Bem, apesar de apenas estar uma semana em Konoha, não posso dizer que ela foi chata. Não depois de Fox me arrastar por quase toda a cidade em busca de uma palheta autografada. Eu, claramente, fiquei muda assim que ele me falou e pelo modo como ele me chamou para falar. De início, eu estava sentada na minha cama lendo algum livro idiota que eu comprei durante uma feira que teve na escola, estava tudo bem, excerto pelo meu estômago roncando e a minha falta de vontade para levantar e comer alguma coisa. Então, como se ocorresse um dejavú de dias atrás, as coisas tomam o efeito dominó, me levando ao chão quando escorreguei no lugar molhado. Estranhei o quanto aquele local tinha água até que segui o rastro à porta do meu banheiro, devo mencionar que o barulho de água corria solto e que eu tenha corado ao pensar em QUEM estaria ali. Não precisei de muito para abrir a porta e dar de cara com um loiro sorridente, envolto de uma toalha e coberto pelo vapor do banho quente.

 - Haruno, como vai? - sorriu. Ele tá morto! Preso! Esganado!

 - Eu posso saber com o que diabos você entrou aqui sem permissão?!

 - Meu banheiro quebrou e eu achei que não tinha problema.

 - Problema o caramba! O Problema! Você não tem miolos nessa sua cabeça de vento? Como que vem tomar banho no quarto de uma garota? Ainda mais quando ela está indisposta!

 - Pô, escutei os seus roncos e achei que tava dormindo, não tava? - ah cara! Eu tive de me conter! É pelo bem da humanidade.

 - Não, eu não estava. E pra sua informação, eu não ronco. Só estava com fome.

 - Eu não sabia que a fome roncava, quando descobriu isso? - ele tava pedindo! Só um, unzinho!! - É algum tipo de anormalidade? Você é mutante, Haruno?!

 Pronto. Ponto. Fim. Acabou. Fox já estava no chão do meu quarto com um galo enorme na cabeça e que, ainda por cima, soltava fumaça de tanta força que eu coloquei. Me chamar de anormal, quem o idiota pensa que é??

 - Ouch... Ha-Haruno... I-Isso doeu... - pronto, ele já estava desmaiado com os olhos brancos. Fazer o quê? Idiotas e tarados são os piores tipos de pessoas.

 - Ei, Fox, pra onde você vai? - sentei na cama e cruzei as pernas, nem um pouco a fim de olhar pra ele. - Pra um encontro? Duvido que alguém tenha te convidado.

 - Eu preciso responder...? - resmungou, aconchegando-se no chão como se fosse dormir lá. Folgado! - Você acertou, eu vou sair com alguém e é com você.

 - Eh? - minhas bochechas rosaram, eu estava pasma. Hein? O tarado ia sair comigo? - O-Olha, acho melhor você se explicar.

 - Hehe, eu só queria ver se você ia notar. Estou brincando. - ele abriu um sorriso. Te mato, maldito! - Ou quase isso. Podia me ajudar a procurar uma coisa? É bem importante, sabe.

 - Não tenho culpa se você é desleixado, procure você o que perdeu!

 - Ei, não seja rude! Eu só estou pedindo um favor. - retrucou, me olhando com cara feia. Uh, que meda! Cara feia pra mim é fome, otário! - E você nega isso ao seu salvador?

 - Essa história do beco de novo não... Faz assim, eu vou e você cala a boca.

 - Lecalz! - berrou fazendo uma dancinha mega ridícula e... Ei! Ele vem na minha direção! Não! Stop cidadão! - Valeu mesmo!

 - É... Agora dá pra sair de cima? - resmunguei contendo o rubor. Garoto burro! Devia ir pro buraco! - Eu não gosto dessa posição... Ainda mais quando... Saí daí!

 A reação foi imediata. Em instantes ele estava de pé com a toalha em mãos e no corpo (bom mesmo!) com gotas e três tracinhos caindo sobre a testa, com um fundo roxo e os olhos brancos. Uêba! Ele tava dando piti de medo! Bocó...

 - Ois? Tudo bem contigo? Tá vivo, fio? - acenei a mão na frente dele e ele cedeu.

