O Cara Que Mora Na Minha Casa escrita por HacKyon


Capítulo 8
Relater 7 - Prez and Ecchi


Notas iniciais do capítulo

Olá!... Esqueci o que iria escrever agora... Bem, primeiramente... GOMEN!! Eu não atualizei por um longo tempo, mas tive um motivo bem real: prova de admissão. E, depois de me matar de estudar, eu passei no exame, então fiquei com tempo e disponibilidade para postar (refiz esse umas duas vezes). Aproveitem e obrigada por acompanhar essa história.



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Apesar de eu ainda não acreditar veemente que o Kakashi-sensei mentiu para nós com aquele trabalho de sociologia, decidi deixar para lá, já que a ladainha dos meus dois cachorros ocupava o meu tempo todo. Desde que Fox se ofereceu para levar o Komo para passear (lê-se forçado por mim) os dois viraram amigos íntimos, o que de certa forma estava me chateando. O meu cachorro estava fazendo mais festa quando o loiro chegava do que pra mim! E sempre procurava ele quando queria comer ou passear! E isso é tudo exclusivamente culpa do Fox, por ser tão inútil e desocupado! Aquele imbecil tinha logo que arranjar um hobbie e parar de tentar roubar o meu cachorro! Mas esse não é o assunto em questão. Bom, desde que a Ino soube que o Fox morava comigo, começou a jogar indiretas ridículas e mal feitas que até dava dó, mas ao invés de dó eu tinha ódio, bastante ódio. Estranhei outro dia quando o Fox parou de me azucrinar, pensei em perguntar o que ele estaria fazendo, mas infelizmente eu não pude. Decidi acabar com isso durante o café da manhã de hoje.

– Hun... - fitei seus olhos enquanto bebia um copo de leite morno. - Hun... - insisti depois de outro gole e ele finalmente me encarou.

– O que você quer, Haruno? - soltou o garfo que antes segurava o omelete. - Se é sobre o Komo, já vou adiantando que não tenho tempo hoje para passear com ele.

– POR QUE?! - exaltei-me e ele recuou com medo. Abri um sorriso amarelo, decidida a me retratar. - Desculpe, é que você não faz nada...

– Ah, você quer saber o que eu vou fazer? Vou à um encontro com a taichou. - cuspi meu leite na cara dele. - Ugh... Por que fez isso?

– Foi mal, mas espere, o que foi que acabou de dizer? Vai em um encontro com a Hina?

– Sim, é tão difícil assim de acreditar? - ruminou chateado, eu encarei ele por um momento e, pela segunda vez no dia eu tive de me retratar.

– Não, digo, era improvável, mas aconteceu, né... - soltei um risinho nervoso. - A Hina não tem cara que gosta de tipos como você... E ela tem todos aqueles caras ao seu redor, certo? Por que ela repararia em você?

– Já parou para pensar que nem tudo gira ao seu redor? - levantou-se com o prato em mãos. - Ou será que o Haruno's World te deixa tão ocupada para notar algo que está bem na sua frente? Eu perdi a fome, vou na frente.

– E-Eu nã--

– Mas disse. - antecipou enquanto pegava a mochila e rumava para a porta. - Nos vemos na escola.

Droga...! Odiava ficar de mal com o meu tarado preferido... Ele acabava sem fazer mais coisas por mim durante uma ou duas semanas, mas eu realmente não esperava magoá-lo com algo tão banal quanto uma namorada. Ele tinha uma namorada e daí? Ter uma namorada o fará ficar ocupado e o Komo voltará para mim, não fazia mal ele ter uma namorada. Ugh... Eu escrevi mesmo tantas vezes a palavra namorada? Confesso que agora eu estou vermelha, mas não é como se eu me importasse de ele ter alguém, não mesmo, acho até saudável, mas por algum motivo eu pareço incomodada com isso, tanto que o resultado foi o monte de vezes em que eu repeti a palavra.

– Ei, rosinha! Você vai abrir a porta ou não? - dei um tapa em mim mesma e fui atender a porta, pela voz eu já sabia quem era e não estava com vontade nenhuma de vê-la. - Oh, como vai? Eu não te acordei, foi?

