe respirou fundo e disse – Mallory. Lauren Mallory era a garota que estava com Mike no carro.

CHARLIE POV

Já fazia duas horas que me encontrava no hospital. A garota, Lauren Mallory como descobrimos logo após a entrada no hospital, se encontrava em coma na UTI e não se tinha muitas esperanças para ela. Percebi isso apesar de o doutor Cullen dizer aos pais da garota que ela tinha muitas chances de sobreviver e que estavam fazendo de tudo para salva-lá. Não duvidava da capacidade dos médicos e que tentariam de tudo, mas já vi muitos acidentes automobilísticos e a maioria das pessoas não sobreviviam a baques como aqueles. Era até um milagre que a garota ainda estivesse viva. Mas além de tentar salvar vidas, os médicos ainda tinham que dar apoio a família, os tranquilizando de todas as formas, mesmo com algumas irrealidades.

Quanto ao Newton, o desgraçado havia apenas batido a cabeça e saído de alguns ferimentos. Por isso teríamos que esperar ele fazer todos os exames para poder leva-lo para prisão. Pelo menos isso me satisfazia. Como o garoto já estava com 18 anos a justiça poderia ser feita. Foram encontrado 3 garrafas de vodca pela metade, além de outras bebidas, como cerveja, whisky, entre outros. Isso sem falar no estado em que o garoto se encontrava. Totalmente embriagado. A garota também não estava limpa. Eles estavam prontos para uma festinha particular.

O garoto não perdia tempo. Traiu minha filha com sua melhor amiga e depois ainda traiu essa mesma garota com uma colega de classe. Só que essa – infelizmente – talvez não tenha tempo para passar a bola para a próxima.

BELLA POV

Estávamos sentados no sofá com os bebês no colo que haviam acordado com toda essa confusão. Queríamos ir ao hospital, mas não tínhamos coragem. Ninguém tinha conseguido entrar em contato com Jessica ainda. E o fato de ser Lauren no carro havia nos deixado pasmos. Lauren nunca havia demostrado que gostava de Mike. Já Mike... Bom, aquele ali iria atrás de qualquer rabo de saia que o desse atenção. Mas o que mais me surpreendia era que nunca houve um indicio de que os dois estivessem tendo algo. Se bem que se eu não houvesse entrado na casa de Mike daquele jeito a alguns meses atrás acho que demoraria para descobrir que eu estava sendo traída.

-Não consigo acreditar que Mike e Lauren estivessem tendo um caso. É algo meio impossível – Edward disse – Eu sei que não tinha muita intimidade com os dois... Na verdade nem eramos amigos, mas... Caramba, quantas vezes já vi Lauren falando mal do Mike?!

-Dizem que a linha entre o amor e o ódio andam juntas. Talvez aquilo fosse desejo reprimido – falei descrente de minhas próprias palavras. Tinha algo de errado nisso – Lauren considerava Mike um fracassado. Não acho que ela tenha mudado de opinião assim tão rápido.

-Concordo.

-Crianças, acho melhor vocês irem comer. Com toda essa confusão acabamos esquecendo do jantar – Minha mãe disse se levantando – Ahn. Já decidiram se vão ao hospital? Eu posso ficar com as crianças para vocês. Se não, acho que já vou para casa pois já está tarde.

-Não se preocupe, mãe. Vamos ficar bem. Alias, prendemos a senhora aqui por muito tempo – Falei também me levantando – Edward me passa as mamadeiras que vou colocar lá na cozinha, por favor.

-Toma – Edward me passou as mamadeiras, e se despediu de Renée, subindo logo em seguida para colocar Alef de volta no berço. Fui para cozinha com minha mãe e com Melani no colo. Ela estava bem agitada e demostrava que não iria se aquietar por um bom tempo.

-Mãe, se a senhora quiser ficar sinta-se a vontade. Não temos quarto disponível, mas acho que conseguimos dar um jeito.

-Não, querida. Não precisa. Acho melhor ir para casa. Você e Edward precisam de um tempo sozinhos. Alias... Não quis contar antes pois acho melhor você mesma contar para ele.

-O que, mãe?

-Bom, você sabe que Mike já é maior de idade e...

-E que ele estava dirigindo bêbado, não?! Olha, mãe, já estou cansada do Mike. Só acho que ele deveria ter ficado mais esperto depois do que aconteceu. Mas eu não sou a mãe dele e não tenho nada a ver com isso. Eu fui apenas um caso na vida dele e demorou para mim tomar vergonha na cara e ver que o que eu sentia por ele não era amor. Agora se ele não tomou vergonha na cara para perceber o que fez de errado. Eu só lamento!

-Fico tão feliz que tenha superado isso tudo. Mas... Odeio admitir isso mas ele ainda é o pai dos sues filhos. Você tem que resolver isso tudo com ele. E essa é a hora – Renée olhou pro meus olhos e em seguida para Melani – Dirigir bêbado e causar uma possível morte de alguém, se a justiçar for feita, ele não vai ficar livre por nem mais um minuto. E você sabe disso.

