The Cassandra Curse [cancelada] escrita por Marie Caroline


Capítulo 5
– Capítulo 4 –


Notas iniciais do capítulo

*LEIAM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOR*
Aaah desculpa a falta de atualização. É que eu precisava descansar e clarear a mente para poder escrever, afinal, 2013 foi um ano difícil... Mas valeu a pena. Passei para uma universidade federal e começo minhas aulas mês que vem ^^ Enfim, espero que aproveitem o capítulo.



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Eu realmente tentei me concentrar em minhas tarefas rotineiras no dia seguinte, porém, o sonho estranho continuava a penetrar minhas defesas, causando certos ataques de pânico interior. Sim, eu estava com medo. Mais medo do que um dia já senti. Por que isso tudo era impossível. Inimaginável. Lendas sobre monstros eram apenas histórias aterrorizantes. Algo que Hollywood usava para fazer dinheiro. Não poderia haver esse tipo de coisa no mundo, muito menos aqui, na pequena cidade de Forks.

Então por que, por que eu estava tão aterrorizada?

A professora de inglês estava falando algo sobre Hamlet, que eu já havia lido há séculos, e então não tive problemas em escapar da explicação dela sobre os conflitos interiores do personagem da peça. Aliás, de conflitos interiores eu entedia muito bem. Ser ou não ser, eis a questão? Eu tinha tentado responder a essa pergunta meses atrás quando decidi que a vida já não fazia mais sentido...

Essa linha de raciocínio não era exatamente a melhor escolha para tentar fugir do medo que me assolava, então resolvi voltar à aula.

Mais tarde, na hora do almoço, eu tentava acompanhar a conversa animada de Kim, Faith e Beatrice. Elas não paravam de dar risinhos e olhar para a mesa do outro lado do refeitório, onde um grupo de meninos extremamente parecidos conversavam animadamente. Parecia que todos eram irmãos. Observei a feição de todos; do menor, com uma expressão amigável e feliz, até o último, que expressava descontentamento e mau humor.

O garoto que me derrubou.

Novamente, a tentação de perguntar a Kim quem era o tal garoto me atingiu com força, porém, reprimi a vontade com força. Por mais que eu estivesse curiosa quanto a quem ele era – e por que ele parecia tão infeliz –, não podia perder tempo com essas coisas. Tinha problemas mais urgentes para resolver. Além do mais, eu não estava aqui para fazer amigos. Quer dizer, eu gostava das meninas, mas tinha feito amizade com elas principalmente para tirar tia Jane do meu pé. Eu não podia ter amigos de verdade, no fundo eu sempre teria que esconder quem eu era. Por que eu era uma aberração.

Kim e eu teríamos aula de Biologia juntas agora, então, depois do almoço, nos despedimos de Faith e Beatrice e rumamos para o laboratório. Ela falava algo sobre a peça de teatro anual da escola, quando fomos surpreendidas na esquina do corredor. Meus olhos encontraram-se imediatamente com o tal garoto mal humorado. Ele pareceu querer sorrir por um momento, e eu desviei o olhar no momento em que ele ia fazer isso – por razões que desconheço. Mas, então, olhei para o garoto que estava ao seu lado, que tinha os olhos vidrados em Kim. Perguntei-me o que havia de errado, e virei-me para Kim. E ela estava... exatamente como ele.

Os dois se encaravam com uma alegria inexplicável no rosto. Como se tivessem achado o pote de ouro no fim do arco-íris. Fitei-os sem entender por alguns momentos, antes de ter o meu braço puxado para o lado.

– Vem, vamos dar a eles alguma privacidade. – disse o garoto, me arrastando para o corredor seguinte.

– O que acabou de acontecer? – eu perguntei a ele.

Ele riu. E me perguntei por que havia amargura em seu riso.

– Bom, digamos que ele acaba de entrar para o grupo não-opcional dos idiotas apaixonados.

– Eu deveria ter entendido o que isso significa? – franzi o cenho.

Ele riu novamente.

– Claro que não. Se tivesse entendido, eu teria que te matar.

Nós nos encaramos por um momento. Ele parecia estar dividido entre contrariedade e diversão, e eu completamente confusa.

– Eu ainda não sei o seu nome, garota nova. – ele disse abruptamente.

– Cass.

Ele estendeu a mão

– Jacob.

A mão dele era surpreendentemente quente. Reprimi a vontade de segurar a mão dele por alguns segundos a mais.

– Eu tenho que ir. – falei com a voz abafada. Olhei para trás. – Será que a Kim vai vir?

Ele bufou.

– Duvido muito. Que aula que vocês têm agora?

