No Livro,A Nossa História É Faz De Conta ? escrita por Florence Bonnefoy


Capítulo 3
Fleurs d'acier


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, espero que gostem andei um boomm tempo sem criatividade. :(



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Todos na corte estavam surpresos pelo pirata ter prolongado sua estadia no país em vez de continuar suas expedições e a procura de tesouros, principalmente espanhóis,o que dava mais lucro. Burburinhos,fofocas e difamações corriam pela corte que a causa era uma acompanhante da Rainha, de origem francesa que o segurava ali,sendo que a mesma não dava atenção nenhuma a ele apenas as suas tarefas e até..Alguns admiradores.

Admiradores, que segundo a visão da francesa só procuravam por uma boa fornicação fora do casamento arranjado,vidas frustradas ou interesses como troca de informações e uma maior influência sob a rainha,definitivamente,não era o tipo da nobre fraca de carne e uma sonhadora romântica que imaginava seu príncipe encantado por cima de um corcel branco. Francis,digo,Françoise sabia muito bem como funcionava uma mente masculina e até tinha um bom conhecimento sob a feminina, se passando maravilhosamente bem naquele corpo.

Mas algo pesava.

Não era o busto avantajado ou as várias camadas de roupa que tinha que utilizar pelo código de vestimenta e etiqueta inglesa,era muito além.

Coração.

De alguma forma doía e não sabia porque,a cada cruzar que dava com inglês nos longos e grandes corredores do Castelo ou até mesmo jardim,este parecia sempre se aproximar com um sorriso maroto e até mesmo irônico,carregado com aquela empáfias tão característica de seu povo. Não suportava,não queria ter discussões inúteis,de alguma forma,o seu plano de sabotar a vida do mais novo havia sigo engavetado,sentia que tinha que compreender o porque de tudo ter acontecido daquela maneira,o ódio,a intolerância,a paixão.. o amor? .

Amor..

–Como ousa me evitar? – A voz carregada pelo sotaque típico inglês além de um tom nervoso e mandatório.A francesa cerrou olhar e tentou se soltar nervosa,não de sentimentos..e sim pela atitude dele.

– Não sou uma mera servente,sou apenas uma francesa exilada cumprindo meus deveres a Rainha da Inglaterra,monsieur. – Frisou o monsieur com gosto e raiva, ele que se vangloriava tanto de ser um cavalheiro com as mulheres,agora tentava forçar uma “servente” a ter relações sexuais ,ou simplesmente uma mera diversão,como ganho da pequena vergonha causada semanas atrás. Sentiu novamente o baque ,ficando imóvel graças a força da nação Inglesa.

– Por enquanto,você pertence a mim então,servente francesa,se serve a minha Rainha,serve a mim. – Disse com sorriso maroto e atacou o pescoço perfumado da jovem francesa,um perfume que era muito..familiar,lhe puxava lembranças,lembranças.. Boas?

Flash Back On

–Ah.. d- devagar.. –Gemeu um francês mais gemendo do que realmente reclamando das mordidas no pescoço feitas por um pirata meio vestido ainda,ele ria assim como francês mas logo se calavam pela passada de alguns homens,próximos de si que mais vigiavam a colônia americana.Estavam meio vestidos e no meio de um coito,completamente proibido..Ah se seus monarcas soubessem,davam tiros ao dia e a noite se entregavam aos seus desejos mais profundos e profanos,as vezes,escapando palavras encobertas pelo puro sentimento de amar.

Não sabia,não sabia apesar de ser tão conhecida como a nação deste , sim, já era famoso,digo famosa pelos seus atos,mas de alguma forma no fundo não sentia orgulho de si.

Não pode ficar martelando por muito tempo naqueles devaneios e sentiu um forte puxão e algo gelado contra sua parede e sólido..a parede e depois encarou a frente,olhos verdes,profundos e nervosos.

Logo gemeram unidos e o inglês se movimentava junto ao corpo francês, ele tinha perdido então..O inglês tinha o direito de tomá-lo para si,mas não queria tomar apenas aquela carne alva,ou os gemidos melodiosos,ou sentir aquele doce perfume que o inebriava,ele queria sua alma.