-A justiça vai ser feita mãe. Pode ter certeza disso.

-Ahh, Bella. Você não imagina o quanto tenho orgulho de você – Mamãe disse sorrindo – Vá! Vá falar com Edward, querida. Até mais.

-Até mais, mãe.

Depois de levar minha mãe a porta, coloquei Melani no carrinho e comecei a arrumar a mesa para o jantar – apesar do clima ter me deixado com pouca fome. Assim que coloquei o ultimo prato na mesa, Edward apeceu com uma aparência cansada e sonolenta.

-Com sono?

-Um pouco. O dia hoje foi bem cansativo e cheio de surpresas – Edward disse se sentando – O professor de trigonometria ainda decidiu passar um teste surpresa e acho que me ferrei. Mas o mais estranho é que isso foi a coisa mais calma do meu dia.

-Ahn. Edward... Minha mãe ficou meio que com vergonha de dizer na sua frente... É bem capaz de Mike ficar preso por um tempinho; se a justiça for feita; ela achou que eu deveria saber, mas... - Eu nem ao menos sabia por que estava falando aquilo, mas achei melhor desabafar de uma vez – Mike esteve aqui hoje. Eu só queria que você soubesse.

-O que ele queria? - Pensei em contar tudo para ele. Contar que talvez Tânya tivesse colocado aquele recado no banheiro, mas depois de saber sobre Lauren eu não sabia mais de nada.

-Nada. Só atazanar minha vida – Não deixei de falar a verdade. Mike tinha ido lá para me atazanar. O negocio do espelho já era outra história – Mamãe acha que devo resolver logo meu problema com Mike.

-Nosso problema. Bella, não basta apenas colocar meu nome na certidão deles – Edward suspirou e depois completou – Quero que eles sejam meus filhos legalmente e não que pareça que fomos impulsivos e que simplesmente colocamos meu nome no lugar de outro como adolescentes desajuizados. Quero adotar as crianças como meus filhos. Pensa bem. Vai ser melhor para nós dois. Assim Mike não vai poder mais nos infernizar. Ele não vai ter direito nenhum sobre a criança. Pode parecer egoismo meu, mas devemos aproveitar essa oportunidade. Mike não terá nenhum direito depois do que fez. Ainda mais sendo a segunda vez que isso acontece. Vai ser melhor para nós e as crianças, Bella. Bem melhor.

Pensei no que Edward havia dito. Ele tinha razão. Se acontecesse algo comigo, nunca me perdoaria se meus filhos fossem ficar com Mike, mesmo diante de todas as circunstâncias. Já tinha visto muitos casos assim e o padrasto das crianças na maioria das vezes perdia a guarda. Mesmo em casos em que os pais nunca haviam contribuído para nada na vida dos filhos ainda conseguiam se safar. E isso não aconteceria com meus filhos.

-Precisamos falar com Mike para ver se ele aceita isso facilmente. Se não... Arranjamos um advogado e resolvemos isso – Falei de uma vez só. Edward assentiu e jantamos em silêncio. Depois de um tempo, o clima estava um pouco tenso. Suspire falando – Sinto muito pelo teste.

~ ~ x ~ ~

Acordamos cedo e decidimos ir ao hospital. Apesar de Lauren e eu não sermos intimas, ela ainda era uma colega de classe e sua família estava precisando de apoio. Mesmo que Lauren não soubesse de nossa visita ou não ligasse para isso parecia que tinha obrigação para ir ao hospital. Meu corpo parecia que estava sendo atraido para lá.

-Eu não me lembro como são os pais de Lauren, Bella. Você tem uma ideia de como eles são? - Edward me perguntou, me ajudando a colocar os bebês no carrinho.

-Lauren é a cara do pai. Então, se você encontrar a versão masculina dela, pode ter certeza que encontramos o Sr. e a Sra. Mallory.

-Tudo bem. Então, vamos! Depois vou aproveitar e falar com meu pai. Sabe, estou pensando em arrumar um emprego. Pra não precisar ficar pedindo ajuda aos nossos pais.

-Nem fala! Se eu pudesse arrumar um emprego em que eu pudesse ficar com as crianças. Iria ser uma benção.

-É, nós realmente estamos precisando de um milagre. Mas não queria que você trabalhasse agora. Você iria se cansar muito. E cansaço faz comermos menos, o que nos deixar com a energia baixa, o que nos deixa doente, e nos...

-Ok, ok! Rsrsrs. Edward, eu já entendi. Mas seria bom encontrar. Sabe, serve até para distrair – Falei enquanto olhava ao redor procurando os Mallory – não estou os vend... Aii! Cuidado, garoto!

-Desculpa, tia! - Falou um menininho de uns 4 anos com o rosto todo sujo de chocolate – Foi sem quele.

-Ounnn. Que fofo! Mas você não deveria estar andando por aqui sozinho – Olhei ao redor para ver se encontrava algum adulto por ali, mas só tinha duas enfermeiras.

