Suiren Destiny escrita por NKIDDO


Capítulo 9
//Conclusão//


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é inteiramente dedicado a Clark, que comendou a fic! Essa linda ♥
Tem uma surpresa no fim ( graças a clark) E se os comentarios forem bons, posto na quarta ou quinta.



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Acordo um pouco mais cedo que Klaus, só para vê-lo dormir. Eu estava nua e em baixo de lençóis, e sabia que - para a minha felicidade – Klaus também estava.

Sua expressão era tranquila, parecia até mesmo uma criança despreocupada com quaisquer problemas que o mundo adulto apresentava. Deitado de barriga para baixo, com os ombros encolhidos, os punhos quase unidos e a cabeça sobre o mesmo. Ele exalava aquele cheiro especial exótico dele, como uma salada de frutas.

Saio silenciosamente da cama e visto um kimono simples que estava pendurado na cadeira. Ainda havia algo a ser feito – examinar aquela pasta. Estava na mesa do computador dele, então pego sem rodeio e me sento na cadeira para ler.

Eram nada mais nada menos do que todas fotos e fixas de todos os caras com quem eu transei. Mais que isso, haviam registros sobre o quanto meus pais recebiam – o que não era muito. O que Luka estava tentando fazer?

– Me pergunto se isso tudo é verdade. – Ouço a voz firme de Klaus dizer. Melancólica como sempre. também trajava um kimono, que pena.

O que eu diria para ele? Sim, era verdade, mas é o passado não? Recentemente comecei a acreditar que “passado fica no passado” é uma grande mentira. Não importa o quanto tente enterra-lo, ele volta pra te pegar quando não se está olhando.

– Foi antes de eu conhecer você – Admito – Antes mesmo de saber da promessa. Acredite em mim meu amor. Não estou interessado em você porque é rico.

– Acredito – Ele diz, e meu rosto se ilumina. Aproximo-me dele para um beijo mas... – Suiren, tem umas vinte pessoas aí.

Oh, ele não gosta da ideia de eu ter transado com uns vinte caras. Bem, achei que não ia gostar.

– O que eu posso fazer agora? – indago, magoada. – Sexo é bom Klaus, porque eu não faria?

Ele cora um pouco, como que assustado pela minha resposta. O que eu faria? Gostava mesmo de fazer, mas gostava muito mais dele agora. Eu sempre fui sincera em todos os aspectos da minha vida, e agora eu não seria diferente – não com quem merecia a minha sinceridade.

– Eu consigo entende-la, Sui. – Seus olhos violeta se agitam por um segundo. – Minha mente consegue, contudo...

– Sei – Digo de mal humor. Ele entendia. O coração dele que teimava em doer. – Vou te deixar pensar por um tempo.

Aproximo-me dele e beijo seus lábios quentes, que exalavam aquele mesmo cheiro tropical, depois disso, passo suavemente a minha língua em sua bochecha e pisco. Não podia achar aquilo menos compreensível do que era. Quando saio do quarto, ainda estou rindo da cara que ele fez de surpresa.

(***)

Haviam poucas coisas que eu tinha certeza agora. Uma delas, é que eu teria que conversar seriamente com Luka, e a outra era que eu começava a duvidar de todas as pessoas desta casa. Agora... como começar tudo isso? Não sabia quando seria meu casamento, – ou se ele de fato ia acontecer – entretanto uma coisa era certa, essas pessoas vão conviver comigo por muito tempo.

Conversei com Theodor sobre o fato de eu querer me ocupar com alguma coisa logo. Queria encontrar algo que eu gostasse de fazer, um curso ou coisa assim.

Não queria passar minha vida inteira não fazendo nada. Quer dizer, na verdade, eu queria, entretanto isso era um sonho distante, humanos estão aqui para trabalhar e se ocupar, não há porque eu ser diferente.

– Vá ao centro da cidade, Luka leva você – Theodor disse, com uma caneta nas mãos, dando-me atenção no lugar dos papéis. – Há um prédio com cursos preparatórios, dê uma olhada. – Ele pisca para mim e sorri.

Eu agradeço-o imediatamente com um abraço. Fora as desavenças recentes, minha vida estava tranquila, não podia reclamar. Mas ir com Luka? Oportunidade perfeita para conversar com ele.

A lareira da sala estava apagada, a luz amarelada era fraca demais e forçava a vista, contudo isso não era problema para Theodor, que possuía um abajur com a luz direcionada em sua papelada.