 - Whaaa! Não me bata, Haruno!! - Baita desgraça! E eu nem podia olhar pra baixo! O ridículo deixou a toalha cair e ainda por cima na minha frente! E eu não teria... Sem pensamentos perversos, Sakura! Nenhunzinho.

 - Uh... É... Fox, poderia apanhar sua toalha de volta? - virei para o lado só por precaução. - Eu não gostaria de vê-lo assim.

 Mentirosa... É claro que gostaria... (olhares mortais para a Inner) Tá, não gostaria mesmo, não mesmo! Nunquinha!

 - Você não vai me estapear, jogar pela escada, dar um chute, jogar coisas em mim nem nada, né?

 - N-Não, quem afinal você pensa que eu sou?!

 - Nem me deixar sem comida, água, me trancar em uma masmorra, me deixar sem minhas revistas nem nada, né?

 - Que tipo de anime você anda vendo?! Eu tenho cara de bruxa má por acaso??

 - Na verdade...

 - Não ouse terminar essa frase! Ou então é rua pra você.

 - Okay, okay. Pode virar agora. - e eu virei, claro, só que ele veio pra cima de mim com aqueles olhos de cachorro de Pet Shop e pra piorar o Komo chegou e reforçou ainda mais e não deu outra, eu cedi.

 Ah, Kami! Por que você faz isso com as pessoas? Eu poderia ser uma garota perfeitamente normal do segundo ano sem as idiotices do Fox e principalmente sem ter de aturá-lo sob o mesmo teto... Não, eu não poderia. Estúpido cabelo cor de rosa e estúpida testa de alvo! Eu invejo a presidente, com aqueles melões sem nem fazer esforço... Mas o caso não é esse, o caso é que tive de ir com o marmanjo procurar a tal coisa que, se eu soubesse o quão idiota era antes de sair, nem teria saído para início de conversa. Entretanto, a pirraça já tava feita e desgraçada.

 Esperei nem sei quantas horas na sala até que o lerdo saísse do andar de cima e viesse logo, mas o infeliz parecia querer me irritar... Olha que a bruxa ta solta! Felizmente pra mim e para a minha paciência, Fox voltou saltitando ( ou nem tão queima-filme assim) e abriu um daqueles sorrisos dele. Como uma pessoa tão necessariamente sem noção pode ser tão... Tão, sem palavras? Oks, voltando ao relato ridículo... Ele tinha tirado o estilo do que vestir de qualquer ator ou cantor que não durou mais de uma hora no estrelato, sério, parecia um mulambo. Não sei se a calça rasgada era estilo ou ele mesmo tinha se cortado em uma das suas espetaculares saidinhas, mas a blusa polo meio branca tava até legal, exceto pelos tênis horrorosos. Não sei um fio sobre moda, mas que aquele par de monstrengos estava assustador, até o homem mais idiota do mundo perceberia, ou não, talvez esse homem seja ele.

 - Por que os olhos gordos? Tem alguma coisa errada? - questionou me fitando como se estivesse desapontado e aí uma das poucas ideias que ele teve lhe veio à cabeça. - Tem pasta de dente no meu rosto? Pode ter ficado já que nem tenho um espelho.

 - Google diz: Você quis dizer o que não tem de errado. - aí ele coçou a cabeça, idiota... - Você tá parecendo um mendigo, droga! Tenta pelo menos se vestir como uma pessoa normal.

 - Uh... Mas eu não ligo, vamos logo ou nunca vamos achá-la. - um puxão e ele caiu no chão, eu sequer tinha movido um músculo, não sairia com um mendigo, nem nos meus piores pesadelos.

 - Nem toscando. Eu não saio com mendigos, ou seja, não costumo fazer caridade. Se vai mesmo me levar, se vista como alguém normal. - também não sairia com tarados, mas isso é outra história...

 - Se você não vai... - eu não gostei do tom que ele terminou a frase. - Então eu te levo!

 - PQP! Me solta seu louco tarado! Aproveitador de velhinhas e garotinhas inocentes! - e tasquei um tapa nele.

 - Poxa! Tenta ao menos me tratar como alguém! Não é como se eu fosse um tarado! Foi um acidente! Nem era pra ter acontecido mesmo!