-Sabe onde estão os seus pais? - Edward perguntou bagunçando todo o cabelo do garoto.

-Sei não, tio! Meus papais estavam cholando po causa da minha imã, aí eu fui complar um chocolate pala alega todo mundoooo – E disse coçando a cabeça em confusão – Acho que esqueci onde eles estavam.

-É mais parece que chocolate não sobreviveu a ida a cantina, não?! - Falei rindo.

-É! Mas é que eu complei só uma. Ela o que meu dinheilo dava pala paga. Tava booomm.

-Nossa, que homenzinho bom, Edward! Ele comprou o chocolate com o próprio dinheiro.

-Fico contente que pelo menos alguem aqui está em boas condições financeiras – Edward disse sorrindo – Não quer dividir, não?

-Ihh, tio! Minha mesada é pequena, mas a da minha imã é bem godinha. Pena que ela tá doidoi! O calo que ela tava bateu.

-Ahh! - De repente a ficha caiu. Ele devia ser o irmão da Lauren.

-Então, pequenino, qual é o nome de sua irmã? - Edward perguntou, mas senti que ele já soubesse a pergunta.

Laulen.

-E qual é o seu nome? - perguntei.

-Ah, meu nome é Coly e eu já tenho quase isso aqui – ele esticou sua mãozinha mostrando os cinco dedos – Sou glande, né!?

-Enooooorrrme – Edward disse sorrindo – Mas mesmo um homenzinho tão grande como você não pode ficar solto por ai. Vamos. Seus pais devem estar preocupados.

Fomos para a recepção e perguntamos sobre os Mallory. Parece que eles estavam na igrejinha do hospital desde que receberam a noticia de que a situação da filha não era muito boa. Assim que entramos na pequena igreja vimos o único casal que havia no local. Eles tinham os olhos vermelhos de lágrimas. Cada um estava em um canto do banco sem trocarem nem um olhar. Pelo visto nem tinham percebido a saída do filho mais novo.

-Mamãe, papai, voltei! O tio Ed e a tia Bella me trouxelam de volta.

Assim que o menino disse isso, os dois voltaram seus olhares para nós, percebendo finalmente que o filho havia saído. Rapidamente o pai abriu os braços para pegar o pequeno que sentou em seu colo todo sorridente, enquanto a mãe nem esboçou um sorriso para o filho, saindo do local logo em seguida.

Conversamos um pouco com o senhor Mallory, que nos pediu desculpa pela atitude da esposa. Deu para perceber claramente que o casamento não ia bem a tempos. Cory contava como havia nos encontrado, enquanto seu pai sorria para ele. Um sorriso que não atingia os meus olhos e nem o dele próprio, mas que parecia acalentar a pequena criança, que transformava seu pequeno relato em uma grande aventura.

-Senhor, Mallory, esperamos que Lauren melhore, mas infelizmente teremos que ir – Edward disse se levantando – Temos alguns assuntos para resolver ainda.

-Sim, sim. Claro – Ele respondeu meio perdido.

-Ahn, soubemos que Mike que vai ser preso. Pelo menos o senhor poderá descansar sabendo que aquele louco e irresponsável não vai sair ileso – eu pelo menos esperava que o deixassem preso e jogassem a chave fora, ao invés de lhe pagarem fiança.

-Se isso adiantasse. Eu sei que Lauren teve sua culpa no cartório. Ela nunca foi uma santa e de uns meses para cá andava meio estranha. Vivia presa no quarto falando no telefone. Pensei ser um namorado novo, mas não. Só comecei a ouvir telefonemas para Mike um tempo depois.

-Então o senhor sabia que eles estavam juntos? - Edward perguntou.

-Sim, sabia. Ouvi ela mencionar o nome dele algumas vezes. Só não sabia que era o Newton. Agora, a outra pessoa que ela começou a falar primeiro, aquela sim. Minha filha podia não ser uma flor que se cheire. Mas depois que começou os telefonemas com ela, Lauren mudou totalmente.

-O senhor sabe com quem? - perguntei.

-Não, não. Ela nunca falou o nome. Mas essa pessoa transformou minha filha em outra coisa.

-Cala a boca, Steve! - A senhora Mallory apareceu esbravejando – você não sabe nada de nossa filha.

-Eu não sei nada? Eu? - ele disse se levantando – Não sou eu que me preocupo mais com que roupa vai ficar melhor com aquele sapato e nem liga para os próprios filhos – Ele disse isso e saindo da igreja com seu filho. Edward olhou para mim me fazendo uma pergunta em silêncio. Assenti a cabeça que sim. A melhor coisa a fazer era ir embora imediatamente.

~ ~x ~ ~

Fomos para a casa dos Cullen e lá parecia que o clima também não estava muito bom. Nem Emmett estava fazendo suas costumeiras piadinhas. Todos já sabiam sobre o acidente de Mike e Lauren e estavam bem abalados. Acho que mais pelo fato de nunca pensarem que Lauren é quem estava no carro com aquele idiota. Falando nisso.

