Dia De Tanabata escrita por Lakali


Capítulo 5
Tudo acaba em Saquê


Notas iniciais do capítulo

- Sakura Mochi: massa de arroz cozido com corante vermelho entornado com folha salgada da cerejeira;



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Eles já estavam sem fôlego quando interromperam o beijo. Por mais que não quisessem precisavam de ar.

– Minha doce Kaoru, fala Kenshin enquanto acaricia seu rosto, suas respirações ofegantes tentando voltar ao normal. Você não respondeu a minha pergunta.

– Sua pergunta? Indaga Kaoru, totalmente alheia a qualquer coisa que não fosse Kenshin e aquele beijo.

– Já se esqueceu?

– Você me distraiu.

– E vou adorar distrair você de novo. Mas antes me responda, vai me esperar?

Ao ouvir sua pergunta, Kaoru aprofunda o abraço colocando seu rosto no ombro de Kenshin. Ela aproxima sua boca do seu ouvido e responde:

– E não é isso que tenho feito Kenshin? Tenho esperado você todo esse tempo, desde que você entrou neste dojo. Você diz que dessa vez não será por muito tempo, mas eu te conheço. Se alguma coisa acontecer, se o governo precisar, você não vai hesitar. Mas mesmo que seja assim, eu jamais poderia deixar de esperar pelo homem que eu amo.

– Kaoru.

Eles ficaram assim por um tempo. Apenas apreciando a presença um do outro. Sabendo que não importa o que aconteceria, eles estariam sempre voltados um para o outro. Com Kaoru em seus braços, Kenshin olhou para o céu e viu o sol se pondo. Ele acariciou seus cabelos mais uma vez, antes de se afastar.

Ao sentir que ele estava se afastando, Kaoru o olhou surpresa.

– É melhor irmos. Já estamos muito atrasados.

Ela então percebe que eles ficaram muito tempo ali, e que a tarde já estava chegando ao fim. “Nem percebi o tempo passar” pensou.

– Sim, vamos. Com certeza perdemos o início das apresentações. Os outros devem estar impacientes pela nossa demora.

– Foi por uma boa causa, Kenshin responde.

Eles se olham carinhosamente enquanto o rosto de Kaoru cora novamente.

– O que vamos dizer a eles?

– Primeiro quero que você entenda que vou manter o mesmo comportamento de antes com você. Será mais fácil pra mim assim.

Ao ouvir isso Kaoru abaixa sua cabeça, olhando para o chão. Seus olhos querendo ficar marejados. Kenshin toca seu rosto, levantando sua cabeça e a forçando a olhar para ele.

– Será por pouco tempo.

– É que sua definição de tempo é um pouco complicada, diz ela forçando um sorriso.

– Dessa vez não vai ser. É só o tempo de eu resolver algumas coisas. E esclarecer outras. Complementa com o tom de voz mais baixo.

Ela perceber a mudança em seu tom de voz. E talvez por um segundo, caso não fosse sua imaginação, um pouco de tristeza em seus olhos. Ela ficou preocupada.

– O que quer dizer com isso?

– Não é nada, não se preocupe. E então vamos?

– Vamos, responde sabendo que não adiantava insistir. E também não queria estragar o que havia acabado de acontecer entre eles. Mas ela sabia que tinha algo ali. Era quase como se pressentisse. Mas já haviam passado por tanta coisa que uma a mais não iria destruí-los. Não iria, iria?

Ele percebeu em seu semblante a preocupação que ela tentava esconder. Ele não queria que ela ficasse pensando no que ele disse. Aproximou-se novamente dela, suas mãos a puxando novamente, sua boca roçando na dela. Ele sentiu sua mudança na hora.

– Ao invés de você se preocupar com o que eu disse, e que no momento não significa absolutamente nada de importante, você deveria aproveitar melhor o momento.

Assim que ele terminou de falar ele a beijou novamente.

– Mas nós estamos atrasados, tentou dizer. Os outros podem voltar para ver se aconteceu alguma coisa. “Não seja burra Kaoru, pare de falar” pensou consigo.