– Biologia. – respondi, alheia, imaginando o que dera na cabeça de Kim.

– Bom, já que Kim pelo jeito vai matar aula, não vejo por que você deva ir.

Virei-me para ele.

– Do que está falando?

Não consegui decidir se gostava ou não da expressão maliciosa no rosto dele.

– Vem, você não vai perder nada. O cara de biologia dorme a aula inteira e deixa a turma conversar. Se vai ficar de bobeira, pode ficar de bobeira longe da sala de aula.

Dei um meio sorriso enviesado.

– Ah, então você é desse tipo... – falei sombriamente.

– De qual tipo? – Ele perguntou, divertido.

– Do tipo que leva para o mau caminho, o tipo que as pessoas mais velhas avisam para não confiar.

Ele gargalhou.

– Acha que eu vou te levar para o mau caminho?

– Bem, você está convidando para matar aula, não está? – ri. Era estranho como ele me fazia rir. Estranho, mas natural...

Ele revirou os olhos.

– Para de fingir que você não está a fim de fugir, e vamos logo.

Por alguma razão estranha, eu o segui.

Jacob, por fim, se mostrou um cara muito legal. Ele fazia piada de coisas que eu não imaginava ter graça. Ele era... fácil de se conviver. Não conversamos sobre nada específico, apenas sobre aspectos da escola, alunos e professores. Ainda assim, senti que essa era uma das poucas conversas que fizeram sentido desde que cheguei aqui. A única pergunta pessoal que ele me fez foi sobre de onde eu havia vindo. Quando falei que morava com meus tios, ele parou de perguntar. Sem saber exatamente como, eu soube que ele percebeu que família era um assunto delicado para mim e respeitou minha privacidade, o que eu agradeci de coração.

E também, havia o fato de que parecia que algo me movia para ele. Algo magnético ou sei lá. Quando caminhamos lado a lado era como se houvesse apenas ele no mundo, minha atenção era desviada de todo o resto para focar nele. Na maneira que ele falava, na maneira que seus olhos castanhos brilhavam. E, por mais que ele parecesse alguém simples, percebi que parecia haver algo nele que ele tentava esconder. Uma segunda natureza que escapava do controle dele quando ele pensava que eu não estava observando. Um olhar triste e pensativo.

Nós estávamos sentados em um banco embaixo de uma grande árvore, no pátio atrás da escola, quando resolvi perguntar novamente sobre o que acontecera entre Kim e – descobri seu nome mais tarde – Jared.

A expressão estranha voltou ao seu rosto.

– É complicado.

– Acho que consigo entender. – sorri, encorajando-o.

Ele mordeu o lábio inferior.

– Tá legal... Eles, hmm, se apaixonaram.

Ergui as sobrancelhas.

– Claro. E você sabe disso...?

Ele olhou para cima, como se estivesse tentando decidir como explicar para uma criança de onde vinham os bebês.

– Bem, é que não é a primeira vez que isso acontece. Então eu já sei os sinais, entende?

– Não. – respondi sinceramente. Mas dei de ombros. – Não importa.

Então fiz um movimento com o braço, que fez a manga do meu casaco subir. Tarde demais, percebi que Jacob havia notado a cicatriz. Seus olhos se estreitaram e ele abriu a boca para perguntar.

Eu me levantei.

– Tenho que ir.

– O quê? Não, espera!

Jacob levantou e segurou o meu braço.

– Desculpa, eu não tive a intenção...

– Ahan, tudo bem. Eu só... – minha garganta fechou. – Eu realmente tenho que ir agora.

E, sem dizer mais nada ou olhar para trás, segui o caminho em direção aos portões da escola, querendo mais nada senão fugir e me esconder da verdade inevitável: eu nunca teria a chance de ter amigos de verdade, por que eu nunca poderia revelar quem eu era realmente. Mesmo diante desse fato aterrador, eu consegui perceber algo.

Que Jacob não era o único que precisava esconder sua segunda natureza. A pergunta era: será que ele escondia algo tão horrível quanto o que eu escondia?


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Notas finais do capítulo

Gente, eu tenho notado que a fic tem muito mais visualizações do que comentários... Sei que parece chato, mas preciso saber o que vocês pensam sobre a fic pra poder continuar... Além do mais, eu sou legal tá rs ; Podem comentar o que quiserem que vou ter prazer em responder okays ? :))
P.S: Alguém pode me indicar alguma fic pra eu ler? Pode ser original ou da Saga Crepúsculo ( Team Jacob é claro) To precisando ler um romance kkk me mandem por MP ou comentem tá, por favor :D