Two Pieces escrita por Olavih


Capítulo 15
World's Piece


Notas iniciais do capítulo

E aí galera? Bem, eu não postei exatamente na quarta né? Mas não atrasei muito. Mil perdões, só arrumei tempo pra terminar o capítulo agora. Acabei de revisar e aqui está. Bem, eu gostei do capítulo, tem umas partes bem tensas nele, mas fazer o que né? A vida não é uma fábrica de realização de desejos.
Ah, o título é Pedaço do mundo, ele é mencionado mais a baixo. E eu mudei o sobrenome do Rafael e da família dele porque digamos que o nome do personagem foi inspirado em alguém que eu conheço e como muitos amigos meus tão lendo a fic eles tão começando a assimilar isso e achar que eu tenho uma queda pelo menino. Não é verdade. É só que eu queria um sobrenome diferente e aquele pareceu bom. Enfim, eu estava contando, só temos mais nove ou dez capítulos e daí fim :'((. Sim, deu vontade de chorar porque passou tão rápido... Bem, vou deixar vocês curtirem o capítulo. Beijos.



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—Então turma, eu acho que isso é tudo que vocês precisam saber para as provas. — disse o professor fechando o livro. Suspirei. Era aula de geografia e todos estavam com preguiça até de fingir prestar atenção. Alguns alunos se viraram e começaram a conversar. Eu apenas me arrumei na cadeira de modo que fosse dormir. Estava exausta. Louca para esse castigo acabar. O problema é que junto com o fim do castigo vem à volta de Rafael para São Paulo. Eu duvido que ele vá querer ficar, traz muitas lembranças ruins a ele. Porém eu queria tanto, tanto que ele ficasse que sinto meu coração despedaçar dolorosamente quando penso nele indo embora. Quando penso que dificilmente o virei de novo, que ficarei sem seus abraços ou seus beijos... Aquilo me matava por dentro.

Escutei um barulho e levantei a cabeça. Vi a figura de Elisa e me endireitei na cadeira. Todos se silenciaram. Ela sorriu e pediu licença ao professor.

—Então, como todos sabem estou aqui para a semana da adoção. Bem, a semana da adoção é quando nós abrimos as portas para as pessoas que querem ser adotadas. Você preenche essa ficha, coloca nessa urna e no fim dessa semana nós recolhemos e fazemos todos os processos. Duas semanas depois nós liberamos a visita dos futuros pais e então a escolha é de vocês e deles. Todos entendidos? Preencha esse formulário — ela caminhou passando o formulário e nos entregando. — e coloque na urna. Uma boa sorte a todos.

Assim que ela deixou a sala eu embolei meu papel e joguei fora. Ninguém me adotaria, não quando visse minha ficha. E eu não queria uma família, não uma falsa. Além disso, na minha idade as chances de se ser adotada são quase zero. Algumas pessoas fizeram o mesmo que eu, mas a maioria começou a preencher o formulário. Esperança é a última que morre.

O sinal tocou e todos saíram. Era meio dia e estava na hora do almoço. Segui para o refeitório encontrando Geovanna no caminho.

—Então, vai preencher o formulário esse ano? — perguntei. Ela balançou a cabeça em sentido negativo.

—E você?

—Não. Já perdi as esperanças.

—Duas. — nós rimos. Entramos no refeitório e escolhemos a comida. Senti um abraço por trás e olhei para cima sorrindo. Meu sorriso se desfez ao ver a expressão de Rafael.

—O que foi?

—Nós vamos jantar fora. — ele disse como se fosse a pior notícia do mundo.

—E o que há de errado nisso?

—Nós vamos jantar com o senhor eu-sempre-estou-de-carranca Gabriel Andrade. O velho é um filho Da...

—Eu não acho. — interrompi. Virei-me para ficar de frente a ele. Coloquei meus braços em volta de seu corpo e o trouxe mais para mim. Ele olhou nos meus olhos. O azul de seu olho ainda estava cheio de preocupação. — olha só: nós vamos pro jantar e vai ocorrer tudo bem tá legal? Seu pai vai ser gente boa e vai aprovar o nosso... O que a gente tem mesmo?