– Eles não se dariam ao trabalho. Além disso, eu pensei melhor. Nós já estamos atrasados mesmo. Demorar um pouco mais não vai mudar esse fato. Dito isso, ele se afastou um pouco, e olhou nos olhos que sempre tiraram seu sono. Olhou para aquela boca que ocupava seus pensamentos a um bom tempo.

– Você quer ir agora? Ele perguntou.

“Você diz que dessa vez não será por muito tempo, mas eu te conheço. Se alguma coisa acontecer, se o governo precisar, você não vai hesitar” lembrando-se do que falou agora a pouco para ele. E dos vários momentos que sempre desejou estar com ele. Sentir sua boca, ter seu carinho. E mesmo que ele tenha dito que seria por pouco tempo, e por mais que ela acreditava nele, ela sabia como ele iria reagir se algo acontecesse.

– Não. Não há outro lugar que eu queria estar agora a não ser aqui com você. Todo o resto do mundo pode esperar. Disse, enquanto passava sua mão pelo pescoço dele e o puxava para si.

***

Eles se encaminham para fora do dojo. Ela jamais iria imaginar que seu dia acabaria dessa forma. Ela estava nas nuvens. E então, ela sai do dojo e vê Yahiko sentado no chão, encostado no muro, olhando para eles com uma cara muito maliciosa.

Não, ela não estava mais flutuando nas nuvens. Ela estava em queda livre. “Será que ele viu alguma coisa?” pensou. “É claro que ele viu. Dá pra perceber pela cara dele. Se Sano o visse iria se orgulhar”.

Mal acabou de pensar Yahiko se levanta com um olhar malicioso para os dois.

– Olá Yahiko. Não percebi você chegar. Diz Kenshin,

– É porque você estava muito distraído Kenshin, respondeu, vendo Kaoru ficar vermelha.

– Vo-você esta ai há mui-muito tempo? Gagueja Kaoru.

– Já tem algum tempo sim. Na verdade, bastante tempo.

Kaoru não sabia antes, mas hoje ela estava tomando conhecimento que seu rosto poderia ficar de vários tons diferentes de vermelho. Nesse momento, ela imaginou pelo calor que estava sentindo na face, que ele estava vermelho escarlate cintilante.

– E porque não nos chamou? Pergunta Kenshin já se arrependendo de ter aberto a boca.

– Porque não chamei? Sério Kenshin? Responde com um sorriso totalmente aberto agora. Bom, eu não queria atrapalhar. Afinal, não se vê aquilo todo dia. Mas acho que vocês não teriam notado se eu tivesse chamado.

Yahiko estava adorando. Kaoru estava totalmente desconcertada e Kenshin não sabia o que falar para tentar contornar a situação. Ele precisava agradecer ao Sano por tê-lo mandando ver o que estava acontecendo com aqueles dois. Talvez não se vingasse dele afinal.

– Melhor irmos andando, fala Kenshin. As apresentações já devem ter começado e os outros devem estar preocupados.

– Eles vão querer saber por que se atrasaram, diz Yahiko em um tom insinuante, jogando mais lenha na fogueira.

Kenshin olhou para Kaoru, totalmente sem graça, e resolve dar um basta naquilo.

– Olha Yahiko, tenho certeza que..

– Mas assim que eles olharem para a Kaoru eles vão perceber que ela demorou muito tempo para se arrumar, não é mesmo? Yahiko completa. Afinal, ela está até apresentável.

Kaoru e Kenshin olham para Yahiko surpresos. Ela ficou tão surpresa que não considerou o que Yahiko disse no final.

– Você não vai dizer o que viu aq...

– Eu não vi nada Kaoru. Respondeu Yahiko, interrompendo-a.

– Mas...

– Kaoru, Yahiko só está querendo ser educado.

– Não necessariamente. Digamos que tenho meus interesses.

– O que quer dizer com isso? Pergunta Kaoru

– Nada demais, eu só estava pensando que talvez vocês pudessem fazer algumas coisas em troca.

– Você não esta pensando em nos chantagear não é? Diz Kenshin olhando para ele. Porque se está, você não vai gostar do que vai receber em troca. Kenshin já estava cansado daquilo e não pensou duas vezes em fechar a cara pra Yahiko e o ameaçar. Mesmo que fosse só pra botar medo nele.