 Poxa... Fiquei com pena. Aí não teve jeito mesmo, depois da discussãozinha a gente já estava pelas ruas de Konoha, procurando uma palheta autografada de uma banda sei-lá-o-que-mais, eu não decoro nomes, principalmente quando são estranhos pra caramba. Mas até que estava legal, sabe, isso de passear. Eu nunca me dei bem com ambientes abertos, acho um saco ficar vendo tanta gente careta se contorcendo nas ruas por algo. Continuando, Fox estava farejando tudo quanto era lugar parecendo o cachorro que ele é, até que o cidadão oxigenado me puxou tão brusco, mas tão brusco que pensei em jogá-lo para a outra face da Terra só pra ele sentir o gostinho. E isso, caro confessor, seria totalmente impossível se eu não estivesse distraída com... Uma cena bem bizarra. Tá! Eu tava vendo um vestido de vitrine. Também sou uma garota, apesar de nem parecer...

 - Ali, ali!! - berrou ele assim que viu um cara, que se eu fosse uma piranha eu diria: "Eu pegava".

 - Ali o quê, Fox? Eu só tô vendo um cara com uma guitarra e uma palheta na mão, que tem de mais?

 - É o guitarrista da TWD! - ele tava tão histérico por causa do cara que, eu juro, ele parecia a garota e eu o garoto. - Sério que você não conhece? De que planeta você veio, Haruno?

 - Do que vai te socar se não se comportar como um cara normal! - minha veia da testa tava pulando e, em breve, seria eu que iria pular nele com todo esse papo de TWD. Sério, quem são esses caras?

 - Tá, tá. Agora deixa eu ir até lá pegar meu autógrafo.

 - E eu faço o quê? - já tava suspeitando do porquê ele tinha me chamado. - Fico assistindo você pagando pal pro cara? Há, essa eu dispenso.

 - Você... Você fica aqui e nem aparece, tá? - ele deu um risinho e eu bufei. - Não quero que ele se assuste com a sua cara...

 - Ele vai se assustar com a sua depois que eu te matar! - nem deu tempo de eu, em minha atual fase "chefão de game", dar pelo menos um safanão no Fox, o desgraçado correu rápido.

 Eu tive de quebrar duas caixas de madeira e amassar completamente duas lixeiras pra me controlar (se não virava o Hulk). Maldito seja ele! Sempre me tirando do sério! Acho que um dia o esfolo inteiro. Mas pra mostrar que ele tava errado, essa semana eu pesquisei sobre essa tal banda, sabe, TWD. Ela é composta de cinco garotos gatos e uma garota melhor do que eu (lá vou eu me rebaixando...), mas o caso é que eles são o tipo de banda chiclete, aquelas com umas músicas de uma só sílaba, por isso tanto idiota gosta... Sim, foi uma indireta! E agora, eu posso esfregar tudo isso na cara dele só pra me vingar. MUAHAHA! Sou tão má... Mas o que eu tava falando mesmo? Ah, o Fox! Poisé, o loirinho foi lá e pediu um autógrafo, o cara tirou uma palheta do bolso e tentou, ridiculamente, escrever nela. Eu não sei se você já viu uma droga de uma palheta, mas o troço é tão pequeno que nem um rato escrevia nele! Mas o cara milagroso do jeito que é conseguiu escrever o nome dele na droga de palheta.

 Voltando a minha narração épica... Tô me achando... A gazela do dia voltou saltitando com a tal palheta em mãos, ele tava tão feliz que o sorriso dele ultrapassava o rosto e ia da esquina ao centro da cidade. Só que o meu oxigenado preferido deu sopa e deixou o objeto cair. Claro que só ia dar merda! Um cara veio e pisou nela, a raposinha ficou P de raiva. Mas o que eu não contava era que o cara fosse tão familiar... Ah, meupadreamadodacunha! Eu sabia que não devia ter saído de casa hoje! Sabia! Meu horóscopo até tentou ajudar e no que deu? A abestalhada foi pela besta mais idiota ainda! Adivinha o que tava na minha frente? O senhor sobrancelhas ridículas! Me deu vontade de fazer que nem os desenhos animados, sabe, acumular poeira com os pés e me mandar dali, mas eu tive medo de ele ser mais bizarro do que parece e fazer o mesmo atrás de mim.