Mais isso, o francês jamais saberia, para Arthur, o francês nunca sentiria a mesma sensação..sensação? Não,ele jamais se apaixonaria por si.

Flash Back Off

Antes que o inglês acordasse,Francis teve que usar um pouquinho de sua força como nação,não queria usar, para não levantar nenhuma suspeita,mas simplesmente não se entregaria como um objeto para o inglês,mesmo que.. As vezes se entregava como um aos olhos dos outros, mas para si, sempre contou como uma vontade ou simples desejo.Bateu a cabeça contra a dele e o mesmo grunhiu um tanto alto de dor se afastando e levando a mão a testa,o xingou em francês.

– Vas te faire encule vous putain anglais!( Vá a merda seu inglês maldito!) – Pôs a mão na boca,tinha se esquecido que dificilmente damas da corte sabiam falar daquela maneira.Pior,podia ser muito suspeito e sabia que o inglês tinha belas habilidades de investigação junto a sua desconfiança natural,mesmo tonto,ouvira e se apoiava a uma coluna um tanto distante da dama.

– Que eu saiba, damas da corte jamais falariam tais palavras chulas,mademoiselle. – Frisou o francês péssimo,na opinião da francesa a sua frente.Tentava não reagir de forma desesperada e tentava de forma rápida arrumar alguma desculpa.Mas não teve tempo,ele agora ria.

–Nobre? Aparências enganam , non? – Voltou a se aproximar e a francesa sentiu um frio na barriga, se corresse,seria muito pior.Ele voltava a falar:

–Uma nobre,não saberia alguma coisa de luta,só saberia chorar ou simplesmente se entregar a mim,O que você é? Uma espiã francesa? –Retirou sua adaga adornada em pedras preciosas no cabo e feita de ouro no mesmo lugar,encostava a nuca que dava um pequeno corte,de tão afiada que estava.Francis suspirava.. se entregar,nem pensar,mas não poderia dizer aquelas mesmas palavras que dizia em sua verdadeira forma ao inglês,além,de alguma forma,sentiu um enorme prazer mirando aquela expressão séria e um tanto assustadora.Então,a idéia,a beira do perigo,veio.

–Uma nobre do circulo da realeza francesa precisa saber,pelo menos o básico de defesa,Monsieur Kirkland. Além do mais,sou católica e sigo os votos de castidade até casar.Defendo minha virgindade assim como defende a de sua Rainha, non?E também,se me permite,ela é sua esposa,creio que ela non gostaria de ver que seu amado marido está interessado a uma servente como eu,non? –A cada “non” frisado naquela sotaque francês irônico e sensual o inglês foi ficando vermelho,mas não de vergonha e sim de raiva, porque afinal,ela estava totalmente certa.A Rainha era muito ciumenta,ainda mais em relação a Frances,digo ao francês,mas.. Ela seria com uma servente da nacionalidade dele? Em sua cabeça uma pequena voz dizia “Yes.” Afastou a adaga e a soltou,guardando a mesma.Bufava,muito nervoso,a francesa sabia daquelas reações muito bem e melhor,ela havia feito ele desviar da atenção dela ter falado como um homem ou alguém que não era de sua categoria.

Ajeitou-se e viu o sangue escorrer para seu decote e se assustou um pouco,mas antes que pudesse fazer algo o inglês se ajoelhou e lhe entregou um lenço de seda com suas iniciais,vermelho,mas agora,de vergonha.

– .. I’m sorry. –Dizia bem baixo,sem olhá-la. A francesa apenas pegou o lenço e se limpou como pode,fingindo não ter ouvido as palavras dele.

– Non direi nada a Rainha,monsieur.Apenas direi que caí e me machuquei.Tenha uma boa noite –Educada guardou o lenço num dos seios a qual o inglês viu muito bem e corou mais,tendo o estranho pensamento de querer ser aquele lenço naquele momento.

Apesar das palavras sábias da francesa,apenas sentiu seu desejo de tê-la para si aumentar.


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Notas finais do capítulo

E aí? o que será que vai acontecer?



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