– Isso não funciona comigo Kenshin, responde Yahiko dando o mesmo sorriso de antes. ”Kenshin não vai fazer nada comigo... não é? Ai meu Deus, eu estou ferrado!”. Mas eu falei isso só pra me divertir um pouco. Não vou contar nada do que vi... ou melhor, eu não vi nada. “Eu prometo! Eu prometo!”. Agora, o que acham de irmos? Se demorarmos mais quando chegarmos já terão terminado todas as apresentações.

– Yahiko... Diz Kaoru, não conseguindo acreditar que ele não ia contar para ninguém.

– Sim vamos. Responde Kenshin.

Eles começam a andar, Kenshin coloca sua mão no ombro de Yahiko que olha para ele. Kenshin fala:

– Obrigado.

– Não esquenta. Diz Yahiko fazendo um sinal de positivo com o polegar.

***

Após andar por uns 20 minutos, ele achou uma hospedaria e passou pela porta. Seus olhos correram pela recepção registrando tudo o que via. A recepção da hospedaria não era muito grande, mas estava limpa e apesar de poucos objetos, estava bem decorada. Havia alguns assentos à direita da porta, bem como uma pequena mesa com algumas revistas. Ao lado havia uma escada que provavelmente levava aos quartos que eram alugados. A sua frente um balcão, não muito grande. Atrás deste havia um armário, onde deveriam ser guardados alguns documentos ou objetos. Também havia um quadro com os números dos quartos, e os que ainda não estavam ocupados tinham suas respectivas chaves embaixo do número. Também havia uma porta que estava entreaberta. Provavelmente levando à cozinha da hospedaria ou alguma coisa do tipo.

Ao se aproximar do balcão ele foi saudado por um homem, de aproximadamente 32 anos. Ele tinha estatura mediana e cabelos pretos, seu semblante apresentando sinais de cansaço. Mesmo assim sua voz era cordial, demonstrando a esperança de ter mais um hospede.

– Boa tarde senhor. Em que posso ajudá-lo?

– Boa tarde. Eu gostaria de alugar um quarto.

– Claro! Será um prazer ter o senhor como hospede, respondeu o homem já com um brilho nos olhos. Afinal, manter o negócio as vezes era difícil, e sempre que surgia um hóspede era um alívio nas contas.

– Não tenho certeza, então deixe a locação em aberto, por favor.

– Como o senhor quiser.

O homem fez algumas perguntas a fim de preencher o cadastro. Ele se informou do valor do aluguel, e do horário que eles arrumavam o quarto. Aproveitou e também se informou do festival que estava acontecendo. Por fim ele assinou o papel de locação e após pegar as chaves do quarto subiu as escadas. Ao chegar ao corredor no andar de cima, foi passando pelas portas e verificando o número.

Parou de frente a porta com número 7. Colocou a chave na maçaneta e abriu a mesma. O quarto não era muito grande, mas era espaçoso o suficiente para ser confortável. Havia uma janela que dava para a rua, uma pequena mesa com um jarro de flores e duas cadeiras a um canto. Também havia um armário embutido na parede adjacente à da janela. Uma porta de correr dividia o cômodo ao meio. Assim, para dormir, poderia se fechar a porta e isolar-se do restante do quarto. Outra porta levava ao banheiro.

Após entrar e fechar a porta, ele deixou a mala que trazia em um canto. Foi até o armário e retirou de lá uma toalha e foi direto para o banheiro. Ele ainda ia sair para dar uma volta na cidade, mas antes disso, ele precisava de um banho.

***

– Há, finalmente vocês chegaram, disse Megumi. Vocês já perderam três apresentações de dança.

– É nós demoramos um pouco, respondeu Kenshin.

– E onde está a Kaoru, Kenshin? Quem é essa moça ai? Pergunta Sano.

– Como assim quem é essa moça, Sano. Sou eu ora. Kaoru.

– Ha!!!! O que!? Gritou Sano apontando para ela. Kaoru?? Mas, mas.. vocês está... como é possível...