 - O que foi, Uzumaki? Perdeu alguma coisa? - de fato, ele perdeu mesmo. Mas duvido que o loirinho esquentado não fosse revidar.

 - Não, só estava me perguntando que tipo de animal soltou o monte de bosta na minha frente. - hilário! Até que enfim o único neurônio dele funcionou.

 - Então fica pensando. - caraca! Achei alguém mais burro que o Fox. - Sakura-chan! - ele se voltou pra mim. E que intimidade é essa!? Nem o tarado do lado me chama pelo primeiro nome!

 - O-Oi... Rock Lee, né? - se o tapado prestasse atenção, veria que a minha cara estava tão horrenda que sequer se aproximava.

 - Oh!! Mil vezes oh!! Ela sabe o meu nome! Sabe, sabe mesmo! Ha-Ha!! Hu-Hu!! Ela se lembra!! Yeahhh!! - ele começou a fazer uma dancinha da vitória mais ridícula que a do loiro. Na boa, quero distância desse cara! Se for preciso eu peço até uma ordem judicial.

 - Er... O que... - tive de engolir meu orgulho e a minha inner que gritava "Vai pro inferno seu sobrancelhudo fora de moda!" pra tentar iniciar uma conversa normal. - O que veio fazer por aqui, Rock Lee?

 - Hã? Só Lee, gatucha. - eu estava cada vez mais vermelha, não de vergonha, de raiva. - E eu vim comprar algumas coisas que sirvam como equipamento para o meu treinamento secreto.

 - Sério? - pergunta clichê, sei, mas o cara não tava dando escolha. - Uh... Ah, que legal... E de que tipo?

 - Oh!! Ela está interessada! tá mesmo! Ah meu Kami!! Uh-hul!! - eu queria que ele calasse a boca de uma vez, mas aí ele virou com uma pose ridícula de galã da novela das oito. - É secreto, gata. Mas se sair comigo talvez eu te conte. Hein, o que me diz? - e ele piscou!!

 - Eh... Uh... - daí eu me toquei que o Fox ainda estava ali, tentando concertar a palheta esmagada com lágrimas nos olhos. E mais uma das minha ideias geniais veio a tona. Puxei o loiro pelo braço e mostrei um sorriso amarelo. - Olha, não vai dar porque... Porque o Fox já tá me ajudando com uns materiais que eu tenho que comprar. Quem sabe outro dia?

 - É... - ele baixou a cabeça e a erguiu de novo. - Ah! Você ainda tem o papel que eu... Ué? Pra onde ela foi?

 Ah tá que eu ia ficar! Na primeira oportunidade, coloquei toda a minha força nas pernas e corri que nem um carro de fórmula 1 segurando o Fox pelo braço que, por mais queima-filme que seja, estava cantarolando uma canção sobre a tal palheta quebrada, como se tivesse em um enterro. Admito que eu não ligava tanto para o meu colega tarado, mas eu meio me senti culpada e como se todos os meus ossos estourassem, eu parei de andar e fui até o tal guitarrista que a essa hora já estava rodeado de fãs loucas. Derrotei uma por uma aos tapas, nem me importei quando o cara ficou com os olhos brancos quando eu cheguei perto dele, mas aí eu puxei uma palheta do bolso da jaqueta dele e o fiz assinar. Cara! Depois daquilo eu não ia fazer nada mais pelo Fox.

 - Toma e vê se para de chorar. - joguei a palheta novinha em folha. - Afinal a gente ainda tem que comprar algumas coisas lá pra casa.

 - Você... Você fez isso por mim? - eu acho que fiz mal em fazer caridade, porque o cara começou a soltar mais lágrimas ainda. - Eu te amo, Haruno!

 - Uh... Tá legal, agora me solta. - ele tava parecendo um carrapato. - Eu já mandei soltar!

 - Nha! Valew! Valew mesmo!! - e ele saiu saltitando na frente. Sério, esse cara é muito queima-filme...