—Achei que fosse seu namorado. Não foi isso que falou pra sua professora? — corei. Na verdade nem havia reparado que o tinha chamado de namorado.

—Era pra ela parar de dar em cima de você. Aliás, você não tem vergonha não? Sorrindo pra aquela piriguete?

—Ciúmes Campos?

—Não. Estou apenas cuidando do que é meu. — ele riu. Relaxei e entrei na brincadeira. Continuei: — enfim, o que temos?

—Um rolo. Eu ainda não te pedi em namoro oficialmente.

—Então o faça logo. — me virei para frente e caminhei em direção à mesa. Continuei falando sem me certificar se ele estava ouvindo ou não. — pois eu não sou garota para ficar de “rolo”. Vai que eu acho alguém mais bonito que você?

—Alguém mais bonito que eu? — ele parecia incrédulo. Chegamos à mesa e nos sentamos. Ele olhou para mim como se eu tivesse falado uma burrice. — querida isso é impossível. — e começou a rir. Ri com ele apesar de socar seu braço.

—Engraçadinho.

—Pode ficar tranquila. Pretendo te pedir em namoro logo. — ele beijou a minha testa e se virou para sua bandeja. Pegou uma maçã e mordeu. — isso se você ainda quiser namorar comigo depois desse jantar. Porque eu vou dizer viu, Gabriel Andrade é o pior sogro que você poderia ter. — eu ri.

—você realmente ama muito seu pai hein? — enchi a colher de arroz e comi. Sem terminar de mastigar tudo continuei: — mas pode ficar tranquilo, tudo vai ocorrer bem.

—Claro. — ele ironizou. Olhou para mim e estreitou os olhos. — Você come de colher?

—E não deveria? — coloquei outra colherada e o encarei. Ele tinha o olhar brincalhão e eu sabia que lá vinha outra “briga”.

—Que decepção. Como uma garota que já até acabou com um garanhão daqui pode comer de colher?

—Isso está me cheirando recalque. Quer um pouco? — ofereci uma colher cheia de arroz e milho. Ele fez uma careta e recusou. — ah vamos, só um pouco. — avancei com a colher e ele desviou, lacrando a boca. — tudo bem, quer como aviãozinho? — comecei a imitar barulho de aviãozinho e tentar colocar em sua boca. Ele, porém pegou meu pulso, colocou perto de sua boca e mordeu minha mão.

—Filho da...

—Nada de xingar. — alertou Geovanna. Ela odiava xingamentos apesar dela mesmo proferir alguns de vez em quando. Rafael largou meu braço e o restante do almoço se resumiu em nossa briga, comigo tentando mordê-lo e ele sempre desviando e me mordendo por trás.

***

—GEOVANNA! — gritei do banheiro. Minha amiga apareceu rapidamente.

—O que houve criatura?

—Estou ferrada. Não tenho nenhum vestido para ir ao tal jantar e já são sete horas. Ele vai chegar à meia hora e eu não tenho roupa e não fiz a maquiagem. Geo, socorro! — exclamei desesperada. Ela apenas sorriu e se aproximou. Abraçou-me e disse como se fosse aquelas cenas de filme:

—Estou orgulhosa de você. Sabia que um dia me diria isso. — e saiu para o armário rindo. — eu tenho este. Não é de luxo, mas acho que serve.

—Não tem preto não? — o vestido era azul escuro, rendado na parte dos ombros. Onde ficava os seios se tornava tecido mesmo; tinha botões branco, quatro exatamente. Alcançava até meus joelhos e era muito bonito. Mas tinha certa delicadeza que, querendo ou não, todo vestido tem e aquilo me incomodava. Não gostava de nada muito delicado, apesar de o fato de ser uma menina me torna um tanto delicada a vista de muitos.

—Para de reclamar. Isso ou jeans velho e all star mais sujo que pau de galinheiro.

—Prefiro o jeans.

—E o seu futuro sogro o vestido. — ela levantou a sobrancelha sabendo que a batalha havia sido ganha.