-OMG! - Gritei me levantando e indo pegar minha bolsa.

-O que foi, Bella? - Alice perguntou assustada.

-Depois que recebi a noticia de Lauren até me esqueci de ligar para a casa de Jessica para saber afinal onde ela estava.

-Verdade! Não conseguimos falar com ela a noite toda – Edward disse passando as mãos freneticamente pelos cabelos – Estávamos tão desesperados e de repente esquecemos disso como se fosse nada.

-Calma, meninos – Esme falou se levantando – se algo ruim tivesse acontecido, tenho certeza que já saberiam. Ela deve ter saído com alguem ontem. Só isso. - E a pergunta que vale um milhão de dólares era saiu com quem?

Busquei o número dela na agenda e logo ouvia o telefone chamando. No terceiro toque Jessica atendeu.

-Alô, Bella? Tudo bem? Desculpe não ter te ligado ontem. Cheguei mega cansada em casa.

-Oh, Jess! Não imagina o quanto estava preocupada com você – apesar de ter esquecido brevemente o fato – Onde você esteve ontem?

-Amiga, você não vai acreditar! Lembra quando eu te contei que eu e o Seth não ia dar certo e que eu só o via como um amigo e vice-versa.

-Sim, claro! Agora vocês são melhores amigos para sempre.

-Pois é! Acabei conhecendo um amigo dele, que meu Deus! Que homem! O nome dele é Paul, tem 22 anos, é alto, moreno, musculoso, tudo de bom e tem um filho de 2 anos. Não é demais!?

-Ele ter um filho?

-Não! Quer dizer... Também. O filho dele é uma gracinha. Se chama Jared. Parece uma mini versão dele. É muito fofo!

-Já está pensando em virar madrasta, Jess? - Perguntei rindo. Estava feliz por ela estar assim. E acho que todo esse encanto pelo rapaz era mais pelo filho dele. Depois que ela perdeu o bebê, ela se faz de forte, mas sei que é uma verdadeira manteiga derretida.

-Ahhh, Bella, você sabe que eu adoro crianças, mas infelizmente acho que ele não vai querer algo mais sério comigo.

-Por que? - perguntei sentando.

-Ele acabou de sair de um relacionamento de 3 anos. Está um pouco decepcionado e magoado – Se fosse assim, eu era melhor eu virar freira, pois minha vida amorosa seria uma grande decepção.

-Jess, ele supera. E é melhor você ir logo a luta antes que outra pegue. Aproveita que ele está assim e lhe dê um ombro amigo. As vezes esse é o melhor jeito para atingir o coração.

Fiquei conversando mais alguns minutos com Jessica. Ela estava feliz e bem melhor do que antes. Tanto fisicamente, quanto mentalmente. Ela estava muito mais madura que antes. Parecia mais mulher.

-Ahhh. Fico tão feliz pela Jessica – Alice disse suspirando – Ela finalmente tomou jeito. Pena que a maioria das pessoas precisam levar um tapa para se ligar – O pior que ela estava certa. Eu mesma precisei tomar um grande tapa para ver como minha vida era uma verdadeira peça de teatro.

-Falando em tapa – Emmett disse – Souberam se Lauren está melhor?

-Parece que não houve melhoras – Edward respondeu – O estado dela é grave. É um verdadeiro milagre ela estar viva.

-Aii, gente! Vamos para com esse clima de funeral – Rose falou se levantando – Vocês estão me desanimando total! Vamos fazer uma coisa. Assistir um filme, ouvir música, fazer um bolo, bater a cabeça na parede, qualquer coisa.

-Quando Rose menciona “fazer bolo” é por que a situação está critica – Jasper disse espantado – Ela odeia cozinhar.

-Nossa, como está nossa situação? - Emm perguntou.

-Estão parecendo verdadeiros zumbis – ela disse cruzando os braços – E não aqueles zumbis de filmes de Hollywood, mas sim aqueles zumbis estilo teatro de colegial.

-Aii, que horror! - Alice exclamou – Eu não quero parecer uma zumbi no colegial. Licença que eu vou tomar outro banho para acordar e refazer minha maquiagem – Ela disse isso e saiu correndo para o quarto.

-Ok... Isso foi estranho – Emmett disse.

-Esqueceu que a Alice é estranha? - Edward disse recebendo uma almofadada de Jasper.

-Cuidado como fala da minha namorada!

Pouco tempo depois – para Allie é claro – Alice desceu alegremente vindo se sentar ao nosso lado no sofá. Com ela, havia vários DVDs de filmes românticos e alguns de comédias. Eu já estava prevendo a confusão.

-Então, que filme vamos assistir? - Alice perguntou.

-E quem disse que vamos assistir um filme? - Emmett perguntou.

-Eu estou dizendo! - ela disse fazendo uma cara maligna.

-Nossa, Alice! Você é pequena mais dá medo! - Kate disse entrando na sala com Irina.