Quando estou indo em direção a garagem da mansão – que ficava longe, já que eram os motoristas que dirigiram até a entrada – me deparo com Luka em um carro preto, buzinando e sorrindo, me olhando por cima dos óculos escuros.

– “Suba”, querida – Ele diz, debruçando-se sobre o banco do carona para abrir a porta. Eu entro e coloco o cinto de segurança.

Eu fiquei silenciosa, queria escolher melhor as minhas palavras. Talvez Cass pudesse me ajudar, mas ela não estava aqui agora, embora a tenha visto mais cedo, quando ela escolheu um shorts jeans, all star azul-marinho, uma blusa rosa e um casaquinho com capuz simples também azul. Meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto, e assim eu parecia uma líder de torcida tarada.

Sem problemas até ai.

O caminho estava tão silencioso sem as nossas vozes interagindo... Já havíamos deixado o bairro de casas luxuosas e agora passávamos por uma estrada lisa rodeada de árvores, o dia estava úmido.

– Algum problema, querida? – Indaga ele, por fim. Porque ele cismava em me chamar daquela forma?

– Luka... – Eu começo, só então me dou conta de que não conheço Luka como conheço Klaus. – Eu não o conheço, então não sei como dizer isso...

O asfalto ainda corria à minha frente. Olho para o loiro, que estava incrivelmente charmoso como sempre, com seu cabelo meticulosamente cuidado e aparado, não podia ver seus olhos azuis.

– Ah, minha querida, mas eu a conheço – Ele ri um pouco, jogando seu rosto para trás e voltando a atenção para o caminho.

Uma ruga se forma em minha testa. Eu não sabia se ele estava falando isso como “Sei como pessoas como você são” ou um “realmente te conheço”.

– Me conhece? – Pergunto, mais como uma sugestão.

– Sim, eu a conheço. – Ele diz calmamente, como se ele estivesse concordando com lago simples como “Sim, eu gosto de bolo”. Eu quis perguntar como, ou do que raios o loiro estava falando, mas ele me responde antes de eu dizer uma só palavra. – Eu sou mais velho que Klaus, Theodor nos conta sobre essa promessa desde pequenos. Fomos vê-la nós três apenas uma vez, mas depois disso eu...

Ele fez uma curva, entrou em uma rua estreita e depois parou em frente a um prédio atual, muito moderno e bem arborizado – digo, com árvores e plantas ao redor.

Luka não terminou o que havia começado a dizer, e por alguma razão, eu entendia agora o que ele quis dizer. “Depois disso”, ou seja “deste dia em diante”, ele simplesmente...

Olho para ele, incerta. Não podia ser verdade.

– Você me ama?

– Há muito tempo, Suiren.

Estava pasma demais para entrar no prédio sem terminar aquele assunto. Fecho meu casaco por conta de arrepios. Peço para que ele apenas pegue um panfleto e volte para conversarmos, e assim ele faz.

Vamos para um parque público próximo e nos acomodamos em um banco dizendo apenas palavras simples. O pior assunto estava por vir, e eu estava com vontade de mijar de nervosismo. Ok, isso foi indelicado.

– Porque mostrou aquela pasta para ele, então? – Cruzo os braços, acomodando-me melhor no banco. Ele pensa, até demais, e então reponde.

– Não acho justo ele ter você tão fácil, porque quem a queria era eu. Amo Theodor, mas sei que ele não me ama como ama Klaus. Ele parece tanto com seu filho... Na medida que eu sou um bastardo. Meu pai se apaixonou por uma mulher com um filho, que era eu.

Ah meu deus...tudo fazia sentido agora. Klaus e Luka não eram irmãos de sangue... por isso a diferença. E ele sempre me amou? Era tanta coisa para absorver... mesmo assim, não podia corresponder os sentimentos dele.

– Luka, eu sinto muito pelo que aconteceu com você – Digo, e realmente sinto muito – Todavia... eu amo K-

Luka me beija. Eu abro os olhos em surpresa e vejo que os seus estão fechados tranquilamente, embora ele tenha sido tão rápido que eu não o vi aproximar. Tranquilos como se não estivessem fazendo nada errado. E isso era errado.

Luka beijava bem, e fazia tempo que eu não era beijada, já que atualmente eu estou basicamente forçando Klaus. Seus lábios puxavam os meus com força, e quanto tento me afastar sinto sua mão em minha nuca, pressionando-me para frente. Tento falar, mas ele abafa minhas palavras com mais beijos.

