-Você! – ele apontou para Damon. – Vai ser um de nossos cavaleiros. Eu soube de suas ações e gostei do seu modo de protetor, então será perfeito. e vocês, – ele apontou para mim e Caroline. – Vocês são duas lindas e maravilhosas mulheres. Poderiam ser as minhas princesas, que tal? Como se chamam?

-Ah, agora pode falar? – arriscou Caroline perigosamente, sem se dar conta do tamanho de sua língua. Ele a encarou. - Caroline Forbes.

-E você! – apontou para Stefan. – Será meu príncipe. Par dela. – ele apontou para Caroline.

-E eu Vossa Majestade? – perguntei com cuidado.

-Será a parceira de meu filho Henry.

-Ah, qual é! – Damon resmungou.

-Cale-se! – O rei o encarou. – Qual é o seu nome rapaz?

-Damon. Damon Salvatore.

-E o seu? - O rei se dirige à Stefan.

-Stefan. Stefan Salvatore.

-Ah, então temos dois irmãos? Que interessante. – Ele nos olhou pela última vez de um jeito até misterioso demais. – OK, podem levá-los para seus aposentos.

-E vamos voltar quando pra casa? – Perguntei quase desesperada em ter que viver ali pra sempre, meu tom parecendo de certa forma até um pouco agressivo.

-Só vão poder, se vocês se comportarem direito por um tempo... 

            Tentei perguntar outra coisa, mas Henry me segurou pelo braço, me levantou e me dirigiu até as enormes escadas. Olhei para trás para ver Damon, que estava sendo levado por um soldado, me olhando com um pouco de medo. Vi Stefan e Caroline serem encaminhados para a outra escada do lado oposto, e fico com um aperto no coração pensando se viria Damon em breve.

-Seu quarto é aqui, minha cara. – Henry abriu a enorme porta e praticamente me empurrou para dentro. – Coloque uma roupa descente, conheça um pouco seu quarto e se prepare para a festa de hoje a noite.

-Festa?

-É, festa. Uma comemoração.

-Com todos os cavalheiros e tudo mais? Estão comemorando o quê?

Você faz muitas perguntas. – e fechou a porta.

            Fiquei vagando pelo quarto, à procura de algo para fazer. Depois de colocar o trabalhoso vestido cheio de amarrações com um espartilho super apertado, me sentei na cama enorme que por sinal seria minha, olhando pela janela, querendo que tudo acabe logo. Eu sei que é só o começo e é isso que me assusta. Fiquei pensando por um tempo se sabiam dos vampiros  por aqui, ou se ainda não existia isso. Fiquei pensando no ocorrido durante este dia cansativo, e fiquei conversando comigo mesma naquele quarto silencioso com vibrações negativas.

            Achei um livro bom dentro as minhas estantes que por sinal estão cheias e isso é ótimo. Fiquei lendo até dar o horário da festa, que começava às 21h, indo até às 1h da manhã. Eu estava morta de ansiedade, mas não pela festa, era porque estava fixo em minha mente que veria Damon novamente. Parecia que iria ser a primeira vez que eu o veria, e estava com um frio na barriga estranho.  Alguém bate na porta e entra. Henry.

-Vamos companheira? – ele sorriu.

-Eu não sou sua companheira.

-Não ouviu o rei?

-Estava ocupada demais, pensando em como minha vida vai ser tediosa por aqui. – o encarei de um jeito repugnante.

-Continue pensando assim e parará com os escravos.

-Eles ficam com os cavaleiros? - Pergunto, interessada nessa possibilidade.

-Não! Eles ficam trancados em selas, com duas refeições ao dia. Prefere isso?

            Dei de ombros. Levantei da cama, ajeitando os meus cachos que havia feito com as dicas caseiras que minha mãe me ensinou quando pequena. Calcei meu salto, borrifei um perfume doce maravilhoso e saí do quarto, ignorando Henry que a propósito havia estendido a mão para segurar a minha.

-Como quiser. – ele murmurou. Fechou a porta, entrelaçou nossos braços à força e descemos as escadas.