-Kate, Irina, que saudades! - Esme disse aparecendo na sala com um pano de prato na mão – Já fazia um tempinho que vocês não apareciam, hein!

-Pois é, tia! Mas Dona Carmen colocou na cabeça que iriamos terminar de arrumar a biblioteca. E só agora conseguimos completar essa árdua tarefa – Irina disse se sentando – E quando mamãe coloca algo na cabeça ninguém tira. Ahh, Edward, mamãe mandou entregar – ela disse lhe entregando uma pasta azul.

-Ok, ok! Que filme vamos assistir? - Kate perguntou se esparramando no chão depois de pegar os filmes com a Alice.

-Quem disse que vamos assistir um filme? - Emmett perguntou novamente.

-A Alice disse! - Kate respondeu fazendo todos rirem.

Depois de pouca – muita – confusão, descidimos assistir 10 coisas que eu odeio em você. Eu adorava aquele filme, mas já havia um bom tempo que não o assistia. Alias, eu nem lembrava mais qual foi o ultimo filme que eu havia assistido. Esme havia feito pipoca e se juntado a nós, mas com uns vinte minutos de filme ela parou de assistir e saiu da sala. Na metade do filme olhei para o lado e percebi que atenção de Edward não estava no filme. E sim no papel que Irina havia trago.

-Edward – Sussurrei – Afinal de contas o que é isso?

-Lembra da nossa conversa de ontem – Ele sussurrou de volta – Sobre a adoção. Liguei hoje cedo para tia Carmen para pedir um conselho já que ela é advogada. Então ela me mandou essa documentação para mim ler. Eu só queria tirar algumas dúvidas.

-Acha que ela poderá nos ajudar com os papeis? - Perguntei, mas nem pude obter a resposta, já que Alef começava a chorar – Ahh, pode deixar que eu cuido dele. Vigie Melani está bem?

-Ok!

Peguei Alef no colo antes que ele acordasse sua irmã e fui para a cozinha. Esme se encontrava lá sentada na numa das cadeiras da bancada. Sua expressão de preocupação logo se suavizou quando nos viu.

-Olá, pequeninho! Como vai? - Esme disse brincando com a mão de Alef – Oh, Bella, a cada dia que passa ele está mais fofo.

-É, fofo e faminto! - Falei já me preparando para lhe dar de mamar.

-Está sendo muito difícil cuidar das belezinhas?

-Oh, nem imagine o quanto. Sabe, estava conversando ontem com Edward e... Acho que um trabalho me faria bem. Mas não quero deixar as crianças com outra pessoa. Quero ficar com meus filhos, mas também queria trabalhar sabe. Ajuda na renda de casa – Sorri amarelo para ela, que me encarava de forma acolhedora.

-Talvez você não precise deixa-os com outra pessoa, Bella – Olhei confusa para ela – Olha, eu sei como é ter crianças em casa e ter seu marido o dia todo em casa. Nossos olhos brilham cada vez que vemos algo novo. Ou que alguem aparece.

-Não sei se me conforta saber que não sou a única em sentir isso.

-Não conforta, mas é um sentimento de quase todas as mulheres. Bom, voltando ao trabalho. Eu tenho uma amiga que é dona de uma creche e que esta precisando de duas ajudantes e acho que seria o emprego perfeito para você. Tenho certeza que ela deixará você levar seus filhos. E você fará algo que já faz normalmente. Só que fora de casa.

-Trabalhar numa creche? - Falei abrindo um sorriso – Aii, Esme, se você conseguisse isso para mim.

-Mais tarde eu ligo para ela para acertar as coisas – ela disse sorrindo – Ahh, será que não tem uma amiga sua que não queira a outra vaga? É que o lugar está expandindo e pela quantidade de crianças é preciso de mais duas ajudantes.

-Acho que eu posso falar com Ângela. Ou Jessica. Mas não acho que vai ser vantagem. Elas passam quase o dia todo na escola. Mas eu vou procurar alguém que queria a outra vaga.

-Fico tão feliz que esteja animada com isso.

-Edward, também estava querendo um trabalho, mas acho que conciliar a escola, as crianças e trabalho não vai dar.

-Falando em escola. O que decidiu fazer com seus estudos, Bella – Esme me perguntou.

-Sinceramente, Esme, eu nem pensei nisso ainda. Eu não sei. O que acha que eu devo fazer?

-Não sei, querida. Já pensou num supletivo? - Supletivo?!

-Sabe, sempre sonhei em me formar com uma grande turma, onde eu vestiria uma beca que não ficaria bem em mim e que provavelmente iria cair do palco quando ganhasse o diploma. Mas agora, o que me importa mesmo é me formar.

-Você é uma boa garota, Bella. Meu filho tem certo de ter alguém como você.

-Obrigado!