– Não, loira. Eu já tinha acordado antes de você se lembrar qual era o seu nome.

– Nanananam. Nada que você diga ou faça me colocará para baixo hoje.

– E o que te deu? - resmunguei mentalmente por não vê-la se irritar. - O Sasuke decidiu te dar bola? Duvido.

– Seria um sonho... - disse quase babando. - Mas... Estou aqui para falar do seu coração partido.

– Hein? Você se esqueceu de tomar o seu remédio hoje? Vão te mandar pro hospício de novo se você não tomar!

– Haha. - pontou depois que eu finalmente enchi sua paciência. - É isso que eu ganho por tentar ajudar? Coices? Pois que morra de chorar!

– Desculpe, esqueci a maquiagem hoje e portanto não posso desenhar lágrimas no meu rosto.

– Ranzinza... - disse entre dentes. - Mas tudo bem. Olha, sei que esse mal humor é normal depois de levar um olé do seu "caso particular", mas quero que lembre que é da Hina que estamos falando.

– Hein? Do que inferno você está falando? - retruquei irritada, ela balançou a cabeça e soltou um "pobre abandonada". - Como espera que eu entenda se você não diz!

– Oe, mula! Tô falando do lance da Hina e do seu amiguinho estúpido.

– Ah... Isso... - murmurei meio incomodada, depois que ela chegou eu esqueci o assunto, mas a maldita me fez lembrar. - Todo mundo já sabe...? Ah! Eu não sou a chifruda da história, sou?!

– Só pra mim. - deu de ombros quando eu chamusquei de raiva. - Mas quem contou foi a Hina, eu sou a única que sabe por enquanto.

– E como foi que os dois...?

– Ah, isso sim é mágico! Quem diria que um bruto tarado estúpido loiro que mora com uma troglodita seria tão fofo!

– Espero que não tenha sido uma maldita indireta.

– Oh, mas não foi. - fez cara de sonsa e completou. - Tudo bem se eu te contar? Não vai doer, vai?

– Eu já disse que não tinha nada com ele! Você mesma que começou a planejar essas ideias ridículas!

– Negação. Primeira pista de que você está quase pirando. - Eu estava quase a ponto de dar uma surra naquela loira metida! Quem ela achava que era para vir até a minha casa pra contar mentira? Poupe-me. - Mas não importa, foi bem assim...

– O que tá esperando? Que uma nuvem brilhante apareça e mostre um flashback?

– Claro que não. - retrucou fazendo-se de ofendida. - Será?

– E você estava contando com isso?! Só diz logo o que aconteceu, porra! - queria tanto me dar um facepalm e ainda de olhos fechados desejar que um caminhão a atropelasse!

– Ô stress! Tá foi assim...

– E não é que veio mesmo!

– Calada!

FLASHBACK

– Oh! Minha unha quebrou! Quem poderá me salvar? - disse a Hina olhando a unha quebrada no tronco.

– Eu! - aparece o Fox vestido como um herói de desenho americano. - Toma aqui essa lixa.

FIM DO FLASHBACK

– Pro inferno que foi assim! Tá na cara que foi você quem fez! E mal pra caramba!

– Argh! - ela soltou umas plaquetas com desenhos mal feitos do Fox e da Hina. - Eu demorei muito tempo para fazer isso, droga! E é assim que diz obrigado, dando coices?

– De... morou quanto tempo pra isso? Faço essas pessoas de palito em dois segundos.

Ela desmanchou a cara de quem aceitara desculpas quando eu completei a minha frase. Ela achou mesmo que eu iria pedir desculpas por nada? Há! É mesmo uma loira desgarrada! Assim que ela percebeu o meu sorriso de canto, o que indicava que eu iria começar a rir bastante da loira por aqueles desenhos e pela cara dela, a mesma levou o queixo de volta ao seu lugar e retrucou.

– Pois saiba que não foi menos porque eu quis caprichar! - acentuou ela ao mostrar um rosto inseguro que até o Fox deveria notar que ela estava mentindo. - Humpf... E ainda se diz amiga da gente...