 - Ei, não fique se-

Caramba! Que tombo do nada! Quem foi a parede que me acertou? E o mais importante, alguém anotou a placa do carro?

 - Idiota! Parece que não olha por onde anda! É cego, seu... Hein?

 De repente toda a minha raiva se suprimiu e lá estava ele, um cara alto, meio forte de cabelos negros e olhos bem brilhantes, para não dizer que pareciam prata. Há! Era ele mesmo! O nome... Uchiha Sasuke. E meu... Que gato! Ele ainda me ajudou a levantar com um breve e passivo pedido de desculpas, mas eu - no estado songa-monga - fiz "hã?" e continuei fitando ele, talvez eu estivesse babando... Quem sabe? Aí eu balancei a cabeça, ele não valia tudo o que eu estava pensando. Olhei diretamente para os olhos dele e comecei a falar... Bom, ao menos eu tentei. Estava quase muda quando tudo o que disse foi:

 - Ah, sim. M-Meu... S-Sakura, eu me-

 - Haruno Sakura, sei. - ele me interrompeu com um sorriso fino. - A aluna nova que chegou na Akihane há algumas semanas. - eu acho que fiquei meio boquiaberta, mas aí ele continuou. - Lee deu um jeito de descobrir tudo sobre você. Eu apenas decorei.

 - Ah... - acho que no fundo eu estava decepcionada por ter como primeiro admirador um cara estranho. - E você é o Uchiha Sasuke, né? Acho que Teme, não é mesmo o seu nome.

 - Então você andou pesquisando sobre mim? - se eu fosse descrever a expressão dele em uma palavra, diria que ele estava admirado ou talvez surpreso.

 - Ora, veja... Você é o cara mais popular da escola. Não tinha como eu não saber o seu nome. Além de que eu estava com o Fox, lembra?

 - Foxy? - eu simulei um riso. Tá aí um apelido que o irritaria. - Ah, o cara da sala B-3 do segundo. Não devia andar com ele, dizem que ele é um tarado.

 - O Fox? Não. - dei um falsete no "não". - Ele é só um pouco... Incompreendido. Só isso. E você não está falando isso só porque tem uma rixa com ele, está?

 - Aquele ladrãozinho? Não mesmo. - e soltou um "humpt" antes de continuar. - Mas talvez eu esteja preocupado com você.

 Acho que corei. Eu estava corando muito hoje, talvez estivesse doente, é... A gente ficou se olhando com o barulho das pessoas na rua como fundo, acho que por um bom tempo. Até que o celular dele tocou e ele teve de atender. Escutei algo como "nii-san", "não estou com vontade", "leve todos com você" e por último um praguejamento de "inferno". O Uchiha voltou a me olhar e eu fiquei calada, até que ele tomou a iniciativa.

 - Bem, eu tenho que ir. Foi uma ótima conversa. Deveríamos nos ver mais vezes, Até! - e acenou com o braço esquerdo antes de dar uma pequena corrida e voltar a velocidade normal.

 - Cara estranho... E falando nos esquisitos, aonde foi parar o meu inquilino? - falei sozinha mesmo, não tô nem no hospício para me chamarem de louca. - Aquele idiota não vive sem mim... Acho que vou começar a cobrar aluguel...

 Dear,

   Eaí! Como foi o seu dia enfurnado na minha escrivaninha? Acho que muito melhor do que o meu... Pra começar, o cara do lado é um completo idiota e me arrastou para procurar... (tambores rufando) Thãm-Thãm-Thãm-Thãm! Uma palheta de tocar guitarra! Teme!! Pra que diabo ele ia querer uma palheta se nem uma droga de guitarra ele tem? É mesmo um imbecil, uma anormalidade da face da Terra, só pode! Fora "As Aventuras de Haruno Sakura e o seu Idiota de Estimação", até que foi legal dar uma esticada nos ossos. Principalmente pela parte do Uchiha, cara legal, bem bonito (pra não dizer gostoso) e compatível ao meu nível! Auew! A gente se fala outra hora, tenho que tentar matar o Fox mais uma vez antes de dormir, então eu vou demorar.

 Até e Tchauws!