Clarity escrita por Mafê


Capítulo 16
All You Need Is Love


Notas iniciais do capítulo

SE alguém tiver se perguntando, a Savannah é assim (https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSmqvnW0cPMrInaVRpvSAKqp_FKpdb4pVXwra3Kr0hX73wIX0zL) mas a cara vocês decidem hihi.
PRECISO DE UM APELIDO PARA SAVANNAH RAPIDOOOO.



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Hey brother, do you still believe in one another?”

–Hey Brother, AVICII.

***

–Ian? Ian, você pode chamar o Dan pra mim, por favor?

–Claro, linda. Espera um pouco já volto, ok?

Depois de correr até o meio da estrada e me jogar nos braços de Ian, voltei para dentro e me tranquei no quarto do Kabra e fiquei lá a noite toda. Por mais confortável e maravilhoso que seja deitar nos braços do meu namorado, eu não consegui dormir um minuto sequer. Agora são cinco horas da manhã e eu sei que não deveria estar incomodando Dan tão cedo, mas eu sinto como se não tivesse passado um tempo com ele em anos.

Mas eu precisava sair daquele quarto. Ari a gaveta da cômoda de Ian e puxei um bloco de papel e uma caneta. Escrevi para Dan me encontrar na piscina e desci. Estava frio lá fora, e eu só usava uma camisolinha e um robe de seda então estava praticamente congelando. Quando coloquei meus pés na água gelada da piscina, ouvi passos atrás de mim.

–Hey Amy, tudo bem?

–Comigo sim, mas e você? Pelo visto eu to recebendo todas as atenções, com os ataques de pânico e a rebeldia. Mas e você? A gente não conversa direito desde que todo esse povo invadiu nossa casa. Que depois pegou fogo, por incrível que pareça!

–Pois é. Ser um Cahill já não é muito normal, mas nesses tempos... – Dan deu uma pausa e fixou o olhar dele longe, e eu juro que vi seus olhos encherem de lágrimas. Eu não me aguentei e levei minha mão até a dele, segurando-a.

–É só que tudo seria tão mais fácil se o papai e a mamãe estivessem aqui, sabe? Até mesmo a vovó. Eles resolveriam isso tudo em dois minutos. Sem ninguém pra se responsabilizar, eu achei que fosse meu dever cuidar de você, da Nellie... Da nossa casa. Mas veja o que aconteceu. A casa pegou fogo, você se rebelou, ficou bêbada, quase morreu, entrou em coma e começou a ter ataques de pânico. Eu falhei. Em tudo.

–Hey Dan, não fala assim. Você é maravilhoso. Você pode não ter conseguido me contar, mas eu duvido que qualquer um teria conseguido. Chega uma hora na vida de uma mulher que ela precisa de um pouco de rebeldia e um bad-boy pra irritar a família.

Respirei fundo e me encostei no ombro dele.

–Você é minha família, Dan, é nada vai mudar isso. Nunca.

Ele segurou minha mão ainda mais forte e ficamos em silencio. Não um silencio ruim, constrangedor. Mas um silencio confortável e necessário.

–Ei, quer ir ao Starbucks? Estou morrendo por um café daqueles.

–Pensei que nunca fosse perguntar. Mas nós vamos andando.

***

–Daaan eu tô cansada, me carrega?

–Tá louca? Nunca, nananinanão, nem no final dos tempos, espera sentada. E além do mais, o Starbucks tá em ali na esquina. Vamos, você consegue. Assim até parece que não foi você quem venceu a caça às pistas.

–Engraçadinho. Ei aquele não é o Joe? JOE! JOOOOE!

–Hey Amy, Dan! O que estão fazendo aqui tão cedo? E... Porque você está de pijama?

–Ai meu Deus! Eu esqueci completamente! Mas nem morta eu volto sem o meu café pra aquele hotel.

–Mas o que você faz aqui tão cedo, Joe? Eu e Amy estamos só dando uma escapada daquele hotel. Ter toda a família junta pode ser um pouco opressivo.

–Pensei em dar uma passada no hotel e ver como anda meu irmãozinho. Faz anos que a gente não se fala. Pelo menos sem uma conversa de eu estar morto e uma rodada por todas as lojas da cidade pra interromper.

–Acho que isso é culpa minha. Mas falando nisso... Eu ainda não usei nenhuma das minhas roupas novas... Alguém tem uma festa, tipo hoje?

–Seu dia de sorte, Criatura. Meu pai e a nova mulher dele, Susan, vão dar um baile ineficiente hoje à noite, eu consigo colocar todo mundo na lista.

–Mas o que aconteceu com... Como era mesmo o nome dela? Juliana...

–Ah, Jaqueline? Eles se divorciaram faz uns anos já. Eu fiz um esquema no comutador, fica mais fácil de lembrar o nome de todas.

–Vamos continuar essa conversa lá dentro, Joe. Acho que Amy vai congelar se ficar aqui mais um instante.