– Não comece a esfumaçar ainda, loira. - disse em um tom casual ao finalmente me mostrar séria na conversa ridícula que estávamos tendo. - Estou disposta a ouvir se disser a verdade.

– O país satiriza muito as loiras, deveriam declarar isso bullying!

– Como também os gordos, os carecas, os gagos e os doentes mentais... - concordei tentando calá-la. - Então fale logo que droga aconteceu se não quiser que eu te zoe mais!!

– Eita! Os chifres te deixaram foi mais bruta! - dei um relance e uma amostra do meu olhar de raio laser e ela se retratou. - Er... Quer dizer então que está interessada, né? Então pó deixar comigo!

– Só conte o que aconteceu loira de dentista! - hein? Que droga eu tomei agora pra falar isso?

– Então...

Ela começou a me encher o saco com uma história água com açúcar que eu, ainda agora, acho que ela viu em um filme e decidiu me contar. Como ela não sabe contar algo sem fazer mímica e onomatopeias, então eu que conto pra você, Dear. E em uma narração super chique! Vou até colocar uma ruma de palavra que achei no dicionário agora! Pareço uma boba alegre que pela primeira vez viu gente... Ok! Vamos lá... O meu título vai ser... Pula uma linha e descobre!

&~ O Caso Amoroso da Princesa e do Vira-Lata. ~&

Pode dizer! Arrasei né? Eu tô sabendo! Sei que sou uma escritora nos trinques e que nenhum bobo alegre e uma presidente de classe etê vão me fazer ficar burra de repente. Caso queira descobrir de uma vez por todas o que tanto a loira enrolou, Dear, pule uma linha que agora eu conto detalhadamente para você.

Dizia certa amiga minha que, durante as festividades de rua as quais não pude comparecer por problemas em casa, um casal nem um pouco esperado se formou. De um lado um rapaz galante de madeichas loiras desarumadas de um modo peculiar comprando um picolé de amora na feira que havia se formado pouco tempo mais cedo, e de outro uma mocinha ingênua procurando animadamente pelos seus pacotes que certamente haviam de ter chegado no correio onde a rua estava tomada por vendedores ambulantes. A mocinha, tomada pelo desespero quase certo, saiu pelas ruas tentando situar-se em algum lugar enquanto os ambulantes a atacavam com produtos baratos e nem um pouco confiáveis, quando o rapaz deliciava-se do seu néctar de amora distraidamente e viu seu corpo ser atingido por madeixas negras acompanhadas de uma pele albina impecável e ambos caíram no chão, com seu doce ao chão derretendo sob o sol forte.

– Taichou? - questionou ele ao deparar-se com o rosto inconfundível dela. - O que faz por aqui? Está curtindo o festival como eu?

A moça, ainda zonza pelo calor que sentia no lugar abafado, finalmente notou que o garoto a sua frente parecia reconhecê-la apesar de ela estar preparada para mencionar um breve pedido de desculpas e sair uma outra vez à procura dos seus tão mencionados pacotes, sorriu meiga ao ver que aquele que a amparara era, surpreendentemente, seu colega de classe mais rebelde. Ele conduziu-a até um ponto mais afastado da multidão e a acudiu com um copo de água gelada.

– Obrigada, Uzumaki-san. - agradeceu do seu modo doce depois que consumiu todo o conteúdo do copo e desbancou o garoto já esquecido do desastre que ocorrera com seu sorvete.

– Não tem de quê, Taichou. - massageou avidamente sua nuca enquanto mostrava um sorriso completo. - A propósito, o que fazia correndo no aglomerado do festival? Tem sorte de não ter desmaiado. Por quê acha que eu estava comprando um picolé?

– Ah! Poderia me dizer que horas são, Uzumaki-san? - levantou-se num impulso, finalmente relembrando dos pacotes.

– São... - fitou o relógio de pulso. - ... Três e meia. O que tem de tão importante?

– Eu tenho que pegar alguns pacotes que meu pai me pediu. - comentou quase silenciosa. - No entanto, não consigo achar a agência de correios e ela fechará em duas horas.