—Odeio esse ditado. — disse eu pegando o vestido de suas mãos e caminhando até o banheiro.

—Por quê?

—É esquisito. E feio. — concluí fechando a porta.

—Não minha cara. Você é esquisita e feia. — riu Geovanna.

—Onde conseguiu esse vestido? — perguntei.

—Projeto costureiros. Eu participo até hoje.

—Ah é mesmo. Não sabia que vocês podiam ficar com as roupas que fabricavam.

—Só as de fim de ano.

—Acho que achei minha costureira particular. — ri ao dizer. Ela riu também.

—Não conte com isso.

É claro que não fui eu quem escolheu as cores da maquiagem ou até mesmo a fez. Também é óbvio que não fui eu que fiz minha unha mais cedo, ou que o sapato era meu. Tudo isso foi obra da abençoada Geovanna que com paciência me ajudou em tudo com um sorriso. Então, exatamente ás 7:30 eu estava pronta. Rafael estava no quarto olhando os últimos preparativos. Ele estava vestindo uma blusa branca, jaqueta preta e calça jeans escura. Assobiou quando me viu.

—Eu achava que era impossível você ficar mais linda, mas mais uma vez você conseguiu me surpreender.

—Nunca subestime minha capacidade de melhorar. — disse com um sorriso metido no rosto. — só que não.

—Só que sim, minha cara.

—Eu te surpreendi?

—Você sempre me surpreende. — sorri. Geovanna terminou de ajeitar o meu coque e eu terminei de colocar os brincos de argola. Olhei no espelho e vi que tudo era exagero de Rafael. O vestido estava lá, como se tivesse sido feito para mim. Estava calçando um salto alto de dez centímetros, pois foi o mais alto que consegui suportar; ele era preto com uma correia no meio cheia de pedrinhas douradas. Meus olhos carregavam três sombras, branco, cinza e preto, e mais delineador e rímel. Além do próprio lápis de olho. Minhas bochechas apresentavam um pouco de blush e minha boca estava mais rosada devido o batom.

Rafael e eu seguimos para a saída. Entramos no carro que já estava esperando e saímos dos arredores do colégio. Observei com atenção o caminho, a cabeça repousando no ombro de Rafael que estava extremamente calado e tenso. Peguei sua mão.

—Vai dar tudo certo. — disse com tanta certeza como se soubesse tudo que aconteceria ao longo da noite.

—Ok. — ele sorriu e voltou seu olhar para a janela. Permanecemos em silêncio até chegar ao restaurante, às mãos entrelaçadas firmemente descarregando toda a tensão da situação.

A porta do carro foi aberta e saímos. Rafael ficou na frente segurando minha mão. Assim que descemos do carro olhei para a fachada do restaurante. Era um restaurante grande, com grandes vitrines exibindo um lugar de luxo por dentro. A fachada era dourada e exibia as palavras: World’s Piece. Chegamos à porta e um fotógrafo tirou uma foto nossa. Conversamos com o recepcionista e ele nos levou até a mesa onde Gabriel estava. Para nossa surpresa, ele não estava sozinho.

Uma loira de olhos azuis e rosto extremamente belo estava sentada a seu lado com um vestido que parecia custar a minha vida e um pouco mais. Tinha um corpo escultural e postura reta e conversava animadamente com Gabriel quando chegamos. Ela se virou e seus olhos brilharam ao capturar a figura de Rafael.

Gabriel se levantou e sorriu para mim, estendendo a mão.

—Olá Kamilla. É um prazer enorme te conhecer. — estendi a mão e ele a apertou, aproximando seu rosto e depositando dois beijos de lado em minhas bochechas.

—Digo o mesmo Sr. Andrade.

—Oh, por favor, me chame de Gabriel. — ele apontou para a loira. — esta é Nara Bittencourt. Uma amiga de Rafael. — e pelo olhar espantado de Rafael eu pude perceber que ela era mais do que só uma amiga.

—Nara! O que você está fazendo aqui? — perguntou Rafael espantado. Ela sorriu de forma cínica.