–Claro.

–Dan, eu vou ao banheiro, pede meu, por favor? Se você ainda lembra qual eu tomo...

–Um Vanilla Hazelnut Latte saindo.

Me virei e fui em direção ao banheiro, consciente de todos os olhares masculinos no meu pijama. Revirei os olhos e fechei a porta do banheiro. Pensei em ligar para Natalie e pedir para que ela trouxesse uma roupa pra mim, mas o que eu menos queria ver agora era família. Então meu lembrei. Savannah.

–Alô? Savannah, ai meu Deus, você está bem?

–Oi Amy, to sim. Sinto muito ter ouvido que todos os outros morreram, eu me sinto extremamente culpada...

–Se você, que não teve nada a ver com o acidente, se sente culpada, imagine eu. Mas a gente não se fala em... Enfim. Você tem como dar uma passadinha no Starbucks, perto do Hotel Empire?

–Claro tava passando aqui perto mesmo. Daqui a pouco to ai.

Eu desliguei, sem coragem pra pedir que ela pegasse roupas pra mim. Ela acordou do coma o que? Umas doze horas atrás.

Saí do banheiro e voltei para mesa, ao mesmo tempo em que a garçonete chegou trazendo nossas bebidas.

Perfect timing! – sentei e puxei para perto meu café e a porçãozinha de churros que Dan sempre pede quando vem aqui. Eu geralmente não como churros, mas eu tô precisando de um açúcarzinho na minha vida esses dias.

–Ei ei ei! Esses churros são meus, mocinha, nada disso! Ninguém rouba meus preciosos churros!

E, só pra zoar, Bariel e eu pegamos um ao mesmo tempo. Quando Dan vai tentar roubá-los de volta, Savannah entra no restaurante, imediatamente vindo para nossa mesa. Quando a vejo, tudo o que aconteceu parece mais real e puxo ela para um abraço. Lagrimas caem dos meus olhos.

–Desculpe.

–Amy, não foi culpa sua. Vai ficar tudo bem.

Nos ficamos nos abraçando pelo que pareceram horas, até que enfim e a soltei e nos sentamos entre os meninos. Faço as apresentações, e no momento que introduzo Joe a Savannah, parece que dá um clique. Não que eu seja o cupido ou coisa parecida, mas só de olhar nos olhos dos dois, dá pra ver um brilho. Um brilho que eu conheço bem.

–Então, Savannah, o que vai querer?

–Ah, um Flat White está om, obrigada.

–Opa. O mesmo que o do Joe.

–Amy, não força.

–Calma amiga. Só constatei o óbvio.

Nós ficamos conversando por horas, até Ian me ligar preocupado, perto da hora do almoço. Eu decidi chama-los lá para o hotel, fazer todas as apresentações. Quando chamamos o táxi, Savannah excitou.

–Gente, será que está tudo bem se andarmos até lá? Não é muito longe, mas... Desde o acidente, eu...

–Sem problemas, vamos andando. Preciso me exercitar mesmo. – cortei.

***

Quando chegamos ao hotel, já dava pra perceber o que estava acontecendo entre Joe e Savannah. Eu e Dan não conseguíamos segurar as risadas toda vez que eles se olhavam.

–Oh de casa!- gritei esperando que alguém aparecesse.

–Joe, o que está fazendo aqui, cara?

Ariel descia as escadas só com uma calça e moletom e Mary o seguia, abotoando uma camisa de Bariel e o cabelo completamente bagunçado. Assim que eles descem as escadas, Dan se manifesta.

–Claramente nós interrompemos alguma coisa aqui. Nós encontramos Joe no café e Amy chamou Savannah, estávamos lá agorinha.

–Aí você está, sua louca. Como você some assim no meio do nada? Deixou todo mundo preocupado. – Ian descia as escadas, seguida por uma Natalie que... Bem não parecia muito (nem um pouco) feliz.

–Calma calma. Só fui tomas café com Dan e uns convidados especiais. By the way, arranjei um lugar pra gente usar nossas roupas novas. – a cara dela de felicidade era tão grande que parecia que iria rachar tamanho o sorriso. – O pai de Bariel vai dar um baile beneficente hoje à noite, e ele consegue nos colocar na lista.

–Ai que maravilha! – ela veio pulando e batendo palminhas em minha direção. Ela me abraçou e se virou para Dan, que estava indo em direção a um abraço.

–Pra você não. – e sussurrou, baixo o suficiente para só eu e Dan ouvirmos – Nenhuma mulher gosta de acordar no quarto do namorado e descobrir que ele sumiu, foi dar uma volta na cidade.

–Qualé – Dan revira os olhos e espera até Natalie virar para agarrá-la e puxá-la para um abraço. Pelo sorriso dos dois, a noite foi boa.

–Bem, então vamos todos nos vestir porque vamos almoçar fora hoje, já chamei todos.

Eu olho para Ian e sei que a noite promete.


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