Terminei de alimentar meu filho e o coloquei para soluçar. Como já tinha perdido uma boa parte do filme, preferi ficar na cozinha conversando com Esme. Conversamos sobre várias coisas. Sua adolescência, o início de namoro dela e de Carlisle, a minha infância e a vida em Forks antes dos Cullen – que havia mudado em muitas questões. Meia hora depois Esme ligou para a creche para conversar com sua amiga sobre o trabalho, marcando um entrevista para mim na segunda.

Poucos minutos depois do filme acabar escutei o som de um choro vindo da sala, para logo em seguida a cozinha ser preenchida por um leve murmurio de Edward entrando com Melani no colo. Ele cantava uma música que eu não reconhecia, mas parecia acalmar a pequena em seus braços.

-Bella, onde você colocou a bolsa das crianças? Acho que a gracinha aqui me preparou um grande surpresa.

-Nunca imaginei ver meu filho trocando fraudes – Esme disse emocionada – eu preciso pegar a câmera, me espere Edward!

-É isso ai, paizão! Vá pegar as coisas da pequena, pois acho que sua mãe não vai deixa-lo escapar – Falei sorrindo.

-Tenho certeza que não – Ele virou sua cabeça como se me estudasse e disse – Aconteceu algo enquanto eu estava na sala?

-Na verdade... aconteceu! Oh, Edward, tenho uma entrevista de emprego numa creche na segunda-feira. Isso não é demais?! - Falei quase quicando.

-Sério?!

-Aham! E parece que vou poder ficar com as crianças lá.

-Vou ficar torcendo para que dê certo! Pelo menos um de nós está tendo sorte.

-Olha, estava conversando com sua mãe e... Você tem certeza que vai conseguir conciliar trabalho, escola e as crianças? Você já disse que não se deu bem no teste. Acho melhor você esperar terminar de estudar. Vai ser melhor assim Edward.

-Pode ser melhor para o nosso futuro, mas tenho que me preocupar com nosso presente também.

-Eu sei que está. E eu também. E é por isso que o melhor a fazer por enquanto é se concentrar nos estudos. Vamos resolvendo as coisas calmamente. Não temos presa, não? - falei mas logo em seguida Melani retornou a chorar. Meio que a presa já havia batido na nossa porta a muito tempo.

-Edward, querido, a câmera já está aqui! Vamos que acho que Melani precisa trocar logo de frauda. Não é fofinha?! - Esme disse quicando como uma versão mais velha de Alice.

~ ~ x ~ ~

Voltamos para casa depois do jantar por insistência de Esme. Quando Carlisle chegou na hora do jantar, ele foi bombardeado por perguntas em relação a Lauren. Parece que ela ainda não tinha nenhum sinal de melhoras, e ninguém sabia quanto tempo ela ficaria assim. Na viagem de volta, Edward me contou sobre os papéis que sua tia havia mandado. E que amanhã mesmo ela poderia nos encontrar na delegacia – onde Mike ainda estava – para podermos assinar os documentos de adoção, o qual ela mesma faria.

Assim que chegamos em casa escutamos o telefone tocar insistentemente. Entrei rapidamente para atende-lo, enquanto Edward ficava lá fora com os bebês.

-Alô?

-Bella? É Alice!

-Allie! O que houve? Acabamos de sair daí.

-Oh, Bella! Papai foi chamado uns 10 minutos. Parece que o estado de Lauren piorou. O hospital ligou dizendo pro meu pai que os batimentos cardíacos dela estavam abaixando. Estavam tentando de tudo, mas... Acho que não vai resolver.

-Oh, meu Deus. O senhor Steve vai ficar péssimo com isso. Ele parecia um pouco culpado com toda essa situação.

-Olha, só liguei pois sei que apesar de tudo, você e Lauren eram amigas quando pequenas, está bem? Boa noite amiga! Durma bem!

-Boa noite, Alice!

Desliguei o telefone com aquelas palavras gravadas na minha cabeça. “ você e Lauren eram amigas quando pequenas”. Aquilo parecia até ter sido um sonho de tão distante que aquilo aconteceu. Quando foi mesmo que Lauren começou a se distanciar de seus verdadeiros amigos? Quando foi mesmo que ela tinha se tornado aquela pessoa tão fútil? Nem lembrava mais. Mas parecia que aquele tempo de bonecas e risadas havia acontecido em outras vidas, com outras pessoas, em outra época.

-Bella, o que houve? - Fui ajudar Edward com as crianças que ainda estavam do lado de fora no carrinho – quem era no telefone?

-Alice.

-Nós acabamos de sair de lá. Será que ela não consegue aguentar a fofoca até amanhã?

-Não... Ahn, parece que a pouco depois de sairmos de lá ligaram do hospital para seu pai. Lauren está piorando. Alice acha que ela provavelmente não sobreviva. Isso é tão estranho. Ela piorou tão... de repente!

-Bella, Isso não é algo previsível. Acontece quando ninguém menos espera. E já sabíamos que a situação dela não era boa.