– Está explicado por que demoraram tanto, diz Megumi com um pouco de sarcasmo, mas em seus olhos havia surpresa ao olhar para Kaoru. De qualquer forma, é melhor se sentarem. Vocês estão na frente das outras pessoas.

Eles olharam ao redor e já estavam vendo que todos estavam olhando para eles e que a expressão das pessoas não era a das melhoras.

– Ha... desculpem, diz Kenshin para as pessoas mais próximas.

Eles se sentam, e começaram a assistir a apresentação que esta sendo realizada no palco.

– Yahiko, me diz uma coisa, pergunta Sano em um tom de voz baixo, para que apenas Yahiko pudesse escutar. Vocês demoraram esse tempo todo só esperando a Kaoru?

– Bom Sano, você viu como ela está não é? Acha que pra Kaoru ficar assim seria rápido? Ele estava morrendo de vontade de contar o verdadeiro motivo. Mas ele deu sua palavra a Kenshin.

– Calem a boca vocês dois, diz Megumi. Vocês já estão incomodando demais.

Depois de algumas respostas desaforadas de Sano, e reclamações de pessoas que estavam em volta – sim, de novo – eles finalmente ficaram em silêncio, apenas apreciando a dança.

***

Algum tempo depois ele já estava vestido e pronto para sair. Ele saiu da hospedaria e caminhou devagar pela cidade. O sol praticamente já sumia no horizonte, e o céu já estava praticamente escuro.

Ele andou pelo comércio vendo os restaurantes, casas de apostas e lojas com suvenires abertos. Essa época o comércio fica aberto até mais tarde, para aproveitar os turistas.

Depois de vagar sem rumo pelas ruas ele pediu algumas informações, e se dirigiu para o lugar onde estavam sendo realizadas as principais apresentações. Fazia algum tempo que ele não participava de festivais assim, e gostaria de relembrar alguns desses momentos.

Após para em uma barraca e comprar alguns Sakura Mochi, seus preferidos, ele se encostou a uma árvore e ficou vendo a dança que estava acontecendo no palco. Depois aconteceram mais duas danças, e então foram encerradas as apresentações daquele dia. É claro que isso não significava totalmente o fim do festival. As pessoas ainda iriam passar nas barraquinhas que foram montadas, conversar com as pessoas, parabenizar os dançarinos, enfim, todo um processo antes de das ruas estarem realmente desertas.

Como ele não conhecia ninguém por ali, ele resolveu sair assim que as danças acabaram. Ele queria chegar uma coisa e este era o momento perfeito, já que provavelmente todos os moradores, ou quase todos, estavam no centro da cidade.

Ele começou a caminhar se afastando do centro da cidade, e do barulho das pessoas conversando. Após alguns metros, ele apressou o passo. Apesar de sua ansiedade, ele não poderia correr o risco de ser visto. Isso estragaria seus planos.

Ele passou por algumas ruas e dobrou em algumas esquinas. Continuou assim por algum tempo até que seus passos diminuíram, parando em frente ao lugar que ele estava procurando. Ele jamais havia se esquecido daquele lugar. Depois que foi embora ele percebeu o erro que cometeu, mas ai já era tarde. Ele não poderia voltar atrás. Então teve que esperar. Esperar durante x longos anos, até que pudesse retornar. E então de alguma forma, tentar recuperar o que havia perdido.

Ele não podia ver como estava dentro, pois o lugar estava fechado. Ele se aproximou do portão e olhou para a placa que ficava ao lado, informando que aquele lugar não era apenas uma casa.

Ele tocou a placa e ficou olhando para as palavras impressas ali. Depois de alguns instantes ele voltou a andar. Enquanto se distanciava do lugar que ocupou os pensamentos dele por tanto tempo. Ao olhar para trás uma última vez, mesmo um pouco distante ele ainda podia ler a placa.

“Dojo Kamya” leu silenciosamente. “Falta pouco agora” pensou, já voltando seu corpo e aumentando seus passos, indo em direção à hospedaria.

***

– Nossa, foi incrível! Pelo pouco que vi, deu para perceber que este ano realmente eles se superaram.

– É verdade Kaoru, comentou Megumi. Todas as apresentações foram arrebatadoras.

