No Livro,A Nossa História É Faz De Conta ? escrita por Florence Bonnefoy


Capítulo 2
Flor de Lis


Notas iniciais do capítulo

Admito que esse capítulo me fez ter feels xD



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A viagem transcorreu perfeitamente, mas ao chegar a beira da cais não quis ser reconhecida pelo sobrenome Bonnefoy,apenas se chamaria Françoise Brouchet, uma mulher da corte francesa a “passeio” em território inglês e que tivera alguns probleminhas em sua terra de origem e mandada pela família como castigo, exilada a palavra correta, a ficar na corte da Rainha inglesa. Instruiu bem o capitão e prometeu-lhe uma boa recompensa, seria tão diferente que o inglês nem a reconheceria , bem já estava pelo fato de ser mulher.

Não tinha tantas dificuldades, vivia rodeado de estilistas, artesões e artistas o tornando bom conhecedor dos dois gêneros e apreciador da arte, independente. Os saltos não o incomodavam e nem a roupa pesada , as várias camadas e acessórios utilizados , apesar de não serem muitos, estava até que simples. Trajava um belo vestido de veludo azul , estava bem frio e garoando na típica Londres , os sapatos num salto médio com fivelas prateadas e um colar de prata com diamantes de 10 quilates. Devidamente num coche seguia para o castelo de Windsur aonde residia a corte e a Rainha, a francesa não sabia que o inglês havia desembarcado com o pequeno americano para mostrar a rainha e muito menos pensava no francês, parecia completamente encantado pelo americano que ainda não conseguia chama-lo direito, achando sempre muito fofo.

Chegava primeiro a francesa, os criados pegando as malas, que era considerável o número, para uma longa estadia, enquanto a mesma seguia adentrando e logo sendo atendida por um nobre chamado Nichol, que descobria, que fazia parte do Parlamento na câmara dos Lordes, gentilmente e com o sotaque carregado francês se apresentou, já ganhando o carisma do nobre que se dispôs a acompanha-la até a Rainha, ao mesmo tempo que o inglês chegava após e levava Alfred por si só, com sua costumeira roupa de pirata, usava um tapa olho, tendo seu olho machucado numa recente batalha com Antonio, como antes não havia mostrado seu lado cruel, o pequeno americano , no fundo já não começava a gostar de como seu irmão mais velho encarava o “Mundo”.

As grandes portas entalhadas a bronze e ouro se abriam sendo anunciada a Rainha, a expressão da mesma era misteriosa e seus olhos como duas neblinas, a francesa não soube lê-la com perspicácia , mas já sentia que a mesma estava muito desconfiada, logo sentindo aquele orgulho francês sendo ferido se curvou cordialmente e sua voz suave como uma lulabe era ouvida :

– Sua majestade, uma honra.. – Sentiu ser analisada pelo nobre, pelos conselheiros que estavam um tanto perto da Rainha e da própria senhora, aparentando ter uns 40 anos mas muito bem cuidada e vaidosa, o silencio reinou por um momento até a mesma sorrir levemente e dizer:

– Ora, há algum outro talento que tens além de sua beleza estonteante mademoiselle? – Ao final das palavras, o inglês era anunciado junto do pequeno Alfred, a mesma sentiu seu coração bater forte e respirou fundo levantando-se os cabelos soltos e mechas presas atrás por uma linda flor de lis, o inglês bateu o olho na joia e se lembrou de uma cena não muito agradável.

Flashback on – Lyon , Territorio Francês– 1422 d.c

O inglês havia sido incumbido se encontrar alguma falha nas defesas do exercito Frances, em meio a grama e as flores naquele final de floresta encontrou um belo lago, agua límpida, se perguntava se o Senhor do Lago poderia ajuda-lo tendo alguma pista. Tentou chama-lo com um encanto, mas nada, ficou um tanto triste , o francês não dando atenção aos seres da natureza .. Uma água tão límpida.. “Ah!” mentalmente se extasiou ao ver a imagem do jovem francês mas invertida junta.. a “Ela.” Sentiu um fogo indomável toma-lo, porque? Se ela não existisse .. Teria tudo que queria, fixou os olhos no francês, as esmeraldas intensas , não cheias daquele ódio que mostrava em sua frente mas com algo diferente que não conseguia explicar direito mas que as entidades mágicas sabiam muito bem, um amor incondicional pelo francês mas que lutava contra o ódio do povo inglês contra a do próprio. Francis estava corado e parecia falar de uma forma nervosa e em suas mãos carregava uma flor de lis, Jeanne também corada sorria de uma forma branda e pegava a flor das mãos do mesmo e punha nos cabelos do mesmo se ajoelhando a ele como uma fiel serva este num impulso a levantou e a abraçou, o inglês soluçou e pôs a mão na boca, queria sentir raiva, mas sentia uma angustia, sem fim. Correu, decidido ao que fazer, havia encontrado o ponto fraco.. O dele.

Flashback Off

Remexeu a cabeça levemente e forçou um sorriso sarcástico, mas o pequeno americano havia percebido o quanto a moça já havia mexido com inglês, mantendo-se quieto ,exclamou:

– Que eu sabia as francesas tem uma qualidade que nenhuma de outro reino ou nação.. – Cortado, a francesa não deixaria ser tão rebaixada mas.. Não se mostraria tanto, em vez de falar a mesma cantou Ave Maria em um tom lírico, poucas conseguiam atingir notas tão agudas, fazendo a taça de vinho de um dos conselheiros quebrar com seu tom, palmas, vinda da Rainha e um britânico surpreso mas que se esforçava para não demonstrar, não sabia que Francis era capaz de cantar aquela maneira, intrigado caminhou deixando o americano sentado a beira da escada que dividia o posto do trono da rainha do saguão a encarando com aqueles olhos intensos e ávidos para descobrir aquela boneca francesa, ele tinha que admitir, parecia uma obra divina. Falou:

– Creio que minha amada e digníssima Rainha tenha muitas damas de companhia com o dom do canto, o que a destacaria das demais? – A Rainha achou interessante aquele jogo entre os dois, o inglês não se interessava por qualquer uma muito menos por uma francesa a qual sabia que tinha um ódio profundo.

– Creio que a Rainha poderá julgar com discernimento, pela razão o porque de me receber em sua corte e como uma de suas damas de companhia, total dispor assim como estaria a minha Rainha. – Disse diplomática e numa educação irônica, como se a mesma desse um tapa com luvas. Sua majestade rira com gosto como se tivesse analisado muito bem cada sílaba dita.

– Pois espero que aproveite sua estadia Miss Brochet.

O inglês empinou o nariz tendo um olhar altivo após aquelas palavras, não aceitaria aquela derrota em frente a sua rainha, até o pequeno Alfred havia achado interessante , raramente via uma troca de emoções tão grande na face de seu irmão.

Era apenas o começo..


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem! eu realmente.. amei. Reviews? *-*



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