-Sabe por que Alice ligou? Por que ela disse que eu e Lauren já fomos amigas quando pequenas – Respirei funfo e completei – Estudo com ela desde que minha mãe me levou para primeira vez numa escola e quer saber o que eu sinto? Nada! - Me sentei no chão e continuei – Quando fomos no hospital hoje, eu senti uma sensação estranha. Como se fosse meu dever, minha obrigação ir no hospital saber de Lauren, mas agora e não sinto nada. Será que eu sou uma pessoa tão ruim assim que não tem nem vontade de chorar por uma ex-amiga?

-Bella, Bella! Você não tem obrigação de nada. Não é por que você conhece aquela pessoa a anos você precisa chorar por ela ou lhe oferecer um ombro quando precisar. Isso não quer dizer que você não tem sentimentos, mas que o que você sentia por essa pessoa acabou. Tire esse peso que você colocou nas suas costas e encare a verdade. Essa Lauren que está no hospital nesse momento não é a mesma menina com quem você braincava.

-Então onde ela está, Edward? Onde ela estava esses anos todos? Não me diga que ela simplesmente sumiu... Assim... De repente.

-Talvez ela ainda estivesse ali. Escondida. Esperando alguem para tira-la daquela prisão. Ou talvez ela simplesmente morreu por desacreditar em si mesma.

-Será que ela achou que Mike era o cara que a tiraria da prisão?

-Não sei, Bella. Não sei.

Depois disso não trocamos nenhuma palavra. Guardamos o carrinho das crianças e logo em seguida a colocamos no berço para dormir. Queria desabar na cama e dormir até meus olhos não aguentarem mais ficarem fechados, mas Edward me puxou para o banheiro e me ajudou a tirar a roupa e me colocando debaixo do chuveiro, se chutando a mim logo em seguida. Demos banho um no outro sem nos importamos com o tempo. Estávamos fazendo aquilo que Edward havia dito. Estávamos tirando nossos pesos das costas. Não precisávamos daquilo tudo. Queríamos fazer coisas alem de nossas possibilidades até que alguém viesse nos dar um “tapa” e dizer chega. Acabou.

Terminamos o banho e caímos na cama enrolados na toalha mesmo. Um abraçado ao outro. Não queríamos saber de mais nada. Apenas de cair no mágico mundo dos sonhos.

~ ~ x ~ ~

Quando acordei no dia seguinte Edward já não se encontrava na cama. Fui ao banheiro fazer minha higiene e segui para o quarto das crianças., mas os berços já estavam vazios. Fui para a cozinha já esperando que alguém aparecesse gritando “ahá”, pois isso estava parecendo uma pegadinha. A casa estava silenciosa. O que era estranho a essa hora do dia onde se tem duas crianças recém-nascidas.

Perto da cozinha comecei a ouvir barulhos de panela e murmúrios de bebês. E qual foi minha surpresa ao ver Edward fazendo o café da manhã só de cueca, enquanto os bebês estavam no carrinho?!

-OMG! Acordei em algum universo alternativo e ninguém me avisou? - Falei me apoiando na porta.

-Pois é, baby! Foi a mesma coisa que eu pensei quando acordei – Edward falou enquanto virava o bacon.

-Por que? Finalmente sua ficha caiu de estar casado comigo e se decepcionou? - Falei me aproximando.

-Isso nunca! - Ele disse beijando levemente meus lábios – Jura que você não percebeu? Bella, esse é um momento histórico em nossas vidas.

-Ahn, estamos fazendo aniversário ou alguma coisa do tipo?

-Não. Ainda não. Mas hoje vai ser conhecido como o primeiro dia em que as crianças dormiram a noite toda! Não é, dorminhocos?! - ele perguntou virando pra os bebês que nos encaravam com os olhos arregalados.

-Ounnn. Sério?! Que mãe desnaturada a de vocês! Eu nem percebi que eles dormiram a noite toda! Será que vai ser assim de agora em diante? - Perguntei séria, mas cai de risadas logo em seguida – Ok, acho que exagerei.

-É, mas uma noite já está ótimo! - Eu estava com tanto sono que nem seria capaz de me levantar.

-Alias, por que não me acordou? Vocês três queriam passar essa manhã maravilhosa sem mim?

-Claro que não, meu amor! Mas você estava tão serena dormindo. Não tive coragem de te acordar. Se nem os bebês fizeram isso, não seria eu a fazer.

-Rsrsrs. Ok, ok! Mas o que acha se depois do café irmos ao parque? Acho que não vai chover pela manhã – Falei olhando pela janela. Eu simplesmente queria esquecer das coisas difíceis da vida por hoje. Amanhã eu podia encarar a realidade. Mas hoje... - Eu quero passar o dia de hoje curtindo com a minha família!

-Se você diz que não vai chover. Então, vamos!

Tomamos o café animadamente. Eu já podia imaginar como seria daqui a alguns anos. Melani e Alef correndo pela casa, sentados na mesa para tomar café. Os dois rindo. Brincando. Brigando... Ok, nem tudo é perfeito, né!