—Vim te ver bobinho. Afinal você saiu de lá sem ao menos dizer tchau, fiquei mega magoada. — a voz dela era carregada de manha e ela sorriu no fim da frase. Rafael pareceu desconcertado com a resposta dela.

—Não tive muito tempo. — ele murmurou.

—Então, podemos nos sentar? — perguntou Gabriel. Todos assentiram e sentaram. — Pois bem, tomei a liberdade de pedir comida japonesa. Algum problema? — sim, quis responder, eu não faço a mínima ideia de como comer essas coisas. Mas em vez disso apenas assenti em silêncio.

—Não acho que seja uma boa ideia. Sabe que me da indigestão. — disse Rafael.

—Ah tudo bem, você pode tomar um remédio depois. — disse Nara. Revirei os olhos. O silêncio dominou. Olhei para o interior do lugar. O chão era de madeira fosca, as paredes decoradas com papel de parede dourado e várias bandeiras de países diferentes. Reconheci algumas, como a do Brasil, Estados Unidos, Argentina e outros, mas algumas eu nunca nem tinha visto. A iluminação era alta, como se esbaldasse luxo. Em várias mesas pessoas riam divertidas, outras já sérias, agindo naturalmente, pois aquele era seu habitat natural. Naquele momento uma pergunta brilhou em minha cabeça como luzes de neon: “Kamilla, o que você está fazendo aqui?”. Apenas voltei minha atenção na mesa quando percebi que Sr. Andrade havia falado comigo.

—Desculpa?

—Perguntei o que você pretende fazer, qual profissão vai seguir? — ele repetiu.

—Não sei ainda. Filosofia, história talvez.

—Professora?

—Provavelmente. — disse com um sorriso sem graça. Pude perceber que ele estava se esforçando para não fazer uma careta. Olhei para Rafael. Ele me olhava admirado, feliz até. Sorri me sentindo um pouco melhor.

—Rafael está fazendo publicidade, sabia? — balancei a cabeça em sentido negativo respondendo a pergunta do Sr. Andrade.

—Fazia Gabriel. Já disse que abandonei a faculdade.

—É por pouco tempo. Rafael tem disso. Quando ele enjoa de uma coisa, — começou Sr. Andrade me encarando. — ele larga. E ele enjoa de tudo muito fácil.

—Eu que o diga. — disse Nara amargurada. — nós éramos namorados sabia? Daí ele veio para cá e nunca mais falou comigo.

—Uau, que belo gesto o seu hein querido? — eu disse irônica.

O clima ficou tenso. Eu estava extremamente desconcertada naquele lugar. O olhar do pai de Rafael para mim, os olhares que Nara lançava a Rafael tudo aquilo me fazia achar a saída cada vez mais atraente. Tudo que eu queria era assistir um filme com meu loiro comendo uma pizza. Em vez disso lá estava eu escutando as conversas de Nara e Rafael e as diversas aventuras que eles viveram juntos.

A comida chegou e eu imediatamente quis vomitar. Era sushi e eu odiava aquilo. Odiava o gosto, odiava o cheiro, odiava a aparência. Havia de vários tipos, coisas que eu não sei nem descrever. Rafael olhou para mim com o rosto franzido.

—Milla? Tá tudo bem? — ele perguntou.

—Sim, claro. — menti. Todos começaram a comer e eu apenas brinquei com o palitinho.

—Achei que odiasse apelidos. — disse Nara de repente.

—Acostumei. — Fael deu de ombros. Apenas arqueei minhas sobrancelhas e encarei a comida. Aquilo parecia um monstro que saltaria e comeria todos ali. Como as pessoas comiam aquilo? Olhei para Rafael para ter uma referência. Ele mexia aqueles palitos tão habilidosamente. Mesmo conversando com seu pai e Nara. Não poderia ser difícil.

Peguei os palitos e tentei uma vez. Imediatamente aquele sushi fugiu de mim, indo para o outro canto do prato. Tentei de novo e ele voltou para o lugar onde eu havia tentado. Ficamos nessa briga durante alguns segundos até que o sushi escapou do prato e caiu na roupa de Rafael. Este se endireitou assustado.