– Se o problema é esse, deixe-me ajudá-la Taichou! - puxou sua delicada mão enquanto a garota ainda estava processando a informação, causando um rubor no rosto branco. - Só temos de achar os correios, não é? Então pode deixar comigo!

– M-Mas, Uzumaki-san, o que vai fazer? - questionou ainda sendo puxada pelo loiro animado.

– Se esses caras não te deixarem passar com gentileza, Taichou, então eu entro com a força.

– Eu não creio que essa seja a melhor opção...

O jovem esbaforido finalmente encontrara algo para se ocupar. Estava se divertindo na feira unicamente porque não tinha algo para fazer e sua casa estava interditada por placas de madeira, mas agora ele havia encontrado uma maneira de ajudar uma amiga com problemas e do mesmo modo passar o tempo livre que agora tinha. Os dois corriam pelas vielas quase inacessíveis que a aglomeração de bancas e barracas tinha criado, deslocando-se de lugar em lugar pela rapidez e destreza do loiro que desviava de pontos sem fim e ambulantes interesseiros como fazia com as provas de escola. A moça simplesmente acompanhava tudo estupefata, o amigo não mostrava tal interesse nos estudos quanto agora, realmente ele era um caso raro.

– EI! An-chan! Atenda aqui! - berrava ele no pé do prédio vazio. Haviam acabado de chegar em duas bancas que juntas impediam a passagem para o local fixo onde os correios se situavam. - Ei, vocês! A Taichou tem algo a pegar lá dentro, nos deixem passar!

– Está louco, garoto? - quem repudiara fora um dos donos das bancas, furioso pela gritaria. - Se não veio aqui para comprar, saia logo! Vá amolar outro!

– Oe! Que atitude é essa seu idiota?! - retrucou tomado pela raiva ao se ver contrariado. - Não fique impedindo a minha barragem, seu imbecil! E também não foda os ouvidos da Taichou com sua voz irritante!

O loiro enervado tomou o ambulante pelo colarinho da camisa azul que o homem trajava e o puxou para o outro lado do display de comidas que a barraca vendia, empurrando-o para o lado assim que soltou-o. Deu um pulo desesperado para o outro lado do balcão agarrando a cintura da garota pouco tempo depois para puxá-la junto de si, tendo suas mãos envoltas entre si, puxou-a animadamente para os correios enquanto o ambulante continuava a praguejar insultos mirabolantes que envolviam o loiro ao todo. O garoto, ainda ofendido, desagarrou a mão quente da albina e desceu um pouco as escadarias, tudo para mostrar amigavelmente seu dedo do meio, demonstrando que pouco importava para ele o que o homem dizia.
A moça que estava muda, agora ria deleitosamente do seu benfeitor engajado. Que belo herói ela tinha arranjado! Um garoto nem um pouco interessado no estudos que briga por nada e faz o que quer seja a quem doer. Mas ele tinha um modo desajeitado de ser ele mesmo, ela percebera isso quando ele ofereceu-se para lhe ajudar sem nada em troca e tentou a todo custo colocá-la no seu objetivo. Talvez ela nunca tivesse achado os correios sem ele. Apesar de que... Ao tocá-lo, ela sentira um calor agradável e aconchegante, quase como uma vez em que se vira nos braços da mãe durante as férias em um sítio fora de Konoha. Embora esses pensamentos tenham feito ela enrubescer e ficar paralisada enquanto tocava suas mãos.

– Taichou! - chamou pela quarta ou quinta vez antes da garota se ver atônita, procurando quem a tinha tirado do seu estado petrificado. - O que foi? Não ia pegar os tais pacotes para o seu pai?

– Ah, sim. Obrigada por lembrar, Uzumaki-san. - retirou-se dando um pequeno tapinha no rosto do loiro como a primeira parte de um abraço raso. - Sou Hyuuga Hinata, tem algum pacote no nome de meu pai?

– Há alguns. - respondeu o atendente ao abaixar-se e voltar em instantes com cinco pacotes embrulhados. - Em nome dos Hyuuga, não? São todos eles.