Assim como todos ali, eles comentavam sobre as apresentações de dança enquanto se levantavam para irem embora. Era possível ouvir os comentários das pessoas ao redor, falando qual foi a apresentação que mais gostou, elogiando os dançarinos, comparando com o evento de outros anos. Todos estavam em um clima alegre e tranquilo, proporcionada por uma época realmente mágica.

– O que vocês acham de comermos alguma coisa antes de ir embora? Eu estou com fome, diz Yahiko ouvindo seu estômago roncar.

– Ha, eu não estou com muita fome não, responde Sano.

– Mas é claro! Diz Kaoru com uma cara irritada. Você comeu os bentôs meu e do Yahiko, seu folgado.

– Você não vai brigar por comida, não é mesmo? Não seja tão miserável. Além disso você esta gorda demais, precisa emagrecer um pouco.

– Ora seu folgado, vou acabar...

– Já chega não é mesmo? Diz Kenshin, enquanto segurava uma Kaoru possessa, que tentava a todo custo acertar um soco em Sano, enquanto esbravejava sua raiva xingando-o e dizendo que gorda era algumas pessoas de sua família. Nós vamos comprar comida, concluiu Kenshin.

Alguns instantes depois que ela se acalmou, decidiram comprar algo em uma barraca e levarem para comerem no dojo. Após eles se encaminharam para o dojo, conversando animados. Kaoru e Kenshin se comportavam como se nada tivesse acontecido antes, exceto por alguns olhares que Kaoru não conseguia evitar dar em sua direção. Mas como isso já era um costume dela, e todos sabiam como ela se sentia, ninguém percebeu nada fora do normal.

Ao chegarem ao dojo, todos entraram menos Kaoru, que ficou alguns instantes na porta, olhando para fora. “Que sensação estranha” pensou. “É como se algo ruim fosse acontecer.”

– Kaoru? Aconteceu alguma coisa? Sano pergunta ao vê-la parada no portão, olhando para a rua.

– Não, não é nada. Responde, balançando de leve a cabeça, e fechando o portão.

Eles se sentaram e comeram, enquanto conversavam e riam. Sano também havia comprado saquê e logo estavam todos alterados pela bebida, uns mais, como o próprio Sano, e outros menos. Estava uma noite muito agradável. Eles podiam sentir a paz que desfrutavam. Após tantas coisas que passaram juntos eles realmente se tornaram uma família. Ficaram até tarde da noite, conversando, rindo, discutindo, fazendo desafios de quem bebia mais saque. Eles não se divertiam assim há algum tempo.

Um Yahiko desmaiado de sono e muitos saquês mais tarde, eles se despediram.

– Bom eu já vou indo então. Amanhã tenho que dar aula. Diz Sano já se despedindo de todos enquanto tentava não cair.

– Eu também já vou indo. O doutor Oguni me liberou hoje, mas amanhã preciso estar cedo no consultório. Megumi não estava muito melhor que Sano, eles foram os que mais beberam.

– Eu te acompanho então, diz Sano olhando para Megumi. Não é seguro andar sozinha há essa hora. Hum.. Megumi, não sabia que você tinha irmã gêmea, diz Sano vendo duas Megumi na sua frente. O que ela está... hum, cadê ela? Tava aqui agora, fala balançando a cabeça. Ai, eu bebi demais..

– Por que não fica aqui essa noite Sano?

– Não é necessário, não se preocupe.. hã, como é mesmo? Há sim, Kaoru.

– Não precisam se preocupar. Vamos indo Sano? Até mais Kaoru. E boa noite Kenshin, diz Megumi com uma voz um pouco mais sedutora, se despedindo de Kenshin com um beijo no rosto.

Kaoru pisca diante da cena, e dois segundos depois, como se a ficha finalmente tivesse caído, seu cérebro processando o que aconteceu, ela explode.

– Sua folgada, o que pensa que está fazendo, se afast..

– Boa noite Megumi. Diz Kenshin segurando Kaoru pela segunda vez, tentando acalmá-la enquanto ela gritava desaforos a uma Megumi alcoolizada que ia caminhando pela rua com outro mais alcoolizado ainda.


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