Após o café, alimentei os dois, enquanto Edward arrumava as coisas para levar ao parque. Meia hora depois – pois é, com criança em casa uma breve saída era uma coisa enorme – conseguimos colocar as coisas no carro e os bebês em suas cadeirinhas. O dia em Forks estava surpreendente. Dava até para ver uma luzinha, bem, mas bem fraquinha vindo da luz do sol. O que fazia do dia de hoje beeem caloroso. Eu nem sabia por que reclamava ainda. Já devia estar acostumada com o clima daqui. Depois de todos esses anos era até para agradecer por um dia como esse ajoelhada.

-Então vamos? - Edward perguntou abrindo a porta para mim.

Por milagre – ou milagres, dois para ser mais exata – Edward não dirigia tão rapidamente como o normal, por isso demoramos um pouco mais para chegar no parque. Como não estava cheio, alias nunca estava, pegamos um lugar embaixo de uma grande árvore. Alef e Melani pareciam estar encantados com o lugar. Ou talvez com as borboletas e voavam sobre o local. O dia estava bem calma e havia algumas crianças brincando de pique-pega com um cachorro bem na nossa frente. Sorri imaginando que em pouco tempo eu seria a mãe preocupada em ver um de meus filhos cair e ralarem os braços.

-Deixe-me adivinhar! - Edward disse segurando meu queixo – Já esta se imaginando no lugar dessas mães desesperadas atrás dos filhos, não?!

-Se você não me conhecesse tão bem diria que está aprendendo a ler mentes, Edward.

-Só a sua, querida. Só a sua – ele disse isso e se pês a me beijar. Era impressionante o fato de que quando Edward me beijava eu me sentia flutuando. Até ouvia sinos e... patos?!

-Edward, espere! Você ouviu isso ou é só coisa da minha cabeça de adolescente a lá Diário da Princesa?!

-Ahn?! Ouvi o que, Bell...? Opa, isso foi um pato? Será que a senhora Margaret e o Ganso estão aqui?

-Não, não! Esse pato tem um som diferente. Ganso é mais afinado, sabe!

-Ok, isso foi a coisa mais estranha que eu já ouvi. E olha que eu fui criado com o Emmett, viu! - Ele disse se levantando – Acho que o barulho vem dali. Fique ai que eu já volto.

Edward foi na direção do som enquanto eu vigiava os bebês. Olhei para eles e percebi que não estavam nem ai para mim e sim para as borboleta que ainda voavam acima deles. Tão cedo e já estou sendo ignorada por meus próprios filhos?!

-Hahaha! Bella, você não vai acreditar!

-Então?! Era mesmo um pato?

-Não. Uma pata!

Olhei para mão dele e lá se encontrava uma pata toda enroscada em meu marido. Se não fosse um animal, diria até que está tirando proveito da situação. Vaca! Digo, pata!

-Acho que ela está com a pata quebrada.

-A pata está com a pata quebrada?! Isso sim é estranho de se ouvir...

-Podíamos leva-lá para casa, Bella! Ela faz um belo par com o Ganso.

-Nossa! Já consigo até imaginar Maggie sendo avó! - Falei sarcasticamente.

Meia hora depois quando voltamos para casa fomos Edward, Alef, Melani, eu e a pata! O pior de tudo é que ela ainda me expulsou do banco da frente, me fazendo ir no banco de trás com os bebês.

-Galinha maldita! - Falei entre os dentes.

-Pata, Bella! Pata!


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Notas finais do capítulo

N/A: Nossa, nem acredito que consegui terminar esse capítulo! Foi difícil, hein! A história não queria passar para o papel. Isso sem falar que parece até que me jogaram uma mandinga, por que estou desde o início de novembro ficando doente. Como alguém pode pegar tanto problema em um mês e alguns dias?! Para piorar quando começo a me sentir melhor, começo a ficar mal de novo. Agora me veio uma dor de cabeça dos infernos que não quer mais ir embora. Estava digitando com minha cabeça e vista doendo aqui.
Bom, deixando os problemas de lado. Espero que tenham gostado do capítulo (que eu sei que não foi um dos melhores). Alias, espero que a revelação do acidente tenha surpreendido vocês. Eu pelo menos nunca iria pensar nela naquele carro (culpem CSI por isso), mas o por que dela estar naquele carro logo vai ser desvendado. Até por que a fic está em reta final, né! ;.;
Ahh, algumas leitoras já sabem (não estava mais aguentando de vontade de falar), mas para quem não sabe e para dar uma reforçadinha, escrevi a fic no concurso do TwiContest. A fic está concorrendo para:
Categoria Tronco: Melhor Universo Alternativo
Categoria Específicas: Melhor Cena Dramatica (Capítulo 32 - Trabalho de Parto - cena do nascimento)

Esse é o link da votação:

https://docs.google.com/View?id=dhjz4hs_10cvhrzfht

Gostaria de contar com o voto de vocês! E agradecer a quem já votou! Muuuito obrigado!

Bjoos e até a próxima!