– O-Obrigada... - respondeu antes do funcionário sumir para atender outra pessoa que havia conseguido burlar as bancas. - Como eu vou...?

– Taichou, eu poderia te ajudar? - apareceu timidamente ao seu lado, pegando já três das caixas do balcão.

– Você não tem de ir para casa, Uzumaki-san? Já são quase cinco horas, sua família não irá brigar se você chegar tarde?

– Eles não estão me esperando, além do quê você sabe que eu moro na casa da Haruno. Ela não se importa se eu não chegar cedo.

– Então será um prazer. - sorriu previamente ao colocar o peso consideravelmente menor nos braços. - É por aqui Uzumaki-san.

Os dois saíram pela porta dos fundos da agência, evitando, como todos os demais clientes, os ambulantes absurdos que tomavam a rua da frente. Caminharam durante o pequeno decorrer de tempo até que o loiro maravilhou-se com o bairro casual e chique ao qual chegaram. As casas eram brancas e aparentavam ser ricas, era um tipo de condomínio para pessoas de alta classe social onde terminava em uma casa gigantesca no fim da rua. Hinata parou em frente a casa e vasculhou algo em seus bolsos, quando o loiro se viu surpreso ao vê-la empunhar uma chave e a mesma destrancar o portão branco daquela propriedade. Então ela morava ali?

– Taichou... Essa casa é toda sua...? - perguntava maravilhado ao entrar no verdejante jardim.

– N-Não. - declarou incômoda, fechando o portão novamente. - São dos meus parentes. Essa propriedade toda é onde o meu clã mora e essa aqui é onde o principal ocupa, ou seja, acho que é... Parece que essa é mesmo a minha casa.

– Esse condomínio todo é do clã Hyuuga?! Oe, Taichou, você não disse que era rica!

– E eu não sou. Meus pais que são. - gracejou abrindo a porta de correr. - Pode deixar as encomendas ali em cima Uzumaki-san.

– Onde? - questionou após retirar os sapatos e andar livremente pela casa. - Tudo aqui é tão espaçoso! Você tem sorte de poder morar aqui, Taichou!

– Onee-san, você trouxe visita? Deveria ter avisado antes!

Punha-se em frente deles uma garotinha de não menos dois anos mais nova do que os dois. Seus olhos igualavam-se aos da irmã, brancos como uma pérola do mar. Tinha uma feição irritada no rosto infantil, quase como se o fato de Hinata não tê-la dito que traria visitas a ferisse profundamente. Estava usando um vestido branquinho que realçava mais ainda a sua cor albina de pele, não que a deixasse menos bonita ou menos brilhante. Em compensação, seus lábios eram avermelhados, não iguais aos da irmã, que pareciam quase num tom pastel, mas vermelhos como se tivesse acabado de passar um batom natural o que coexistia perfeitamente com seus cabelos escuros e lisos. O loiro observou melhor e resolveu deixar para si o fato de todos os membros da família se parecerem.

– Taichou, essa é a sua irmã menor? - apontou descaradamente para a menor que não gostou nem um pouco da sua falta de educação.

– Onde você arranjou esse mal educado, onee-san? Da ponte?

– Rude! - declarou redimindo-se ao máximo para detrás das caixas. - T-Taichou, sua irmã me assusta.

– Ele é seu subordinado, onee-san?

– Eh? N-Não, Hanabi! - acentuou ainda mais o erro da irmã com mímicas. - E-Esse é o Uzumaki-san da minha classe. Ele se ofereceu para me ajudar com os pacotes do papai.

– Ah... - encarou um pouco de mais o loiro e deu de ombros. - Então tá, pensei que fosse outro dos caras que seguem você... Uzumaki-san, aceita um bolo ou alguma coisa?

– Não, eu tenho de ir logo. - sorriu pondo os pacotes remanescentes no balcão. - Eu até gostaria já que não vou ter nada para comer depois, mas... Não quero incomodar a sua família, Taichou. Sendo assim, eu me retiro.

– Até Uzumaki-san. - declarou rápida, esperando atingir o loiro apressado e recebeu um aceno do mesmo de costas.