—Desculpa, desculpa, desculpa... — comecei pedindo.

—Está tudo bem. Vou ao banheiro. — disse ele se levantando. Comecei a levantar, mas ele olhou para mim e vi que eu não deveria segui-lo. Abaixei a cabeça envergonhada. Nara pegou seu celular e olhou para a tela.

—Preciso atender, se me dão licença. — e se levantou. Ficamos quietos enquanto nenhum dos dois aparecia.

—Você deveria ir embora. — disse Gabriel de repente. Olhei para ele.

—O que quer dizer?

—Olhe para Nara. — fiz o que ele pediu. Ela falava no telefone, andando de um lado para o outro. — ela sim é alguém para ele. Garota de família, rica e que tem algo para oferecer a ele. E o que você tem? Uma vida de professora? —o encarei incrédula. — O seu lugar não é esse. Você não merece Rafael e eu não aprovo esse seu casinho com ele.

—Eu estou começando a não me importar com o que o senhor acha ou fala. — rebati.

—Mas Rafael irá se importar com o que eu falo quando souber sobre seu passado. — ameaçou ele.

—Você não jogaria tão baixo.

—Quer apostar? — ele desafiou. Bufei e levantei da mesa, seguindo até o corredor que levava aos banheiros.

Rafael estava encostado na parede, e ali com ele estava Nara, beijando sua boca fervorosamente.

Não consegui falar por alguns segundos. Aquela cena me enojava. Até que a raiva saiu de minha boca de forma sarcástica:

—Por que não vão direto para um quarto? — Rafael afastou a garota e olhou para mim com os olhos arregalados. Nara apenas sorriu e aquilo me fez querer bater nela. Saí de lá antes que não controlasse meu corpo. Escutei gritos atrás de mim, mas não me importei. Apenas continuei andando.

Passei pela mesa de Gabriel e fui em direção à saída. Quando estava na calçada senti um puxão em meu braço e meu corpo virou para ficar de frente a Rafael.

—Não era o que você estava pensando.

—Claro que não. Você estava morrendo e ela estava fazendo respiração boca a boca não era? — perguntei sorrindo dolorosamente. Ele também não estava feliz. Seus olhos estavam tristes assim como sua voz quando falou:

—Milla, eu gosto muito de você. Muito mesmo poxa. Não faria isso. Eu estava voltando do corredor e ela me prendeu. Começou a falar coisas desconexas e me beijou. Eu não queria beijá-la.

—Quando ia me contar sobre ela?

—Por que deveria? Ela não tinha nenhuma importância.

—Não foi isso que ela disse. Vai ser assim que você vai falar de mim depois?

—Claro que não. Olha só, nós não namorávamos. Ela era uma daquelas vizinhas obcecadas. E eu, confesso, me aproveitei dela sim. — bufei e ameacei ir embora, mas ele segurou meus ombros firmemente. — mas eu mudei. E mudei quando eu te conheci. Sabe por quê? Porque você não é como ela. Se eu disse aqui e agora que está tudo acabado você não vai morrer ou se rastejar até mim. Você além de linda é inteligente, teimosa e orgulhosa. Mas tem um coração e uma coragem que eu nunca conheci em ninguém. Kamilla você é a metade de mim que eu estava procurando.

Respirei fundo. Tapei o rosto com as mãos e deixei que ele me abraçasse.

—Me desculpa. Me desculpa minha pequena. — disse ele afagando meus cabelos. Tirei meu rosto de seu peito e olhei pra ele.

—Só com uma condição.

—Qual?

—Que nós vamos pedir uma pizza e ver um filme bem assustador agora. — ele sorriu.

—Só se for agora.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Bem tenso esse jantar hein? Sr. Andrade é bem filho da mãe mesmo kkk. O que acharam da briguinha deles no refeitório? E fiquem atentos quanto a semana da adoção. Isso vai dar uma dor de cabeça... Enfim, um beijo pra vocês e não esqueçam meus comentários. Kiss kiss