Quando finalmente consigo me afastar dele, é porque ele mesmo estava exausto. Inclina-se no banco e relaxa, parecia extremamente satisfeito.

Mas eu não.

– Você ainda tem tempo, Suiren – Ele se coloca de pé rapidamente – Pode me escolher.

Eu trato de me afastar dele o mais rápido possível. Ainda estava confusa.

– Diga para Theodor que eu escolho “Fotografia”. – Depois disso pego o celular que estava no meu bolso e saio o mais rápido dali. Ligo para Sophia, e peço pra ela me buscar.

“É pra já” Ela diz, simplesmente “Espero que esteja pronta para um show”

Não pergunto o que era. Quando olho para trás, consigo apenas ver a silhueta de Luka. Nem correu atrás de mim ou coisa assim, e também, parecia que estava fumando.

Aguardo pelo carro vermelho de Sophia próxima a avenida, eram aproximadamente sete horas da noite quando ela chegou e abriu a porta do carro da mesma forma que Luka havia feito. Ela me joga uma garrafa de cerveja nas mãos e pede para que eu entre.

Conto tudo a ela, sobre Luka e Klaus. Sobre o que anda acontecendo naquela mansão.

– Arrasando corações! – Ela brinca, como minha vó costumava fazer. Olho feio para ela – Tá, desculpe. Isso me fede a sujeira, e não é uma boa.

– Eu também acho – Bebo um pouco da cerveja gelada – Não sei mais o que é verdade e o que não é. – Penso nos momentos com Klaus, e são eles que pesam mais. Queria que eles pudessem ser verdadeiros.

Sophia e eu éramos colegiais populares antigamente, é claro que sabíamos quando tinha picuinha, não é nenhum mistério para nós. O problema é que antes o lema era “divirta-se ao máximo” agora tá mais para “presa ao amor”. Coisa estupida.

E verdadeira.

Permanecemos caladas até chegar em um bar noturno, em plena terça-feira fazendo tanto sucesso. Encontramos uns amigos na fila e então pegamos o furo para entrar o mais rápido possível.

– É aquela banda, Decayed Fire. – Diz Chie, uma menina japonesa que era nossa colega antigamente. Safada para caramba, vestida com minissaia e uma blusa tomara-que-caia.

Escuto essa banda desde que eu a vi na tv com Matt, aquele pedaço de mal caminho. O que me fazia lembrar que ele e Klaus tinham poucas diferenças. Klaus era mais claro, os cabelos pretos no lugar de castanhos e seus olhos eram mais bonitos, ao meu ver.

Enquanto escuto a voz clara e suave de Mizeria, estou bebendo como uma condenada. Sophia estava senda comigo no banco do bar, o que lembrava os velhos tempos. Eu já estaria agarrada com um a essa hora. Contigo, Klaus continuava a aparecer em minha mente.

Escuto a guitarrista falar, ela era tão bonita... Mizeria canta mais uma música, e sua voz transparecia exatamente o que a música queria dizer.

– Ei! – Ouço Sophia gritar, por cima da voz de Mizeria. Meu rabo de cavalo se agita ao virar para o lado tão rápido. – Aquele não é...?

– Klaus...

Um copo se espatifa no chão em mil pedacinhos, pois eu saí da mesa tão rápido que não consegui me desfazer completamente dele. Ele estava tão bonito... com um chapéu e sua pinta no canto da boca em eminencia. Fico cara-a-cara com Klaus, só para ouvi-lo dizer:

– Eu realmente não me importo mais.

Estou aqui, Eu agora sobrevivi

Eu caí em seu amor

Eu caí em sua mentira

Em meio a uma multidão idolatrando aquela voz tão perfeita, Klaus me puxa pelo braço para mais perto, de uma forma gentil e possessiva ao mesmo tempo, e então me beija. Sinto meus pés saírem do chão; os braços de Klaus me envolviam tão forte e delicadamente, apertando-me contra o peito dele.

Um calor me invadia enquanto nos beijávamos mais e mais, e eu nunca havia sentido isso antes. Nos beijamos enquanto a música ainda tocava, todos dançando e agitando ao nosso redor.


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Notas finais do capítulo

Pontos aumentaram ou diminuíram com luka?
Klaus é lindo ou lindo?
Complete a frase: Suiren é...?
PERGUNTAS? http://ask.fm/majestydeath ( DIGAM SEUS NOMES)

one shot!
http://fanfiction.com.br/historia/422428/One-death/