– Onee-san, você gosta daquele cara? - questionou se direcionando até a porta de correr aberta de onde se via o loiro correndo pelo jardim.

– Não sei. - declarou vendo o colega bagunçar os cabelos loiros em frente ao portão pela falta da chave e solucionou o problema pulando.

– De uma coisa eu sei, ele é muito mal educado. - fechou a porta ao se ver longe do loiro. - Onde já se viu deixar uma dama sozinha?

Eaí, Dear, sou ou não sou uma pessoa phodástica? Eu sei que você disse que sim porque eu escutei. Mas voltando ao assunto principal, eu e a loira fomos para a escola quase atrasadas, mas como o Kakashi-sensei é um maluco que fugiu do hospício e tá usando um nome falso, ele sequer notou o nosso atraso e relevou, deu para a minha ficha continuar branquinha. Mais tarde, quando o Fox me evitou na saída ao virar para a Hina e começar uma conversa animada, eu tive de barrá-lo na porta de entrada para ele decidir me ouvir.

– Por que está me evitando, seu vira-lata inútil? Você mora na minha casa, não tem como conseguir fazer isso o tempo todo!

– Então me peça desculpas!

– Ora se eu já pedi! Ou melhor, tentei me retratar no momento em que abri a boca! Mas seus dois neurônios não ouviram!

– Nesse caso... - ele mergulhou o rosto em um vermelho profundo. Parando para pensar, até que ele ficava fofo corado. - Desculpe por não te escutar e jogar fora a sua garrafa de leite, Haruno.

– Tá... - meu sorriso desapareceu e minha língua ficou igual a de uma cobra quando eu me toquei. - Você fez o quê?! SEU IMBECIL!! VOU TE COLOCAR PARA FORA EM DOIS SEGUNDOS E VAI DESEJAR NUNCA, NUNCA TER ME CONHECIDO!!

– Harunoo! - gritou ele suando igual a uma cascata de tanto medo. - Desculpadesculpadesculpadesculpa!

– Imbecil... - agarrei seu colarinho levando meu rosto perto do dele. - Nunca, nunca mais jogue fora uma das minhas garrafas de leite ou eu, bom, você não vai mais estar vivo pra saber.

– Eu prometo, Haruno. - quase vi lágrimas saírem do rosto dele e então soltei-o, de repente o meu rosto tinha ficado vermelho sem que eu soubesse ou deixasse. - O que houve, Haruno? Por que está vermelha?

– E-Eu não estou...! - cerrei meus dentes. Droga de idiota abusado! Me fazendo ficar vermelha por nada e derramando o meu precioso leite integral (porque eu não quero engordar). - Que seja! Eu vou dormir e não quero que me perturbe.

– Haruno. - ele me chamou mais uma vez, agora com o Komo no colo que trazia o controle remoto da TV, estava na hora do programa que eles assistiam juntos. - Obrigado por entender.

Ele sorriu mais uma vez. Merda! Era como se um sorriso dele pudesse me fazer ter um sangramento nasal! Que droga eu tinha tomado de manhã?! Concordei nervosamente e subi as escadarias depressa, quanto menos ele me visse vermelha, ele nunca suspeitaria porquê. Essa é uma das vantagens de se ter um amigo lerdo: ele nunca descobre que você cora por causa dele.

Dear,

Que tal me escutar mais um pouco? Sei que pareço estar louca quando digo que fiquei nervosa quando pensei na Hina e no Fox juntos e corei quando parei para pensar no que a minha mãe me dizia quando eu batia em alguns garotos que até choravam, mas é sério. Acho que eu estou com ciúmes daquele tarado estúpido. Inferno! Por que a mamãe tinha que dizer que quem briga se ama?! Droga... Logo agora que eu iria sair com o Sasuke! Então não pense no imbecil, Sakura, pense no príncipe! E ele nem trouxe o meu picolé naquele dia! Também não venha nem você ou uma lembrança da mamãe me dizer que com o amor não se brinca! Eu e o Fox? Inexistente! E passe bem!

Ja Ne!


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? O mais cedo que eu puder posto outro. Até!



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